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2018
FACULDADE PADRE JOÃO BAGOZZI
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NEUROPSICOLOGIA
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Pós-graduação
Ana Claudia Nascimento Teixeira
CURITIBA
2018
Pós-graduação
TEIXEIRA, Ana Claudia Nascimento 1
BRAGA, Sandra Maria Figueiredo2
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
Pós-graduação
doenças por meio do Código Internacional de Doenças (CID-10), o TEA incluiu-se
neste código.
As crianças identificadas com TEA eram vítimas de preconceito, sendo excluídas
da sociedade e até mesmo de suas famílias. Somente a partir de 1988 com criação da
Constituição Federal essas crianças foram vistas como portadoras de direitos.
O autismo tem em vários graus: Leve, moderado e grave. Um dos seus
principais sintomas é a falta de comunicação e dificuldades em se relacionar
socialmente.
As salas de recursos multifuncionais para essas crianças com TEA é
fundamental para o desenvolvimento intelectual, social e moral, e para que se realize
de fato a inclusão na escola. Por meio da sala de recurso, é garantido um espaço na
comunidade escolar e também no ambiente social, preparando esse sujeito para o
futuro.
Com relação ao desenvolvimento da pessoa com necessidades especiais em
estudo os TEA, pode-se dizer que a sala de recurso oferece uma atenção pedagógica
diferenciada, ou seja, pode se afirmar que “a finalidade da intervenção pedagógica é
contribuir para que o aluno desenvolva as capacidades de realizar aprendizagens
significativas por si mesmo e que aprenda a aprender” (BRITO, 2003. p.20).
No desenvolvimento deste trabalho o método utilizado para corresponder aos
objetivos foi à pesquisa bibliografia, sendo que essa metodologia permite analisar
leitura de vários livros que abordem a temática estudada, publicações, revistas e
também a possibilidade de buscar suporte necessário para realizar a pesquisa.
Com o passar dos anos, a sociedade brasileira passou a conviver com
mudanças significativas na estrutura familiar, nota-se que as mesmas estão mais
heterogêneas, enfrentando paradigmas ate então não observado. Hoje nas escolas o
atendimento para os alunos com alguma necessidade especial passou a ser mais
respeitado, todos têm atendimento direcionado para cada necessidade.
Atualmente a elaboração de projetos, na sociedade está sendo bem aceitos
quando são preparados de maneira positiva. Nas das escolas os docentes preocupam-
se com a qualidade do ensino, oferecendo conteúdos que identifiquem os educandos a
sua realidade, por isso é importante salientar que para alcançar esse conhecimento em
relação ao ensino para os alunos com necessidades educativas especiais
principalmente os TEA, cabe ao corpo docente elaborar currículos educativos,
priorizando o ensino conforme a realidade do discente para que haja um aprendizado
com qualidade e significativo.
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Os procedimentos metodológicos necessários à realização da pesquisa
proposta, optou-se pela abordagem qualitativa, que possibilita apresentar, examinar,
objetivando compreender efetivamente o processo do desenvolvimento das salas de
recursos multifuncionais como função pedagógica para os alunos com TEA.
Por meio desse projeto espera-se o aprimoramento nos conhecimentos
específicos na área da Educação Especial com atendimento em salas de recursos
multifuncionais, podendo desempenhar atitude compatível com uma postura ética,
valorizando e respeitando o educando TEA em suas particularidades, visando seu
progresso no desempenho educacional.
Autismo é uma palavra de origem grega (autós), que significa por si mesmo. É
um termo usado, dentro da psiquiatria, para denominar comportamentos humanos que
se centralizam em si mesmos, voltados para o próprio indivíduo. (ORRÚ, 2012, p.17).
O primeiro médico a usar a palavra autismo foi psiquiatra Plouller em 1906, o
mesmo realizou estudos em pacientes até então diagnosticados com esquizofrenia.
Mas foi em 1943 que o psiquiatra Leo Kanner depois de muitos estudos conseguiu
diferenciar o paciente esquizofrênico, do paciente autista, após observar o
comportamento de grupos de crianças que se isolavam e mantinham comportamento
diferente das demais, pois as mesmas não se relacionavam com as famílias ou a
sociedade e algumas tinham alguns movimentos repetitivos.
Ressaltando o Ministério da saúde (2014), descreve que:
Na mesma época em que Kanner publicou seu trabalho (em uma revista
científica já extinta), Asperger (1944) descreveu o quadro clínico de quatro
meninos de 7 a 11 anos que, apesar de guardar semelhanças com o quadro de
Kanner, definiu outro quadro clínico, hoje conhecido como síndrome de
Asperger. A descrição de Asperger, apesar de também detalhada, deixou de
levar em consideração casos semelhantes já descritos na literatura da época.
(BRASIL,2014,p.12).
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características do autista:
Vale ressaltar outras particularidades do autismo que são observadas por meio
do comportamento:
Não estabelece contato visual;
Não responde, quando o chamam;
Sensibilidades a sons, cheiros, a claridade e ao toque (estímulo táctil);
Não compreende gestos e expressões populares, (não adianta chorar
pelo leite derramado) para eles tudo é real, levam ao pé da letra o que
ouve;
Comportamento de agressividade, autoagressão;
Dificuldade de expressar emoções;
Resistência a mudanças, seguem uma rotina;
Usa as pessoas como ferramenta para pedir alguma coisa ou mostrar
algo;
Anda nas pontas dos pés;
Deficiência no uso da imaginação para lidar com jogos simbólicos;
Não compreende instruções complexas.
