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Relações Internacionais

É a condução das relações entre povos, nações e empresas nas áreas política, econômica,
social, militar, cultural, comercial e do direito

É a condução das relações entre povos, nações e empresas nas áreas política, econômica,
social, militar, cultural, comercial e do direito. Este bacharel analisa o cenário mundial, investiga
mercados, risco de conflitos e a situação política das nações, avalia as possibilidades de
negócios, parcerias e cooperação internacional e aconselha investimentos e projetos no
exterior.

Promove entendimentos entre empresas e governos de diferentes países, abrindo caminho


para exportações, importações e acordos bilaterais (entre dois países) ou multilaterais (com
várias nações). Representa os interesses de um país, estado ou cidade no exterior em
negociações em torno de projetos de intercâmbio e de ações promocionais nas áreas de
turismo, negócios e educacional, entre outras.

Também ajuda empresas estrangeiras a se estabelecerem no país, cuidando de trâmites legais


e propondo mudanças na cultura da organização para que ela se adeque à realidade local,
quando necessário.

A internacionalização da economia amplia o campo de atuação desse profissional, que pode


trabalhar em ministérios, embaixadas, ONGs, prefeituras, governo estadual e empresas
privadas. Domínio de idiomas, além do inglês, é fundamental para o bom exercício da
profissão.

QUAL É A DIFERENÇA ENTRE RELAÇÕES INTERNACIONAIS E COMÉRCIO EXTERIOR?


O profissional de Relações Internacionais conduz as relações entre povos, nações e empresas,
e promove o entendimento para facilitar acordos políticos, militares, econômicos e culturais. Já
o profissional de Comércio Exterior se ocupa especificamente do intercâmbio comercial entre
nações, principalmente de compra e vendas entre empresas de diferentes países. Lida com
números, cotações, despacho aduaneiro e contratos. No mercado de trabalho, porém, podem
ser parceiros. Numa negociação comercial, por exemplo, enquanto o especialista em Relações
Internacionais vai atuar na estratégia e planejamento do negócio e na análise do mercado e
sua política externa, o profissional de Comércio Exterior foca no fechamento do acordo
comercial e nos trâmites para a operação se concretizar.

O que você pode fazer


Agências governamentais Planejar ações dos governos federal, estaduais ou municipais nos
setores político, econômico, comercial, social e cultural.

Analista internacional Coletar dados e elaborar relatórios sobre a conjuntura internacional


para órgãos governamentais, empresas privadas e ONGs. Participar da elaboração de
programas de cooperação com outras nações.

Comércio exterior Identificar oportunidades de comércio e intermediar a importação e a


exportação de produtos no que se refere à legislação ou acordos internacionais.

Diplomacia Atuar como diplomata representando o país em outros países. Nesse caso, é


preciso prestar o Concurso de Admissão à Carreira Diplomática promovido pelo Instituto Rio
Branco.

Ensino Com um título de pós-graduação, dar aulas no Ensino Superior.

Mercado de Trabalho
O campo de trabalho do graduado é amplo e oferece as melhores oportunidades na iniciativa
privada, onde é demandado principalmente por instituições financeiras, multinacionais,
câmaras de comércio e associações setoriais. Isso porque a globalização interconecta as
atividades produtivas e econômicas de todas as nações e, para as empresas, essa
internacionalização significa competir em mercados estrangeiros, aproveitando as melhores
chances para colocação de seus produtos. O bacharel está preparado para analisar essas
oportunidades e encaminhar as negociações e o fechamento de acordos internacionais.
O setor público, outro grande empregador, contrata o graduado para assessorar ministérios,
agências, secretarias municipais e estaduais, consulados e outras representações
estrangeiras. “Todos os ministérios têm um departamento de Relações Internacionais que
cuida do relacionamento do órgão com o exterior. Além disso, há um processo de
internacionalização dos setores públicos, e muitas prefeituras já contam com o profissional no
seu quadro de funcionários”, explica Caroline Pavese, coordenadora do curso de Relações
internacionais da PUC-Minas. A área de ensino é uma possibilidade de atuação.
Por fim, instituições internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU) e o
Mercado Comum do Sul (Mercosul), e ONGs, principalmente as localizadas nos maiores
centros urbanos, também são empregadoras. Órgãos como o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Fundo Monetário internacional (FMI) também
contratam o graduando. A oferta de vagas é maior no centro-sul do país, principalmente no eixo
Rio-São Paulo e em Brasília, mas há vagas nas capitais do Nordeste.

Curso
O currículo divide-se em três grandes áreas: política, direito e economia. Os alunos estudam
bastante sociologia, economia e história. Questões sobre a guerra e a paz, o papel das
organizações internacionais e a integração regional são debatidas. Nas aulas práticas, os
alunos simulam negociações políticas e diplomáticas. Em algumas escolas também há treino
de negociação comercial. O curso exige muita leitura e o domínio de línguas estrangeiras. É
necessário que os alunos façam estágio em empresas ou instituições públicas ou privadas que
possuem atuação internacional.

Algumas instituições têm convênios com universidades da América Latina e da Europa para
intercâmbio de seus alunos, como é o caso da PUC-SP. As escolas exigem a realização de um
trabalho de conclusão de curso e algumas, como a PUC Minas, exigem teste de proficiência
em inglês para a obtenção do diploma. Atenção: algumas instituições possuem enfoques
específicos, como marketing e negócios (ESPM-SP e RS), negociação internacional
(Universidade Candido Mendes - RJ), integração regional (Unila). A UFMG oferece Relações
Econômicas Internacionais e a UFPE, Ciência Política com habilitação em Relações
Internacionais.

Duração média: 4 anos.


Outros nomes: Ciên. Polít. (rel. intern.); Rel. Econ. Intern.; Rel. Intern. e Integração.
 
Legenda:
Estrelas da Avaliação do Guia do Estudante
★★★★★ - Excelente
★★★★ – Muito bom
★★★ - Bom
CPC – Conceito Preliminar de Curso ① ② ③ ④ ⑤ 
O CPC é o indicador do Ministério da Educação que mede a qualidade dos cursos. Ele varia de
1 (menor valor) a 5 (maior valor). Ele está informado na ficha do curso para todas as
graduações que tinham esse indicador disponível (fonte: site do Inep, anos 2014, 2013 e
2012). 
Cifrões – Referem-se às faixas de preço da mensalidade:
$ - Até 500,00 reais
$$ - De 500,01 a 750,00 reais
$$$ - De 750,01 reais a 1.000,00 reais
$$$$ - De 1.000,01 a 1.500,00 reais
$$$$$ - Acima de 1.500,01 reais
n/i - Valor não informado
Relações internacionais

As Relações Internacionais (abreviadas como RI ou REL) visam ao estudo sistemático das


relações políticas, econômicas e sociais entre diferentes países cujos reflexos transcendam as
fronteiras de um Estado, as empresas, tenham como locus o Sistema Internacional. Entre os
atores internacionais, destacam-se os Estados, as empresas transnacionais, as organizações
internacionais e as organizações não-governamentais. Pode se focar tanto na política
externa de determinado Estado, quanto no conjunto estrutural das interações entre os atores
internacionais.
Além da ciência política, as Relações Internacionais mergulham em diversos campos como
a Economia, a História, o Direito internacional, a Filosofia, a Geografia, a Sociologia,
a Antropologia, a Psicologia e estudos culturais. Envolve uma cadeia de diversos assuntos
incluindo mas não limitados a: globalização, soberania, sustentabilidade, proliferação
nuclear, nacionalismo, desenvolvimento econômico, sistema
financeiro, terrorismo/antiterrorismo, crime organizado, segurança
humana, intervencionismo e direitos humanos.

Construção do campo de estudo


As Relações Internacionais surgem como um domínio teórico da Ciência Política no período
imediatamente posterior à 1ª Guerra Mundial. Usualmente, se reporta ao Royal Institute of
International Affairs,[1] fundado em 1920, o pioneirismo no estudo exclusivo às relações
internacionais. No mesmo período, a London School of Economics inauguraria um
Departamento de Relações Internacionais, que posteriormente seria importante para a
construção de teorias da escola inglesa de relações internacionais. O primeiro programa de
Doutorado em Relações Internacionais do Brasil foi criado em 2001 pela PUC-Rio.[2] Já o
primeiro curso de Graduação em Relações Internacionais do Brasil foi criado em 1974,
na Universidade de Brasília.[3]

