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A IMPORTÂNCIA DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO,

FRENTE AOS DESAFIOS DA QUARTA REVOLUÇÃO


INDUSTRIAL.

Francisco Rodrigues dos Santos Oliveira Fernandes

Resumo

O presente estudo buscou reconhecer a importância da Engenharia de Produção no processo


de transição das indústrias atuais para os moldes da quarta revolução industrial, que
atualmente caminha a passos largos, principalmente com o franco crescimento econômico das
indústrias em países emergentes como é o caso do Brasil, abordando através de uma análise
crítica e reflexiva as principais bibliografias de autores nacionais e internacionais que são
referências na área da indústria 4.0, enfatizando de forma clara e objetiva, a ampla relação da
engenharia de produção e a quarta revolução industrial, para o desenvolvimento das industrias
e a ampliação dos processos produtivos, com a inserção de novas tecnologias que agregaram
baixo custo ao processo fabril.

Palavras-chave: Engenharia. Produção. Industrial. Tecnologia. 4.0.

1. INTRODUÇÃO

Desde os primórdios da civilização humana, sempre houve a necessidade de ser


desenvolvidas ferramentas e máquinas que supram a demanda do emprego da força humana
nos processos realizados, diante das várias possibilidades que surgiram ao longo dos séculos o
Homem como um ser pensante e cheio de necessidades, buscou através de todas as revoluções
industriais, evoluir os conceitos e os elementos que fazem parte da indústria e hoje através da
quarta revolução industrial no que chamamos de indústria 4.0, a sociedade e todas as formas
de produzir estão sofrendo mudanças drásticas na qual podemos citar o emprego da IA,

¹ Pós-graduação em Engenharia de Produção - Centro Universitário Leonardo Da Vince – UNIASSELVI -


francisco.rodrigues@live.com
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Inteligência Artificial, na qual vem trazendo uma gama de possibilidades em aprimoramentos


e melhorias no desenvolvimento dos processos fabris atuais.

Está abordagem dedica-se a real importância da Engenharia de Produção como


precursora de métodos e técnicas que irão alavancar os níveis de rentabilidade, qualidade e
produtividade das empresa, através de novas técnicas e metodologias de gerenciamento de
processos e produtos com o uso de tecnologias, de modo que a não adequação para os moldes
atuais da Industria 4.0, a mesma entrará no triste rol de empresas que deixaram de existir pelo
simples fato de serem consideradas arcaicas. Vale ressaltar que dentre as enciclopédias que
abordam este assunto que é tema principal desta pesquisa trata a Engenharia de Produção
como tendência, devido a mesma ser originaria de Engenharia Mecânica e ter abertura para as
demais áreas tecnológicas atuais dentre elas a Engenharia de Computação.

A chamada quarta revolução industrial vem dissimulada de Industria 4.0, um termo


que além de ser um prelúdio, anuncia uma nova era que integra as tecnologias da informação
e comunicação, as tecnologias já conhecidas como mecânica e robótica, que juntas serão a
base das empresas que a elas aderirem, trazendo assim uma gama de novas possibilidades,
oportunidades e consecutivamente desafios que dentre eles podemos ressaltar a falta de
credito e incentivo a novas tecnologias por parte da gestão pública, falta de mão de obra
verdadeiramente qualificada que atenda está nova demanda, alta nas moedas correntes de
países considerados de primeiro mundo, provocada pela inflação e juros de alguns países
emergentes, agregando assim um alto valor as exportações e importações de equipamentos e
suprimentos, logística precária e deficiente devido malha rodoviária, ferroviária, fluvial,
estrutura de aeroportos e portos, sendo estes alguns pontos que cabem elencar como fatores
que se tornam desafios e que serão abordados de uma forma explicita ao decorrer deste
trabalho.

