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GIDDENS, Anthony. (1984) A Constituição Da Sociedade. 2 Ed. São Paulo.. Martins Fontes, 2003
GIDDENS, Anthony. (1984) A Constituição Da Sociedade. 2 Ed. São Paulo.. Martins Fontes, 2003
DA S O C I E D A D E
Anthony Giddens
í
Tradução
ÁLVARO CABRAL
Martins Fontes
São Paulo 2 0 0 3
Título original: T H E C O N ST tT U T IO N O F SOC IETY.
C opyright © A nihony G iddens, S9H4.
C opyright © J989. L ivraria M artins F ontes E ditora Ltda..
S ã o Paulo, p a ra a presente edição.
I‘ edição
Outubro d e 1989
2* edição
ju n h o d e 2003
TVadução
ÁLVARO C A B R A L
Revisão da tradução
M itsu e M orissaw a
Revisão gráfica
C oordenação d e M aurício B a llh a za r Lea!
Produção gráfica
G eraldo Alves
Paginaçào/Fotoütos
Studio 3 D esenvoivim enio E ditorial
P refácio.................................................................................... IX
A breviaturas............................................................................ XI
Introdução............................................................................... XIII
i
Prefácio
A .G .
janeiro de 1984
Abreviaturas
R eferências
natureza, são recursivas. Quer dizer, elas não são criadas por
atores sociais mas continuamente recriadas por eles através dos
próprios meios pelos quais eles se expressam como atores. Em
suas atividades, e através destas, os agentes reproduzem as
condições que tom am possíveis essas atividades. Entretanto, a
espécie de “cognoscitividade” apresentada na natureza, na forma
de programas codificados, é distante das aptidões cognitivas
exibidas por agentes humanos. E na conceituação da cognosci
tividade humana e em seu envolvimento na ação que procuro
tomar para uso próprio algumas das principais contribuições
das sociologias interpretativas. Na teoria da estruturação, um
ponto de partida hermenêutico é aceito na medida em que se
reconhece que a descrição de atividades humanas requer fami
liaridade com as formas de vida expressas naquelas atividades.
É a forma especificamente reflexiva da cognoscitividade
dos agentes humanos que está mais profundamente envolvida
na ordenação recursiva das práticas sociais. A continuidade de
práticas presume reflexividade, mas esta, por sua vez, só é pos
sível devido à continuidade de práticas que as tom am nitida
mente “as mesmas” através do espaço e do tempo. Logo, a “re
flexividade” deve ser entendida não meramente como “auto-
consciência”, mas como o caráter monitorado do fluxo contí
nuo da vida social. Ser um ser humano é ser um agente inten
cional, que tem razões para suas atividades e também está apto,
se solicitado, a elaborar discursivamente essas razões (inclusi
ve mentindo a respeito delas). Mas termos tais como “propósi
to” ou “intenção”, “razão”, “motivo” etc. têm de ser tratados
com cautela, porquanto o seu uso na literatura filosófica tem
sido muito freqüentemente associado a um voluntarismo her
menêutico, e porque eles retiram a ação humana da contextua-
lidade de espaço-tempo. A ação humana ocorre como uma du-
rée, um fluxo contínuo de conduta, à semelhança da cognição.
A ação intencional não se compõe de um agregado ou série de
intenções, razões e motivos isolados. Assim, é útil falar de re
flexividade como algo assentado na monitoração contínua da
ação que os seres humanos exibem, esperando o mesmo dos
outros. A monitoração reflexiva da ação depende da racionali-
4 A CONSTITUIÇÃO DA SOCIEDADE
O agente, a agência
motivação da ação
Figura 1
ELEMENTOS DA TEORIA DA ESTRUTURAÇÃO 1
consciência discursiva
A
consciência prática !
£'
motivos inconscientes/cognição
zer que ocorreu somente quando seu perpetrador quis que ocor
resse. A maioria dos atos não tem essa característica.
Alguns filósofos argumentaram, porém, que para um
evento que envolve um ser humano ser considerado um exem
plo de agência é necessário, pelo menos, que o que a pessoa faz
possa ser descrito como intencional, mesmo que o agente este
ja enganado acerca dessa descrição. Um oficial num submari
no puxa uma alavanca com a intenção de mudar o curso, mas,
em vez disso, tendo acionado a alavanca errada, afunda o
Bismarck. Ele fez algo intencionalmente, embora não o que
imaginara, mas desse modo o Bismarck foi a pique através de
sua agência. Se alguém derrama intencionalmente café, pen
sando erradamente tratar-se de chá, derramar o café é um ato
dessa pessoa, ainda que não cometido intencionalmente; sob
uma outra descrição, como “derramar o chá”, é intencional4.
(Na maioria dos casos, “derramar” alguma coisa tende a suge
rir que o ato não é intencional. É um deslize no decorrer de uma
ação em que a pessoa está procurando fazer algo totalmente di
ferente, por exemplo, passar a xícara de chá para as mãos de
outra pessoa. Freud afirm a que quase todos esses deslizes com-
portamentais, como o lapsus linguae, são na realidade incons
cientemente motivados. Isso, é claro, coloca-os sob descrições
intencionais vistos de um outro ângulo.)
Mas até mesmo o ponto de vista segundo o qual, para ser
considerado um exemplo de “agência”, um evento deve ser in
tencional somente sob uma ou outra descrição é errado. Ele
confunde a designação de “agência” com a dotação de descri
ções de atos5; confunde a monitoração contínua de uma ação
que os indivíduos executam com as propriedades definidoras
dessa ação como tal. “Agência” não se refere às intenções que
as pessoas têm ao fazer as coisas, mas à capacidade delas para
realizar essas coisas em primeiro lugar (sendo por isso que
“agência” subentende poder: cf. uma definição de agente do
Oxford Engíish Dictionary como “alguém que exerce poder ou
produz um efeito”). “Agência” diz respeito a eventos dos quais
um indivíduo é o perpetrador, no sentido de que ele poderia,
em qualquer fase de uma dada seqüência de conduta, ter atuado
ELEMENTOS DA TEORIA DA ESTRUTURAÇÃO 11
Agência e poder
Estrutura, estruturação
A dualidade da estrutura
Integração de sistema
Integração social
Reciprocidade entre atores ou
Reciprocidade entre atores em coletividades através do tempo-
contextos de co-presença espaço ampliado
Formas de instituição
estrutura .......
1 ^ ““
(modalidade) es(:iuema __ \k
! mterpretativo [facilidade:
Figura 2
na F i ™ 2”- d- K ti°
t ; ores humanos sao capazes não só de moni
torar suas propnas atividades e as de outros na regularidade da
conduta cotidiana, mas também de “monitorar e S a m otóora
çao na consciência discursiva. Os “esquemas interpretativos"
sao os modos de tipificação incorporados aos estoques de
conhecimento dos atores, aplicados reflexivamente na susten
açao da comunicação. Os estoques de conhecimento a que os‘
ores recorrem na produção e reprodução de interações são os
■ $
tempo de vida do indivíduo: “tempo irreversível"
2 s s -2 e 3 56-7
i r , CPi7i e ■ c c h m - “ p‘ i ™ esp“ ,almeme os
3. CPST, cap. 1.
4. Davidson, Donald “Aoenrv” i„- n
Oxford, Clarendon Press 1980 n 4 5 ° ^ ^ Ctówu and E^ i s .
