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ALIMENTOS

FUNCIONAIS

Prof.(a) Priscilla Bernardo


MESTRE EM NUTRIÇÃO
ALIMENTOS FUNCIONAIS
• São alimentos ou ingredientes que, produzem
efeitos metabólicos e/ou fisiológicos e/ou efeitos
benéficos à saúde, além de suas funções
nutricionais básicas.
• Podem desempenhar um papel potencialmente
benéfico na redução do risco de doenças
crônicas degenerativas (NEUMANN, et al., 2000; TAIPINA, et
al., 2002).

• Consumo regular  benefícios alcançados.

Cardoso AL, Oliveira GG. Alimentos Funcionais. Empresa Júnior de Consultoria em Nutrição. Jornal Eletrônico nº5. UFSC -
Campus Trindade, Junho 2008.
Rev Bras Nut Clin 1999;14: 237-46
Os alimentos funcionais contém substâncias
biologicamente ativas denominadas nutracêuticos:
• Brasil  a indústria deve seguir a legislação do
Ministério da Saúde.

• A Agência Nacional de Vigilância Sanitária -


ANVISA estabelece normas e procedimentos
para registro de alimentos e/ou ingredientes
funcionais.

• Para se obter o registro de um alimento com


alegação de propriedades funcionais e/ou de
saúde, deve ser formulado um relatório técnico
científico bastante detalhado, comprovando os
benefícios e a segurança de uso do alimento.

Cardoso AL, Oliveira GG. Alimentos Funcionais. Empresa Júnior de Consultoria em Nutrição. Jornal Eletrônico nº5. UFSC -
Campus Trindade, Junho 2008.
Principais compostos funcionais investigados pela ciência

Sociedade Brasileira de Alimentos Funcionais – SBAF apud Cardoso AL, Oliveira GG. Alimentos Funcionais. Empresa Júnior
de Consultoria em Nutrição. Jornal Eletrônico nº5. UFSC - Campus Trindade, Junho 2008.
Sociedade Brasileira de Alimentos Funcionais – SBAF apud Cardoso AL, Oliveira GG. Alimentos Funcionais. Empresa Júnior
de Consultoria em Nutrição. Jornal Eletrônico nº5. UFSC - Campus Trindade, Junho 2008.
Sociedade Brasileira de Alimentos Funcionais – SBAF apud Cardoso AL, Oliveira GG. Alimentos Funcionais. Empresa Júnior
de Consultoria em Nutrição. Jornal Eletrônico nº5. UFSC - Campus Trindade, Junho 2008.
Sociedade Brasileira de Alimentos Funcionais – SBAF apud Cardoso AL, Oliveira GG. Alimentos Funcionais. Empresa Júnior
de Consultoria em Nutrição. Jornal Eletrônico nº5. UFSC - Campus Trindade, Junho 2008.
CEBOLAS e ALHO

família Liliaceae

Compostos
sulfurados e
Adenosina
Compostos sulfurados
• Um grande número de compostos sulfurados
existentes em alguns alimentos vegetais
apresentam propriedades funcionais importantes
na prevenção ou retardamento de processos
patológicos.

– Alho e cebola;

– repolho, couve, couve-flor, couve de bruxelas,


etc.

Pacheco MTB, Sgarbieri VC. ALIMENTOS FUNCIONAIS. Acesso em 18/04/2009


ALHO
• Allium sativum L.
• Origens remontam cerca de 6.000 anos  mas
há controvérsias.
• O alho era um elemento quase tão importante
quanto o sal.  em todas as culturas: indiana,
egípcia, grega, hebraica, russa ou chinesa.
• Apreciado como alimento e medicamento pelas
massas  “cânfora dos pobres”.
• Preconceito advindo das classes dominantes.
Alho. Acesso em 18abri09: http://www.unirio.br/gastronomiavancada/alho/seminariodealho.htm
• Alho e cebola eram ingredientes essenciais na
dieta de escravos e operários para que não
adoecessem.
– Construtores das pirâmides.

• Foi largamente utilizado na conservação de


carnes e até mesmo de cadáveres.
– Os egípcios usavam-no no processo de mumificação
dos mortos.

• Dizem que o alho chegou ao Brasil junto com as


caravelas de Cabral.
– A hortaliça resistente seria parte do cardápio
consumido pelas tripulações.
Alho. Acesso em 18abri09: http://www.unirio.br/gastronomiavancada/alho/seminariodealho.htm
• Hipócrates  o primeiro a descrever com
detalhes o uso terapêutico do alho, como
diurético e laxante.
• Plínio e Galeno, médicos romanos  tratamento
de infecções intestinais, problemas digestivos,
pressão alta, senilidade e impotência.

• Louis Pasteur  evidenciou


propriedades anti-sépticas
– Informações usadas na Primeira e
Segunda Guerra Mundial, pelos
exércitos inglês, alemão e russo.

Alho. Acesso em 18abri09: http://www.unirio.br/gastronomiavancada/alho/seminariodealho.htm


• Com o desenvolvimento dos antibióticos durante
a segunda grande guerra, os estudos com o
alho foram abandonados.

• Recentemente, se
renovou o interesse
devido ao
aparecimento de
microorganismos
resistentes aos
antibióticos.

Alho. Acesso em 18abri09: http://www.unirio.br/gastronomiavancada/alho/seminariodealho.htm


• Poder terapêutico
reconhecido pelo MS e
pelo FDA.
• Quanto mais fria a
temperatura maior a
concentração de
fitoquímicos,
– concentração depende
do quanto à planta
responde às
agressões ambientais.
• Compostos sulfurados,
presentes no alho em
quantidades 3x maiores
do que em outros vegetais
também ricos, como
cebola e brócolis.

Marchiori, V.F. Propriedades funcionais do alho ( Allium sativum L.). Site acessado em 18/04/2009
<http://www.esalq.usp.br/siesalq/pm/alho_revisado.pdf>
• Mais de 30 compostos já foram isolados.
– o mais importante é a alicina (di-propenyl tiosulfinato)
• A característica mais marcante do alho é o seu cheiro e
este se deve à presença da alicina (óleo volátil
sulfuroso).
células do alho quebradas
amassado, partido, cortado ou mastigado
libera aliniase (enzima)
aliina  alicina cheiro do alho

componentes sulfurados liberados no interior da célula vegetal

reações em cadeia necessidade de consumo


imediato após o preparo, e sem
diminui as [ ] dos que haja ação de calor ou outro
fitoquímicos sulfurados tipo de tratamento térmico

Marchiori, V.F. Propriedades funcionais do alho ( Allium sativum L.). <http://www.esalq.usp.br/siesalq/pm/alho_revisado.pdf>


