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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA PARA AFRFB/2014

RETA FINAL – PROFESSOR MURILLO LO VISCO


AULA 04 – IRPJ: PARTE 2

AULA 04 – IRPJ: PARTE 2

Olá concursando,
Nesta nossa segunda Aula sobre o IRPJ, ainda vamos estudar
temas básicos, mas nem por isso deixam de ser importantes. Conforme
demonstrado pela ESAF em 2012, algum aspecto relativo a esses temas
certamente deve ser cobrado no concurso deste ano.
Vamos desenvolver nossa Aula a partir da seguinte estrutura:
1. Lucro real ............................................................................. 2
1.1. Pessoas jurídicas obrigadas ao Lucro Real ............................... 2
1.2. Sistemática de apuração do lucro real..................................... 3
1.3. Apuração anual do lucro real ................................................... 6
2. Despesas dedutíveis e indedutíveis .................................... 10
2.1. Despesas dedutíveis ............................................................... 10
2.2. Despesas indedutíveis ............................................................ 14
3. Lucro presumido ................................................................ 17
4. Lucro arbitrado................................................................... 20
5. Omissão de receita ............................................................. 23
6. Questões propostas ........................................................... 24
7. Comentários sobre as questões propostas ......................... 31
8. Gabarito das questões propostas ....................................... 41

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA PARA AFRFB/2014
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AULA 04 – IRPJ: PARTE 2
1. LUCRO REAL
Lucro Real é o regime de apuração da base de cálculo do IRPJ
disponível para qualquer contribuinte do imposto. Independentemente do
porte e do ramo de atividade, qualquer contribuinte pode se submeter às
regras de tributação do Lucro Real.
Nesse regime, a base de cálculo do imposto é apurada
trimestralmente. No entanto, o contribuinte pode optar pela apuração
anual do lucro real. Nesse sentido, a cada ano-calendário, as pessoas
sujeitas ao Lucro Real podem optar pela periodicidade anual ou trimestral.
E dentro de um mesmo ano, a opção é irretratável.
Embora o Lucro Real seja um regime de apuração disponível
para qualquer contribuinte do imposto, algumas pessoas jurídicas não têm
opção, pois são legalmente obrigadas a adotar esse regime de tributação.

1.1. Pessoas jurídicas obrigadas ao Lucro Real


São obrigadas a apurar a base de cálculo do IRPJ segundo as
regras do Lucro Real as pessoas jurídicas:
• cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja superior
ao limite de R$ 78 milhões, ou proporcional ao número de
meses do período, quando inferior a doze meses;
• cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de
investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas
econômicas, sociedades de crédito, financiamento e
investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades
corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio,
distribuidora de títulos e valores mobiliários, empresas de
arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas
de seguros privados e de capitalização e entidades de
previdência privada aberta;
• que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital
oriundos do exterior;
• que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de
benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto;

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• que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado
pagamento mensal pelo regime de estimativa, exercendo a
opção pela apuração anual do lucro real;
• que explorem as atividades de prestação cumulativa e
contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica,
gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas
a pagar e a receber, compras de direitos creditórios
resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de
serviços (factoring);
• que explorem as atividades de securitização de créditos
imobiliários, financeiros e do agronegócio.
Portanto, podemos entender que há duas espécies de critérios
capazes de determinar a obrigatoriedade pelo lucro real: atividade ou
circunstância.
Obrigação de se submeter ao lucro real

Atividade • instituições financeiras e assemelhadas;


• factoring;
• securitização de créditos imobiliários, financeiros e do
agronegócio.
Circunstância • receita total, no ano-calendário anterior, maior que
R$ 78 milhões, ou proporcional ao número de meses
do período, quando inferior a 12 meses;
• lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do
exterior;
• benefícios fiscais de isenção ou redução do imposto;
• opção pela apuração anual do lucro real, manifestada
com o pagamento de estimativa mensal.

1.2. Sistemática de apuração do lucro real


Lucro real é o lucro líquido do período de apuração, ajustado
pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela
legislação tributária.
Por sua vez, para os efeitos da tributação, o lucro líquido do
período de apuração é a soma algébrica do lucro operacional, dos
resultados não operacionais, e das participações.

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Nos termos do art. 249 do RIR, na determinação do lucro real,
devem ser adicionados ao lucro líquido do período de apuração:
• os custos, despesas, encargos, perdas, provisões,
participações e quaisquer outros valores deduzidos na
apuração do lucro líquido que não sejam dedutíveis na
determinação do lucro real;
• os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros
valores não incluídos na apuração do lucro líquido que
devam ser computados na determinação do lucro real.
Em sentido contrário ao pretendido com as adições, o art. 250
do RIR estabelece que, na determinação do lucro real, podem ser
excluídos do lucro líquido do período de apuração:
• os valores cuja dedução seja autorizada e que não tenham
sido computados na apuração do lucro líquido do período de
apuração;
• os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros
valores incluídos na apuração do lucro líquido, que não
sejam computados no lucro real.
Em síntese, podemos enxergar as adições e exclusões ao lucro
líquido da seguinte forma:

Ajuste Efeito desejado Hipóteses

Despesas indedutíveis contabilizadas no


período de apuração
Aumentar o lucro
Adições
real Resultados tributáveis que não se
encontram contabilizados no período de
apuração

Valores dedutíveis que não se encontram


contabilizados no período de apuração
Diminuir o lucro
Exclusões
real Resultados não tributáveis que se
encontram contabilizados no período de
apuração

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Além das adições e exclusões, para fins de determinação do
lucro real há ainda a etapa de compensação de prejuízos fiscais de
períodos anteriores.
Mas é preciso ressaltar que, embora seja autorizada a
compensação de prejuízos fiscais de períodos anteriores, a legislação
estabeleceu um limite para o exercício dessa faculdade. A cada período de
apuração, a utilização de prejuízos fiscais de períodos anteriores encontra-
se limitada a uma “trava”, fixada em 30% do lucro líquido ajustado pelas
adições e exclusões.
Ainda sobre a compensação de prejuízos fiscais, é preciso
destacar as regras específicas a seguir relacionadas.
Incorporação, Fusão e Cisão: a pessoa jurídica sucessora por
incorporação, fusão ou cisão não pode compensar prejuízos fiscais da
sucedida. Em outras palavras, o prejuízo fiscal não se transfere com a
ocorrência de um desses eventos societários.
No entanto, no caso de cisão parcial, a pessoa jurídica cindida
pode (continuar a) compensar os seus próprios prejuízos,
proporcionalmente à parcela remanescente do patrimônio líquido.
Mudança de Controle Societário e de Ramo de Atividade: a
pessoa jurídica não pode compensar seus próprios prejuízos fiscais se
entre a data da apuração e da compensação houver ocorrido,
cumulativamente, modificação de seu controle societário e do ramo de
atividade.
Sociedade em Conta de Participação (SCP): o prejuízo fiscal
apurado por SCP somente pode ser compensado com o lucro real
decorrente da mesma SCP. Em consequência, é vedada a compensação de
prejuízos fiscais e lucros entre duas ou mais SCP ou entre estas e o sócio
ostensivo.
Prejuízos Não Operacionais: os prejuízos não operacionais,
apurados pelas pessoas jurídicas somente podem ser compensados com
lucros da mesma natureza, observada a trava de 30%. Consideram-se não
operacionais os resultados decorrentes da alienação de bens ou direitos
do ativo não circulante.