5.NRSM, cap. 2. ’ 0W,p' 4X
6' B,ack’ M b . ™ -
o p»bi«m, do Press: 19<;5- sobre
Alternatives and Conseauenrt? f f * ■’ V£f fistr°m’ Lars. 77ze
1966. '■'onsequences o f Actions. Estocolmo, Almqvist,
S Í / « S Í hvS a 2 5 ° r 9 * e <<C
D°l0gy ofmicr°motives”. 7SC/H/-
J o ^ lo fM a th e m a k c a l S o c i o l l ^ l l ° f s^ f o n ”
estudo de Boudon, Raymond , , Ver tambem 0
a .S ,í? r *
9 “]mpr ^ - - *
analise, “intenção” pressucõe o mnt, mpremedltadas”. Em minha
seqüências da ação e portanto pimento das prováveis con-
que alguma coisa acontecerá sem se 5 ClaTD’ pode“se Prever
mas não se pode pretender o a c o n t e S n t ^ T acontecimento>
visao. Merton R K “Th» ento de algo sem sua pre-
sive s o c i a u â i ^ C f of p » £ l
H a rv ^ S rs^ Ã ! m f S Z t f ^ C™ bridSe’
ÍZ jm . ^ ** W - ^ n d g e ^ S m b S U n ív ^ ’
ELEMENTOS DA TEORIA DA ESTRUTURAÇÃO 45
T h e R u l e s °f D i s o r d e r - L ° n d r e s ’ R o u t le d ^
SS.TVASyi/.pp. lOS-10.
39. Habermas, Jürgen. Zur Logik der Sozialwissenschaften. Tübin-
gen, Siebeck & Mohr, 1967; “On systematically distorted com-
mumcation . Inquin>. vol. 13,1970.
£ c= r r ”
« 5 $ £ Z S E Z T “ “ •
s r s â ::nr uL f mr escn“ -™
Ich para 38 6XpreSSÕeS ^
parte da mente , C° m ° P3ra deSlgllar uma
“superego” às' vezes SC aplicam ao
“eeo-ideal” Z dlfcrençado de uma outra noção a de
ego ideai , Inconsistências e transições term i^iA ,, 5
de « nversa.
' a E m t ™ possamos
Embora 2^ éser
“ “propensos
“eU” 6m qual^uer
a pensar situ^ o
no “eu”
reI™ d» « m os mais ricos e 4 i s hJ£Z
nossa expenência, é, de certo modo, um dos v S «
“ to sl
unicamente a quem
te oue Hní SUJeito de uma sentença ou elocução. Um agen-
* “en” com° * MMd- ^
àT urZ v 7 m a * S0 através do domínio concomitante
de uma linguagem sintaticamente diferenciada. Pois tenho de
n t c X r ^ r açao da tOT“ e^
“Z sesta
tarmos t rvisao
0- nao
^ sera vo,taplausível
0 mais a° ^ a "s
definir i
memória
como a recordação de coisas passadas. O título d ^ st
m en:cCf r enÍe C° m ° Um Comentárío irônico justa
mente a esse tipo de concepção ingênua. Recordar não é
a m e m i i vr ente' ““ “ Sna o
CONSCIÊNCIA, SELF E ENCONTROS SOCIAIS 53
S I 1 I I
= s s = S 3 “ £ S i
S ~ e“ "a da açâo ™
J .» « < :
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» = t , : ^ s í £
E fT ^ S S S S ?
éc Z e! f “ 0 1 h a r m dtaçSo d« ■«■jí
liam isso em t o S d e ^ d - ? 8"' ° ” Ke,”“MSC,dos J* ™ -
“ j r
S S S S S ê #
í = £ S ‘ £ W s k = £
— « r - S T ir s s - ír ^ :
CONSCIÊNCIA, SELF E ENCONTROS SOCIAIS 55
s s da
mzaçao s r e, apor
s família, variedade de diferentes
conseguinte, formasprimitiva
de socialização de °rsa-
existentes. O reconhecimento desses dois conjuntos de fatores’
considerados a um tempo, significa fazer s u í E S Z S
das noçoes mais tradicionais da teoria psicanalítica embora
nao acarrete adotar um relativismo cultural desenvolvido- há
processos de desenvolvimento da criança e de personalidade
iS r e m T S w “ “ ciedad'! s Eriksonexpres-
sa isso em C hüdhoodandSociety da seguinte maneira:
tan?0
j r r seu
r ^babalho
i e0cr:ticamente ■ n°
clm]C0 quanto no que se segue-
estudo Basead°
a que procedeu
de uma gama de culturas, Erikson distinguiu uma serie de eta
pas do desenvolvimento da personalidade num período que cai
desde a infância até a idade adulta. Sua discussão dTnZZ
das inclinações motivacionais e capacidades mentais da crian
ça pequena e extremamente persuasiva. Mas penso que ele não
CONSCIÊNCIA, SELF E ENCONTROS SOCIAIS 61
m m m m
W ^ m s ã
m m m m
a m n l,r , aÇa° “ aClça com ° domínio da linguagem)
m pha e integra simultaneamente essa dialética Ca Ha ; £ r -
^ d â S ? 0 vanand° ™ « mt ; ; :
5 S è ^ = S £ S f i
'^ 2 « ç s s s s s 8 5 s g s t t s * ’'
gio, como em dignidade, presti-
CONSCIÊNCIA, SELF E ENCONTROS SOCIAIS 63
i n d i c l ^ í de : H80"ha dúvida é
mos «mparáveis(•W tificado
conversação comum A idéia « « etc.) ocorrem na
que a culpa é “privada” e n m iltn P° [ g™ S aUtores’ de
ce difícil de su sten to a Z l * é “pública” P * *
estima „ é * P ™ «« nas raizes da auto-
expenêneia a,go ™ ■
gimento”. Vergonha e rnnct™™ Ç ou cor>stran-
cologicamente „ f t a S T r Psí‘
misso, o fracasso em“ S - c° mP">misso e descompro-
» J i r i £ ^ í = í S i S £
e em »*> £
mente com a talvez se « ^ .o n e m direta-
expenencia ™a,s pnmitiva da regionalização an-
CONSCIÊNCIA, SELF E ENCONTROS SOCIAIS 65
do tr pt r pre- o s fra«
de seu corpo e de“ ua men ^ f ? Slficado ° des™™lvimento
s
em uma conformação infantil1 on 1S’ t0man>se aSora divididos
potenciais de d e s e n v o lv i™ t perPetua a exuberância dos
que sustenta e P* « * *
autopunição.34 a?ao, a auto-orientação e a
E ^ ^ S E S ã S
Figura 3
CONSCIÊNCIA, SELF E ENCONTROS SOCIAIS 67
« = ^ s S S r
* » * > da identificação
deixar c l l T * consld«™!lmente a Erikson, talvez deva
= £ & ^ í « d £ ^
* pers“
a formulação de Freud acerca do‘í g o ^ M 'r e la c - * * 0" C”<Í“
pane * • “ s = ~
^ £ = 3 H ? =
d ^ Ê È 8” ^ ” m basead° « » '~ s” í
CONSCIÊNCIA, SELF E ENCONTROS SOCIAIS 69
Rotinização e motivação
r r “ r r c“ ^
n J S ? S S ô s PSÍC0,6giCil 41 “ ™ « ■ »**-
^ r ? ^ * S S * = =
o W da atividade nnr „m i ^ do mdlvlduo: a
ções, por outro. São essac ’a ^ durée das institui‘
s M ilS lt
situações tendem a revestir-cp h» mdividuos. tais
rotinizado. Um carater definitivamente
« £ = K . ? , s . s : ; s r ; : “ i :
CONSCIÊNCIA, SELF E ENCONTROS SOCIAIS 71
? r ,e t ioso- ■“
eliminação quanto do asseio eeral iv!i SHlt' d0 ,anto *
efetuadas em público. Os caím ™ -h S CSSaS at*vidades eram
virtualmente toda a diferenciação enfr^ ^ ^ ? 0 destruíram
“t ó s ”, convertendo a s e ^ T ^ , ^ 8 ^ " * * * * ' e de
cupação central da vida no campo. S° Cialmente>numa Preo-
p a d e n íc T T " de de ação R i t
paciente com lesao cerebral, solicitado a realizar um dado mo-
fím de Cf0rP° ’ aSSUme Uma posição êeral do corpo todo a
normal a n ^ V ^ ^ SC rcdu2’ como no indivíduo
normal, a um gesto mínimo. Assim, solicitado a fazer uma sau-
daçao, o paciente assume uma postura formal do corpo todo -
r „ ^ C í s s r da* ■ “ a™
cia, do^* £ £ " 1 7 ^ : a<De
significativas nas rela™,.
