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Estudo Do Controle Tecnologico e Recebimento Do Concreto em Obra Finalizado PDF
Estudo Do Controle Tecnologico e Recebimento Do Concreto em Obra Finalizado PDF
Goiânia
2014
RAFAEL SCHMALTZ ZALAF
SAULO RIBEIRO MAGALHÃES FILHO
THIAGO CARVALHO BRAZ
Goiânia
2014
RAFAEL SCHMALTZ ZALAF
SAULO RIBEIRO MAGALHÃES FILHO
THIAGO CARVALHO BRAZ
________________________________________
Prof. Dr. Oswaldo Cascudo (Presidente)
Universidade Federal de Goiás
________________________________________
Prof. Dr. Helena Carasek
Universidade Federal de Goiás
________________________________________
Prof.
Universidade Federal de Goiás
Goiânia
2014
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus que iluminou nossa jornada e nos deu sabedoria, saúde e
força para superar as dificuldades.
Aos nossos familiares que não mediram esforços no auxilio de nossas caminhadas e que sem
o contínuo apoio, compreensão e confiança não seria possível a finalização de mais uma etapa
em nossas vidas.
Às empresas que ao nos receberem com grande cortesia e permitir o acompanhamento das
obras foram parte fundamental para a realização deste estudo.
E a todos que direta ou indiretamente contribuíram para nossa formação acadêmica, ética e
profissional, o nosso muito obrigado.
RESUMO
O controle tecnológico do recebimento do concreto em obra tem como objetivo garantir que
este, principal material constituinte das edificações, esteja em acordo com os parâmetros
estabelecidos pelas normas para ele e necessários para a perfeita execução das obras e
consequente durabilidade da estrutura. A fim de guiar os procedimentos relacionados a esse
controle, a NBR 12 655 (ABNT, 2006) preconiza ações para garantir que os mesmos sejam
realizados de forma eficiente. O presente trabalho realizou um levantamento de literatura
visando a compreensão das condutas relativas ao controle no recebimento do concreto dosado
em central em obra, afirmadas em norma, além de um estudo de campo em que esses
procedimentos foram analisados em 5 obras diferentes da região metropolitana de Goiânia.
Dessa forma, foi possível constatar diversas não conformidades dos procedimentos realizados
nos empreendimentos visitados com relação às condutas estabelecidas pela NBR 12 655
(ABNT, 2006). Tal estudo viabilizou, ainda, uma análise das razões e consequências das
falhas no controle do concreto, relacionadas no decorrer deste trabalho.
CP – Corpo de prova
E – Módulo de Elasticidade
NM - Norma Mercosul
Sd – Desvio padrão
ε – Deformação Específica
σ – Tensão
Sumário
INTRODUÇÃO
Diante disso, este trabalho tem como principal objetivo analisar e estudar os tipos,
a eficácia e o cumprimento dos métodos de controle tecnológico no recebimento do concreto
em obra, utilizando-se das normas que regem tais procedimentos e do acompanhamento da
execução de algumas obras na cidade Goiânia.
1.1 OBJETIVOS
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Neste capítulo será feita uma revisão teórica do planejamento preliminar para o
controle e recebimento do concreto usinado, bem como discute as responsabilidades do
projetista, da empresa responsável pelo serviço de concretagem e do responsável técnico pela
execução da obra. Também enfoca os materiais que compõem o concreto, o seu transporte, o
planejamento para o recebimento deste, os critérios de avaliação no controle e recebimento, o
recebimento efetivo do concreto e as consequências deste mau recebimento.
2.2 TRANSPORTE
Figura 2.1 - Representação esquemática do tempo para transporte e descarga do concreto pré-misturado.
um tempo bem acima do limite especificado pela norma. Nestes casos, de acordo com
Polesello (2012), enfrentam-se duas realidades:
sobre a obra, melhorando suas decisões e aumentando as chances de se optar pela melhor
resolução quanto a eventuais dificuldades que possam surgir durante a execução. Portanto, a
gestão da qualidade encaixa-se como peça fundamental para subsidiar os gestores de
informações consistentes, uma vez que, durante a realização do planejamento, é
imprescindível ter conhecimento antecipado sobre todo processo construtivo do objeto a ser
executado (FACHINI; SOUZA, 2006).