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1.3. Apuração anual do lucro real
A apuração anual do lucro real não difere, na sua essência, da
apuração trimestral. Nesse sentido, a pessoa jurídica que optar pela
apuração anual do IRPJ deve calcular o lucro real em 31 de dezembro,
basicamente, adotando as mesmas regras previstas para a apuração
trimestral, relativas a adições, exclusões e compensação de prejuízos.
Com toda certeza, a grande questão envolvida na apuração
anual é a obrigação de efetuar o pagamento mensal do imposto de modo
antecipado, determinado a partir de base de cálculo estimada. Inclusive, a
opção pela apuração anual se dá com o pagamento do imposto estimado
relativo ao mês de janeiro ou no mês de início de atividade.
Em regra, no regime de Lucro Real anual, a base de cálculo da
estimativa mensal é determinada a partir da receita bruta auferida no
mês. Uma vez encerrado o ano, o contribuinte deve apurar o IRPJ com
base no lucro real e comparar com a soma dos valores antecipados ao
longo do ano-base a título de estimativa.
A base de cálculo da estimativa mensal, em cada mês, é
determinada mediante a aplicação de um percentual sobre a receita bruta
auferida mensalmente, acrescida de ganhos de capital e outras receitas:

BC estimativa = (Receita Bruta Mensal x Percentual de estimativa) + acréscimos

Para fins de determinação da base de cálculo da estimativa


mensal, a receita bruta compreende o produto da venda de bens nas
operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado
auferido nas operações de conta alheia. Na receita bruta não se incluem
as vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos e os
impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou
contratante e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviços seja
mero depositário.
Na apuração das estimativas mensais, a base de cálculo
decorrente da receita bruta deve ser determinada mediante a aplicação
dos seguintes percentuais:
• Regra geral: 8%

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 comércio e indústria em geral
 atividade rural
 serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico (entre
outros), desde que a prestadora destes serviços seja
organizada sob a forma de sociedade empresária e
atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária
 transporte de cargas
 atividades imobiliárias relativas a loteamento de
terrenos, incorporação imobiliária, construção de
prédios destinados à venda, bem como a venda de
imóveis construídos ou adquiridos para a revenda
 outras atividades não caracterizadas como prestação de
serviços
• Percentual de 1,6%
 Revenda de combustíveis para consumo
• Percentual de 16%
 Transporte de passageiros
 Serviços financeiros: bancos comerciais, bancos de
investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas
econômicas, sociedades de crédito, financiamento e
investimento, sociedades de crédito imobiliário,
sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e
câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários,
empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de
crédito, empresas de seguros privados e de capitalização
e entidades de previdência privada aberta
• Percentual de 32%
 Prestação de serviços em geral, exceto serviços
hospitalares e de auxílio diagnóstico (entre outros)
sujeitos ao percentual de 8%

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 Intermediação de negócios
 administração, locação ou cessão de bens, imóveis,
móveis e direitos de qualquer natureza
 prestação cumulativa e contínua de serviços de
assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito,
seleção de riscos, administração de contas a pagar e a
receber, compra de direitos creditórios resultantes de
vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços
(factoring)
No caso de atividades diversificadas, deve ser aplicado o
percentual correspondente a cada atividade. E uma vez apurada omissão
de receita praticada por pessoa jurídica com atividades diversificadas, não
sendo possível a identificação da atividade a que se refere a receita
omitida, ela deve ser adicionada àquela a que corresponder o percentual
mais elevado.
Devem ser acrescidos à base de cálculo da estimativa mensal os
ganhos de capital, além das demais receitas e resultados positivos
decorrentes de receitas não abrangidas pelo conceito de receita bruta.
Entre as outras receitas e resultados positivos que devem ser
acrescidos à base de cálculo da estimativa mensal destacam-se os
seguintes:
• os juros incidentes sobre impostos e contribuições
restituídos ou compensados;
• as variações monetárias ativas;
• os juros sobre o capital próprio auferidos;
• os valores decorrentes de ajustes relativos a preços de
transferência.
Mas é preciso ressaltar que o recolhimento de estimativas
mensais, apuradas com base na receita bruta auferida no mês, pode ser
suspenso ou reduzido desde que o contribuinte comprove, com base em
balanço ou balancete, que o valor acumulado já pago excede o valor do
imposto, inclusive adicional, calculado com base no Lucro Real do período

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em curso. Nesse sentido, caso o contribuinte demonstre através de
balanços ou balancetes mensais, a existência de prejuízos fiscais apurados
a partir do mês de janeiro do ano-calendário, ele fica dispensado do
pagamento da estimativa mensal. Vale dizer, a redução do pagamento
mensal se aplica, inclusive, em relação ao mês de janeiro, desde que fique
demonstrado que o imposto devido no período é inferior ao calculado
com base na receita bruta.

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2. DESPESAS DEDUTÍVEIS E INDEDUTÍVEIS
Na apuração do lucro real, muitas despesas contabilizadas pelos
contribuintes são dedutíveis em razão de serem absolutamente
necessárias à atividade da empresa. Nesse caso, por estarem
contabilizadas e por serem consideradas dedutíveis pela legislação
tributária, não implicam a necessidade de qualquer ajuste ao lucro líquido
na apuração do lucro real. Entretanto, nem todas as despesas
contabilizadas são dedutíveis para fins de cálculo do Imposto de Renda. E
já sabemos que, quando indedutíveis, as despesas contabilizadas devem
ser adicionadas ao lucro líquido na apuração do lucro real.