LcZ “ í des 1,2
maneiras banais, mas muito
a S i J ç f c e s Z i 7 T i n T ' T humanas a face >
tas a alguém que está fhkndn ' POT Goffinan: VoIt^ as cos-
vez em todas?), um gesto de e’ ”.a maioria das sociedades (tal-
disso, a maioria das sociedades ( t o d S ) tend^ deSdém' Além
uma semelhança lingüística e n J f a rec°nhecer
fisionomia, e a face que concerne A 306 enquanto referente à
ma. Sem dúvida, existe uma série de c u l T ^ 0 ** auto‘esti-
tradicional ou setores dela J 7 : como a chmesa
servação da face na maioria d™ ” especiaI ênfase à pre-
bém, isso pode ter algo a ver c o m a T ^ 08' dÚVÍda’ tam‘
Por Benedict e outros entre J a ^amo^a diferenciação feita
“culpa”, ainda 0 ^ 1 ^ ' 9 ^ da “ver^ a” e da
de forma excessivamente t o s c T E P“ eça ter SÍd° tra<?ada
salvação da face são quase c e rta r^ , ^ * prese™ Ção e
diversidade de contextos Í S S T ™ * * * ^ “ “
„ Os temas gêmeos
açao em co-presença e da influência em Campos de
essenciais para os escritos de f S . penetrante da face são
devemos entender o t Z o ‘^ C° ™ “ “ todo- Como
Goffman. e também com meu e m i r " ^ ? ° C acordo com
estnbada nas modalidades perceptivas e commicatíva^do c o ^ a
CONSCIÊNCIA, SELF E ENCONTROS SOCIAIS 79
representados° de Ü? “ “ 7 P“ Gofftaan
Q U e T i a ™ ^ T Hra ' ? lu”ari“ . “ ">0 “Sentes cínicos
que se adaptam a determinadas circunstâncias sociais de modo
S “ oG
terpretado S ado;dessa maneira,
Goffman Mas’ embora — a principal im
não é essa
plicaçao que desejo extrair do terreno de estudo que ele inau
gurou. A ênfase sobre a prevalência do t a t ^ m e ^ o n l o s 0
[co-presença]
reuniões
ocasiões sociais
interação não-focaíizaüa
interação focaJteada:
encontros {envolvimentos face a face)
rotinas (episódios)
~ ente a goocí em
í tque —a interaçao
e fis,c-°deocorTe (ver pp. 138-40) Ao
constituírem a comunicação, os atores a p ó i ^ - s e M ineira
gestoeeec^nvPeCtOS d°ACOntext0’ G u i n d o a ordem temporal de
sisnificad ”fSa^a° importância disso Para a fomiulação do
gmficado em gestos e na conversação, como Garfinkel se
CONSCIÊNCIA, SELF E ENCONTROS SOCIAIS 83
m « i ncl ubdo
sugestões do corpo ’ são até ° s que
muito estã°em compara
difusas =
Serialidade
^ ina,ar
p nha as luzes 0 im d0 edeo ™
apagam-se a peça
pano teatra1'
de boca * »Na
sobe. «™ «"*-
conclu
A h a tón° 3Cendem de novo ein(3uanto o pano cai
A m aiona das ocasiões sociais apresenta algum tipo de expe
diente para mdicaçao formal de abertura e encerramento - Jm a
característica de ocasiões rituais tanto em culturas tradicionais
quanto na grande variedade de ocasiões sociais m a ^ t c Z e
que caracterizam as sociedades contemporâneas. A p í e n í t i -
mentc ur nT iaS í miCiação’ P°r « em p lo , assinala tipica-
namarcadores,
quadro da ocasiao - indicando os f0im a de COnduta dentro
por assim d°
dizer
t r o u ^ s s ^ e m r e r ^ 0 p r° fa n o p a ra 0 saê rado- C ailloisdem ons
trou isso em relaçao aos paralelos entre as esferas da religião e
do drama bem como das influências diretamente históricas
exercidas sobre essas esferas50.
Pode-se arriscar a conjetura de que os parênteses tendem a
ser considerados pelos atores cotidianos particularmente im
portantes quando as atividades que ocorrem durante o encon
fro, ou numa ocasiao social, são tratadas pelas partes envolvi
das como particularmente divergentes das expectativas nor
mais da vida cotidiana. Goffman dá o seguinte exemplo- para
dc
de arte*™
arte, o indlvVI° U nao
indivíduo ^ costuma
SerVU' desemodel° numa
desnudar aula
ou tom ar a se ves
tir na presença dos outros. O ato de se despir e de se vestir em
cnndiH Perm i? qUC ° COrp° seja subltamente exposto è es-
t f n r i í í ’ marcand0/ ssim as fronteiras do episódio e transmi-
d T c o n n rC' Saêem qUC 38 aÇÕes estão claramente separadas
de conotaçoes sexuais ou outras que, de outro modo poderiam
p a rea sugere
nxaçao do tom dos encontros d° uma estreita conexão
f o m a L t v iT 7 " m?e"stein sobre ° entrelaçamento de
doTde o t , - í , - f a “ “ n,ros' ^inalados e dota-
os de um matiz ou eihos social definido, leva em conta as
d ^ r g e n t « ÇOeS ^ 10113 multiplicidade de p ó d i o s em “tipos”
= á s ç = r 3 ~ 5 H
Z S ’* é r * to d am en ,ai5 da da interação.