Site acessado em 18/04/2009; Alho. Acesso em 18abri09: http://www.unirio.br/gastronomiavancada/alho/seminariodealho.htm
composto atividade biológica
aliina hipotensor, hipoglicemiante
prevenção de coágulos, antiinflamatório,
ajoeno (ajocisteína)
vasodilatador, hipotensor, antibiótico
alicina e tiossulfatos antibiótica, antifúngica, antiviral
alil mercaptano hipocolesterolemiante
s-alil cisteína e compostos hipocolesterolemiante, antioxidante,
gama glutâmico quimioprotetor frente ao câncer
sulfeto dialil hipocolesterolemiante
adenosina vasodilatadora, hipotensora, miorelaxante
fructanos (escorodosa) cardioprotetora
fração proteica F-4 imunoestimulante
quercetina antialergênica
saponinas (gitonina F,
hipotensora, antimicrobiana
eurobosído B)
hipotensora, aumenta a utilização de B1,
escordinina
antibacteriana
selênio antioxidante
ácidos fenólicos antiviral e antibacteriana
saponinas anticancerígena
Alho. Acesso em 18abri09: http://www.unirio.br/gastronomiavancada/alho/seminariodealho.htm
• É utilizada principalmente em países subdesenvolvidos (Brasil e
Índia) como antihipertensivo, antiinflamatório, antibiótico,
antisséptico, vermífugo, antigripal e diurético (Watt & Breyer-Brandwijk,
1962).

Cientificamente, o alho apresenta:


• atividade antibacteriana (Cutler & Wilson, 2004);
• melhora da absorção intestinal (Nagae et al., 1994);
• ação fibrinolítica (Robbers et al., 1996);
• estimula a secreção de insulina (Augusti & Sheela, 1996);
• reduz as taxas de lipídios (Augusti et al., 2001);
• previne e promove o tratamento de aterosclerose (Durak et al., 2002);
• atua como antioxidante (Ichikawa et al., 2003);
• inibe agregação plaquetária (Cooper et al., 2003);
• atua como espermicida (Chakrabarti et al., 2003);
• previne o câncer (Thomson & Ali, 2003) e é antihipertensivo.
KISS ACI, TAKAKU M, DAMASCENO DC, CAMPOS KE, SINZATO, YK, LIMA PO, VOLPATO GT. Efeito do extrato aquoso
de Allium sativum L. sobre parâmetros bioquímicos de ratas com diabete induzido por Streptozotocin. Rev. Bras. Pl. Med.,
Botucatu, v.8, n.3, p.24-30, 2006.
Alho - Propriedades Antifúngicas

• A atividade antiproliferativa parece estar


associada a múltiplos mecanismos como:
– Inibição da biossíntese de fosfatidilcolina
– Inibição da enzima glutationa redutase

Ledezma E., Apitz-Castro R. Ajoene, el principal compuesto activo derivado del ajo (Allium sativum) un nuevo ajente
antifúngico. Rev. Iberoam. Micol., 2006; 23: 75-80.
Alho - Propriedades Antiglicantes
• Comercialmente disponível dentro diferente
preparações um dos quais são extrato de alho
envelhecido.
• Tem potente ação antioxidante e uma [ alta ] de
combinações de organosulfurados  S-allylcysteine.
• Protege contra aterosclerose:
– prevenindo hipertensão,
– reduzindo colesterol e triglicérides,
– inibindo agregação plaquetária e oxidação de LDL.

Ahmad M.S., Ahmed N. Antiglycation Properties of Aged Garlic Extract: Possible Role in Prevention of Diabetic Complications.
J. Nutr. 136: 796S–799S, 2006.
Antiglicante

• Aumenta atividade de enzimas antioxidantes


como:
– catalase, superóxido dismutase e glutationa
peroxidase.

• Extrato descrito como relativamente seguro.

• Estudos clínicos não


sugerem nenhuma evidência
de toxicidade séria até
mesmo a doses altas.

Ahmad M.S., Ahmed N. Antiglycation Properties of Aged Garlic Extract: Possible Role in Prevention of Diabetic Complications.
J. Nutr. 136: 796S–799S, 2006.
Antiglicante

Formação aumentada de produtos de


glicação avançada

Complicações crônicas do Diabetes mellitus

ferida
crônica

Ahmad M.S., Ahmed N. Antiglycation Properties of Aged Garlic Extract: Possible Role in Prevention of Diabetic Complications.
J. Nutr. 136: 796S–799S, 2006.
FIGURA – Efeito inibitório de diferentes concentrações de extrato de
alho envelhecido sob produtos de glicação avançada.

Antiglicante
Ahmad M.S., Ahmed N. Antiglycation Properties of Aged Garlic Extract: Possible Role in Prevention of Diabetic Complications.
J. Nutr. 136: 796S–799S, 2006.
FIGURA - Avaliação do efeito do extrato aquoso de Allium sativum L.
sobre a glicemia de ratas com diabete induzido por streptozotocin.

KISS ACI, TAKAKU M, DAMASCENO DC, CAMPOS KE, SINZATO, YK, LIMA PO, VOLPATO GT. Efeito do extrato aquoso
de Allium sativum L. sobre parâmetros bioquímicos de ratas com diabete induzido por Streptozotocin. Rev. Bras. Pl. Med.,
Botucatu, v.8, n.3, p.24-30, 2006.
Após 28 dias de tratamento, ratas diabéticas
que receberam extrato aquoso de A. sativum em
2 doses: 200 e 400 mg/kg:
• Não alteraram as concentrações de proteínas
totais, glicogênio hepático, triglicérides e VLDL,
mas...
• Redução de colesterol total e de LDL.
• Redução de 13,0% no nível glicêmico utilizando
a maior dose.
• Redução nas concentrações de HDL nas duas
doses testadas  Efeito prejudicial.
KISS ACI, TAKAKU M, DAMASCENO DC, CAMPOS KE, SINZATO, YK, LIMA PO, VOLPATO GT. Efeito do extrato aquoso
de Allium sativum L. sobre parâmetros bioquímicos de ratas com diabete induzido por Streptozotocin. Rev. Bras. Pl. Med.,
Botucatu, v.8, n.3, p.24-30, 2006.
Alho - Cardiovascular
Epidemiologia:
• Correlação inversa entre consumo de alho e progressão
de doença cardiovascular.
• 44% de tentativas clínicas indicaram
– redução em colesterol total, e
– reduzir a habilidade de plaquetas para se agregar.
• Revisão sistemática e meta-análise sugere que:
– preparações de alho são superiores a placebo,
reduzindo pressão sanguínea em indivíduos com
hipertensão.
Karin Ried, Oliver R Frank, Nigel P Stocks, Peter Fakler, Thomas Sullivan. Effect of garlic on blood pressure: A systematic
review and meta-analysis. BMC Cardiovascular Disorders 2008, 8:13
Khalid Rahman, Gordon M. Lowe. Garlic and Cardiovascular Disease: A Critical Review. J. Nutr. 136: 736S–740S, 2006.
• Investigar se preparações de alho a longo prazo
poderiam prover uma alternativa segura ou opção de
tratamento complementar para hipertensão em prática
clínica.
quercetina e campferol: inibição da enzima
Bioflavonóides xantina-oxidase e de
estado eicosanóides
aumentado de
antioxidante
inibi enzimas previne peroxidação
envolvidas em de lipídio, de
síntese de lipídio Alho eritrócitos e LDL

diminuição da inibição da enzima


agregação de conversora de
plaquetas angiotensinogênio - ECA

Karin Ried, Oliver R Frank, Nigel P Stocks, Peter Fakler, Thomas Sullivan. Effect of garlic on blood pressure: A systematic
review and meta-analysis. BMC Cardiovascular Disorders 2008, 8:13
Khalid Rahman, Gordon M. Lowe. Garlic and Cardiovascular Disease: A Critical Review. J. Nutr. 136: 736S–740S, 2006.
Alho e Câncer
• Alho natural e alho cultivados com fertilização
de selênio em animais de laboratório para 
papéis protetores em prevenção de câncer.
• Selenocianatos aromáticos sintéticos  mais
efetivos que agentes de ocorrência natural.
– Capacidade limitada das plantas de utilizar selênio.

