Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
É a condução das relações entre povos, nações e empresas nas áreas política, econômica,
social, militar, cultural, comercial e do direito
É a condução das relações entre povos, nações e empresas nas áreas política, econômica,
social, militar, cultural, comercial e do direito. Este bacharel analisa o cenário mundial, investiga
mercados, risco de conflitos e a situação política das nações, avalia as possibilidades de
negócios, parcerias e cooperação internacional e aconselha investimentos e projetos no
exterior.
Mercado de Trabalho
O campo de trabalho do graduado é amplo e oferece as melhores oportunidades na iniciativa
privada, onde é demandado principalmente por instituições financeiras, multinacionais,
câmaras de comércio e associações setoriais. Isso porque a globalização interconecta as
atividades produtivas e econômicas de todas as nações e, para as empresas, essa
internacionalização significa competir em mercados estrangeiros, aproveitando as melhores
chances para colocação de seus produtos. O bacharel está preparado para analisar essas
oportunidades e encaminhar as negociações e o fechamento de acordos internacionais.
O setor público, outro grande empregador, contrata o graduado para assessorar ministérios,
agências, secretarias municipais e estaduais, consulados e outras representações
estrangeiras. “Todos os ministérios têm um departamento de Relações Internacionais que
cuida do relacionamento do órgão com o exterior. Além disso, há um processo de
internacionalização dos setores públicos, e muitas prefeituras já contam com o profissional no
seu quadro de funcionários”, explica Caroline Pavese, coordenadora do curso de Relações
internacionais da PUC-Minas. A área de ensino é uma possibilidade de atuação.
Por fim, instituições internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU) e o
Mercado Comum do Sul (Mercosul), e ONGs, principalmente as localizadas nos maiores
centros urbanos, também são empregadoras. Órgãos como o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Fundo Monetário internacional (FMI) também
contratam o graduando. A oferta de vagas é maior no centro-sul do país, principalmente no eixo
Rio-São Paulo e em Brasília, mas há vagas nas capitais do Nordeste.
Curso
O currículo divide-se em três grandes áreas: política, direito e economia. Os alunos estudam
bastante sociologia, economia e história. Questões sobre a guerra e a paz, o papel das
organizações internacionais e a integração regional são debatidas. Nas aulas práticas, os
alunos simulam negociações políticas e diplomáticas. Em algumas escolas também há treino
de negociação comercial. O curso exige muita leitura e o domínio de línguas estrangeiras. É
necessário que os alunos façam estágio em empresas ou instituições públicas ou privadas que
possuem atuação internacional.
Algumas instituições têm convênios com universidades da América Latina e da Europa para
intercâmbio de seus alunos, como é o caso da PUC-SP. As escolas exigem a realização de um
trabalho de conclusão de curso e algumas, como a PUC Minas, exigem teste de proficiência
em inglês para a obtenção do diploma. Atenção: algumas instituições possuem enfoques
específicos, como marketing e negócios (ESPM-SP e RS), negociação internacional
(Universidade Candido Mendes - RJ), integração regional (Unila). A UFMG oferece Relações
Econômicas Internacionais e a UFPE, Ciência Política com habilitação em Relações
Internacionais.
Teoria
Posteriormente, desenvolver-se-iam estudos focados na ação estratégica dos Estados no
intuito de conservarem e ampliarem seu poder, tendo como
elemento empírico de análiseessencialmente a ação diplomática e bélica dos países modernos.
Esses fatores ganham relevância principalmente devido ao contexto histórico: os estudos que
inauguram as R.I. como disciplina autônoma se dão durante a Guerra Fria, e seus teóricos
mais eminentes dissertam em universidades americanas; de modo que
o pensamento internacional daquela época refletia a doutrina política seguida pelo governo
americano desses tempos. Denominou-se escola realista o grupo de acadêmicos que seguiu
essa linha de pesquisa, e de Realismo sua concepção teórica. Desta corrente, destacam-
se Kenneth Waltz e Hans Morgenthau. HALLIDAY, Fred WALTZ, Kenneth Hans Morgenthau
Mais a frente, com o desenvolvimento do capitalismo no mundo liberal, consequência da
tendência que se firmara a partir da década de 1960 no então chamado "Primeiro Mundo" para
a internacionalização dos fluxos de capitais rumo aos espaços econômicos
periféricos; conjuntura que se configurava com a proeminência do capital americano
na economia internacional, surgem teóricos que questionam a validade das concepções
realistas sobre as relações políticas entre os Estados inseridos no sistema internacional, que,
segundo estes, baseava-se fundamentalmente na anarquia.
Esses teóricos, que viriam a ser denominados membros da escola liberal, alegavam que a
crescente interdependência econômica entre os países, potencializada pelos
avanços tecnológicos das telecomunicações, tornariam cada vez mais dispendioso o conflito.
Os liberais indicavam a progressiva consolidação de regimes jurídicos internacionais, por meio
das organizações supranacionais, bem como o aumento - considerado por eles irreversível - da
autonomia de atores transnacionais - notadamente as empresas multinacionais - como fatores
empíricos de uma inflexão no modus operandi do sistema internacional. Destacam-se desta
escola teórica Robert Keohane e Joseph Nye. NYE, JosephJoseph S. Nye, Tiago Araújo, Henrique Lajes Ribeiro, Eda Lyra
O Liberalismo e o Realismo consolidaram-se, ao longo das décadas do sec. XX, como as
principais correntes teóricas nos estudos internacionais. Ambas as correntes derivariam novos
debates, a partir da revisão de seus conceitos em novos quadros analíticos. Nos anos 1980,
originar-se-iam dessas discussões as correntes neorrealista (ver: neorrealismo (relações
internacionais) e neoliberal (ver: neoliberalismo nas relações internacionais).
O realismo político, por sua vez, desenvolveu-se entendendo a história como o resultado da
natureza do ser humano por cobiçar o poder e desejar a dominação de outros. Ou seja, não se
pode erradicar o instinto pelo poder.
O neo-realismo estrutural considera que é possível usar a guerra para alcançar a paz, daí o
surgimento do conceito de guerra preventiva. O neoliberalismo, por sua vez, minimiza a função
do Estado e considera que as relações internacionais deveriam ser reguladas pelas
organizações internacionais e pelas ONG.
Estas e outras teorias combinam-se na hora de conceber as políticas e as instituições que
regem as relações internacionais. Posto isto, existem diversas correntes de pensamento que
acabam por definir a agenda internacional.