Teoria
Posteriormente, desenvolver-se-iam estudos focados na ação estratégica dos Estados no
intuito de conservarem e ampliarem seu poder, tendo como
elemento empírico de análiseessencialmente a ação diplomática e bélica dos países modernos.
Esses fatores ganham relevância principalmente devido ao contexto histórico: os estudos que
inauguram as R.I. como disciplina autônoma se dão durante a Guerra Fria, e seus teóricos
mais eminentes dissertam em universidades americanas; de modo que
o pensamento internacional daquela época refletia a doutrina política seguida pelo governo
americano desses tempos. Denominou-se escola realista o grupo de acadêmicos que seguiu
essa linha de pesquisa, e de Realismo sua concepção teórica. Desta corrente, destacam-
se Kenneth Waltz e Hans Morgenthau. HALLIDAY, Fred WALTZ, Kenneth Hans Morgenthau
Mais a frente, com o desenvolvimento do capitalismo no mundo liberal, consequência da
tendência que se firmara a partir da década de 1960 no então chamado "Primeiro Mundo" para
a internacionalização dos fluxos de capitais rumo aos espaços econômicos
periféricos; conjuntura que se configurava com a proeminência do capital americano
na economia internacional, surgem teóricos que questionam a validade das concepções
realistas sobre as relações políticas entre os Estados inseridos no sistema internacional, que,
segundo estes, baseava-se fundamentalmente na anarquia.
Esses teóricos, que viriam a ser denominados membros da escola liberal, alegavam que a
crescente interdependência econômica entre os países, potencializada pelos
avanços tecnológicos das telecomunicações, tornariam cada vez mais dispendioso o conflito.
Os liberais indicavam a progressiva consolidação de regimes jurídicos internacionais, por meio
das organizações supranacionais, bem como o aumento - considerado por eles irreversível - da
autonomia de atores transnacionais - notadamente as empresas multinacionais - como fatores
empíricos de uma inflexão no modus operandi do sistema internacional. Destacam-se desta
escola teórica Robert Keohane e Joseph Nye. NYE, JosephJoseph S. Nye, Tiago Araújo, Henrique Lajes Ribeiro, Eda Lyra
O Liberalismo e o Realismo consolidaram-se, ao longo das décadas do sec. XX, como as
principais correntes teóricas nos estudos internacionais. Ambas as correntes derivariam novos
debates, a partir da revisão de seus conceitos em novos quadros analíticos. Nos anos 1980,
originar-se-iam dessas discussões as correntes neorrealista (ver: neorrealismo (relações
internacionais) e neoliberal (ver:  neoliberalismo nas relações internacionais).

Novos temas e perspectivas nas R.I.


Para além dessas visões sobre a teoria internacional, têm surgido uma variedade de
novas temáticas nos estudos internacionais, que abordam desde questões já consolidadas em
outros campos do saber - como a Economia Política Internacional - a questões consideradas
totalmente novas, surgindo uma revisão completa de paradigmas - como as
questões ambientais e feministas, por exemplo. Muitas dessas novas discussões se pautam
em conceitos e categorias de análise alternativos àqueles empregados tradicionalmente nos
debates da mainstream. Amado Luiz Cervo
A revisão da teoria marxista tem estado bastante presente no ramo "heterodoxo" da
teoria econômica política das relações internacionais (assim como o neoclassicismo
econômiconos desenvolvimentos "ortodoxos" da mesma, especialmente na figura de Charles
Kindleberger e seus trabalhos sobre a Teoria da estabilidade hegemônica - por aparentemente
contraditório que seja pensar em "Economia Política" e "Neoclassicismo") e, de uma maneira
mais eclética, nas investigações ambientalistas.

Conceito de relações internacionais


As relações internacionais constituem uma disciplina que faz parte das ciências políticas e
focam-se nas relações entre os Estados e entre os Estados e outras instituições que pertencem
ao sistema internacional. Trata-se de um campo interdisciplinar, onde se combinam a política, o
direito, a economia e a história, por exemplo.
Até à Primeira Guerra Mundial, a política internacional desenvolvia-se basicamente através da
diplomacia. Depois desse conflito, passou a ser desenvolvida uma nova perspectiva das
relações internacionais, com o objectivo de arranjar formas sistemáticas para poder prevenir
aspectos relacionados com as guerras.
Existem diversas teorias dentro das relações internacionais. Por exemplo, Woodrow Wilson foi
o impulsor do idealismo político, que se baseia na crença de que a natureza humana é altruísta
e de que as pessoas são capazes de se entreajudar e de colaborar mutuamente.

O realismo político, por sua vez, desenvolveu-se entendendo a história como o resultado da
natureza do ser humano por cobiçar o poder e desejar a dominação de outros. Ou seja, não se
pode erradicar o instinto pelo poder.
O neo-realismo estrutural considera que é possível usar a guerra para alcançar a paz, daí o
surgimento do conceito de guerra preventiva. O neoliberalismo, por sua vez, minimiza a função
do Estado e considera que as relações internacionais deveriam ser reguladas pelas
organizações internacionais e pelas ONG.
Estas e outras teorias combinam-se na hora de conceber as políticas e as instituições que
regem as relações internacionais. Posto isto, existem diversas correntes de pensamento que
acabam por definir a agenda internacional.

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