Os componentes de enxofre do alho suprimiu


experimentalmente a incidência de tumor em vários
órgãos, inclusive do cólon.

Karam El-Bayoumy, Raghu Sinha, John T. Pinto, Richard S. Rivlin. Cancer Chemoprevention by Garlic and Garlic-
Containing Sulfur and Selenium Compounds. J. Nutr. 136: 864S–869S, 2006.; Suong NTN, Desmond B, Williams LC,
Richard JH. Does Garlic Reduce Risk of Colorectal Cancer? A Systematic Review. J. Nutr. 137: 2264–2269, 2007.
• Investigações recentes demonstraram que a ingestão de
alho com a dieta inibe a ligação de pró-carcinógenos ao
DNA.
• A propriedade dos compostos sulfurados do alho
inibirem o desenvolvimento de tumores em animais e,
possivelmente, em humanos, resultaria de:
– Redução na formação de nitrosaminas,
– Interferência no metabolismo de ativação/
desintoxicação de compostos carcinogênicos.

O alho não somente inibe bactérias e fungos promotores


da síntese de nitrito e nitrosaminas, mas inibe diretamente
a síntese espontânea de nitrosaminas.

Anti-câncer
Pacheco MTB, Sgarbieri VC. ALIMENTOS FUNCIONAIS. Acesso em 18/04/2009
Marchiori, V.F. Propriedades funcionais do alho ( Allium sativum L.). Site acessado em 18/04/2009
<http://www.esalq.usp.br/siesalq/pm/alho_revisado.pdf> Anti-câncer
Alho. Acesso em 18abri09: http://www.unirio.br/gastronomiavancada/alho/seminariodealho.htm
Câncer de cólon
• Redução significante de 29% em tamanho e
número de adenomas de cólon em pacientes de
câncer cólon retal  extrato de alho envelhecido.
– Apesar de grande heterogeneidade entre estudos
epidemiológicos humanos.

• Estudos em humanos também sugerem que


componentes do alho reduza o risco de pólipos
que são considerados precursores a câncer de
cólon.
Sharon A. Ross, John W. Finley, John A. Milner. Allyl Sulfur Compounds from Garlic Modulate Aberrant Crypt Formation. J.
Nutr. 136: 852S–854S, 2006.
Suong NTN, Desmond B, Williams LC, Richard JH. Does Garlic Reduce Risk of Colorectal Cancer? A Systematic Review. J.
Nutr. 137: 2264–2269, 2007.
• Alho influencia múltiplas etapas do câncer de
cólon.
• Investigações futuras  elucidar o mecanismo
de ação na carcinogênese de cólon.

Componentes Sulfurados do Alho

Anti-câncer
Sharon A. Ross, John W. Finley, John A. Milner. Allyl Sulfur Compounds from Garlic Modulate Aberrant Crypt Formation. J.
Nutr. 136: 852S–854S, 2006.
Alho e Sistema Nervoso
ajuda a prevenir declínio cognitivo

protegendo neurônios prevenindo isquemia ou


de neurotoxicidade e morte neuronal
apoptose relacionada a reperfusão

melhorando aprendizado e memória.

• Ajudaria prevenir doenças cardiovascular e


cerebrovascular e reduzindo o risco de demência.

Carmia Borek. Garlic Reduces Dementia and Heart-Disease Risk. J. Nutr. 136: 810S–812S, 2006
Forma de utilização
• É fundamental para que haja a disponibilidade de
fitoquímicos em concentrações suficientes para sua
ação terapêutica.
• Ação do aquecimento sobre substâncias anticarcino-
gênicas do alho mostraram que:
– o aquecimento por microondas por período de 60 segundos ou
45 minutos de forno pode bloquear a capacidade de ligação de
metabólitos carcinogênicos mamários às células DNA epiteliais
mamárias de ratos, in vivo.

• Permitir que o alho amassado repouse por 10 minutos


antes do aquecimento diminui as perdas.

Marchiori, V.F. Propriedades funcionais do alho ( Allium sativum L.). Site acessado em 18/04/2009
<http://www.esalq.usp.br/siesalq/pm/alho_revisado.pdf>
Complicadores
• A biodisponibilidade:
– fator crítico  algumas substâncias ativas
são extremamente voláteis (ex: ajoene).
• O sabor característico intenso:
– dificulta o seu consumo e
– é exalado inclusive pelo suor, em até 72 hs.
após o consumo.

Marchiori, V.F. Propriedades funcionais do alho ( Allium sativum L.). Site acessado em 18/04/2009
<http://www.esalq.usp.br/siesalq/pm/alho_revisado.pdf>
Recomendação de ingestão
• Ainda não há consenso quanto à recomendação de alho
que deve ser consumida.
– mesmo porque depende da utilização terapêutica em questão.
• Apesar disso sugere-se a ingestão de 4 g de alho cru ou 8
mg de óleos essenciais (Ministério da Saúde do Canadá bem como a
Comissão E da Agência Federal Alemã de Saúde) ou

• 600-900 mg de alho/dia (American Dietetic Association).


– Suficientes para a prevenção de fatores de risco
cardiovascular.
• Quantidades equivalem ao peso médio de 1 dente de alho
cru.

Marchiori, V.F. Propriedades funcionais do alho ( Allium sativum L.). Site acessado em 18/04/2009
<http://www.esalq.usp.br/siesalq/pm/alho_revisado.pdf>
Cautela
• Se sugere a suspensão do uso de suplementos
de alho para:
– gestantes, nutrizes, crianças < 4 anos e nos
períodos pré e pós-cirúrgicos devido ao seu
efeito antiplaquetário.
• Além disso foram descritos alguns casos de:
– Dermatite de contato e asma alérgica após a
ingestão do alho in natura.