2.1. Despesas dedutíveis


Como regra, as despesas operacionais são dedutíveis na
apuração do lucro real. E, nos termos do art. 299 do RIR, são operacionais
as despesas não computadas nos custos, necessárias à atividade da
empresa e à manutenção da respectiva fonte produtora.
Além das despesas necessárias, o RIR esclarece que são
dedutíveis:
• o custo de aquisição de bens do ativo não circulante de
pequeno valor ou, independentemente de seu valor, caso
tenha vida útil que não ultrapasse um ano;
• a importância correspondente à diminuição do valor dos
bens do ativo, quando resultante do desgaste pelo uso, ação
da natureza e obsolescência normal (depreciação);
• as despesas com reparos e conservação de bens e
instalações, destinadas a mantê-los em condições eficientes
de operação;
• a importância correspondente à recuperação do capital
aplicado, ou dos recursos aplicados em despesas que
contribuam para a formação do resultado de mais de um
período de apuração (amortização);
• a importância correspondente à diminuição do valor de
recursos minerais, resultante da sua exploração (exaustão);

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• a provisão para férias;
• a provisão para 13° salário;
• as provisões técnicas das companhias de seguro e de
capitalização, bem como das entidades de previdência
privada, cuja constituição é exigida pela legislação especial a
elas aplicável;
• as provisões técnicas das operadoras de planos de
assistência à saúde, cuja constituição é exigida pela
legislação especial a elas aplicável;
• a provisão para perda de estoques para as empresas que
exerçam as atividades de editor, distribuidor e de livreiro,
calculada no último dia de cada período de apuração do
imposto, correspondente a um terço do valor do estoque
existente naquela data;
• as perdas no recebimento de créditos, quando decorrentes
das atividades da pessoa jurídica, e desde que se refiram a
créditos:
 em relação aos quais tenha havido a declaração de
insolvência do devedor, em sentença emanada do Poder
Judiciário;
 sem garantia, de valor:
 até R$ 5 mil, por operação, vencidos há mais de 6
meses, independentemente de iniciados os
procedimentos judiciais para o seu recebimento;
 acima de R$ 5 mil e até R$ 30 mil, por operação,
vencidos há mais de um ano, independentemente de
iniciados os procedimentos judiciais para o seu
recebimento, porém, mantida a cobrança
administrativa;
 superior a R$ 30 mil, por operação, vencidos há mais
de um ano, desde que iniciados e mantidos os
procedimentos judiciais para o seu recebimento;

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 com garantia, vencidos há mais de dois anos, desde que
iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o
seu recebimento ou o arresto das garantias;
 contra devedor declarado falido ou em recuperação
judicial, relativamente à parcela que exceder o valor que
o devedor tenha se comprometido a pagar;
• os tributos de um modo geral;
• as despesas com aluguéis ou royalties, desde que
necessárias para que o contribuinte mantenha a posse, uso
ou fruição do bem ou direito que produz o rendimento, e
que não constituam aplicação de capital na aquisição do
bem ou direito, e nem representem distribuição disfarçada
de lucros;
• os pagamentos, de qualquer natureza, a titular, sócio ou
dirigente da pessoa jurídica, ou a parente dos mesmos,
quando se referirem:
 a compensação por trabalho assalariado, autônomo ou
profissional, desde que comprovada a prestação efetiva
dos serviços;
 a outros rendimentos ou pagamentos, desde que
comprovada a origem e a efetividade da operação ou
transação;
• a remuneração de sócios, diretores, administradores, titular
de empresa individual, e de conselheiros fiscais e
consultivos;
• a remuneração indireta paga a administradores e terceiros
são dedutíveis na apuração do lucro real, mas somente
quando identificados e individualizados os beneficiários;
• as participações atribuídas aos empregados nos lucros ou
resultados, dentro do próprio exercício de sua constituição
• as participações estatutárias asseguradas a debêntures de
sua emissão;

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• as participações estatutárias atribuídas a seus empregados
segundo normas gerais aplicáveis, sem discriminações, a
todos que se encontrem na mesma situação, por dispositivo
do estatuto ou contrato social, ou por deliberação da
assembleia de acionistas ou sócios quotistas
• os depósitos em conta vinculada do FGTS, inclusive os
relativos a diretores não empregados;
• os juros pagos ou creditados a titular, sócios ou acionistas, a
título de remuneração do capital próprio, nos limites e
condições previstos em lei;
• as despesas com pesquisas científicas ou tecnológicas,
inclusive com experimentação para criação ou
aperfeiçoamento de produtos, processos, fórmulas e
técnicas de produção, administração ou venda;
• as despesas com prospecção e cubagem de jazidas ou
depósitos, realizadas por concessionários de pesquisa ou
lavra de minérios, sob a orientação técnica de engenheiro de
minas;
• as contraprestações pagas ou creditadas por força de
contrato de arrendamento mercantil, quando o bem
arrendado estiver relacionado intrinsecamente com a
produção e comercialização dos bens e serviços;
• os gastos realizados pelas empresas com serviços de
assistência médica, odontológica, farmacêutica e social,
destinados indistintamente a todos os seus empregados e
dirigentes;
• as contribuições não compulsórias destinadas a custear
planos de benefícios complementares assemelhados aos da
previdência social, instituídos em favor dos empregados e
dirigentes da pessoa jurídica (RIR, art. 361);
• os prejuízos por desfalque, apropriação indébita e furto, por
empregados ou terceiros, somente quando houver inquérito

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instaurado nos termos da legislação trabalhista ou quando
apresentada queixa perante a autoridade policial;
• as despesas de propaganda, desde que diretamente
relacionadas com a atividade explorada pela empresa;
• os gastos realizados com a formação profissional de
empregados;
• as despesas de alimentação fornecida pela pessoa jurídica,
indistintamente, a todos os seus empregados;
• os gastos comprovadamente realizados, no período de
apuração, na concessão do vale-transporte.

2.2. Despesas indedutíveis


Por outro lado, não são dedutíveis:
• as provisões em geral;
• as tributos cuja exigibilidade esteja suspensa, nos termos
dos incisos II a IV do art. 151 do CTN;
• a provisão para CSLL;
• os aluguéis pagos a sócios ou dirigentes de empresas, e a
seus parentes ou dependentes, em relação à parcela que
exceder ao preço ou valor de mercado;
• as importâncias pagas a terceiros para adquirir os direitos de
uso de um bem ou direito e os pagamentos para extensão
ou modificação de contrato, quando constituírem aplicação
de capital amortizável durante o prazo do contrato;
• os royalties pagos a sócios, pessoas físicas ou jurídicas, ou
dirigentes de empresas, e a seus parentes ou dependentes;
• as importâncias pagas a terceiros para adquirir os direitos de
uso de um bem ou direito e os pagamentos para extensão
ou modificação do contrato, que constituirão aplicação de
capital amortizável durante o prazo do contrato;

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• os royalties pelo uso de patentes de invenção, processos e
fórmulas de fabricação, ou pelo uso de marcas de indústria
ou de comércio, quando:
 pagos pela filial no Brasil de empresa com sede no
exterior, em benefício de sua matriz;
 pagos pela sociedade com sede no Brasil a pessoa com
domicílio no exterior que mantenha, direta ou
indiretamente, controle do seu capital com direito a
voto, exceto no caso em que o respectivo contrato seja
averbado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial
(INPI) e registrado no Banco Central do Brasil;
• os royalties pelo uso de marcas de indústria e comércio, de
patentes de invenção, processos e fórmulas de fabricação,
pagos ou creditados a beneficiário domiciliado no exterior:
 que não sejam objeto de contrato registrado no Banco
Central do Brasil; ou
 cujos montantes excedam aos limites periodicamente
fixados pelo Ministro de Estado da Fazenda para cada
grupo de atividades ou produtos, segundo o grau de sua
essencialidade, e em conformidade com a legislação
específica sobre remessas de valores para o exterior;
• as importâncias declaradas como pagas ou creditadas a
título de comissões, bonificações, gratificações ou
semelhantes, quando não for indicada a operação ou a
causa que deu origem ao rendimento;
• os valores pagos a título de remuneração indireta a
beneficiários não identificados ou não individualizados
• as retiradas de sócios ou administradores não debitadas em
despesas operacionais ou contas subsidiárias;
• as retiradas de sócios ou administradores debitadas em
despesas operacionais, quando não corresponderem à
remuneração mensal fixa por prestação de serviços;