Aiem disso, ela e uma característica importante do caráter se
na, da vida so c a i, estando assim ligada ao cará J g “ «
produção social. Trata-se de uma forma de ‘w t w ~
z s r í r r * d° simp,es
çôes>jde. c o p^ pesen?a
ni r e s f n c aa Tfala
f t l f- '’e um veiculo
hUm“ ° S “ s sim
de “ordem ito ’
d u L t T ™ desenrola-se sintagmaticamente no Z c 2
mteraçao e, como apenas uma pessoa pode falar de rarln
vez para que o intuito comunicativo seja n S Í T !
butções para os encontros são
Fala, reflexividade
m e n t a is ” ’ e “ ~ e d^
, Pat! G5 m an’ a “doenÇa mental”, inclusive as mais sérias
p e k in c a D
ea c S 7 bl° PS,1CÓtÍC° ” está ^ p l i f i c a d a sobretudo
pela incapacidade, ou relutancia, de aceitar a diversidade de mi-
™ to 7 ^ ^ tóVÍaÍa) formaS de moni^ a ç ã o do m o
vimento e do gesto corporais, os quais constituem o núcleo
normativo da interação cotidiana. A loucura é um agregado de
v Z T f o [adeSi ^ tUacÍOnais”iS- O comportamento p s i J i c o di
verge da (ou colide ativamente com a) ordenação pública de
relações tempo-espaço através do corpo e seus veículos p o m e t
dos quais os seres humanos “se entendem m u t u a S em
circunstancias de co-presença. O “doente m ental” nTo se a.us“
d e f i r me (C C° ntínU0) COntrole corP°ral exigido
fórr™ 1 U° S n0rmaiS ; ele nao respeita as complexidades das
formulas que regem a formação, manutenção e quebra ou sus-
p nsao de encontros nem contribui para as múltiplas formas de
ato que preservam a “confiança”- Raramente se espera que o
ndiv duos estejam “apenas” co-presentes em reuniões e nunca
hes e permitido atuar desse modo em encontros. T m o X a -
outroHe ° r a de nâ°
parar de com U m ? P°SSa parar de faIar’ele nâ° pode
parar de comunicar através da linguagem do corpo [ 1 Para
2 S Z E T * r 0 e,epotled“° m “ ”° *
em ajustar se^ t" 60113 1SS0 Seja apreciável ~ consiste
ro a i " ^ COm° 56 eSpCra que as pcssoas de seu gêne-
T"**
psiquiatnco pode reter um dos enfermeiros num encontro nor
S S S ." dê in d t a ç f e * « C S S í
paciente pode perseguir o enfermeiro de perto Dor mais de
pressa que este caminhe, e até tentar acompanhá-ío ao transpor
« « * . regime é d ê? r
S " - £ £ : í5 * S r ? r “ —
^ • a r a — S S
n e como conversaçao. “Conversação” admite um plural, o
S
CONSCIÊNCIA, SELF E ENCONTROS SOCIAIS 97
Posicionam ento
c o m u m ^ t^ a d o a o d f: SOdal pass° “ ■ * *
muito ma,s c o S t â o e ret* bid°
pretendo recapitular essa d i s c u í t 6 ^ ° primeir° W Nã°
mas reservas
nado com dois pontos de ° “ “ relaci°-
EStr r'
« lação ao “consenso de valor” “ m s e r S S o * * ? ™
s r “v o ^ r r s ^ r ■do ^ G°“ :»
aqui o limite de suas idéias As duaTco*1 °- P°'S atmglmos
* » P»? m ^ ^ õ r p a Z ^ s T e t T ^ r ^
pontos de vista nan cíonífiVo * tJ^Jção
t a u l a S ^ ô f e e ^ a ^ ““
ciai pode ser c o n s ^ r r a ^ d ^ T ' - U“ posi« ° * -
izsr r t
de controle, sendo fato
essa exibia ° “ parte
exibição d ,í° da
c° m° “ “ como,
maneira “ “ deo
fato, ele funcionava como tal. Eu sugeriria que isso é caracte
rístico das interpretações de regras” discursivamente ofereci
das em muitos contextos sociais.
As regras aplicadas reflexivamente em circunstâncias de
co-presença nunca são limitadas em suas implicações a encontros
específicos mas servem à reprodução dos padrões de encon
tros através do tempo e do espaço. As regras da linguagem da
estruturação prim ána e secundária, da conduta da interação
interpessoal, aplicam-se todas a vastos setores da vida social
embora nao possam ser interpretadas como necessariamente
coextensivas com qualquer “sociedade” dada. Neste ponto te
mosi de prestar alguma atenção à diferenciação conceptual
mteraçao social” e “relações sociais” (embora eu nem
sempre seja particularmente cuidadoso em separá-las no que se
segue). A interação social refere-se a encontros em que os indi
víduos se envolvem em situações de co-presença e, por conse
guinte, a integração social como um nível dos elementos bási-
,qU"ÍS 33 ÍnstituiÇões d°s sistemas sociais são
articuladas. As relações sociais estão certamente envolvidas na
estruturaçao da interação, mas também constituem os princi
pais elementos na edificação, em tom o dos quais as institui
ções se articulam em integração de sistema. A interação depende
o posicionamento” dos indivíduos nos contextos espaço-tem-
CONSCIÊNCIA, SELF E ENCONTROS SOCIAIS 105
deve estar certa a maior parte do tempo; quer dizer, eles sabem
o que estao fazendo e comunicam com êxito seu conhecimento
a outros. A cognoscitividade incorporada às atividades práticas
que constituem a maior parte da vida cotidiana é uma caracte
rística constitutiva (juntamente com o poder) do mundo social.
O que e conhecido do mundo social por seus atores constituin
tes não está separado do mundo deles, como no caso do conhe
cimento de eventos ou objetos na natureza. Comprovar exata
mente o que é que os atores conhecem, e como aplicam esse
conhecimento à sua conduta prática (empreendida tanto por
atores leigos quanto por observadores sociais), depende do uso
dos mesmos materiais - uma compreensão de práticas recursi-
vamente organizadas - donde são derivadas as hipóteses sobre
esse conhecimento. A medida de sua “validade” é fornecida
pela avaliação do quanto os atores são capazes de coordenar
suas atividades com outros, de tal maneira que os objetivos
visados por seu comportamento sejam atingidos.
Existem, e claro, diferenças potenciais entre o conheci
mento das regras e táticas da conduta prática nos mtlieux em
que o agente se movimenta e o conhecimento daquelas que se
aplicam em contextos remotos de sua experiência pessoal. Até
que ponto as habilidades sociais do agente lhe permitem a
desenvoltura imediata em contextos culturalmente estranhos é
algo obviamente variável, certamente como o é o entrelaçamen
to de diferentes formas de convenção que expressam fronteiras
divergentes entre culturas ou sociedades. Não é apenas no co
nhecimento - ou nas afirmações de crença que conseguem
formular discursivamente, que os agentes mostram possuir uma
consciência de condições mais amplas da vida social do que
aquelas em que suas próprias atividades ocorrem. Freqüen
temente, é na maneira como as atividades de rotina são executa
das, por exemplo, que atores em circunstâncias de acentuada
míenoridade social tom am manifesto seu conhecimento cons
ciente de sua opressão. Os escritos de Goffman estão repletos
de comentários sobre esse tipo de fenômeno. Mas, em outros
aspectos, quando falamos do “conhecimento que os atores têm de
suas sociedades” (e de outras), a referência é à consciência dis
CONSCIÊNCIA, SELF E ENCONTROS SOCIAIS 10 7
“ o is c r r r a is°
sos l esquecimento
nar H-a ^ * *
de nórn^-ç NOT1 °s
omes, é claro, são dessa fisnénV- “A
ex.s,e um’
CONSCIÊNCIA, SELF E ENCONTROS SOCIAIS 113
Referências
74. Cf. Labov, William. “Rules forritual insults”. In: Sudnow, David.
Studies in Social Interaction. Nova York, Free Press, 1972.