Marchiori, V.F. Propriedades funcionais do alho ( Allium sativum L.). Site acessado em 18/04/2009
<http://www.esalq.usp.br/siesalq/pm/alho_revisado.pdf>
Interação com drogas
• Há interação com drogas sintéticas e consequentemente
potencialização de ação de algumas drogas.
• Por ser um inibidor das proteases, o alho afeta a
concentração sérica de alguns antiretrovirais que
utilizam a mesma via metabólica, como o INDINAVIR e
o SAQUINAVIR, reduzindo sua concentração em até
50%.
– Cautela no uso indiscriminado da planta,
principalmente em pacientes que vivem com HIV e
que façam uso do “coquetel” anti-HIV.

Marchiori, V.F. Propriedades funcionais do alho ( Allium sativum L.). Site acessado em 18/04/2009
<http://www.esalq.usp.br/siesalq/pm/alho_revisado.pdf> ;
Alho. Acesso em 18abri09: http://www.unirio.br/gastronomiavancada/alho/seminariodealho.htm
CHÁ VERDE
Camellia sinensis - CHÁ
• Verde - As folhas vão para a secagem, pelo calor, após
a colheita evitando a fermentação. Seu sabor é um tanto
amargo.
• Preto - As folhas sofrem um processo de fermentação,
em tanques fechados. Depois elas são aquecidas e
desidratadas.
• Oolong - Sofre um processo de fermentação muito
curto, o processo é interrompido no início. O sabor é
suave. Menos comum no mundo ocidental.

Chá verde e suas propriedades funcionais. Acesso em 18/04/2009.


http://www.maribel.com.br/dicas_nutricao.php?id_dicas_nutricao=79
Substâncias fenólicas
• São identificadas várias classes de
substâncias como:
– ácidos fenólicos (elágico, caféico, gálico, clorogênico,
quínico, cinâmico, hidroxicinâmico),

– flavonóides (catequinas, teaflavinas, tearubiginas, quercitina,


compeferol, flavonóis),

– isoflavonóides (genisteína, daidzeína, formononetina,


cumestrol, matairesinol),

– lignanas e taninos.

Pacheco MTB, Sgarbieri VC. ALIMENTOS FUNCIONAIS. Acesso em 18/04/2009


Substâncias fenólicas
• Reatividade, particularmente com enzimas e
elementos minerais  consideradas fatores
antinutricionais.

• Estudos mais recentes  propriedades


funcionais fisiológicas importantes na proteção
dos órgãos e tecidos contra o estresse oxidativo
e contra a carcinogênese.

Pacheco MTB, Sgarbieri VC. ALIMENTOS FUNCIONAIS. Acesso em 18/04/2009


Mas, o que são substâncias fenólicas?

• Flavonóides são polifenóis que ocorrem


naturalmente em alimentos de origem vegetal e
são comuns em dietas de todo o mundo.
• São metabólitos secundários de plantas e podem
ser subdivididos em seis classes:
– flavonas, flavanonas, isoflavonas, flavonóis,
flavanóis e antocianinas.
• O chá (Camellia sinensis), é uma das fontes
mais ricas em flavonóides.

MATSUBARA S, RODRIGUEZ-AMAYA DB. Conteúdo de miricetina, quercetina e kaempferol em chás comercializados no


Brasil. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 26(2): 380-385, abr.-jun. 2006
• Os flavonóides e as catequinas são os principais
componentes químicos terapêuticos da planta
C. sinensis, sendo potentes antioxidantes,
scavengers de radicais livres, quelantes de
metais e inibidores da lipoperoxidação (COOK &
SAMMAN, 1996; ANGHILERI & THOUVENOT, 2000).

POLIFENÓIS:
1. Catequinas (flavonóides) e fenóis; 2.
Antocianinas; 3. Bioflavonóides; 4. Curcumina

SANTOS BD, PEREIRA FM. Avaliação da ingestão de chá verde (Camellia sinensis Kuntze) em ratos wistar
hipercolesterolêmicos. TCC. Acesso em 18 abril de 2009.
Zutphen Elderly Study

• Flavonóides média = 25mg/dia

• Fonte: chá, cebola e maçã.

Morte cardiovascular
AVC

Catequinas (flavonóides) e fenóis: vinho tinto e suco


de uva, chás verde e preto, chocolate.

Hertog et al. Lancet, 1993; 342:1007 apud


CHÁ VERDE

• Flavonóides  Uma das fontes + ricas.


• Polifenóis  maioria catequinas.
(epigalocatequina galato – EGCG: 54-59%)
• Dullo e colaboradores (1999)  primeiro a
mostrar resultados, em humanos, relacionando
o efeito do chá verde à influência do gasto
energético (+ 4%).

ALTÉRIO AA, FAVA DAF, NAVARRO F. Interação da ingestão diária de chá verde (Camellia sinensis) no metabolismo celular
e na célula adiposa promovendo emagrecimento. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. São Paulo,
2007: 1(3): 27-37.
epigalocatequina galato – EGCG

Diminuição de absorção energética intestinal

Gordura Carboidratos

Inibe ação da β-amilase e α-glicosidade

Antioxidante;
Induz também Antiviral;
efeito Controle de formação de plaquetas
Anticancerígeno
Diminui pressão arterial
ALTÉRIO AA, FAVA DAF, NAVARRO F. Interação da ingestão diária de chá verde (Camellia sinensis) no metabolismo celular
e na célula adiposa promovendo emagrecimento. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. São Paulo,
2007: 1(3): 27-37.
Termogênese
epigalocatequina galato – EGCG
Enzima Fosfodiesterase

Inibe degradação de AMPc

Desencadeamento Estímulo de liberação Redução da


da ativação da das catecolaminas ingestão
lipase hormônio
calórica
sensível (LHS)

Estimulando
metabolismo lipídico

ALTÉRIO AA, FAVA DAF, NAVARRO F. Interação da ingestão diária de chá verde (Camellia sinensis) no metabolismo celular
e na célula adiposa promovendo emagrecimento. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. São Paulo,
2007: 1(3): 27-37.
Catequinas

Estímulo a expressão de adiponectina

Melhora a sinalização da insulina no tecido adiposo


3T3-L1 adipócitos

Riscos do diabetes tipo 2

Suprimem a expressão do gene KLF7

Diferenciação de adipócitos e produção de adiponectina

ALTÉRIO AA, FAVA DAF, NAVARRO F. Interação da ingestão diária de chá verde (Camellia sinensis) no metabolismo celular
e na célula adiposa promovendo emagrecimento. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. São Paulo,
2007: 1(3): 27-37.
Metabolismo lipídico
Extrato de chá verde e catequinas

Triglicerídeos e colesterol total Termogênese

Inibe o acúmulo hepático e


corporal de gordura

Tendência de diminuição de peso e circunferência da cintura

ALTÉRIO AA, FAVA DAF, NAVARRO F. Interação da ingestão diária de chá verde (Camellia sinensis) no metabolismo celular
e na célula adiposa promovendo emagrecimento. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. São Paulo,
2007: 1(3): 27-37.
600mg a 1.000mg/dia catequinas  efeitos termogênicos

483mg/dia catequinas + 75mg Perda de peso;


cafeína / 12 semanas Circunferência da cintura;
Massa adiposa.