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• as percentagens e ordenados pagos a membros da diretoria
que não residam no País;
• as gratificações ou participações no resultado, atribuídas aos
dirigentes ou administradores da pessoa jurídica;
• as participações nos lucros atribuídas a partes beneficiárias e
administradores;
• as participações no lucro atribuídas a técnicos estrangeiros,
domiciliados ou residentes no exterior, para execução de
serviços especializados, em caráter provisório.

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3. LUCRO PRESUMIDO
O Lucro Presumido é uma forma de tributação simplificada para
determinação da base de cálculo do IRPJ, disponível aos contribuintes que
não estiverem obrigados, no ano-calendário, à apuração do imposto
segundo as regras do Lucro Real.
A opção pela tributação com base no lucro presumido é
manifestada com o pagamento da primeira ou única quota do imposto
devido correspondente ao primeiro período de trimestre de cada ano.
No caso de início de atividade a partir do segundo trimestre do
ano, a opção pelo Lucro Presumido ocorre com o pagamento da primeira
ou única quota do imposto relativo ao período de apuração
correspondente ao início de atividade.
A tributação com base no Lucro Presumido deve ser mantida em
relação a todo o ano-calendário em que tiver sido realizada a opção. Ou
seja, uma vez feita a opção, ela é irretratável para o ano-calendário.
No regime de Lucro Presumido é trimestral, encerrando-se em
31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano.
Segundo as regras do Lucro Presumido, a base de cálculo do IRPJ
corresponde à soma do lucro decorrente da receita bruta, acrescido dos
valores diferidos que constarem no Livro de Apuração do Lucro Real
(Lalur), dos ganhos de capital e das demais receitas e rendimentos
tributáveis:
Lucro decorrente da receita bruta
(+) Valores diferidos constantes do Lalur
(+) Ganhos de capital
(+) Outras receitas e rendimentos tributáveis
(=) Lucro Presumido (base de cálculo do IRPJ)
Sendo que a parcela do lucro presumido que decorre da receita
bruta corresponde ao resultado da sua multiplicação por um dos seguintes
percentuais de presunção:
• Regra geral: 8%

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 comércio e indústria em geral
 atividade rural
 serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico (entre
outros), desde que a prestadora destes serviços seja
organizada sob a forma de sociedade empresária e
atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária
 transporte de cargas
 atividades imobiliárias relativas a loteamento de
terrenos, incorporação imobiliária, construção de
prédios destinados à venda, bem como a venda de
imóveis construídos ou adquiridos para a revenda
 outras atividades não caracterizadas como prestação de
serviços
• Percentual de 1,6%
 Revenda de combustíveis para consumo
• Percentual de 16%
 Transporte de passageiros
• Percentual de 32%
 Prestação de serviços em geral, exceto serviços
hospitalares e de auxílio diagnóstico (entre outros)
sujeitos ao percentual de 8%
 Intermediação de negócios
 administração, locação ou cessão de bens, imóveis,
móveis e direitos de qualquer natureza
Na lista acima, note que serviços financeiros e factoring não se
encontram associados aos percentuais de presunção do lucro, justamente
porque são atividades que, uma vez desempenhadas, obrigam a pessoa
jurídica a se submeter ao Lucro Real.

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No caso de atividades diversificadas, deve ser aplicado o
percentual de presunção correspondente a cada atividade. E uma vez
apurada omissão de receita praticada por pessoa jurídica com atividades
diversificadas, não sendo possível a identificação da atividade a que se
refere a receita omitida, ela deve ser adicionada àquela a que
corresponder o percentual mais elevado.
Além da parcela que decorre da receita bruta, a base de cálculo
no Lucro Presumido também é composta dos valores diferidos pelo
contribuinte que em períodos anteriores foi tributado pelas regras do
Lucro Real.
Também devem ser acrescidos à base de cálculo do Lucro
Presumido os ganhos de capital decorrentes da alienação de bens e
direitos, que corresponde à diferença positiva verificada entre o valor da
alienação e o respectivo valor contábil, bem como as demais receitas ou
os resultados positivos delas decorrentes, que não estejam abrangidos
pelo conceito de receita bruta.
No caso de alienação de bem reavaliado, os valores acrescidos
em virtude de reavaliação somente podem ser computados como parte
integrante do custo de aquisição se a empresa comprovar que os valores
acrescidos foram computados na determinação da base de cálculo do
imposto.

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4. LUCRO ARBITRADO
O Lucro Arbitrado é considerado um regime excepcional, a
última medida a ser utilizada para efeito de apuração da base de cálculo
do IRPJ.
A base de cálculo do IRPJ deve ser determinada de acordo com
as regras do lucro arbitrado quando (RIR, art. 530):
• o contribuinte, obrigado à tributação com base no Lucro
Real, não mantiver escrituração na forma das leis comerciais
e fiscais, ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras
exigidas pela legislação fiscal;
• a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar
evidentes indícios de fraudes ou contiver vícios, erros ou
deficiências que a tornem imprestável para:
 identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive
bancária; ou
 determinar o lucro real;
• o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária
os livros e documentos da escrituração comercial e fiscal ou
o Livro Caixa se tributado pelo lucro presumido;
• o contribuinte optar indevidamente pela tributação com
base no Lucro Presumido;
• o comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira
deixar de escriturar e apurar o lucro da sua atividade
separadamente do lucro do comitente residente ou
domiciliado no exterior;
• o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as
normas contábeis recomendadas, Livro Razão ou fichas
utilizados para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os
lançamentos efetuados no Diário, quando tributado pelo
Lucro Real.
Quando conhecida a receita bruta, a base de cálculo do IRPJ no
regime de Lucro Arbitrado é determinada de modo muito semelhante ao

