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Garoto pobre de origem campestre perdeu sua família muito cedo devido a um tipo de

infecção causada pela água do local, que foi evacuado devido a este mau que pairou por aquelas
bandas, essa foi a primeira vez que ouviu sobre os hunters. Os militares da cidade mais próxima
que foram resgatar os sobreviventes (umas 12 pessoas) afirmaram que era um caso da
responsabilidade deles (referindo se aos hunters) no meio da viagem de volta acabou se perdendo
do grupo em meio a uma tempestade/luta na estrada e a um choque que levou na cabeça. Se viu
por muito sozinho perambulando e sobrevivendo com o pouco que achava pelo bosque/floresta
por estar muito fraco para caçar vivia de sopas de legumes e vegetais (coisa que era comum de seu
dia a dia devido a pobreza) Não lembrava de muita coisa só coisas práticas que ia relembrando ao
fazer inconscientemente algo o perturbava ele não lembrava de seu nome.

Seguindo o rio alcançou uma vila costeira e lá se instalou, por certo tempo viveu pelas ruas
um período árduo se esforçou bastante para permanecer ali, pois apesar de preferir a floresta
sabia dos perigos que nela continham, e apesar das ruas serem cruéis ainda coexistia com seus
semelhantes. Apesar de ser razoavelmente forte para sua idade e pela vida dura que julgava ter
vivido pelos calos nas mãos musculatura magra e forte, ali não era a lei da selva nem sempre os
mais fortes venciam.

Aprendeu a malicia das ruas roubar, mentir, enganar era necessário para sobreviver esses
instrumentos eram novos, utilizavam muito mais a cabeça que apesar da cicatriz funcionava muito
bem. Somou seu pensamento rápido ao seu bom físico logo ganhando destaque, por fim entrou
para a gangue do cais (um grupo de sem teto que dominava aquela região mais farta em recursos)
finalmente ganhou um nome este dia. Foi o dia mais feliz de sua vida, pensava ter se tornado
alguém porem aquilo provou-se uma felicidade amarga, foi traído na primeira semana por seus
semelhantes que o venderam para um navio onde trabalhava por apenas restos de comida
(normalmente um caldo de peixe azedo).

Por muito viveu em meio as mais vis companhias com o tempo deduziu que se tratava de
piratas (e o significado disso), eles faziam os prisioneiros brigarem entre si fazendo apostas sobre o
vencedor. Porem logo percebeu que não se tratava de uma simples diversão, quando notavam que
um prisioneiro criava quaisquer tipo de conexão com outro (principalmente de natureza boa) eles
eram forçados a brigar as vezes até a morte dependendo do humor do capitão (o ser mais
assustador que já havia encontrado).

Um dos escravos era responsável por todos os outros, e também pela cozinha (era
competente nisso quando assim desejava) do navio era um homem velho seu nome era Entei, um
ser humano de natureza impaciente (Pragmática) que por algum motivo cismava com meu
personagem o atribuindo diversas tarefas a ele.

Primeiramente trabalhos pesados que fazia sem reclamar não tinha cabeça para isso, a
traição o decepcionou demais, logo quando tinha ganhado um nome só seu, logo quando
pertencia a algum lugar, agora era mais uma vez um qualquer sem nome. Depois de natureza
humilhante a limpeza de latrinas etc. Ainda assim não demonstrava reação era como se algo
estivesse morrido em mim aquele dia e logo percebi que era esse o caso o nome, por mais que eu
tentasse lembrar não conseguia.

O velho não desistiu tão fácil e como se mudasse de estratégia passou a introduzir
trabalhos de natureza intelectual e complexa, o capitão era muito exigente quando recebia
convidados principalmente militares corruptos com cargas gordas de contrabando e exigia do
velho receitas que cheiravam aos estabelecimentos nobres da cidade costeira daqueles que tinham
guardas a porta. Me colocou como seu auxiliar um desses dias após seu antigo auxiliar morrer de
diarreia o que era comum entre nos escravos devido a água suja que nos era dada.

Para tal prato seguia se anotações (que logo descobri serem chamadas de receita) o pouco
que sabia do mundo das letras não me permitia decifrar aquilo. O velho riu bastante aquela noite e
afirmou que aquele realmente era meu lugar (o que me irritou, mas talvez ele estivesse certo). A
partir daquele dia me tornei seu capacho ensinou-me a ler a ferro, fogo e fome sempre me
espetando me queimando ou me deixando sem janta quando cometia um erro o que fazia um
incentivo interessante logo peguei o jeito, e quando fiz meu trabalho de maneira admirável (em
minha humilde opinião) olhei para ele não esperando um elogio afinal nunca havia recebido algum
(não que eu me lembre) e para minha surpresa ele falou:

-Qual seu nome garoto?

Fiquei em silencio por alguns momentos eu não lembrava do nome que me foi dado pelos
meus antigos “companheiros”, me forcei a lembrar mas logo desisti, não iria usar tal nome
amaldiçoado mesmo que lembrasse, esse pensamento era uma desculpa e claro pois mesmo um
nome de um traído era um nome era alguém.

Ao ver minha demora ele fez uma expressão interrogativa seguido de um balançar de
cabeça em insistência, logo sem muito pensar o falei a verdade, não, falei muito mais que a
verdade irrompi em palavras elas jorraram de mim desenfreada como se estivesse engasgada
contei lhe minha historia de vida minha trajetória ate aqui e por fim, falei de meu desafeto por ele
e o questionei diversas vezes o do por que me tratar daquela maneira porem não o dava espaço
para responder, e quando por fim terminara já sem ar (nunca tinha falado tanto em minha vida) o
velho apenas olhou assentiu com a cabeça deu o começo de um sorriso e me bateu no rosto bem
no maxilar o mundo girou a luz apagou.

O resto e áudio já me empolguei demais.

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