Padronização  cafeína, ingestão dietética e exercícios físicos

EGCG  100 a 400mg Efeitos antimitogênicos e de


(Hung e cols.,2007) apoptose do tecido adiposo

Inicial: 30-50mg/kg de peso; aumenta para 100mg (Kao, 2000)

ALTÉRIO AA, FAVA DAF, NAVARRO F. Interação da ingestão diária de chá verde (Camellia sinensis) no metabolismo celular
e na célula adiposa promovendo emagrecimento. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. São Paulo,
2007: 1(3): 27-37.
• Todos  efeito associado com dieta hipocalórica e/ou
de manutenção e associada a exercícios físicos.
• Ainda não definida principal via de atuação, sendo
sugerido o efeito inibitório de enzimas chaves do
sistema adrenérgico.

O chá verde não exerceu


efeito na redução de colesterol
total e gordura peritoneal em
ratos.

SANTOS BD, PEREIRA FM. Avaliação da ingestão de chá verde (Camellia sinensis Kuntze) em ratos wistar
hipercolesterolêmicos. TCC. Acesso em 18 abril de 2009.
ALTÉRIO AA, FAVA DAF, NAVARRO F. Interação da ingestão diária de chá verde (Camellia sinensis) no metabolismo celular
e na célula adiposa promovendo emagrecimento. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. São Paulo,
2007: 1(3): 27-37.
Chá Verde
• Evidências de estudos clínicos sugerem sua ação na
prevenção de doenças cardiovasculares.
N Engl J Med 1973;289:63–7.; Lancet 1993;342:1007–11.; Arch Intern Med
1996;156:637–42.

• Estudos em humanos:
– Indivíduos sadios: resultados contraditórios...
Arch Intern Med 1995;155:381–6; BMJ 1996;312:478–81

– Indivíduos prevenção secundária: resultados


positivos... (pacientes em prevenção secundária são
previamente indivíduos em prevenção primária de médio e alto
risco).
Circulation 2002;105:2476-81.

Wilson Salgado Filho. Alimentos Funcionais e Risco Cardiovascular. Unidade Clínica de Dislipidemias / InCor-HC. FMUSP
miricetina, quercetina e kaempferol
• A miricetina não foi encontrada em chás de frutas
(maçã e morango) e de ervas (erva doce, camomila,
erva cidreira, hortelã, boldo, mate e erva mate),

• A quercetina foi encontrada em quatro chás (camomila,


boldo, morango e erva mate) e

• O kaempferol, em dois chás (boldo e erva-mate).

• Concluiu-se que estes chás são fontes de flavonóides


na dieta brasileira, embora com teores menores que em
chás verde e preto.

MATSUBARA S, RODRIGUEZ-AMAYA DB. onteúdo de miricetina, quercetina e kaempferol em chás comercializados no Brasil.
Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 26(2): 380-385, abr.-jun. 2006
Entretanto...
• Observou-se
variação dos
flavonóides entre
os tipos de chás
e mesmo entre
marcas do
mesmo tipo.

MATSUBARA S, RODRIGUEZ-AMAYA DB. onteúdo de miricetina, quercetina e kaempferol em chás comercializados no Brasil.
Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 26(2): 380-385, abr.-jun. 2006
+

Os teores menores encontrados no ban-chá reforçam a idéia de que as


folhas mais tenras, que constituem o chá verde, apresentam melhor
qualidade não apenas sensorial, mas também quanto à presença de
flavonóides.

MATSUBARA S, RODRIGUEZ-AMAYA DB. onteúdo de miricetina, quercetina e kaempferol em chás comercializados no Brasil.
Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 26(2): 380-385, abr.-jun. 2006
MATSUBARA S, RODRIGUEZ-AMAYA DB. onteúdo de miricetina, quercetina e kaempferol em chás comercializados no Brasil.
Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 26(2): 380-385, abr.-jun. 2006
Recomendação
• Três ou quatro xícaras diariamente.
• Preparo correto:
– Ferva a água, apague o fogo e dilua duas colheres
de chá em uma xícara das de chá.
– Deixe o recipiente tampado de cinco a dez minutos,
em ambiente escuro, antes de servir.
– O chá não deve ser reaquecido e pode ser guardado
por até 12 horas em locais sem luz.

Roseli Rossi, Paula Viñas. Acesso em 18/04/2009. Alessandro Reis da Revista da Hora. Consumo de chá verde exige
cautela. http://www.equilibrionutricional.com.br/1nv/chaverde.html
Cautela
• Não são indicados a pessoas com problemas cardíacos
ou hipertensos  aceleram o metabolismo.
• Também devem ser evitados por grávidas e lactantes.
• Casos de insônia, gastrite, problemas renais,
hipertireoidismo, ansiedade e taquicardia.
• Indivíduos com deficiência de ferro no organismo também
devem evitar essas bebidas.  Tanino, substância que
inibe a absorção do mineral.
• Uso do remédio doxorrubicina  monitorar.
– "Os chás potencializam o efeito desse medicamento.

Roseli Rossi, Paula Viñas. Acesso em 18/04/2009. Alessandro Reis da Revista da Hora. Consumo de chá verde exige
cautela. http://www.equilibrionutricional.com.br/1nv/chaverde.html
Considerações

• Rápido tempo de metabolização dos compostos


fenólicos.
• Influência de diversas variáveis biológicas:
– Flora bacteriana intestinal.
– Absorção.
– Metabolização hepática.
– Interação com substâncias no plasma e nos tecidos.

Wilson Salgado Filho. Alimentos Funcionais e Risco Cardiovascular. Unidade Clínica de Dislipidemias / InCor-HC. FMUSP
Considerações
• O chá verde parece efetivo na prevenção do
desenvolvimento e manutenção da obesidade, por seu
efeito termogênico e estimulador do sistema nervoso
simpático.
• Inconclusivo  dose diária a ser administrada.
• Efeito termogênico da catequina  potencializado
quando associado à cafeína.
• Epigalocatequina galato (EGCG)  efeito independente
da cafeína.

ALTÉRIO AA, FAVA DAF, NAVARRO F. Interação da ingestão diária de chá verde (Camellia sinensis) no metabolismo celular
e na célula adiposa promovendo emagrecimento. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. São Paulo,
2007: 1(3): 27-37.
FRUTAS VERMELHAS
CRANBERRY
• Vaccinium macrocarpon
• Arbusto de cranberry  Cresce em montanhas,
florestas e pântanos úmidos do Alasca para
Virgínia. Comercialmente é produzido em
Massachusetts e Wisconsin (EUA).
• Usados em cataplasmas por tratar feridas.
• Folhas de cranberry eram tipicamente usadas
para diarréia e desordens urinárias.

Winston Craig. Cranberry. www.vegetarian-nutrition.info/herbs/cranberry.php


• Os marinheiros durante dias coloniais usaram
cranberry para prevenir escorbuto.

• Distintos pelo gosto extremamente


azedo deles/delas, devido ao baixo
açúcar deles/delas e conteúdo de
ácido alto.

