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RESUMO
Este artigo se destina a estudar um dos maiores filósofos da Grécia antiga, que é
Aristóteles, e, a sua obra Ética a Nicômaco, que tem como objetivo abordar a
presença do vício como um obstáculo na busca da eudaimonia aristotélica, bem
como os conceitos de virtude na mediania ou arete, que é a excelência. É de
interesse das discussões empreendidas, a relação entre elas no processo filosófico
da busca da felicidade. Além disso, acudiu-se a estudiosos para o aprofundamento e
melhor entendimento do filósofo grego, como o livro da Metafisica do mesmo autor,
Giovanni Reale, e as respectivas obras História da Filosofia e Comentários a Ética a
Nicômaco que ajudaram para a discussão desenvolvida.
Palavras-chave: Aristóteles. Virtude. Vício. Felicidade.
INTRODUÇÃO
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Aluno do primeiro ano do Bacharelado em Filosofia do Centro Universitário Salesiano de São Paulo
(UNISAL). E-mail: franga955@gmail.com.
2 Professor do Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL).
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Do grego: ethos, e sua derivação ethiké.
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que tem a ver com a prática, precisa antes equilibrar sua realidade junto com a
razão.
Do mesmo modo, o desejo, assim como a sensação para adquirir a
excelência, pois se só se procura chegar ao arete com o desejo, isto é, a inclinação
ou tendência para a aquisição de um fim determinado, deve-se entender que o
desejo pode se tornar um impulso que atrapalha a obtenção da virtude se não é
guiado pela luz da razão.
Enfim, somente o homem é plausível de ser um sujeito virtuoso, mas
novamente se ressalta, no pensamento aristotélico, um equilíbrio como fundamento
para chegar a um fim. Neste caso dos componentes citados acima, o desejo que
motiva, as sensações que outorgam conhecimentos iluminados pelo reto raciocínio
são as caraterísticas que qualificam o homem a ser apto para a virtude.
(ARISTÓTELES, 2001).
4 Na língua grega a palavra éthos = hábito (ετoς) é uma ligeira variação da palavra éthos = caráter
(ήθος) há a alternância do épsilon e do eta.
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A pessoa que procura a excelência moral ou prática, embora, tenha uma boa
vontade para a aquisição da virtude, não poderá escapar da intervenção daqueles
desejos excessivos, de força contrária ao bem, que tentaram induzir à reta
disposição da alma, para tomar decisões equivocadas e dessa maneira afastá-la do
meio termo virtuoso.
prazeres sensuais, então acontece que a pessoa, que embora esteja caminhando
pela estrada da filosofia, de reflexões, e de busca da vida teorética, tropeça em um
obstáculo, que como se viu mais acima, encontra-se em todo tempo presente como
potência na alma.
Só basta que o homem escolha na liberdade aqueles desejos nocivos para a
excelência e o vício passará obstruir o trânsito do homem para adquirir o estado
edaimónico anelado.
É de vital importância, neste ponto de análise entre a felicidade e o vício que
obstaculiza a via de aquisição do fim último da alma, compreender o erro quase
generalizado dos homens que afirmam que a felicidade encontra-se nos prazeres da
vida ou nas riquezas, que são alguns dos vários fins das atividades humanas, quer
dizer, a maioria das pessoas tem essas metas, mas, não deveria ser este o objetivo
do filósofo.
A asserção que a felicidade consiste só no prazer ou na riqueza conduz o
homem a realizar eleições equívocas que no final terminam afastando-o da senda
que vai para a felicidade.
Deste modo, entende-se quão difícil torna-se atingir e adquirir o bem
supremo, pelas constantes intervenções das paixões que procuram os prazeres,
levando a busca filosófica da eudaimonia em direção a uma felicidade efêmera, e
produzindo desse modo homens viciosos, isto é, afastados do meio termo virtuoso.
Assim sendo, o vício é considerado o principal obstáculo da felicidade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS