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CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
CINÉTICA E REATORES QUÍMICOS
𝐴 → 𝐵 + 𝐶 𝑒𝑞. (1.0)
Assim, neste relatório será resolvido o exercício proposto (4-4) pelo livro
“Elementos da engenharia das reações químicas” apresentando uma situação
envolvendo o software POLYMATH 6.10 no qual será útil para resolução da
equação diferencial de projeto do reator PFR definido pelo exercício.
Objetivo
Obtenção dos perfis de conversão, concentração dos componentes da
reação e da velocidade de reação ao longo do reator.
Materiais e Métodos
• Descrição do problema:
O problema 4-4 busca encontrar o volume de reator PFR para produzir
300 milhões de libras de etileno por ano a partir do craqueamento de uma
corrente de etano puro. A reação é irreversível e segue uma lei de velocidade
elementar:
𝐶2 𝐻6 → 𝐶2 𝐻4 + 𝐻2 𝑒𝑞. (2.0)
Neste caso, deseja-se encontrar uma conversão de 80% para o etano à
uma temperatura de 1100K à 6 atm. Assim, com tais informação, juntamente das
informações adicionais do problema é possível se determinar o perfis de
concentração, velocidade de reação e conversão ao longo do reator por meio
da equação de projeto do reator PFR e da sua resolução na forma diferencial
através do sotware POLYMATH.
Desenvolvimento
Inicialmente tendo em mente as equações de tabela estequiométrica,
deseja-se obter as variáveis da equação de projeto de um reator PFR. Assim,
sendo necessário mostrar a lei de reação para “A” em função de sua
concentração e consequentemente em função da conversão do componente.
Logo, têm-se concentração em função da conversão para todos os
componentes:
𝛩 + 𝑣𝑖 𝑋
𝐶𝑖 = 𝐶𝑎0 ( ) 𝑒𝑞. (3.0)
1 + 𝜀𝑋
1−𝑋
𝐶𝑎 = 𝐶𝑎0 ( ) 𝑒𝑞. (4.0)
1 + 𝜀𝑋
𝑋
𝐶𝑏 = 𝐶𝑎0 ( ) 𝑒𝑞. (5.0)
1 + 𝜀𝑋
𝑋
𝐶𝑐 = 𝐶𝑎0 ( ) 𝑒𝑞. (6.0)
1 + 𝜀𝑋
Sendo 𝐶𝑎0 definido no processo isobário e isotérmico:
𝑃
𝐶𝑎0 = 𝑦𝑎0 𝐶𝑡0 = 𝑦𝑎0 𝑒𝑞. (7.0)
𝑅𝑇
E para as condições dadas pelo problema:
𝐹𝑎0 𝑃 𝐹𝑎0 𝑃 𝑃 6𝑎𝑡𝑚 𝑙𝑏𝑚𝑜𝑙
∴ 𝐶𝑎0 = = = = 3 = 0,00415 𝑒𝑞. (8.0)
𝐹𝑡0 𝑅𝑇 𝐹𝑎0 𝑅𝑇 𝑅𝑇 𝑎𝑡𝑚. 𝑓𝑡 𝑓𝑡 3
0,73 1980°𝑅
𝑙𝑏𝑚𝑜𝑙. °𝑅
Também tendo 𝐹𝑎0 = 𝐹𝑡0 :
𝐹𝑎0 𝑐 𝑏 𝐹𝑎0 𝐹𝑎0 𝐹𝑎0
𝜀 = 𝑦𝑎0 𝛿 = ( + − 1) = (1) = = = 1 𝑒𝑞. (9.0)
𝐹𝑡0 𝑎 𝑎 𝐹𝑡0 𝐹𝑡0 𝐹𝑎0
1−𝑋
∴ 𝐶𝑎 = 0,00415 ( ) 𝑒𝑞. (10.0)
1+𝑋
𝑋
∴ 𝐶𝑏 = 0,00415 ( ) 𝑒𝑞. (11.0)
1+𝑋
𝑋
∴ 𝐶𝑐 = 0,00415 ( ) 𝑒𝑞. (12.0)
1+𝑋