75. Wieder, D. Lawrence. “Telling the code”. In: Tumer, Roy. Ethno-
methoáology. Harmondsworth, Penguim, 1974.
76. Ibidem, p, 149.
Tem po-geografia
espaço
Figura 5a Figura 5b
TEMPO, ESPAÇO E REGIONALIZAÇÃO 133
Figura 6
Comentários críticos
Modos de regionalização
Figura 7
região de tfás
Figura 8
Abertura e self
As regiões de trás envolvidas em ocasiões sociais rituali-
zadas talvez se assemelhem muito, com freqüência, aos “basti
dores” de um teatro ou às atividades off-camera das produções
cinematográficas e televisivas. Mas esses bastidores podem
muito bem ser o “proscênio” no que se refere à extensão das
rotinas comuns da vida social e às convenções sociais ordiná
rias. Pois esses tipos de ocasião envolvem desempenhos fixos
para públicos, embora não haja a necessária implicação de que
os que estão nas regiões de trás sejam capazes de moderar as
usuais cortesias de tato ou “reparação”. O nível de fechamento
entre regiões da frente e de trás é, entretanto, provavelmente mui
to elevado, já que ele implica, muitas vezes, que quanto mais
ritualizada for a ocasião, mais terá de ser apresentada como um
conjunto autônomo de eventos, no qual os acessórios dos basti
dores são mantidos inteiramente fora das vistas do público ou
dos observadores. É importante sublinhar que a distinção entre
atividades “privadas” e “públicas” envolve muito mais do que
se poderá depreender da natureza dessas categorias, que apa
rentemente se excluem umas às outras. As ocasiões rituais são,
distintivamente, eventos prototipicamente públicos, envolvendo
com freqüência “figuras públicas”. Mas seus bastidores não
constituem uma “esfera privada”: as principais figuras do even
to talvez fiquem ainda menos à vontade quando, ao deixarem a
arena cerimonial, se movimentarem entre seus inferiores, os
indivíduos que estão meramente “nos bastidores”.
As ocasiões rituais parecem, em sua maior parte, nitida
mente diferentes da gama de circunstâncias nas quais as regiões
de trás são zonas onde os agentes recuperam formas de autono
mia que são comprometidas ou tratadas em contextos frontais.
São freqüentemente situações em que são impostas sanções
aos atores cujo compromisso com aquelas normas é marginal
ou inexistente. As formas de fechamento e abertura que permi
tem aos agentes desviarem-se dessas normas, ou desrespeitá-las,
são importantes características da dialética de controle em si
tuações que envolvem vigilância. Conforme sublinhei em outra
150
A CONSTITUIÇÃO DA SOCIEDADE
Regionalização genérica
Figura 9
TEMPO, ESPAÇO E REGIONALIZAÇÃO 155
distribuição de encontros
regionalização de locais
contextualização de regiões
v interseção de locais
Referências
35. Rykwert, Joseph. The Idea o f a Town. Londres, Faber & Faber
1976, p. 202. ’
36. CCHM, cap. 5.
estrutural”. Isso, por sua vez, envolve indicar como muitos con
ceitos associados com o de “estrutura” poderiam ser mais bem
formulados. Contudo, essa formulação não pode ser desenvolvi
da inteiramente num nível conceptual. Assim como forneci
alguma substância à discussão de agência e s e lf na forma de
uma descrição da motivação, apresentarei também uma classi
ficação e interpretação de tipos sociais para substanciar a aná
lise de propriedades estruturais. Isso, por sua vez, leva-nos de
volta a questões de “história”, o que preparará o caminho para
um exame de problemas de análise da mudança social no capí
tulo seguinte.
Um livro tem uma forma seqüencial, que pode ser superada,
em certa medida, “circulando para dentro e para fora” de uma sé
rie de questões encadeadas, mas que têm, inevitavelmente, cada
uma delas, seu próprio espaço de apresentação. À luz da aborda
gem que fiz no Capítulo 1, penso que, embora as seções sobre
agente e co-presença precedam no texto as relacionadas com sis
temas sociais mais amplos, não se presumirá que estou concep-
tualmente “começando com o indivíduo” ou que para mim os
indivíduos sejam reais de um modo que as sociedades não o são.
Não aceito qualquer desses pontos de vista, como as “Notas críti
cas” em apêndice a este capítulo devem deixar bem claro.
com este. Mas nas encostas das montanhas havia outros grupos,
teoricamente também súditos da China, mas vivendo suas pró
prias vidas, até onde lhes era permitido, e tendo seus próprios
valores e instituições, inclusive seu próprio sistema econômico.
A interação com os chineses que viviam no vale era mínima e
restrita à venda de lenha e compra de sal e têxteis. Finalmente,
havia com freqüência um terceiro grupo no topo das montanhas,
também com suas próprias instituições, língua, valores e reli
gião. Podemos, se quisermos, contornar essas condições qualifi
cando essa gente de “minorias”. Entretanto, quanto mais recua
do for o período estudado, mais se verifica que essas aparentes
minorias eram, na verdade, sociedades auto-suficientes, autôno
mas, apenas vagamente ligadas entre si, às vezes, por vínculos
econômicos e ocasional interação; o relacionamento dessas so
ciedades com o poder dominante era tipicamente o de um súdito
com o conquistador no Final de uma guerra, sendo mínimos os
contatos de ambos os lados.4
Coerção e reificação
Sociedades divididas em
Sistemas mundiais imperiais classes
Sociedades tribais
Sociedades capitalistas
Sociedades divididas Economia mundial capitalista
em classes primitiva
Sociedades tribais
Figura II
Contradição
Contradição estrutural/contradição
SOCIEDADE DIVIDIDA EM CLASSES
existencial
Forma de Estado-, relação cdadetem po
entre atores ou grupos, qual seja a forma em que possa ser tra
vada, ou as fontes mediante as quais possa ser mobilizada. Se a
contradição £ um conceito estrutural, o conflito não o é. Con
flito e contradição tendem a coincidir porque este segundo
conceito expressa as principais “linhas de fratura” na constitui
ção estrutural dos sistemas sociais. A razão para essa coincí-
234 A CONSTITUIÇÃO DA SOCIEDADE
Fazendo a história
e.N ossa era e uma que alimenta dúvidas radicais acerca das
realizações guiadas pela ciência e pela inovação tecnológica
preem inênda^6 & hlSt° nCldade perde sua antiêa ® indiscutida
Do mesmo modo, a empresa capitalista é, em alguns as
pectos típica das organizações modernas e uma das principais
™ S r !n0Vaça° 8*ra“ do as circunstâncias em que elas nas
ceram. Tal como analisado por Marx, o capitalismo é um modo
de produção em que a auto-regulação reflexiva dentro da empre
sa fenomeno elucidado pela demonstração de Weber do sig
nificado da contabilidade por partidas dobradas para a firm a
capitalista - nao é acompanhada por um controle reflexivo so
bre a vida econômica como um todo. Entretanto, como Weber
ambem fez mais do que ninguém por esclarecer, a auto-regu-
laçao reflexiva adquire impulso em muitos setores da vida
social. Ai reside uma das mais profundas questões que defron
tamos hoje. Sera a expansão de uma diversidade de diferentes
ormas de organização - em que as condições de reprodução
sao reflexivamente monitoradas - um meio de emancipação
dos: modos; preestabelecidos de dominação exploradora? Não
ha duvida de que Marx acreditava ser esse o caso no contexto
e sua previsão da derrubada revolucionária do capitalismo
pelo socialismo. Mas os críticos e os adversários de Marx, de
Weber a Foucault, forneceram excelentes motivos para tratar
esse principio basico do marxismo com cautela, quando não
com franco ceticismo.