• Ricos em ácidos cítrico, málico,


elágico.

• Ricos em flavonóides, antocianinas,


vitamina C e tanino.

Winston Craig. Cranberry. www.vegetarian-nutrition.info/herbs/cranberry.php


Infecções Urinárias
• São mais prevalecentes entre mulheres que em
homens, e muitas mulheres desenvolverão
vários infecções na vida.

• Pessoas com diabetes estão com risco mais alto


para infecções.

– Infecção urinária sem tratar  complicações


mais sérias podem se desenvolver.

– Se durante uma gravidez  pré-termo.

Winston Craig. Cranberry. www.vegetarian-nutrition.info/herbs/cranberry.php


Infecções Urinárias
• O risco de uma infecção urinária aumenta com
avançar idade, e é maior entre mulheres mais
velhas institucionalizadas.
• Sintomas geralmente incluem:
– Urinação dolorosa,
– Necessidade frequente de urinar.

Winston Craig. Cranberry. www.vegetarian-nutrition.info/herbs/cranberry.php


CRANBERRY
• Manter a saúde da área urinária.
• O suco foi extensamente usado para:
– A prevenção,
– O tratamento, e
– O alívio sintomático de infecções de área
urinárias.
• As bactérias aderem à área urinária,
colonizando em números grandes e produzindo
uma infecção.
Infecções Urinárias
Winston Craig. Cranberry. www.vegetarian-nutrition.info/herbs/cranberry.php
Suco de cranberry

efetivo porque acidificava a urina recentes pesquisas

substâncias:
acidez alta proanthocyanidins

previnem a adesão de E.
prevenia crescimento coli e outras bactérias da
bacteriano área urinária

Winston Craig. Cranberry. www.vegetarian-nutrition.info/herbs/cranberry.php


Estudos clínicos
• Um grupo de 153 mulheres anciãs experimentou uma
redução média de 50% na carga bacteriana depois de
consumir diariamente um coquetel de suco de cranberry
durante 6 meses.
– As mulheres anciãs também tiveram uma maior possibilidade de
estar livre da infecção que mulheres semelhantes que não usam o
suco de cranberry.

• Cápsulas que contêm cranberry concentram também pode


ser efetivo.
– Mulheres que levaram duas 400 cápsulas de mg de pó de
cranberry durante 3 meses experimentaram uma diminuição
significante em risco de infecções urinárias.

Infecções Urinárias
Winston Craig. Cranberry. www.vegetarian-nutrition.info/herbs/cranberry.php
Estudos clínicos
• Suco de cranberry também é efetivo reduzindo
odores urinários em pacientes acamados que
têm infecções urinárias e são incontinente.

– Regularmente 2 copos de suco de cranberry.

• Os pacientes se queixaram menos de sensação


ardente quando urinaram.

Infecções Urinárias
Winston Craig. Cranberry. www.vegetarian-nutrition.info/herbs/cranberry.php
Cranberry e cálculo renal
• Pode prevenir a formação de certos tipos de
pedras de rim.
• 1 ou 2 copos de suco de cranberry / dia de 1 a 2
semanas aumentarão a acidez da urina 
diminui o risco de formar cálculo renal.
• Além disso, suco de cranberry não contém
níveis altos de oxalato  substância que pode
promover a formação de pedras de rim.

Winston Craig. Cranberry. www.vegetarian-nutrition.info/herbs/cranberry.php


Proteção Contra Doença Crônica
• São ricos em antioxidantes de polifenóis que protegem
contra câncer e doença cardiovascular.
• O proanthocyanidins e outras combinações:
– inibem a oxidação de colesterol de LDL
– o pó de cranberry diminuiu o nível de colesterol LDL
de animais com níveis sanguíneos elevados.
• São conhecidos o proanthocyanidins em cranberry e
mirtilo para inibir crescimento tumoral.

Winston Craig. Cranberry. www.vegetarian-nutrition.info/herbs/cranberry.php


• O mirtilo, um parente íntimo do cranberry,
também é uma boa fonte do proanthocyanidins.

• Por outro lado, laranja, toronja, abacaxi, goiaba,


e sucos de manga não possuem nenhuma
propriedade de anti-adesão.

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Outros Efeitos Protetores
• Helicobacter Pylori é a causa principal de gástrico e
úlceras de duodenal.
adere à camada de epitelial
Helicobacter Pylori penetra o muco subjacente do TGI

CRANBERRY

uma fração de cranberry


reduz a viscosidade de
bactérias orais
incapacitou a adesão do H. Pylori
à superfície de epitelial. pode ser útil para demorar o
desenvolvimento de placa
dentária
ajudar a prevenir úlceras

Winston Craig. Cranberry. www.vegetarian-nutrition.info/herbs/cranberry.php


Recomendação
• Para a prevenção ou tratamento de infecções urinárias:
– 1 copo/dia de suco de cranberry,
– 1 a 3 xícaras de coquetel de suco de cranberry, ou
– 10-12 cápsulas de pó de cranberry.

• Geralmente não há nenhum efeito colateral.


• Porém, bebendo 3 ou mais litros de suco de cranberry/dia
podem produzir diarréia e outros efeitos de gastrintestinal.
• Menor quantidade podem aumentar a frequência das
evacuações intestinais.

Winston Craig. Cranberry. www.vegetarian-nutrition.info/herbs/cranberry.php


Produtos
FRUTAS
CÍTRICAS
Frutas e Verduras - Evidências
• Elevado consumo de frutas e
vegetais  proteção contra
vários cânceres (+ áreas
respiratórias e digestivas).
• Redução de risco
cardiovascular em 30%.
• Atribuído à:
– micronutrientes ativo (ex.: vitaminas e minerais) e
– componentes não-nutritivos (fitoquímicos).

SILALAHI J. Anticancer and health protective properties of citrus fruit components. Asia Pacific J Clin Nutr (2002) 11(1): 79–84
Frutas e Verduras
• Protetores para várias condições:
– degeneração da macula,

– perda visual, cataratas,

– doença das vias respiratórias e

– cânceres de mama, estômago e cólon-retal.

• Alimento vs. Suplemento:


– Interações implicadas nos efeitos clínicos.

SILALAHI J. Anticancer and health protective properties of citrus fruit components. Asia Pacific J Clin Nutr (2002) 11(1): 79–84
Frutas cítricas
• Laranjas, limões, limas e toronjas são principal fonte de
ácido ascórbico - vitamina C.
• Eles contêm folato e fibra dietética,
• Outros componentes bioativos como carotenóides (β-
caroteno) e flavonóides  prevenção de doença
degenerativa.
• São particularmente ricas dentro uma
classe de fitoquímicos conhecida como
limonóides (amargo).
• Prevenção de uma variedade de cânceres
e doenças cardiovasculares.
SILALAHI J. Anticancer and health protective properties of citrus fruit components. Asia Pacific J Clin Nutr (2002) 11(1): 79–84
Terpenos - Limonóides

• Os limonóides constituem um grupo de


derivados de triterpenos.