O concreto dosado em central é regido por várias normas técnicas tais como: a
NBR 6118 (Projeto e Execução de Obras de Concreto Armado), a NBR 7212 (Execução do
Concreto Dosado em Central), a NBR 12 654 (Controle Tecnológico dos Materiais
Componentes do Concreto), a NBR 12 655 (Preparo, Controle e Recebimento de Concreto) e
a NBR 8953 (Concreto para Fins Estruturais – Classificação por Grupos de Resistência)
(ABESC, 2007).
Com base nessas normas e, segundo ABESC (2007), ao escolher e selecionar uma
concreteira deve-se levar em consideração alguns aspectos, tais como:
Ainda de acordo com a norma supracitada, a coleta das amostras deve ser
realizada durante a operação de descarga, após a retirada dos primeiros 15% e antes de
completar a descarga de 85% do volume total da betonada. O concreto deve ser descarregado
à velocidade normal de operação da betoneira, atentando para que a descarga não seja
obstruída ou retardada devido à tampa da calha não totalmente aberta.
A norma NBR 12 655 (ABNT, 2006) relata que são dois os tipos de controle da
resistência do concreto: controle estatístico por amostragem parcial e controle por
amostragem total (100%).
fckest = 2
onde:
onde:
Onde:
Para que seja feito um controle correto, de acordo com a ABESC (2011)
(Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem), assim que o concreto
chega à obra deve-se fazer registro da hora e utilizando a nota fiscal emitida, recolher algumas
informações pertinentes como o horário de saída do concreto da usina. O primeiro ato deve
ser conferir se o fck está de acordo com o solicitado e se o número do lacre confere com o que
está no caminhão, em seguida realiza-se o ensaio de abatimento do tronco de cone (slump
test) e moldam-se os corpos de prova, de acordo com as exigências da empresa responsável
pela execução da obra.
A ABESC (2007) ainda discorre que durante o lançamento é ideal que se tenha
em mãos o mapa de concretagem, conforme comentado anteriormente, indicando qual
Segundo Neville (1997) não existe um ensaio aceitável que determine diretamente
a trabalhabilidade do concreto. Entretanto, dentre os ensaios que indicam indiretamente a
trabalhabilidade dos concretos convencionais e bombeados, pode-se citar o ensaio de
abatimento do tronco de cone (slump test).
Tabela 2.2 - Relação entre a trabalhabilidade do concreto e o valor do abatimento do tronco de cone.
De acordo com a NBR 12 655 (ABNT, 2006), para o concreto usinado deve-se
realizar o ensaio de abatimento de tronco de cone (slump test) a cada betonada que chega à
obra para a aceitação do concreto fresco. Enquanto no caso do concreto preparado pelo
executante da obra, devem ser realizados ensaios de consistência sempre que ocorrerem
alterações na umidade dos agregados, na primeira amassada do dia, ao reiniciar o preparo
após uma interrupção da jornada de concretagem de pelo menos duas horas, na troca dos
operadores das betoneiras e cada vez que forem moldados corpos-de-prova. Tais
procedimentos tem como objetivo controlar e garantir as especificações previstas para a
execução da estrutura. Sendo que a aceitação ou não dos resultados obtidos, no ensaio citado,
devem obedecer aos critérios da Tabela 2.3 abaixo:
Tabela 2.3 - Tolerância para aceitação do concreto no estado fresco pelo ensaio de abatimento.
nítida separação da pasta da mistura, sendo também conhecida como exsudação (ALMEIDA,
2002).
Não existem ensaios normalizados para medir segregação. Para Geyer e Resende
(2006), a observação visual da coesão do concreto fresco ou endurecido e a extração de
testemunhos de concreto endurecido são indicados para a avaliação deste fenômeno.
Helene (1986) relata que vários são os fatores que intervêm na resistência à
compressão do concreto da estrutura; desde a heterogeneidade dos materiais até o transporte,
lançamento, adensamento e cura do concreto da obra. Entretanto, a resistência à compressão
do concreto se restringe à resistência medida na boca da betoneira, conforme indica o
esquema da Figura 2.4, a seguir:
A NBR 12 655 (ABNT, 2006) preconiza que os lotes de concreto só devem ser
aceitos, quando o valor estimado da resistência característica satisfizer a relação: fck, est ≥ fck.