2. A NOTORIEDADE DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

Frente a disseminação em larga escala e aos desafios como mencionado no parágrafo


anterior, a indústria 4.0 está dispondo uma forte aliada que está trazendo uma mescla de
conhecimentos e inovação, sendo esta a Engenharia de Produção que está ganhando destaque
no meio frutuoso que se encontra as grande indústria que almejam a ascensão através dos
elementos formadores da Industria 4.0, nesse contexto cabe destacar que a Engenharia de
Produção por sua vez consegue desenvolver parâmetros e procedimentos para implantar os
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conceitos de planejamento e controle da produção para atender as demandas da indústria 4.0,


como destacado principalmente a gestão da manufatura avançada estudando sobre ângulos
variados a internet das coisas, Sistemas ciber físicos, Internet de serviços, automação,
inteligência artificial, Big Data, computação em nuvem, integração de sistemas, segurança
cibernética e robótica.

Estes conceitos são amplamente estudados por diversas empresas, aonde a chamada
manufatura enxuta, ou lean manufacturing, na qual é uma filosofia de gerenciamento de
manufatura baseada no Sistema Toyota de Produção que procura maximizar o valor para o
cliente e minimizar o desperdício ao longo do fluxo do processo (ALMEIDA, 2019). Sendo
que esta, cada vez mais está ganhando espaço no meio produtivo, sendo tratada como uma
válvula de escape para as expectativas, incertezas, mudanças e desafios que somente a
pronuncia da indústria 4.0 traz consigo, no cenário atual a velocidade do desenvolvimento
tecnológico que vem acontecendo em Países como Japão, China, Alemanha e EUA, cria o
temor em muitas empresas situadas principalmente no Brasil, tornado o termo indústria 4.0,
como algo quase que impossível de acontecer, devido principalmente pela chamada
burocracia enfrentada por empresários e investidores, atrelada a baixa mão de obra de
algumas localidades, que por sua vez é um reflexo da escassez de recursos e falta de interesse
em qualificação até mesmo por parte da própria população.

Seguramente, nenhuma sociedade pode florescente e ser feliz, se a grande maioria de


seus membros for pobre e miserável (SMITH, 2006).

Os desafios enfrentados pela Revolução Industrial do século XVIII, em relação os


desafios atuais, são em parte praticamente os mesmos, pois quando se tem mudanças, sempre
há rejeições, medos e incertezas, que surgem como crenças da população, uma vez que muitos
empresários enxergam que para crescer se deve produzir a todo vapor, mais e mais e de
qualquer jeito, colocando assim a cereja que faltava no bolo do distanciamento da indústria
4.0.

De modo semelhante todas as mudanças que obrigaram as empresas a se reinventarem


para se manterem estáveis no mercado produtivo, a Industria 4.0 também está obrigando os
indivíduos a se reinventarem, para acompanhar o avanço das tecnologias e de certa forma
estas mudanças implicaram na forma de como o trabalho será executado, qualidade de vida,
saúde, lazer, relacionamentos familiares e sociais destes indivíduos, a tecnologia que
acarretará todas essas mudanças, será a mesma tecnologia que oferecera oportunidades de
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novos negócios sem deixarmos de mencionar o desenvolvimento pessoal que atualmente pode
ser alcançado através da internet.

Como resultado poderemos testemunhar um crescente grau de polarização no mundo,


marcado por aqueles que abraçam a mudança e aqueles que resistem a ela (SCHWAB, 2016),
concluindo assim a transição da indústria 3.0 para a indústria 4.0.

3. CONEXÕES HOMEM E MÁQUINA

A preocupação que acerca alguns empresários e principalmente os trabalhadores que


tem sua mão de obra empregada nos processos industrial, fica externado claramente quando
se fala em processos autônomos, robôs e principalmente Inteligência Artificial que fruto dos
avanços constantes da indústria 4.0. Que por sua vez traz esse temor para muitos, sendo este
um desafio que a Engenharia de Produção, vem constantemente superando devido as novas
tecnologias e meios educacionais, nas quais está se faz aliada para educar e conscientizar as
pessoas sobre novas oportunidades que surgiram com o emprego das atualizações que vem no
carro chefe da indústria 4.0. Sendo muitas vezes necessários educar de forma pedagógica para
estas pessoas, enfatizando sempre que toda novidade vem com inúmeras oportunidades.