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que se aplica no caso de Lucro Presumido. A diferença está na
determinação do lucro arbitrado decorrente da receita bruta, em que
devem ser utilizados os percentuais de presunção do lucro acrescidos de
20% (multiplicados por 1,2).
Para as atividades que estão vedadas no Lucro Presumido (por
serem obrigadas ao Lucro Real), temos que:
• no caso das instituições financeiras, o percentual para
determinação do lucro arbitrado é de 45%; e
• no caso de factoring, o lucro arbitrado é determinado
mediante aplicação do percentual de 38,4% (= 32% x 1,2).
Quando a receita bruta não é conhecida, o arbitramento do
lucro somente poderá ser determinado pelo AFRFB, de ofício, hipótese em
que o lucro arbitrado deve ser determinado mediante a utilização de uma
das seguintes alternativas de cálculo, sem prejuízo dos acréscimos à base
de cálculo:
• 1,5 (um inteiro e cinco décimos) do lucro real referente ao
último período em que a pessoa jurídica manteve
escrituração de acordo com as leis comerciais e fiscais;
• 0,04 (quatro centésimos) da soma dos valores do ativo
circulante, realizável a longo prazo e permanente (não
circulante), existentes no último balanço patrimonial
conhecido;
• 0,07 (sete centésimos) do valor do capital, inclusive a sua
correção monetária contabilizada como reserva de capital,
constante do último balanço patrimonial conhecido ou
registrado nos atos de constituição ou alteração da
sociedade;
• 0,05 (cinco centésimos) do valor do patrimônio líquido
constante do último balanço patrimonial conhecido;
• 0,4 (quatro décimos) do valor das compras de mercadorias
efetuadas no mês;

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• 0,4 (quatro décimos) da soma, em cada mês, dos valores da
folha de pagamento dos empregados e das compras de
matérias-primas, produtos intermediários e materiais de
embalagem;
• 0,8 (oito décimos) da soma dos valores devidos no mês a
empregados;
• 0,9 (nove décimos) do valor mensal do aluguel devido.
É de se supor que não haja necessidade de decorar cada um
desses critérios. De qualquer forma, é importante pelo menos atentar
para os elementos que foram adotados como parâmetro para
determinação do lucro arbitrado quando não conhecida a receita bruta:
lucro real de período anterior, ativo total, capital, patrimônio líquido,
compras de mercadorias, folha de pagamento mais compra de insumos,
empregados ou aluguel.

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5. OMISSÃO DE RECEITA
Ressalvada ao contribuinte a prova em contrário, caracteriza-se
como omissão no registro de receita, a ocorrência das seguintes
hipóteses:
• a indicação de saldo credor de caixa;
• a falta de escrituração de pagamentos efetuados;
• a manutenção, no passivo, de obrigações já pagas ou cuja
exigibilidade não seja comprovada;
• o suprimento de caixa, não comprovado, por
administradores, sócios e acionistas;
• a falta de emissão de Nota Fiscal de Venda;
• as diferenças no estoque, verificadas em levantamento
quantitativo por espécie;
• os depósitos bancários sem origem comprovada.
Em análise às hipóteses acima listadas, nota-se que representam
presunções legais de omissão de receita.
Na prática, as presunções legais atenuam a carga probatória que
cabe a quem faz uma alegação. Isso porque, uma vez que a presunção é
estabelecida em lei, para comprovar a ocorrência de um fato
desconhecido e que se deseja imputar a alguém (a omissão de receita, por
exemplo), basta comprovar a verificação concreta de um fato conhecido
que constitui a hipótese legal de presunção. Nesse sentido, a presunção
legal é meio de prova indireta.

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A parte teórica desta Aula se encerra aqui. Agora é hora da
dedicação aos exercícios!

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6. QUESTÕES PROPOSTAS

Assinale Certo ou Errado:


1. (ESAF/ TRF - 2002) O imposto de renda das pessoas jurídicas será
devido no encerramento do balanço anual.

2. (ESAF/ TRF - 2002) A pessoa jurídica pode optar por apurar o


imposto de renda em períodos mensais, trimestrais ou semestrais,
devendo, em qualquer caso, fazer o ajuste anual.

3. (ESAF/ TRF - 2003) Os períodos-base de apuração do imposto de


renda de pessoa jurídica são trimestrais, sendo que, no caso de
lucro real, o contribuinte pode apurar o imposto anualmente,
pagando mensalmente o imposto sobre bases estimadas.

4. (ESAF/ TRF - 2003) De acordo com a legislação em vigor, são formas


de tributação pelo imposto de renda das pessoas jurídicas, a
tributação pelo lucro real, a tributação pelo lucro presumido e a
tributação pelo lucro arbitrado, podendo o contribuinte livremente
optar por uma das duas primeiras, sendo a tributação pelo lucro
arbitrado privativa do fisco.

5. (ESAF/ ATRFB - 2012) Com relação à tributação da pessoa jurídica,


pode-se afirmar que a pessoa jurídica pode optar pelo
arbitramento, pois se trata de base de cálculo substitutiva em face
de dificuldade ocorrida na apuração pelo lucro presumido.

6. (ESAF/ ATRFB - 2012) Com relação à tributação da pessoa jurídica,


pode-se afirmar que a opção pela apuração com base no lucro
presumido permite ao contribuinte deixar de apresentar ao fisco
sua escrituração contábil.

7. (ESAF/ ATRFB - 2012) Com relação à tributação da pessoa jurídica,


pode-se afirmar que o contribuinte é sempre obrigado à tributação
com base no lucro real.

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8. (ESAF/ ATRFB - 2012) Com relação à tributação da pessoa jurídica,
pode-se afirmar que o contribuinte é livre para optar entre a
tributação pelo lucro real, lucro presumido ou arbitrado.

9. (ESAF/ AFRFB - 2012) Quando o contribuinte, obrigado à tributação


com base no lucro real, não mantiver escrituração na forma das leis
comerciais e fiscais, ou deixar de elaborar as demonstrações
financeiras exigidas pela legislação fiscal.

10. (ESAF/ AFRFB - 2012) Quando a escrituração a que estiver obrigado


o contribuinte revelar evidentes indícios de fraudes ou contiver
vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para
identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária.

11. (ESAF/ AFRFB - 2012) Quando a escrituração a que estiver obrigado


o contribuinte revelar evidentes indícios de fraudes ou contiver
vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para
determinar a receita bruta.

12. (ESAF/ AFRFB - 2012) Quando o contribuinte optar indevidamente


pela tributação com base no lucro presumido.

13. (ESAF/ AFRFB - 2012) Quando o contribuinte não mantiver, em boa


ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, Livro Razão
ou fichas utilizadas para resumir e totalizar, por conta ou subconta,
os lançamentos efetuados no Diário.

14. (ESAF/ AFRFB - 2012) O sujeito passivo, demonstrando por meio de


balanços ou balancetes mensais, que o valor acumulado já pago
excede o valor do imposto devido no período calculado com base no
lucro real, pode suspender ou reduzir o pagamento do imposto
devido em cada mês.

15. (ESAF/ AFRFB - 2012) Ficam dispensadas do pagamento mensal as


pessoas jurídicas que demonstrarem, por meio de balanços ou

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balancetes mensais, a existência de prejuízos fiscais apurados a
partir do mês de janeiro do ano-calendário.