Automaticamente, a estrutura deve ser construída com um concreto de resistência
característica à compressão (estimada) igual ou superior àquele valor adotado no projeto
estrutural. Dessa forma, garante-se que o concreto produzido no canteiro ou oriundo de uma
empresa de serviço de concretagem está adequada no tocante à sua resistência mecânica, pois
os valores de resistência à compressão do concreto produzido ou recebido são compatíveis aos
valores considerados no projeto.
teor de argamassa empregado para a fluidez (o módulo reduz com o aumento do teor de
argamassa do traço);
A NBR 12 655 (ABNT, 2006) esclarece que cabe ao responsável pelo projeto
estrutural a definição do módulo e sua explicitação no projeto e ao executor a correta
contratação do concreto, de modo a atender essa definição de projeto.
A NBR 12 655 (ABNT, 2006), no item 3.2, apresenta para o critério de aceitação
do concreto, três definições:
E enfatiza que o concreto deve ser aceito, quando o valor estimado da resistência
característica for maior ou igual a resistência característica de projeto.
De acordo com a NBR 12 655 (ABNT, 2006) há dois tipos de amostragem, a que
se baseia no controle estatístico do concreto por amostragem parcial e o controle por
amostragem total.
De acordo com a NBR 7212 (ABNT, 2012), a rejeição do concreto será embasada
em verificações e ensaios executados pela contratante visando comprovar as características do
concreto segundo normativas brasileiras e diretrizes de contrato.
c) Na sequência extrair testemunhos de acordo com a NBR 7680 (ABNT, 2007) e estimar o
novo fck equivalente (com os valores de resistência dos testemunhos), de acordo com a NBR
12 655 (ABNT, 2006);
d) De posse desse “novo fck,est”, confrontá-lo com o fck de projeto. Se atender, a investigação se
encerra e aceita-se o concreto do ponto de vista estrutural;
e) Caso ainda não atenda ao fck de projeto, utilizar na nova verificação estrutural, para o caso dos
estados limites últimos (ELU), um c= 0,9*c,original . No caso de verificação dos estados
limites de serviço (ELS) deve ser adotado c = 1,0, ambos conforme disposto da NBR 6118
(ABNT, 2014).
Por fim, Pacheco e Helene (2013) comentam (baseados na NBR 6118 (ABNT
2014)) que, caso persista a não conformidade, há algumas alternativas a adotar, a saber:
determinar um nível de restrição para o uso da estrutura, buscar alternativas de soluções de
reforço estrutural ou optar pela demolição total ou parcial da estrutura.
estuda os sintomas, formas de manifestação, origens e causas das doenças ou defeitos que
ocorrem nas edificações.
Grande parte das patologias do concreto podem ser evitadas com um adequado
controle tecnológico no recebimento do mesmo através das recomendações explicitadas na
NBR 12 655 (ABNT, 2006). Nos tópicos a seguir estão relacionadas algumas características
do concreto que podem ser verificadas no ato do recebimento e com o correto
acompanhamento do produto, juntamente com as patologias que podem causar suas
desconformidades:
alteração da relação a/c: pode deixar o concreto mais poroso, diminuindo sua resistência e
permeabilidade, o que facilita a entrada de CO2 , a carbonatação, a corrosão das armaduras e
as fissuras de retração. Tem-se, na Figura 2.10, um exemplo de caso de perda do cobrimento
do aço, uma das consequências da corrosão da armadura;
PESQUISA DE CAMPO
3.1.2.1 Empreendimento A
A obra foi iniciada em julho de 2013 e tem previsão para ser entregue em julho de
2016.
3.1.2.2 Empreendimento B
3.1.2.3 Empreendimento C
3.1.2.4 Empreendimento D
3.1.2.5 Empreendimento E
administrativo, respectivamente, exercem tal função. A Tabela 3.1 a seguir traz um resumo
dessas informações discutidas.
3.2.3.1 Resultados
Tabela 3.2 - Resumo das conformidades e não conformidades dos parâmetros de projeto por empreendimento.
A explicitação realizada em todos os projetos apenas dos dias para execução das
etapas construtivas, como retirada de fôrmas e escoras, caracteriza uma postura um pouco
diferente em relação às recomendações da NBR 12 655 (ABNT, 2006), que preconiza a
especificação dos valores referentes ao fcj e ao Ecj. Como os diferentes concretos possuem
comportamentos diferentes, em termos de desenvolvimento de resistência e de módulo de
elasticidade, função do tipo de cimento, consumo de cimento e traço do concreto, então fixar
a retirada de fôrmas e cimbramento baseada em um prazo pode implicar em problemas
patológicos de deformações e fissuras na estrutura. A visão da NBR 12 655 (ABNT, 2006) é
mais consistente quanto a esse aspecto, pois os parâmetros que orientam essa operação
executiva da obra (desfôrma e descimbramento) é baseada em valores mínimos de resistência
e de módulo do concreto, atestando assim a maturidade da estrutura para a operação, com
riscos bem menores de ocorrência de problemas.