O avanço da quarta revolução industrial que enfatizo sempre como indústria 4.0,
alicerça um berço de oportunidades que gradativamente vem sendo materializado com o
emprego da Engenharia de Produção, como abordado por Klaus Schwab em seu Livro a
Quarta Revolução Industrial de 2016, segundo ele, A quarta revolução industrial pode estar
trazendo rupturas, mais os desafios por ela são criados por nós mesmo, Está, portanto, ao
nosso alcance solucioná-los e realizar as alterações e políticas necessárias para nos
adaptarmos (e florescermos) em nosso novo ambiente emergente.

Essa crescente discursão alimenta mais ainda a importância da Engenharia de


Produção frente a estes desafios, uma vez que a mesma produção trabalhada pela Engenharia,
e a mesma produção que está evoluindo ao longo das Revoluções Industriais e fomenta mais
ainda a quarta revolução industrial, com suas novas tecnologias e processos produtivos, que
são de certa forma o pilar na qual a Engenharia de Produção exerce sua função, um grande
paradigma que rodeia esta Engenharia que deliberadamente vem crescendo através dos anos é
a velha política que não investe economicamente em pais emergentes, fazendo com que
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grande industrias migrem para países mais avançados principalmente no senário econômico,
obrigando os profissionais migrarem junto com essas empresas.

Uma vez que a Engenharia de Produção tem em seu currículo as ferramentas para uma
produção enxuta, através do chamado lean manufacturing, como citado anteriormente, cada
vez mais as empresas buscas investir nessa Engenharia, uma vez que todos os equipamentos
que envolvem o processo produtivo de uma fábrica, são monitorados e gerenciados por
sistemas e equipamentos eletroeletrônicos, necessitam passar frequentemente por
acompanhamento gerencial para atestar seu pleno funcionamento e principalmente a execução
de manutenção preventiva e preditiva, por profissionais que entendam do processo e
desenvolvem parâmetros de acompanhamento para estes, colocando assim a importância da
Engenharia de Produção a frente de outras engenharias que também fazem parte do processo
produtivo, principalmente no tocante da organização da cadeia produtiva para a digitalização
de todo o processo.

Hoje no tocante da inserção da Indústria 4.0, no Brasil vemos que segundo (ROCHA,
VENDRAMENTO, 2016) as empresas estrangeiras se apoderaram das matrizes produtivas,
influenciando os setores econômicos, sociais e políticos. Trazendo consigo sobre um olhar
otimistas as oportunidades que alavancaram o desenvolvimento da Engenharia de Produção
como gestora principal da Industria 4.0.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho tem por finalidade elencar todos os desafios da inclusão da


indústria 4.0, de forma clara e objetiva, transparecendo assim de fato os problemas e
objetivando como norte principal, a defesa da ideia de que a Engenharia de Produção, está à
frente das principais engenharias no tocante a imersão das empresas no munda da Industria
4.0. Refletindo assim os relatos dos principais autores e bibliografias que serviram de berço
para este trabalho, que a gestão da quarta revolução industrial, não pode ser realizada do
mesmo modo que a gestão de suas antecessoras, sendo necessários uma administração do
processo produtivos, analisando processo atual com ênfase em seus gargalos e custos
variados, o processo migratório analisando os pontos de acertos e de melhorias, testando
possibilidades e inovações, e por final o processo concluído e seus resultados de modo
intrínseco e sistemático, a fim de obter-se todos os resultados com está transição para a
indústria 4.0.
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Certamente a Engenharia de Produção visa todo esse processo transitório, não


somente o resultado final, buscando extrair o melhor da indústria 4.0 e suas infinitas
possibilidades que atualmente em pleno século 21 a mesma pode oferecer.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Paulo Samuel de. Industria 4.0. Princípios básicos, aplicabilidade e


implantação na área industrial. 1ª Edição. São Paulo: Érica, 2019.

SCHWAB, Klaus. A quarta revolução industrial. 1ª Edição. São Paulo: Edipro, 2019.

SMITH, A. A riqueza das nações. 1ª Edição. Curitiba: Juruá, 2006. Livro 1.

ROCHA, A.; VEDRAMETTO, O. Seleção de indicadores de eficiência da competitividade


industrial brasileira. 1ª Edição. São Paulo: Blucher, 2016.

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