16. (ESAF/ AFRFB - 2012) O pagamento do imposto de renda no mês de


janeiro do ano-calendário fica dispensado se for demonstrado, por
meio de balancetes mensais relativos ao ano anterior, que o valor já
pago excedeu o valor devido no mês de dezembro.

17. (ESAF/ Curso de Formação - 2006) Não são dedutíveis as comissões


pagas ou creditadas quando o comprovante do pagamento não
individualizar o beneficiário do rendimento.

18. (ESAF/ Curso de Formação - 2006) Pagamentos a dirigente da


Pessoa Jurídica não podem ser impugnados pela autoridade
lançadora se comprovada a efetiva saída do numerário.

19. (ESAF/ Curso de Formação - 2006) Despesas referentes a


pagamentos a sócios somente são dedutíveis quando comprovada a
origem e a efetividade da operação ou transação.

20. (ESAF/ Curso de Formação - 2006) Não são dedutíveis as despesas


lançadas com base em Nota Fiscal que não indique a operação e
nem o beneficiário.

21. (ESAF/ Curso de Formação - 2006) É dedutível o crédito de devedor


declarado insolvente por sentença judicial, independentemente de
valor ou prazo decorrido após o vencimento.

22. (ESAF/ Curso de Formação - 2006) Os valores a receber não


decorrentes das atividades fins da empresa, como por exemplo
aqueles resultantes da venda de bem do permanente, somente são
dedutíveis quando sua perda for definitiva, isto é, assim declarada
por decisão judicial.

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23. (ESAF/ Curso de Formação - 2006) Os valores a receber de venda
sem garantia, não superiores a R$ 5.000,00 por operação, são
dedutíveis desde que vencidos há mais de 6 meses.

24. (ESAF/ Curso de Formação - 2006) O valor a receber de venda sem


garantia, de R$ 10.000,00, decorrente de uma operação, é dedutível
se vencido há mais de um ano, desde que esteja sendo cobrado
administrativamente.

25. (ESAF/ Curso de Formação - 2006) O valor de R$ 50.000,00, de


venda sem garantia, é dedutível se vencido há mais de um ano,
desde que esteja sendo cobrado judicialmente.

26. (ESAF/ AFRFB - 2012) As contraprestações de arrendamento


mercantil somente serão dedutíveis pela pessoa jurídica
arrendatária quando o bem arrendado estiver relacionado
intrinsecamente com a produção e comercialização dos bens e
serviços.

27. (ESAF/ AFRFB - 2012) Não são dedutíveis, como custos ou despesas
operacionais, as gratificações ou participações no resultado,
atribuídas aos dirigentes ou administradores da pessoa jurídica.

28. (ESAF/ AFRFB - 2012) Regra geral, são dedutíveis, na determinação


do lucro real da pessoa jurídica, as remunerações pagas aos sócios
ou dirigentes.

29. (ESAF/ AFRFB - 2012) Para efeito de apuração do lucro real, a


pessoa jurídica poderá deduzir, como despesa operacional, as
participações atribuídas aos empregados nos lucros ou resultados,
dentro do próprio exercício de sua constituição.

30. (ESAF/ AFRFB - 2012) O valor correspondente a aluguel de imóvel


cedido pela pessoa jurídica para uso de seu administrador, diretor,
gerente e assessor, assim como outras espécies de remuneração
indireta, é despesa indedutível para efeito de apuração do lucro

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real, ainda que sejam individualizados a operação e o beneficiário
da despesa.

31. (Questão inédita - MLV) A base de cálculo do imposto, determinada


segundo a lei vigente na data de ocorrência do fato gerador, é o
lucro real, presumido ou arbitrado, correspondente ao período de
apuração, trimestral como regra. No entanto, a pessoa jurídica
submetida às regras do lucro real pode optar pelo pagamento do
imposto em período anual.

32. (Questão inédita - MLV) Não são dedutíveis os pagamentos, de


qualquer natureza, a titular, sócio ou dirigente da pessoa jurídica,
ou a parente dos mesmos, ainda que no caso de compensação por
trabalho assalariado, autônomo ou profissional.

33. (Questão inédita - MLV) De acordo com as regras de apuração do


lucro real anual, a base de cálculo da estimativa mensal é
determinada, em regra, a partir da receita bruta auferida no mês.
No entanto, o recolhimento por estimativa pode ser suspenso ou
reduzido, desde que o contribuinte comprove, com base em
balanço ou balancete, que o valor acumulado já pago excede o valor
do imposto, inclusive adicional, calculado com base no Lucro Real
do período em curso.

34. (Questão inédita - MLV) Segundo as regras do lucro presumido, a


base de cálculo do IRPJ corresponde à soma do lucro decorrente da
receita bruta, acrescido dos ganhos de capital e das demais receitas
e rendimentos tributáveis. No caso de pessoa jurídica que em
período anterior se encontrava submetida às regras do lucro real, os
valores eventualmente diferidos que constarem no Livro de
Apuração do Lucro Real não serão tributados segundo as regras do
lucro presumido. Nesse sentido, tais valores deverão ser mantidos
na escrituração fiscal para futura adição ao lucro líquido, no
momento em que a pessoa jurídica se submeter novamente às
regras do lucro real.

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35. (Questão inédita - MLV) O lucro arbitrado é considerado uma
medida extrema, utilizada para efeito de apuração da base de
cálculo do IRPJ em circunstâncias bem determinadas pela legislação
tributária, razão pela qual é medida privativa da autoridade fiscal.

36. (Questão inédita - MLV) Na determinação do lucro real, serão


adicionados ao lucro líquido do período de apuração os resultados,
rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na
apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação do
imposto, não sejam computados no lucro real.

37. (Questão inédita - MLV) A omissão de receita determinada a partir


de levantamento por espécie de quantidade de matérias-primas e
produtos intermediários utilizados no processo produtivo da pessoa
jurídica resulta da multiplicação das diferenças de quantidade de
produtos ou de matérias-primas e produtos intermediários pelos
respectivos preços médios de venda ou de compra, conforme o
caso, em cada período de apuração abrangido pelo levantamento.

38. (Questão inédita - MLV) A pessoa jurídica habilitada à opção pelo


regime de tributação com base no lucro presumido deverá manter
escrituração contábil nos termos da legislação comercial. No
entanto, fica dispensada dessa obrigação no decorrer do ano-
calendário em que mantiver Livro Caixa, no qual deverá estar
escriturada toda a movimentação financeira, inclusive bancária.

39. (Questão inédita - MLV) O imposto, devido trimestralmente, no


decorrer do ano-calendário, será determinado com base nos
critérios do lucro arbitrado, quando o comissário ou representante
da pessoa jurídica estrangeira deixar de escriturar e apurar o lucro
da sua atividade separadamente do lucro do comitente residente ou
domiciliado no exterior.