Figura 3.14 - Gráfico de conformidades e não conformidades das responsabilidades de projeto em cada
empreendimento.
RESPONSABILIDADES DE PROJETO
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
A B C D E
NÃO CONFORMIDADE 44,44% 25,00% 55,56% 42,86% 55,56%
CONFORMIDADE 55,56% 75,00% 44,44% 57,14% 44,44%
Figura 3.15 - Proporção geral de conformidades e não conformidades das responsabilidades de projeto.
RESPONSABILIDADES DE PROJETO
CONFORMIDADE NÃO CONFORMIDADE
% de Conformidade
- fck = 100%
- fcj = 0%
- CAA = 20%
55% - fck mín = 100%
- a/c = 40%
45% - Cobrimento = 100%
- Ec = 80%
- Ecj = 0%
- Dmáx = 20%
Os transportes do concreto das usinas aos canteiros de obra são realizados por
caminhões betoneira (Figuras 3.16 e 3.17), munidos de dispositivos de agitação, controle de
adição de água, entre outros mecanismos essenciais para o controle e possíveis ajustes do
material transportado. Em todos os empreendimentos, o transporte do concreto no interior da
obra é realizado por meio de bombeamento, sendo as concreteiras as responsáveis por esse
procedimento, o que inclui o fornecimento dos equipamentos e de mão-de-obra qualificada
para tal.
Nos casos dos Empreendimentos B e D, não havia referências nas notas fiscais
entregues pelas concreteiras a respeito do traço, da relação a/c e do tipo e marca do cimento
utilizado na fabricação do concreto, como pode ser notado nas Figuras 3.18 e 3.19, que são
referentes às notas fornecidas pelas concreteiras B e D. Notou-se uma semelhança, ainda,
entre as notas dos Empreendimentos A e C, uma vez que apenas estas informavam os tipos de
aditivos utilizados, a hora de chegada dos caminhões nos canteiros e a hora da primeira adição
de água na mistura.
Tabela 3.3 - Resumo das conformidades e não conformidades das responsabilidades das empresas de concretagem.
Figura 3.21 - Proporção de conformidades e não conformidades das responsabilidades da concreteira em cada
Empreendimento.
RESPONSABILIDADES DA CONCRETEIRA
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
A B C D E
NÃO CONFORMIDADE 15,79% 68,42% 31,58% 68,42% 42,11%
CONFORMIDADE 84,21% 31,58% 68,42% 31,58% 57,89%
Figura 3.22 - Proporção geral de conformidades e não conformidades das responsabilidades das concreteiras.
Foi observada certa omissão por parte das concreteiras a respeito de informações
referentes à logística como os horários da mistura, chegada à obra e início e fim do
descarregamento, aspectos importantes para o controle da adequação da utilização do
concreto.
Figura 3.25 - Funcionário da Empresa Y realizando a moldagem dos corpos de prova no Empreendimento C.
Uma vez preenchidos os mapas das concretagens, estes eram arquivados na obra
juntamente com as notas de cada caminhão e com os relatórios técnicos dos ensaios
laboratoriais de controle (Figura 3.29 e 3.30) aos quais eram enviados posteriormente pelas
empresas terceirizadas responsáveis pela condução da parte laboratorial do controle.
Figura 3.29 – Relatório de controle da resistência à compressão fornecido pela Empresa Y, referente ao
Empreendimento E.
Figura 3.30 – Relatório de controle da resistência à compressão fornecido pela Empresa X, referente ao
Empreendimento B.
Tabela 3.4 - Resumo das conformidades e não conformidades das responsabilidades do executante da obra.
Tabela 3.5 - Resumo das conformidades e não conformidades das responsabilidades do executante da obra
(continuação)
Notou-se uma preocupação maior por parte do responsável pela execução da obra,
no ato do recebimento do concreto, principalmente em relação aos itens como a verificação do
volume, o recebimento e arquivamento da documentação comprobatória da qualidade do
concreto exigidos pela NBR 12 655 (ABNT, 2006), imprescindíveis do Programa Brasileiro
de Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H) e exigidos para o enquadramento no
sistema ISO 9001. Por outro lado, a conferência da primeira adição de água, quantidade
máxima de adição de água permitida em obra, Dmax, tipo e quantidade dos aditivos, relação
a/c e tipo de cimento, informações técnicas documentadas referentes à composição do
concreto, todos estes requisitos se mostraram deficientes por parte das empresas construtoras.