• Limonina, nomilina e o glicosídio da limonina,


17--D-glicopiranosídio (LG), são os mais
abundantes.

• Apresentam como propriedade fisiológica, a


indução da enzima glutationa-S-transferase
(GST), quando administrados a animais.
SILALAHI J. Anticancer and health protective properties of citrus fruit components. Asia Pacific J Clin Nutr (2002) 11(1): 79–84
Pacheco MTB, Sgarbieri VC. ALIMENTOS FUNCIONAIS. Apostila. Acesso em 18/04/2009
Limonóides

• Glutationa S-transferase (GST)  é um dos


principais sistemas enzimáticos de
desintoxicação  catalisa a conjugação de
glutationa com carcinógenos ativados.
• A glutationa é geralmente menos reativa e mais
solúvel em água  facilita a excreção.
• Um aumento na atividade de GST causada por
uma substância corresponde a uma elevação no
mecanismo que protege contra os efeitos
nocivos de xenobióticos, inclusive carcinógenos.

SILALAHI J. Anticancer and health protective properties of citrus fruit components. Asia Pacific J Clin Nutr (2002) 11(1): 79–84
• Adição de limonina e de óleo de citrus (laranja,
limão, cidra, tangerina) a uma dieta
semipurificada, para ratos, promoveu a indução
da enzima GST no fígado e na mucosa do
intestino delgado.

• Ingestão continuada
dos referidos óleos
resultou em inibição
da formação de
tumores no
estômago, pulmões e
glândulas mamárias.

Pacheco MTB, Sgarbieri VC. ALIMENTOS FUNCIONAIS. Acesso em 18/04/2009


• Efeitos inibitórios:
– Tumores estomacais.
– Tumores de pulmão.
Estudos animais
– Tumores de pele.

• Encoraja uso em humanos como agente quimio-


preventivo de câncer.

Limonóides
Pacheco MTB, Sgarbieri VC. ALIMENTOS FUNCIONAIS. Apostila. Acesso em 18/04/2009
SILALAHI J. Anticancer and health protective properties of citrus fruit components. Asia Pacific J Clin Nutr (2002) 11(1): 79–84
Problemas encontrados - limonóides

• Intensamente amargo;

• Solúvel apenas em solventes orgânicos;

• Concentração de limonóides em sucos cítricos é


bastante baixa.

• Estes três problemas limitariam o tipo de


produtos nos quais poderiam ser incorporados
limonina quando usado como um aditivo
alimentar ou suplemento.

SILALAHI J. Anticancer and health protective properties of citrus fruit components. Asia Pacific J Clin Nutr (2002) 11(1): 79–84
• Concentrações muito altas
em sucos.
• Presentes em
concentrações mais altas:
– laranja comercial (320
p.p.m.),
– toronja (190 p.p.m.) e
– sucos de limão (82 p.p.m.)

Limonóides
SILALAHI J. Anticancer and health protective properties of citrus fruit components. Asia Pacific J Clin Nutr (2002) 11(1): 79–84
Outros componentes de Frutas Cítricas

• Flavonóides  antioxidantes (doa H+ para


radicais livres);
– atividade antiinflamatória, antialergênica,
anticarcinogênica, antiproliferativa, antivirótico.

• β-Caroteno  antioxidante (oxigênio singlete);


– Efetiva proteção de membranas de dano por radical
livre.
– Muito efetivo a pressão de oxigênio alta.
– Precaução.

SILALAHI J. Anticancer and health protective properties of citrus fruit components. Asia Pacific J Clin Nutr (2002) 11(1): 79–84
Outros componentes
de Frutas Cítricas
• Ácido ascórbico:
– Co-fator para várias enzimas envolvidas na biogênese
de colágeno, carnitina e neurotransmissores.
– Co-antioxidante para regeneração de α-tocoferol
(vitamina E).
– Previne a reação de nitritos com aminas que formam
nitrosaminas (carcinógeno potente da área digestiva),
– Previne oxidação de subst. químicas específicas para
as formas de carcinógenas ativas.
– RDA  deveria ser dobrado de 60 a 120 mg/dia.

SILALAHI J. Anticancer and health protective properties of citrus fruit components. Asia Pacific J Clin Nutr (2002) 11(1): 79–84
Outros componentes
de Frutas Cítricas
• Ácido fólico:
– Co-enzima  metabolismo de aminoácidos e ácidos
nucléicos.

– Extremamente importante para crescimento.

• Fibra dietética:
– Particularmente pectina (absorção de glicose e níveis
de colesterol)

– AGCC  (acetato, propionato e butirato) isobutírico e


isovalérico.

SILALAHI J. Anticancer and health protective properties of citrus fruit components. Asia Pacific J Clin Nutr (2002) 11(1): 79–84
GENGIBRE
O gengibre
• O gengibre é uma erva rizomática originária do
sudoeste da Ásia e do Arquipélago Malaio,

• Sua cultura tem grande importância, não


somente para o consumo local da população
indígena, como também para a exportação,
destinada a países ocidentais que o consomem
em grandes quantidades.

GOVINDARAJAN, 1982; CHEN et al., 1986; CORRÊA JUNIOR et al., 1994; WHO, 1999 apud
www.visaoacademica.ufpr.br/v5n1/elpo.htm. Acesso em 18/04/2009
O gengibre
• Zingiber officinale Roscoe (ZINGIBERACEAE).
• Medicina ayurvédica (Índia) e medicina chinesa.
• Composição química:
– gingerol, zingibereno, β-bisaboleno,
– zingerona, citrol, canfeno, cineol,
– α-felandreno, saponinas e borneol.

Gengibre. Série plantas medicinais, condimentares e aromáticas. Corumbá/MS. EMBRAPA, 2006


• Uso medicinal que data 2.500 anos atrás.
• Tem uma história longa de uso medicinal para o
tratamento de uma variedade de doenças
humanas:
– Resfriados comuns, febre;
– Desordens reumáticas;
– Complicações gastrointestinal, diarréia;
– Doença de movimento, diabete, câncer, etc.
• Quimiopreventivo e quimioterapêutico de
substâncias de fenólicas derivadas de gengibre.
Kundu JK, Na HK, Surh YJ. Ginger-Derived Phenolic Substances with Cancer Preventive and Therapeutic Potential. Forum
Nutr. 2009;61:182-192.; Shukla Y, Singh M. Cancer preventive properties of ginger: a brief review. Food Chem Toxicol.
2007 May;45(5):683-90.
• Artrite, reumatismo, deslocamentos, dores musculares,
dores de garganta, câimbras, constipação, indigestão,
vômito, hipertensão, demência, febre, doenças
infecciosas e helmintiasis.
• Imuno-modulatória, anti-tumorgênico, antiinflamatório,
anti-apoptótico, anti-hiperglicêmico, anti-lipidêmico e
anti-emético.
• Gengibre  anti-oxidante forte e pode mitigar ou previne
geração de radicais livres.
• Necessidade  mais estudos em animais e humanos a
longo prazo.