40. (Questão inédita - MLV) Os valores que, por competirem a outro


período de apuração, forem, para efeito de determinação do lucro

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real, adicionados ao lucro líquido do período de apuração, ou dele
excluídos, serão, na determinação do lucro real do período de
apuração competente, excluídos do lucro líquido ou a ele
adicionados, respectivamente.

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7. COMENTÁRIOS SOBRE AS QUESTÕES PROPOSTAS

1. (ESAF/ TRF - 2002) O imposto de renda das pessoas jurídicas será


devido no encerramento do balanço anual.
Errado. O IRPJ é devido no encerramento do período de apuração,
que em regra é trimestral.

2. (ESAF/ TRF - 2002) A pessoa jurídica pode optar por apurar o


imposto de renda em períodos mensais, trimestrais ou semestrais,
devendo, em qualquer caso, fazer o ajuste anual.
Errado. Em regra os períodos de apuração são trimestrais. Apenas
no caso do lucro real, a apuração pode ser anual, ficando o
contribuinte obrigado a efetuar pagamentos mensais a título de
estimativa e o ajuste anual.

3. (ESAF/ TRF - 2003) Os períodos-base de apuração do imposto de


renda de pessoa jurídica são trimestrais, sendo que, no caso de
lucro real, o contribuinte pode apurar o imposto anualmente,
pagando mensalmente o imposto sobre bases estimadas.
Certo. Síntese perfeita.

4. (ESAF/ TRF - 2003) De acordo com a legislação em vigor, são formas


de tributação pelo imposto de renda das pessoas jurídicas, a
tributação pelo lucro real, a tributação pelo lucro presumido e a
tributação pelo lucro arbitrado, podendo o contribuinte livremente
optar por uma das duas primeiras, sendo a tributação pelo lucro
arbitrado privativa do fisco.
Errado. A tributação pelo lucro arbitrado não é privativa do fisco
(presentes algumas condições, o próprio contribuinte pode apurar o
imposto segundo as regras do lucro arbitrado). Além disso, nem
sempre é autorizada a opção pelo lucro presumido. Como sabemos,
há pessoas obrigadas ao lucro real.

5. (ESAF/ ATRFB - 2012) Com relação à tributação da pessoa jurídica,


pode-se afirmar que a pessoa jurídica pode optar pelo

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arbitramento, pois se trata de base de cálculo substitutiva em face
de dificuldade ocorrida na apuração pelo lucro presumido.
Errado. O regime de lucro arbitrado não constitui alternativa à
dificuldade ocorrida na apuração do lucro presumido. E ainda, como
sabemos, a pessoa jurídica não pode optar livremente pelo
arbitramento. É preciso que a receita bruta seja conhecida, e deve
estar presente uma das circunstâncias listadas no art. 530 do RIR.

6. (ESAF/ ATRFB - 2012) Com relação à tributação da pessoa jurídica,


pode-se afirmar que a opção pela apuração com base no lucro
presumido permite ao contribuinte deixar de apresentar ao fisco
sua escrituração contábil.
Errado. De acordo com o art. 527 do RIR, a pessoa jurídica
habilitada à opção pelo regime de tributação com base no lucro
presumido deve manter escrituração contábil nos termos da
legislação comercial. Essa obrigação envolve a escrituração dos
livros Diário e Razão.
Ainda que, para os efeitos da tributação, o contribuinte optante
pelo lucro presumido fique dispensado da obrigação de escriturar os
livros Diário e Razão, isso somente se aplica se mantiver
escrituração do Livro Caixa, que é um livro contábil auxiliar.

7. (ESAF/ ATRFB - 2012) Com relação à tributação da pessoa jurídica,


pode-se afirmar que o contribuinte é sempre obrigado à tributação
com base no lucro real.
Errado. Sabemos que nem todos os contribuintes são obrigados ao
lucro real.

8. (ESAF/ ATRFB - 2012) Com relação à tributação da pessoa jurídica,


pode-se afirmar que o contribuinte é livre para optar entre a
tributação pelo lucro real, lucro presumido ou arbitrado.
Errado. O contribuinte não é livre para optar entre a tributação pelo
lucro real, lucro presumido ou arbitrado. Em alguns casos, como
sabemos, submeter-se ao lucro real é uma obrigação.

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9. (ESAF/ AFRFB - 2012) Quando o contribuinte, obrigado à tributação
com base no lucro real, não mantiver escrituração na forma das leis
comerciais e fiscais, ou deixar de elaborar as demonstrações
financeiras exigidas pela legislação fiscal.
Certo. A assertiva está em conformidade com o que dispõe o RIR, no
art. 530, inciso I.

10. (ESAF/ AFRFB - 2012) Quando a escrituração a que estiver obrigado


o contribuinte revelar evidentes indícios de fraudes ou contiver
vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para
identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária.
Certo. A assertiva está em conformidade com o que dispõe o RIR, no
art. 530, inciso II, alínea “a”.

11. (ESAF/ AFRFB - 2012) Quando a escrituração a que estiver obrigado


o contribuinte revelar evidentes indícios de fraudes ou contiver
vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para
determinar a receita bruta.
Errado. O erro foi fazer referência a “receita bruta”, quando o
correto seria “lucro real”, nos termos da alínea “b” do inciso II do
art. 530 do RIR.

12. (ESAF/ AFRFB - 2012) Quando o contribuinte optar indevidamente


pela tributação com base no lucro presumido.
Certo. A assertiva está em conformidade com o que dispõe o RIR, no
art. 530, inciso IV.

13. (ESAF/ AFRFB - 2012) Quando o contribuinte não mantiver, em boa


ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, Livro Razão
ou fichas utilizadas para resumir e totalizar, por conta ou subconta,
os lançamentos efetuados no Diário.
Certo. A assertiva está em conformidade com o que dispõe o RIR, no
art. 530, inciso VI.

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14. (ESAF/ AFRFB - 2012) O sujeito passivo, demonstrando por meio de
balanços ou balancetes mensais, que o valor acumulado já pago
excede o valor do imposto devido no período calculado com base no
lucro real, pode suspender ou reduzir o pagamento do imposto
devido em cada mês.
Certo. A assertiva reproduz corretamente a disciplina do art. 230 do
RIR.

15. (ESAF/ AFRFB - 2012) Ficam dispensadas do pagamento mensal as


pessoas jurídicas que demonstrarem, por meio de balanços ou
balancetes mensais, a existência de prejuízos fiscais apurados a
partir do mês de janeiro do ano-calendário.
Certo. Trata-se da previsão do § 2º do art. 230 do RIR.

16. (ESAF/ AFRFB - 2012) O pagamento do imposto de renda no mês de


janeiro do ano-calendário fica dispensado se for demonstrado, por
meio de balancetes mensais relativos ao ano anterior, que o valor já
pago excedeu o valor devido no mês de dezembro.
Errado. O pagamento da estimativa relativa ao mês de janeiro fica
dispensado apenas na hipótese de restar demonstrada, por meio de
balanços ou balancetes mensais, a existência de prejuízo fiscal
apurado no mês. O mês de dezembro se refere ao ano-base
anterior. Em janeiro, começa nova apuração anual.