Notascríticas:“sociologiaestrutural”e
individualismometodológico
Referências
e"ZÍpX“
10. Inequality and Heterogeneity, cit., p. 246
™
11. “A macrosociological theory of social structure”, cit p 28
12. Blau, Peter M. “A formal theory of differentiation in organiza-
lons . American Sociological Rewiew, vol. 35 1970 p 203
13. Este ponto é apresentado em: Tumer, Stephen P. “Blau’s theoiy
15 " f planat0ry''”' Sociological Quarterly,
oi. 18, 1977 Algumas dessas questões são ventiladas de novo
em Blau P. M.: “Comments on the prospects for a nomothetic
theory of social structure” Journal f o r the Theory o f Social
ehaviour, vol. 13, 1983. Ver, também, no mesmo volume um
extraordinário artigo de Mayhew sobre “Causality, historical par-
ticulansm and other errors in sociological discourse”. A contri
buição de Blau continua revelando as deficiências que já indi
quei: 1) elementos hermenêut.cos na fonnulação de conceitos de
analise social sao suprimidos em favor da idéia de que “o objetivo
da sociologia e estudar a influência do ‘ambiente social’ sobre as
tendencias observavas das pessoas’ ” (p. 268); 2) a referência a
motivos, razoes e .ntençoes dos agentes é persistentemente equi-
, f PS1C]° sla’ re,eSada a ™ domínio separado dos interes
ses da sociologia”; 3) uma versão de uma desacreditada filosofia
da ciência natural, em que a “explicação” é vista como necessa-
namente vinculada a teonzação nomotético-dedutiva” (p. 265 )
e aceita sem discussão; 4) nenhuma consideração é feita à possi-
ssubentenchda
u W e n r i t íffosse
6’ meSm° Se, 3ofll0S°
aceitavel, flade^ “leis”
caráter dênCla
em naturai ass™
ciência social
sena fundamentalmente diferente das leis da natureza; 5) o ponto
e vista esta todo ele envolto na conhecida mas errônea alegação
de que a ciência social, em comparação com a ciência natural está
em suas fases inicia.s de desenvolvimento. Blau aceita a inexis-
“ até ^ “leis deterministicas em sociolo
gia (p. 266). Mas ele expressa fé em que elas serão um dia desco
bertas certamente nao podemos descartar essa possibilidade
porque a teona nomotética da estrutura social ainda se encontra’
sem duvida, num estádio muito rudimentar” (p 269) '
14. Citado em: Mommsen, Wolfgang. “Max Weber’s political socio
logy and his philosophy of world history”, International Social
Science Journal, vol. 17, 1965, p. 25. É claro, é discutível até que
ESTRUTURA, SISTEMA, REPRODUÇÃO SOCIAL 265
evolução social
Adaptação
parte do fato óbvio de que o homem não pode viver sem comer.
Logo, uma sociedade só pode existir se seus membros puderem
garantir alimento suficiente para se manterem vivos e se repro
duzirem. Qualquer sociedade, em que crenças ou instituições ra
tificadas cortam completamente o suprimento alimentar (como,
por exemplo, se todos os camponeses egípcios tivessem se senti
do obrigados a trabalhar o ano inteiro construindo uma superpi-
râmide) ou suspendem a reprodução (como uma convicção uni
versal e fanática da virtude do celibato o faria), estaria condena
da a ter uma vida breve. Nesse caso limitador, é mais do que
óbvio que o suprimento alimentar deve exercer um controle final
na determinação até de crenças e ideais. Presumivelmente, por
tanto, os métodos para assegurar o sustento exercem, afinal, um
controle similar mais concretamente. É de esperar que o modo
como as pessoas ganham seu sustento “determine”, a longo pra
zo, suas crenças e instituições.20
Evolução e História
De Para
origem
trajetória
tipo |
SSSSST'*'possuitedeum
de fonnaçao de Estados, que possa ser seguida Por
súbitas
bitoTe ded^STS—em
extraordinano ,qUe38dificilmente
alcance, m
UdanÇaSinicseiadasfodizer
pode ram
texto se p“ etcuDareCente “ hüman° S nUm dete™ * d o con
to n > l em ™ ltar ou adotar os de um outro contex-
o com o intuito de contrabalançar seu poder ou influência Por
n u ^ íf* * ’ 35 6tapaS envolvidas " a formação do Estado
nunca foram provavelmente ignoradas por aqueles que desemne
nharam papeis de destaque nesse processo Basta r n n l t f
os construtores de Estados e s d v e t L ^ X « c ô n t S E
principais aspectos da natureza e base do poder das for™ ~
~ " S n i r r m
e£ “ s-E- '
Mudança e poder
História. O que quer que a “História” seja, por certo ela nâo é
primordialmente “a história das lutas de classes”, e a dominação
apresenta se c* ^ 6 CapMlStaS’ 0
cendida A 1 ^ S0Ciedade em <Jue a dominação é trans
c e n d ia . A esse respeito, o m am sm o e o socialismo, de modo
mais genenco, como foi percebido por Durkheim53, têm muito
I t ó n o ™ COm seu 0P°n ente do século XIX, o liberalismo uti-
c u Z O n n T participam de 111112 d° P°der” e todos vin
culam o poder, mscparavelmente. a conflito. Como o poder em
Marx esta alicerçado no conflito de classes, ele não apresenta
qualquer ameaça específica na sociedade prevista do futuro- a
visao de classes sera superada como pressuposto da iniciação
dessa sociedade. Para os liberais, porém, que negam a p o s s S -
c k d td e aÇa° dessa reorferanizaÇâo revolucionária da so
ciedade, a ameaça do poder é onipresente. O poder assinala a
E slado'7 ^ COnfllt° 6 3 P0tencialidade de opressão; assim, o
canre ^ I organizado de maneira a minimizar seu al-
m T d e m T c S S 0' 0 ^ ^ ParCel“ d° P °d- de for-
1s s s s : 1 r çaodoíem
der material)
'
p~s^°«• P0_ (constitu/çao iemporal-espacial de ca
mmhos e regiões)
2 logia) ’ 2nizaçao
niza^â0/? r?dde
e relação U,Çã° d°humanos
seres C°*° em
associação mútua)
Referências
Mudança, evolução epoder
consciência discursiva
consciência prática
inconsciente
dualidade
da estrutura
INTEG R AÇ ÃO DE SISTEM A
análise de análise
I conduta estratégica í institucional
Figura 13
A TEORIA DA ESTRUTURAÇÃO 341
A dualidade da estrutura
V distanciamento tempo-espaço
sações. O monopólio virtual que ela pôde obter sobre certos tipos
de transação comercial, somado à introdução do padrão ouro-
esterlino, dependeu de uma série de condições políticas. Estas
têm de ser discriminadas das fontes de supremacia industrial
da Grã-Bretanha. A importância da City, e do esterlino, perdu
rou muito além do momento no qual a Grã-Bretanha foi a prin
cipal potência industrial do mundo. No final da Primeira Guer
ra Mundial, os Estados Unidos tinham passado a ser a mais
forte economia do mundo, mas, ao contrário das expectativas de
muitos nas décadas de 1920 e 1930, Nova York não suplantou
Londres como a principal câmara de compensação do mundo.
