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Curso: Direito
Ano: 1º ano.
-Introdução:
-Platão:
Platão em sua doutrina dividia o mundo em: mundo inteligível e mundo sensível. No
inteligível se encontravam as ideias em sua essência e no sensível somente a
aparência, o que os olhos dos seres humanos enxergavam sem a necessidade de um
pensamento aprofundado e para o ser humano chegar à sabedoria era necessário se
desprender do mundo sensível e enxergar as coisas pelos olhos da razão no mundo
inteligível. A virtude é um bem, bem esse que sua definição se encontra no mundo
inteligível e somente ela era capaz de levar o indivíduo à felicidade e Ética.
Para Platão, era necessário buscar a ideia de bem, ideia essa sobre o ser e não a
aparência, o bem em si e não o bem particular e com o uso da ciência e não somente a
opinião. No Mito da Caverna, o autor compara a ideia de bem como o sol que ilumina
a visão do antes presidiário na caverna e após a sua iluminação, seus olhos não
conseguem mais se voltar para as trevas antes vividas. Mas não é possível olhar para o
sol diretamente, é necessário usar de outros métodos, como o uso da razão e da
ciência, para se chegar à iluminação. Chegando-se ao “bem” propriamente dito, o
indivíduo teria um norte para as suas ações e com isso obteria tanto a felicidade
quanto os valores.
-Aristóteles:
Para Aristóteles a virtude não se encontra somente na ideia de bem, mas depende do
exercício da virtude e o alcance do equilíbrio. Pois mesmo uma virtude tão nobre
quanto a coragem, em falta poderia se tornar covardia e em excesso poderia se tornar
imprudência, então prejudiciais ao ser humano e não instrumentos da virtude.
É outra face importante do pensamento de Aristóteles, que o não adianta de nada a
medida se o bem não for buscado por si só e tiver como objetivo um benefício
individual diferente da prática do bem e da felicidade (intitulada por Aristóteles como
eudaimonia). A felicidade é autossuficiente e deve ser o principal objetivo de vida do
ser humano.
-Conclusão:
Em suma, a Ética das Virtudes trás a virtude e as boas ações como instrumentos para o
alcance da ética e da moral. Existem várias virtudes, mas no cerne do ser humano
existe uma unidade entre elas, das quais são consideradas de boa conduta. Na Grécia
Antiga, Aristóteles e Platão divagaram sobre as virtudes e enquanto Platão considerava
o bem em si como virtude e espelho do agir ético, Aristóteles pensava ser necessário o
equilíbrio entre as virtudes para então serem definidas como modo de agir correto e
que leva à felicidade, principal foco da vida humana.
-Referências:
PLATÃO- A Republica- Recorte Livro VII.
https://estadodaarte.estadao.com.br/importancia-virtudes-limites-coitinho/