Assim, com as concentrações definidas o próximo passo é encontrar lei
de velocidade de primeira ordem em função da concentração de A e
consequentemente em função da sua conversão, além da velocidade específica
de reação que é dada como função da temperatura:
1−𝑋
−𝑟𝐴 = 𝑘(𝑇)𝐶𝑎 = 𝑘(𝑇)𝐶𝑎0 ( ) 𝑒𝑞. (13.0)
1 + 𝜀𝑋
1−𝑋
∴ −𝑟𝐴 = 𝑘(𝑇)0,00415 ( ) 𝑒𝑞. (14.0)
1+𝑋
O enunciado fornece 𝑘1 = 0,072 𝑠 −1 para 𝑇 = 1000𝐾, logo, foi possível
encontrar o valor de 𝑘2 para 𝑇 = 1100 𝐾 com base nas condições dadas pelo
problema:
82000𝑐𝑎𝑙
𝑚𝑜𝑙 ( 1 − 1 ))
( 1,987𝑐𝑎𝑙
𝐸 1 1 1000𝐾 1100𝐾
( + ) −1
𝑘2 = 𝑘1 𝑒 𝑅 𝑇1 𝑇2 = 0,072𝑠 𝑒 𝑚𝑜𝑙.𝐾 = 3,07𝑠 −1 𝑒𝑞. (15.0)
Trazendo a equação da lei de velocidade:
1−𝑋 1−𝑋
∴ −𝑟𝐴 = 3,07.0,00415 ( ) = 0,0127405 ( ) 𝑒𝑞. (16.0)
1+𝑋 1+𝑋
Para a equação de projeto do reator PFR, esta deve estar na forma
diferencial para gerar os perfis de concentração e conversão:
𝑑𝑋 −𝑟𝐴
= 𝑒𝑞. (17.0)
𝑑𝑉 𝐹𝑎0
Em que 𝐹𝑎0 pôde ser definido por meio do velor de 𝐹𝑏 com base nas
condições já definidas:
𝑙𝑏 1 𝑎𝑛𝑜 1 𝑑𝑖𝑎 1ℎ 1𝑙𝑏𝑚𝑜𝑙 𝑙𝑏𝑚𝑜𝑙
𝐹𝑏 = 300𝑥106 ( )( )( )( ) = 0,340 𝑒𝑞. (18.0)
𝑎𝑛𝑜 365 𝑑𝑖𝑎𝑠 24 ℎ 3600 𝑠 28𝑙𝑏 𝑠
Assim novamente pelo uso das tabelas estequiomêtricas do capítulo 3:
𝑏 1
𝐹𝑏 = 𝐹𝑎0 (𝛩 + 𝑋) = 𝐹𝑎0 (0 + 𝑋) = 𝐹𝑎0 𝑋 𝑒𝑞. (19.0)
𝑎 1
𝐹𝑏 = 𝐹𝑎0 𝑋 𝑒𝑞. (20.0)
0,340
∴ 𝐹𝑎0 = = 0,425 𝑙𝑏𝑚𝑜𝑙/𝑠𝑒𝑞. (21.0)
0,8
Tendo-se, portanto, a equação diferencial de conversão por volume do
reator:
1−𝑋
𝑑𝑋 0,0127405 (1 + 𝑋) 1−𝑋
= = 0.02999 ( ) 𝑒𝑞. (22.0)
𝑑𝑉 0,425 1+𝑋
A resolução desta equação diferencial pode ser feita por meio das
condições de contorno 𝑉 = 0 𝑓𝑡 3 (𝑋 = 0) e 𝑉 = 80,7𝑓𝑡 3 (volume naturalmente
obtido por meio de uma integração para 𝑋 = 0,8). Utilizando-se do método de
Riedlich-Kwong (45) no sotware POLYMATH, gerando o perfil de conversão ao
longo do reator. Um outro item que pode ser obtido facilmente são os perfis de
concentração de A, B e C, assim como a velocidade de reação (-ra) ao se
definirem as variáveis no programa. Neste caso elas são meramente
dependentes da conversão, logo, ao passo que a conversão é calculada, a
velocidade de reação e concentrações também são.
Resultados
Com base em uma rotina devidamente programada no POLYMATH:
Figura 1.0: Rotina programada
Referências bibliográficas
- Fogler, H.S.; Elements of Chemical Reaction Engineering, Pearson
Education Inc, New Jersey - USA, 4th Ed. (2006);