De acordo com a exposição de Ingham, esses fenômenos
devem ser entendidos nos seguintes termos. No início do sécu
lo XIX, foi introduzida na Grã-Bretanha uma série de reformas
fiscais. A intenção dos reformadores era, principalmente, ten
tar fazer face às antigas dividas que o Estado tinha acumulado,
exacerbadas pelas guerras napoleônicas. O resultado, porém, foi
favorecer uma concentração de juros pecuniários, não partilha
dos com os empresários industriais, nas instituições da City. A
riqueza crescente desse centro financeiro possibilitou a sobre
vivência de certos setores da aristocracia, quando estes depara
ram a decrescente importância da economia agrária que era sua
base de poder. Como parte de um “acordo de cavalheiros”, os
comerciantes e banqueiros da City adquiriram, por sua vez, as
exterioridades da aristocracia. Não foi apenas um tipo definido
de poder de classe que foi incentivado pelos processos que afe
taram o desenvolvimento da City no século XIX; esses mesmos
processos levaram à perpetuação e, na verdade, ao fortaleci
mento do capitalismo comercial “pré-industrial” . A City estava
fisicamente separada do norte industrial - um formidável exem
plo de regionalização! - permanecendo econômica e politica
mente distinta dos centros de capitalismo industrial. Tomou-se
fortemente centralizada sob o controle do Banco da Inglaterra,
e o sistema bancário orientou-se, em primeiro lugar e acima de
tudo, para a manutenção do papel estável do esterlino como a
forma “confiável” de moeda mundial35. Um importante aspec
to adicional desse processo foi a política fiscal do Estado com
380 A CONSTITUIÇÃO DA SOCIEDADE
(quer esta seja ou não ampliada através de meios tais como car
tas, telefonemas etc.). Seu caráter situado, como analisei em
detalhe nos capítulos I e II, está diretamente envolvido com a
natureza indiciadora da realização com êxito da comunicação
mutuamente inteligível. Mas o caráter situado da interação não
constitui uma barreira para aquela “fixidez” institucional de
monstrada por ordens institucionais através do tempo e do es
paço. E sua própria condição, exatamente como a existência
daquelas ordens é a condição das mais transitórias formas de
encontro social ou conversação. A monitoração reflexiva da
conduta social é intrínseca à “fatiei dade” exibida pelas proprie
dades estruturais de sistemas sociais, não algo marginal ou adi
cional a ela. Wilson expressou isso da seguinte maneira. Como
afirmação da importância do conceito da dualidade da estrutu
ra, eu não poderia fazer melhor:
- que não fica tão óbvio o fato de que o respeito pela autentici
dade da crença constitui uma parte necessária de todo o traba
lho etnográfico nas ciências sociais. Os ataques conduzidos
por aqueles influenciados pela fenomenologia e pela etnometo-
dologia contra as concepções mais ortodoxas de ciência social
tiveram, sem dúvida, considerável importância na elucidação da
natureza do conhecimento mútuo. Mas, ao falarem sobre “senso
comum” ou termos equivalentes de modo difuso, eles não se
pararam analiticamente a questão metodológica da questão crí
tica. Ao fazer a distinção entre conhecimento mútuo e senso
comum, é meu intuito reservar o segundo conceito para referir-
me às crenças proposicionais implícitas na conduta das ativida
des cotidianas. A distinção é predominantemente analítica; quer
dizer, o senso comum é conhecimento mútuo tratado como
crença falível, não como conhecimento. Entretanto, nem todo
conhecimento mútuo pode expressar-se como crença proposi-
cional - crença em que se trata de certos estados de coisas e não
de outros. Além disso, nem todas essas crenças podem ser dis-
cursivamente formuladas por aqueles que as alimentam.
Distinguir entre conhecimento mútuo e senso comum não
subentende que um e outro sejam fases de estudo de fácil sepa
ração na pesquisa social. Em primeiro lugar, a linguagem des
critiva usada por observadores sociológicos é sempre mais ou
menos diferente da usada por atores sociais leigos. A introdu
ção da terminologia científica social pode (mas não necessa
riamente) pôr em dúvida crenças discursivamente formuladas
(ou, quando ligadas num conjunto, “teorias em uso”) que os
atores sustentam. Quando as descrições contestadas já são em
pregadas pelos agentes estudados, qualquer outra apresentada
por observadores, mesmo usando categorias de atores, é direta
mente crítica de outras terminologias existentes que poderiam
ter sido usadas. O que de uma perspectiva é um “movimento de
libertação” poderá ser uma “organização terrorista” de uma
outra. A escolha de um termo em vez de outro implica, é claro,
uma postura definida por parte do observador. E menos ime
diatamente evidente que a escolha de um termo mais “neutro”
também denuncia uma postura; seu uso indica ter sido assumi
398 A CONSTITUIÇÃO DA SOCIEDADE
que se pode mostrar que estas não têm validade ou são inade
quadamente fundamentadas. Mas essas implicações são especial
mente importantes quando as crenças em questão são incorpo
radas às razões dos atores sociais para fazer o que fazem.
Apenas algumas das crenças que os atores possuem ou profes
sam são parte das razões por eles apresentadas para sua condu
ta. Quando estas são submetidas à crítica, à luz das afirmações
ou descobertas da ciência social, o observador social está pro
curando demonstrar que elas não são boas.
A identificação das razões dos agentes está normalmente
ligada, de modo íntimo, aos problemas hermenêuticos criados
pela geração de conhecimento mútuo. Sendo assim, cumpre dis
tinguir o que chamarei de “critérios de credibilidade” dos “cri
térios de validade” pertinentes à crítica de razões como boas
razões. Os critérios de credibilidade referem-se aos de caráter
hermenêutico usados para indicar como a apreensão das razões
dos atores elucida exatamente o que eles estão fazendo à luz
dessas razões. Os critérios de validade referem-se aos de evidên
cia fatual e entendimento teórico empregados pelas ciências
sociais na avaliação de razões como boas razões. Considere-se
o caso famoso das araras vermelhas, muito discutido na litera
tura antropológica. Os Bororo do Brasil Central dizem: “Nós
somos araras vermelhas.” Debatida por Von den Steinen, Dur
kheim e Mauss, entre outros, essa afirmação pareceu a muitos
absurda ou hermeneuticamente impenetrável. A questão foi,
porém, recentemente tratada por um antropólogo que teve a opor
tunidade de reinvestigar o assunto na fonte, entre os Bororo45.