Ali BH, Blunden G, Tanira MO, Nemmar A. Some phytochemical, pharmacological and toxicological properties of ginger
(Zingiber officinale Roscoe): a review of recent research. Food Chem Toxicol. 2008 Feb;46(2):409-20.
Efeito anti-obesidade
• Extrato aquoso de Zingiber officinale Roscoe poderia
inibir a absorção intestinal de gordura dietética inibindo
sua hidrólise.
• Dieta de alto-gordura a ratos durante 8 semanas.
– Grupo recebeu 3% de extrato aquoso:
• Pesos de tecido gorduroso eram maiores em ratos
alimentados a dieta de alto teor de gordura.
• Hipótese  inibição de absorção intestinal de gordura
dietética.

Han LK, Gong XJ, Kawano S, Saito M, Kimura Y, Okuda H. [Antiobesity actions of Zingiber officinale Roscoe]. Yakugaku
Zasshi. 2005 Feb;125(2):213-7
Efeitos do gengibre
• Efeitos benéficos sobre náuseas e vômitos 
doença, cirurgia e gestação.
• Quimioterapia do câncer (gengibre vs. placebo):
– Qualidade de vida durante os 4 primeiros dias pós
quimioterapia.
– 250mg/cápsula  1,5% (gingerol, zingerona,...)
– Controle da náusea; mas nenhum efeito antiemético.

Hickok JT, Roscoe JA, Morrow GR, Ryan JL. A Phase II/III Randomized, Placebo-Controlled, Double-Blind Clinical Trial of
Ginger (Zingiber officinale) for Nausea Caused by Chemotherapy for Cancer: A Currently Accruing URCC CCOP Cancer
Control Study. Support Cancer Ther. 2007 Sep 1;4(4):247-50
Gengibre – mecanismo de ação

• Ainda não completamente esclarecido.

– Ação Intestinal.

• Antiespasmótico;

• Alívio de flatulência;

Hickok JT, Roscoe JA, Morrow GR, Ryan JL. A Phase II/III Randomized, Placebo-Controlled, Double-Blind Clinical Trial of
Ginger (Zingiber officinale) for Nausea Caused by Chemotherapy for Cancer: A Currently Accruing URCC CCOP Cancer
Control Study. Support Cancer Ther. 2007 Sep 1;4(4):247-50
Ação pulmonar
• Efeito de extrato hidroalcoólico de gengibre cru
no hiper-reatividade de traquéia de rato (RTHR)
e inflamação pulmonar induziu através de
lipopolissacarídeo.
• Gengibre e celecoxib reduziram o nível de
prostaglandina (PGE2) e tromboxano (TXA2) no
soro.
• Resultados sugerem que gengibre mostra um
efeito antiinflamatório em pulmão.
Aimbire F, Penna SC, Rodrigues M, Rodrigues KC, Lopes-Martins RA, Sertié JA. Effect of hydroalcoholic extract of Zingiber
officinalis rhizomes on LPS-induced rat airway hyperreactivity and lung inflammation. Prostaglandins Leukot Essent Fatty
Acids. 2007 Oct-Nov;77(3-4):129-38. Epub 2007 Oct 17.
Ação cardiovascular
• Doença cardiovascular:
• Efeito antiinflamatório considerável,
antioxidante, anti-plaqueta, hipotensivo e
hipolipidêmico  in vitro e em animais.
• Dosagens de 5 g ou +  atividade de anti-
plaqueta significante.
• Alternativa natural mais barata com
significativamente mais baixos efeitos colaterais.

Nicoll R, Henein MY. Ginger (Zingiber officinale Roscoe): a hot remedy for cardiovascular disease? Int J Cardiol. 2009 Jan
24;131(3):408-9. Epub 2007 Nov 26.
Pressão arterial
• O extrato cru de gengibre (0,3 – 3,0 mg/kg) 
diminuiu a pressão sanguínea arterial de ratos
anestesiados.

• Dados indicam que o efeito redutor da pressão


sanguínea pelo gengibre é mediado por
bloqueio de canais de cálcio voltagem-
dependentes.

Ghayur MN, Gilani AH. Ginger lowers blood pressure through blockade of voltage-dependent calcium channels. J Cardiovasc
Pharmacol. 2005 Jan;45(1):74-80
Dosagem
• Formas comuns de gengibre incluem:
– raiz fresca, raiz seca, tabletes, cápsulas,
extrato líquido, tintura e chá.
Adultos:
• Dose diária de gengibre  4 gramas.
– Estômago  transtorno causado por gengibre pode
ser reduzido com cápsulas de gengibre em lugar de
pó.
• Peritos e publicações sugerem que pó de
gengibre, tabletes ou cápsulas podem ser
usados diariamente em doses de 1 a 5 gramas.
Evidência científica insuficiente para recomendar o uso em crianças.
Ginger. <http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/druginfo/natural/patient-ginger.html> acesso em 18/04/2009
Segurança
• Alergias:
– Se alergia conhecida; erupções cutâneas de contato
(trabalhadores)

• Efeitos colaterais e Advertências:


– Poucos efeitos colaterais foram associados com
gengibre a baixas doses.
– Poucos estudos sobre uso a longo prazo.
– Indivíduos que tiveram úlceras, doença inflamatória
intestinal ou bloqueio intestinal  cautela.

Ginger. <http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/druginfo/natural/patient-ginger.html> acesso em 18/04/2009


– Arritmia cardíaca. Segurança
– Indivíduos tratados com medicamentos (hipertensão,
coagulação sanguínea).
– Gestação  controvérsias.

• Interações com Drogas:


– Há evidência que pode aumentar produção ácida no
estômago. Resultado  pode trabalhar teoricamente
contra os efeitos de antiácidos.
– Pode aumentar o risco de sangrar (aspirina,
anticoagulante).
– Drogas que debilitam o sistema imune, devido a uma
possível interação.
Ginger. <http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/druginfo/natural/patient-ginger.html> acesso em 18/04/2009
Segurança
• Gengibre  pode abaixar níveis de açúcar do
sangue (teoricamente).
– pode interferir com os efeitos de insulina ou
medicamentos de diabete.
• Interações com Ervas e Suplementos Dietéticos

Ginger. <http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/druginfo/natural/patient-
ginger.html> acesso em 18/04/2009
OUTRA REFERÊNCIA:
SAAD, Susana Marta Isay. Probióticos e prebióticos: o
estado da arte. Revista Brasileira de Ciências
Farmacêuticas. vol. 42, n. 1, jan./mar., 2006.

Obrigada!
Trabalho escrito
grupos de 3 a 4 pessoas

• PEIXE  Ácidos graxos


– Ações fisiológicas
– Recomendações de ingestão/ proporção ω-3 e ω-6.
– Concentração em alimentos.
• TOMATE  Licopeno
– Ações fisiológicas
– Recomendações de ingestão.
– Concentração em alimentos.

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