Ainda em relação aos ensaios, a solicitação dos testes para 7 e para 28 dias
justifica-se pela necessidade de uma estimativa para o valor da resistência característica, visto
R. S. ZALAF, S. R. M. FILHO, T. C. BRAZ
Estudo do controle tecnológico e recebimento do concreto em obra 74
que os valores dos ensaios realizados aos 7 dias podem apontar se o crescimento da
resistência em função do tempo está de acordo com esperado.
Embora a NBR 7212 (ABNT, 2012) estabeleça que deve haver um controle da
temperatura durante a concretagem, tanto do concreto quanto do ambiente, tais parâmetros
não foram analisados em 80% dos canteiros visitados, devido ao fato da região em que está
localizada a cidade de Goiânia não apresentar variações amplas e bruscas de temperatura
capazes de afetar a qualidade do concreto. No entanto, esse controle foi efetuado na
concretagem do Empreendimento B por se tratar de um bloco de fundação de grandes
dimensões, uma vez que em um grande volume de concreto há riscos maiores da estrutura
sofrer alterações graças ao calor liberado pelas as reações exotérmicas de hidratação do
cimento (calor de hidratação do concreto).
Figura 3.32 – Proporção de conformidades e não conformidades das responsabilidades do executante em cada
Empreendimento.
RESPONSABILIDADE DO EXECUTANTE
100,00%
90,00%
80,00%
70,00%
60,00%
50,00%
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
A B C D E
NÃO
38,89% 33,33% 50,00% 61,11% 38,89%
CONFORMIDADE
CONFORMIDADE 61,11% 66,67% 50,00% 38,89% 61,11%
Figura 3.33 - Proporção geral de conformidades e não conformidades das responsabilidades do executante.
RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE
CONFORMIDADE NÃO CONFORMIDADE % de Conformidade
- Existência de documentação na obra = 100%
- Prazo de arquivamento da documentação= 100%
- Há o recebimento da nota fiscal = 100%
- Conferência do volume de concreto = 100%
56% - Há conferência da hora de primeira adição de água = 40%
- Conferência da quantidade de água adicional permitida= 20%
44% - Análise quanto a dimensão máxima do agregado = 20%
- Análise quanto ao tipo de aditivo = 40%
- Verificação da relação a/c = 20%
- Verificação do tipo de cimento utilizado = 60%
- Critérios para retirada dos CP = 100%
- Terço adotado para retirada dos CP = 80%
- Período de elaboração da rastreabilidade = 0%
- Realização do teste de consistência (Slump) = 100%
- Análise de exsudação e floculação = 0%
- Verificação da temperatura do concreto = 20%
- Verificação da temperatura ambiente - 0%
Tabela 3.6 - Resumo dos dados levantados em checklist relacionados à comunicação entre executante da obra, projetista e concreteira.
Observou-se ainda que a não definição em projeto dos parâmetros fcj, Ecj e Ccim
mínimo colaboraram para a não solicitação de tais fatores por parte do executante da obra à
concreteira.
ANÁLISE GLOBAL DE
CONFORMIDADES
CONFORMIDADE NÃO CONFORMIDADE
55%
45%
Figura 3.35 - Proporção das desconformidades referentes aos projetos, executantes e concreteira.
NÃO CONFORMIDADES
PROJETISTA EXECUTANTE CONCRETEIRA
34% 33%
33%
Figura 3.36 - Fluxograma da comunicação entre os três principais agentes do processo de entrega, elaboração e
recebimento do concreto usinado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho teve como objetivo geral discorrer sobre o tema do controle
tecnológico do recebimento do concreto usinado em obra, calcado principalmente na ABNT
NBR 12 655: 2006 (Concreto – Preparo, Controle e Recebimento). Para tanto, buscou-se o
levantamento de uma revisão de literatura sobre o tema, o que tornou-se um importante apoio
técnico para a análise dos dados, obtenção dos resultados e discussões.
Variabilidade quanto à característica das obras adotadas, tipo de controle amostral e quanto
à forma de produção do concreto visando abordar o controle de aceitação de concreto
produzido no canteiro de obra;
(Continuação do checklist).
(Continuação do checklist).
(Continuação do checklist).