Ele apurou que: a declaração é feita unicamente pelos homens;
as mulheres Bororo tendem a conservar araras vermelhas como
seus animais de estimação; em vários aspectos, na sociedade
Bororo, os homens são peculiarmente dependentes das mulhe
res; e o contato com os espíritos é feito por homens e araras
vermelhas independentemente das mulheres. Parece plausível
inferir que “Nós somos araras vermelhas” é uma declaração na
qual os homens comentam ironicamente sua dívida para com
as mulheres e, ao mesmo tempo, afirmam sua própria superio
ridade espiritual diante delas. A investigação das razões para a
400
A CONSTITUIÇÃO DA SOCIEDADE
parte do tempo sobre o que se faz, sem ser visto como incom
petente por outros atores sociais; e não existe um só aspecto de
qualquer convenção sobre o qual a maioria dos agentes possa
estar errada a maior parte do tempo. Devemos, é claro, reconhe
cer outras possibilidades. Agentes posicionados em alguns seto
res de uma sociedade poderão ignorar completamente os acon
tecimentos de outros; atores poderão acreditar que os resulta
dos de suas atividades são diferentes dos mostrados realmente;
e a redescrição de um contexto de ação nos conceitos da ciên
cia social poderá representar as ocorrências de maneiras diver
sas daquelas com que o agente está familiarizado.
Podemos supor, repetindo, que o novo conhecimento desen
volvido nas ciências sociais terá, habitualmente, implicações
transformacionais imediatas para o mundo social existente.
Mas o que é coberto por ceteris paribus l
Em que condições isso será diferente?
c Ín t? : MmtaS P™ aS de con^e-
cunento e poder decorrem disso. Para demonstrar ser esse o caso
p o d eria m ^ retornar ao exemplo das observações de Maquia-
el sobre a natureza da política. Os tópicos seguintes são possí
enVO, VimentOS e ramificações dos escritos de M a q u iL l:
z s í t deexpressáoa°^ "»*•
l)M aquiavel pode, numa parte substancial, ter dado apenas
Talvez a frase
s humanos fazem sua própria geografia”, tanto quanto “fa
zem sua própria história” Ou seja, as c o n f i g u r a ç õ e ^ ! ^ "
da vida social são matéria de tanta importância b á L a p T a
teoria social quanto as dimensões de temporalidade e como
tenho frequentemente acentuado, para muitos fins é apropriado
Referências
3. Ibidem , p . 11.
4. Ibidem, pp. 29-30.
5. Ibidem, p. 33.
6. Cf. especialmente: ibidem, cap. 5.
7. Citado em: ibidem, p. 64.
8. Ibidem , p. 107.
9. Cohen, G. A. K a rt Marx ’s Theory o f History , a Defence. Oxford
Clarendon Press, 1978. ’
10. Neste ponto, baseio minha análise em “Commentary on the deba
te”, um debate sobre funcionalismo, em Theory and Society 1982
vol. II. ’ ’
11. Willis. P. Leam ing to Labour, cit., p. 66.
12. Ibidem, pp. 68 ss.
13. Ibidem, p. 107.
14. Ver CPST, pp. 104-6.
15. Marx, Karl. Capital. Londres, Lawrence & Wishart, 1970, vol. 1,
p. 169. [Edição brasileira: O Capital, Trad. de Ronaldo A. Schmidt’
Zahar Editores, 1967, pp. 30-1.]
16. Relatado em: Gambetta, Diego. “Were they pushed or did they
jump?” Universidade de Cambridge, 1982, tese de doutorado.
17. Leibowitz, A. Family background and economic success: a review
of the evidence ’. In: Taubman, P. Kinometrics: Determinants o f
Socioeconomic Success Between and Within Families. Amsterdam
North Holland, 1977. ’
18. Barbagli, M. Disoccupazione intellettuale e sistema scolastico in
Italia. Bolonha, II Mulino, 1974.
19. Ibidem-, citado em: Gambetta, D. “Were they pushed or did thev
jump?”, cit., pp. 225-6.
20. Ibidem, pp. 243-4.
21. NRSM, cap. 3.
22. Elster, Jon. Logic and Society, Contradictions and Possible Worlds.
Chichester, Wiley, 1978; idem. Ulysses andtheSirens. Cambridge,
Cambridge University Press, 1979; Boudon, R. The Unintended
Consequences o f SocialAction. Londres, Macmillan, 1982.
23. Elster, J. Logic and Society, cit., cap. 5.
24. Ibidem, pp. 113-18.
25. Este é o fenômeno que Olsen tomou muito conhecido; ver: Olson,
Mancur. The Logic o f Collective Action. Cambridge, Mass.; Har-
vard University Press, 1963.
26. Boudon, R. The Unintended Consequences o f Social Action, cit.,
cap. 4; os comentários críticos são feitos por: Elster, J. Logic and
Society, cit,, pp. 126-7.
A TEORIA DA ESTRUTURAÇÃO 435
42. CPST, p p . 2 5 0 - 3 .
43. NRSM, p p . 1 5 0 - 3 .
44. Ibidem.
45. Crocker, J. C. “ M y brother the parrot” . In: Sapis. J. D. e Crocker,
J. C. The Social Use o f Metaphor. Filadélfia, University o f Pennsyl-
vania Press, 19 77; também discutido em: Sperber, Dan. “ Appa-
rently irrational beliefs” . In: Hollis, Martin e Lukes, Steven. Ra-
tionality andRelativism. Oxford, B lackw eil, 1982.
46. Bhaskar, Roy. The Possibility ofNaturalism. Brighton, Harvester
1979, pp. 80 ss. ’
47. Hempel, Carl G. Philosophy o f Natural Science. Englewood Cliffs
Prentice-Hall, 1966, p. 55. ’
48. Classical social theory and the origins o f modem sociology” . In :
PCST.
49. V er NRSM, cap. 1 ,passim.
50. Taylor, Charles. “ Political theory and practice” . In: Lloyd, Chris-
topher. Social Theory and P olitical Practice. Oxford, Clarendon
Press, 1983, p. 74. Cf. também: M aclntyre, Alasdair. “ The indis-
pensability o f political theory” . In: Miller, David e Siedentop, L an y.
The Nature o f Political Theory. Oxford, Clarendon Press, 1983.
5 1. M yrdal, Gunnar. “ The social sciences and their impact on so
ciety” . In: Shanin, Teodor. TheRules ofthe Game. Londres Tavis-
tock, 19 72, p. 348.
52. Machiavelli, Niccolò. The Prince. Harmondsworth, Penguin, 19 6 1
p. 69. [Edição brasileira: O príncipe. Trad. de L ivio Xavier, São
Paulo, Abril Cultural, 19 73, p. 46. Col. “ Os Pensadores” , vol. IX .]
53. Ver: Atkinson, J. M axw ell. Discovering Suicide. Londres Mac-
millan, 1978.
54. Ver: Skinner, Quentin. The F o u n d a tio n s o f M o d e m Political
Thought. 2 vols. Cambridge, Cambridge University Press, 1978;
idem. Machiavelli. Oxford, Oxford University Press, 19 8 1. '
55. Skinner, The Foundations o f M odem Political Thought, cit.
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