ILUMINISMO
e, por isso, iguais em potencial
O Que Foi?
Também conhecido como Século das
Luzes, o Iluminismo foi um
movimento intelectual e filosófico
que defendia o uso da razão (luz)
contra o regime antigo, o
absolutismo e a intolerância religiosa
(trevas). Esta corrente deu
prosseguimento às idéias
racionalistas do Renascimento e
promoveu mudanças políticas,
sociais e econômicas baseadas em
ideais de igualdade, fraternidade e
liberdade.
Período
A maioria dos historiadores
simplesmente utiliza o início do
século XVIII como marco de
referência, porém, mais de um século
antes do Iluminismo, filósofos,
físicos e matemáticos como Francis
Bacon, René Descartes e Isaac
Newton, já vinham tendo idéias
iluministas e prepararam o caminho
para as revoluções dos séculos XVIII
e XIX. O término do período é dito
como início das Guerras
Napoleônicas (1804-1815).
Características
Suas principais características foram:
 A ampliação da revolução
científica, a partir do
enfraquecimento dos dogmas e
proibições religiosas.
 A crença de que todos os seres
humanos eram dotados de razão
e em direitos.
 Defender o uso da razão sobre o
da fé para entender e solucionar
os problemas da sociedade.
 As críticas ao mercantilismo, ao
absolutismo monárquico, ao
poder da igreja e às verdades
reveladas pela fé.
Com base nos pontos citados, pode-
se afirmar que o Iluminismo
defendia:
 A liberdade econômica.
 O Antropocentrismo.
 O predomínio da burguesia e
seus ideais.
 O conhecimento racional para
desconstruir preconceitos e
ideologias religiosas.
Economia: Em oposição ao
mercantilismo, os iluministas
afirmavam que o Estado deveria
praticar o Liberalismo Econômico.
Ao invés de intervir na economia, o
Estado deveria deixar que o mercado
a regulasse. Essas ideias foram
expostas, principalmente, pelo
filósofo escocês Adam Smith.
Política e sociedade: Os
iluministas afirmavam que o poder
do rei deveria ser limitado por um
conselho ou uma Constituição. O
Estado devia representar a vontade
coletiva. Sua legitimidade derivava
de exigir de todos os indivíduos os
mesmos deveres e de assegurar-lhes
os mesmos direitos. Charles de
Montesquieu elaborou a doutrina dos
três poderes: executivo, legislativo e
judiciário. Dessa forma, o poder não
seria exercido de forma isolada e a
liberdade dos indivíduos estaria
garantida. O pensador, no entanto,
mantinha uma visão aristocrática de
governo. Jean-Jacques Rousseau
sugeriu um sistema que se
aproximava da democracia. Ele
acreditava que a liberdade estava na
origem dos homens: estes nasciam
livres, mas eram corrompidos pela
sociedade e submetidos ao jugo
alheio. Deviam, portanto, lutar pela
reconquista da liberdade, sendo a
educação um dos principais
caminhos para isso.
O Despotismo Esclarecido
Alguns pensadores do iluminismo,
como Voltaire, aceitavam o regime
absolutista contanto que ele adotasse
princípios racionais de organização,
Alguns reis absolutistas, com medo
de perder o governo - ou mesmo a
cabeça -, passaram a aceitar algumas
ideias iluministas. Estes reis eram
denominados Déspotas Esclarecidos,
pois tentavam conciliar o jeito de
governar absolutista com as ideias de
progresso iluministas. Alguns
representantes do despotismo
esclarecido foram: Frederico II, da
Prússia; Catarina II, da Rússia; e
Marquês de Pombal, de Portugal.
Principais Pensadores
John Locke: Considerado o “pai
do iluminismo”, sua principal obra
foi “Ensaio sobre o entendimento
humano”, aonde Locke defende a
razão afirmando que a nossa mente é
como uma tábua rasa sem nenhuma
ideia.
Voltaire: François-Marie Arouet
destacou-se pelas críticas feitas ao
clero católico, à inflexibilidade
religiosa e à prepotência dos
poderosos.
Montesquieu: Charles de
Montesquieu em sua obra “O
espírito das leis” defendeu a
tripartição de poderes: Legislativo,
Executivo e Judiciário.
Rousseau: Jean-Jacques Rousseau,
em sua obra “O contrato social”,
defendia que a vontade coletiva
deveria sobrepor-se à vontade
particular.
Immanuel Kant: Defendia a razão
como forma suprema de relação dos
seres humanos com o mundo.
Denis Diderot e Jean D’Alembert:
Os franceses que, entre 1751 e 1777,
publicaram a “Enciclopédia”,
coleção que tinha a pretensão
iluminista de reunir a maior parte do
conhecimento humano na época.