Segundo o DSM-V, os sinais do TEA manifestam-se nos primeiros anos de
vida:
Os sintomas costumam ser reconhecidos durante o segundo ano de vida (12 a
24 meses), embora possam ser vistos antes dos 12 meses de idade, se os
atrasos do desenvolvimento forem graves, ou percebidos após os 24 meses, se
os sintomas forem mais sutis. (DSM-V, p55).
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publicou, em 1993, a décima versão do Código Internacional de Doenças código (CID-
10) atualizando a classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento, pela qual
se enquadrou o autismo”. A OMS fornece aos médicos todas as orientações sobre o
diagnóstico da doença.
Orrú (2012, p. 23) complementa dizendo que o autismo se manifesta “em
crianças com idade inferior a três anos, com predominância de quatro crianças a cada
dez mil nascidas. Manifestava-se, majoritariamente, em indivíduos do sexo masculino,
sendo a cada quatro casos confirmados três do sexo masculino e um caso para o
feminino “.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma desordem agressiva no
desenvolvimento global, faz parte do Transtorno Globais do desenvolvimento (TGD),
com o código F84.0, conforme o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais (DSM-V) que descreve o TEA da seguinte forma:
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o indivíduo e o mesmo passa a ser visto como um portador de direitos.
Com base na Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência, tem como princípio, Art. 5º:
.
De acordo com a Política Nacional, fica claro que é dever do Estado fazer esta
integração entre o indivíduo e a sociedade, garantindo seus direitos.
A LEI Nº 12.764/ 2012, vem dar todo o suporte necessário aos direitos do
TEA como cidadão .
Art. 2o São diretrizes da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa
com Transtorno do Espectro Autista:
I - a intersetorialidade no desenvolvimento das ações e das políticas e no
atendimento à pessoa com transtorno do espectro autista;
II - a participação da comunidade na formulação de políticas públicas voltadas
para as pessoas com transtorno do espectro autista e o controle social da sua
implantação, acompanhamento e avaliação;
III - a atenção integral às necessidades de saúde da pessoa com transtorno do
espectro autista, objetivando o diagnóstico precoce, o atendimento
multiprofissional e o acesso a medicamentos e nutrientes;
IV - (VETADO);
V - o estímulo à inserção da pessoa com transtorno do espectro autista no
mercado de trabalho, observadas as peculiaridades da deficiência e as
disposições da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do
Adolescente);
VI - a responsabilidade do poder público quanto à informação pública relativa
ao transtorno e suas implicações;
VII - o incenotivo à formação e à capacitação de profissionais especializados
no atendimento à pessoa com transtorno do espectro autista, bem como a pais
e responsáveis;
VIII - o estímulo à pesquisa científica, com prioridade para estudos
epidemiológicos tendentes a dimensionar a magnitude e as características do
problema relativo ao transtorno do espectro autista no País.
Como pode-se observar, esta Lei, vem trazendo todo o suporte necessário ao
autista, desde seu diagnóstico precoce, atendimento de vários profissionais na área da
saúde e também sendo tema de pesquisa cientifica que busca conhecer as
particularidades do autista e suas necessidades, bem como o estímulo a habilitação de
profissionais e familiares na aquisição de conhecimentos sobre o autismo.
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Com base na Legislação Brasileira sobre Pessoas Portadoras de Deficiência, 6ª
edição, p. 29, o art.3, relata sobre os princípios gerais:
Portanto, para que haja uma inclusão no âmbito educacional, é necessário que
as instituições educacionais garantam as políticas estabelecidas, fornecendo todo os
recursos necessários para desenvolver o potencial do aluno.
Concluindo assim que as Leis que amparam o autista são claras e bem
definidas, expondo todos os direitos adquiridos a serem acatados e executado pela
sociedade.
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4 SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS: CONTEXTO HISTÓRICO
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desafios lançados, buscando por meio dos docentes da educação especial, táticas de
ensino na ação pedagógica:
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formação continuada deve ser colocada em prática na execução do currículo,
apontando sempre a particularidade de cada aluno.
Segundo JESUS (2005):
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Todo indivíduo independente de sua necessidade educacional especial, deve
ser incluído como aluno no âmbito educacional de forma que este se sinta à vontade e
consiga se apropriar do processo ensino aprendizagem.
Complementando a Declaração de Salamanca (1994) sobre a escola inclusiva:
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
BRITO, Teca Alencar de. Música na educação infantil. São Paulo: Petrópolis, 2003.
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA: Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área
das Necessidades Educativas Especiais, 1994, Salamanca-Espanha.
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JESUS, D. M. Formação continuada: construindo um diálogo entre teoria, prática,
pesquisa e educação inclusiva. In: JESUS, D. M.; BAPTISTA, C. R.; VICTOR, S. L.
(Org). Pesquisa e educação especial: mapeando produções. Vitória: EDUFES, 2005, p.
203-218.
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