17. (ESAF/ Curso de Formação - 2006) Não são dedutíveis as comissões


pagas ou creditadas quando o comprovante do pagamento não
individualizar o beneficiário do rendimento.
Certo. A Assertiva está de acordo com o que dispõe o art. 304 do
RIR.

18. (ESAF/ Curso de Formação - 2006) Pagamentos a dirigente da


Pessoa Jurídica não podem ser impugnados pela autoridade
lançadora se comprovada a efetiva saída do numerário.

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Errado. Não basta a comprovação da efetiva saída do numerário. É
preciso comprovar a origem (a causa) do pagamento (RIR, art. 302).

19. (ESAF/ Curso de Formação - 2006) Despesas referentes a


pagamentos a sócios somente são dedutíveis quando comprovada a
origem e a efetividade da operação ou transação.
Certo. Trata-se de requisito de dedutibilidade previsto no art. 302
do RIR.

20. (ESAF/ Curso de Formação - 2006) Não são dedutíveis as despesas


lançadas com base em Nota Fiscal que não indique a operação e
nem o beneficiário.
Certo. Alternativa em conformidade com o disposto no art. 304 do
RIR.

21. (ESAF/ Curso de Formação - 2006) É dedutível o crédito de devedor


declarado insolvente por sentença judicial, independentemente de
valor ou prazo decorrido após o vencimento.
Certo. Assertiva de acordo com o inciso I do § 1º art. 340 do RIR.

22. (ESAF/ Curso de Formação - 2006) Os valores a receber não


decorrentes das atividades fins da empresa, como por exemplo
aqueles resultantes da venda de bem do permanente, somente são
dedutíveis quando sua perda for definitiva, isto é, assim declarada
por decisão judicial.
Errado. As perdas no recebimento de créditos não decorrentes das
atividades da pessoa jurídica não podem ser deduzidas como
despesas (RIR, art. 340, a contrario sensu).

23. (ESAF/ Curso de Formação - 2006) Os valores a receber de venda


sem garantia, não superiores a R$ 5.000,00 por operação, são
dedutíveis desde que vencidos há mais de 6 meses.
Certo. Assertiva de acordo com a alínea “a” do inciso II do § 1º art.
340 do RIR.

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24. (ESAF/ Curso de Formação - 2006) O valor a receber de venda sem
garantia, de R$ 10.000,00, decorrente de uma operação, é dedutível
se vencido há mais de um ano, desde que esteja sendo cobrado
administrativamente.
Certo. Assertiva de acordo com a alínea “b” do inciso II do § 1º art.
340 do RIR.

25. (ESAF/ Curso de Formação - 2006) O valor de R$ 50.000,00, de


venda sem garantia, é dedutível se vencido há mais de um ano,
desde que esteja sendo cobrado judicialmente.
Certo. Assertiva de acordo com a alínea “c” do inciso II do § 1º art.
340 do RIR.

26. (ESAF/ AFRFB - 2012) As contraprestações de arrendamento


mercantil somente serão dedutíveis pela pessoa jurídica
arrendatária quando o bem arrendado estiver relacionado
intrinsecamente com a produção e comercialização dos bens e
serviços.
Certo. Trata-se da previsão do § 5º do art. 356 do RIR.

27. (ESAF/ AFRFB - 2012) Não são dedutíveis, como custos ou despesas
operacionais, as gratificações ou participações no resultado,
atribuídas aos dirigentes ou administradores da pessoa jurídica.
Certo. É exatamente o que dispõe o art. 303 do RIR.

28. (ESAF/ AFRFB - 2012) Regra geral, são dedutíveis, na determinação


do lucro real da pessoa jurídica, as remunerações pagas aos sócios
ou dirigentes.
Certo. Alternativa em conformidade com o art. 357 do RIR.

29. (ESAF/ AFRFB - 2012) Para efeito de apuração do lucro real, a


pessoa jurídica poderá deduzir, como despesa operacional, as
participações atribuídas aos empregados nos lucros ou resultados,
dentro do próprio exercício de sua constituição.

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Certo. É o que dispõe o art. 359 do RIR.

30. (ESAF/ AFRFB - 2012) O valor correspondente a aluguel de imóvel


cedido pela pessoa jurídica para uso de seu administrador, diretor,
gerente e assessor, assim como outras espécies de remuneração
indireta, é despesa indedutível para efeito de apuração do lucro
real, ainda que sejam individualizados a operação e o beneficiário
da despesa.
Errado. De acordo com a alínea “b” do inciso I do art. 358 do RIR, o
valor do aluguel de imóvel cedido para uso de administrador,
diretor, gerente e assessor integra a remuneração dos referidos
beneficiários. E, segundo dispõe o inciso I do § 3º do mesmo artigo,
constituindo remuneração indireta, o referido valor é despesa
dedutível para efeito de apuração do lucro real, quando
individualizados a operação e o beneficiário da despesa.

31. (Questão inédita - MLV) A base de cálculo do imposto, determinada


segundo a lei vigente na data de ocorrência do fato gerador, é o
lucro real, presumido ou arbitrado, correspondente ao período de
apuração, trimestral como regra. No entanto, a pessoa jurídica
submetida às regras do lucro real pode optar pelo pagamento do
imposto em período anual.
Certo. A assertiva corretamente combina a disciplina dos arts. 219,
220 e 221 do RIR.

32. (Questão inédita - MLV) Não são dedutíveis os pagamentos, de


qualquer natureza, a titular, sócio ou dirigente da pessoa jurídica,
ou a parente dos mesmos, ainda que no caso de compensação por
trabalho assalariado, autônomo ou profissional.
Errado. Nos termos do art. 302 do RIR, como regra, são dedutíveis
os pagamentos, de qualquer natureza, a titular, sócio ou dirigente
da pessoa jurídica, ou a parente dos mesmos, no caso de
compensação por trabalho assalariado, autônomo ou profissional.
Na verdade, esses pagamentos não são dedutíveis somente no caso
em que não restar comprovada a prestação efetiva dos serviços.

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33. (Questão inédita - MLV) De acordo com as regras de apuração do
lucro real anual, a base de cálculo da estimativa mensal é
determinada, em regra, a partir da receita bruta auferida no mês.
No entanto, o recolhimento por estimativa pode ser suspenso ou
reduzido, desde que o contribuinte comprove, com base em
balanço ou balancete, que o valor acumulado já pago excede o valor
do imposto, inclusive adicional, calculado com base no Lucro Real
do período em curso.
Certo. A assertiva combina corretamente o disposto nos arts. 223 e
230 do RIR.

34. (Questão inédita - MLV) Segundo as regras do lucro presumido, a


base de cálculo do IRPJ corresponde à soma do lucro decorrente da
receita bruta, acrescido dos ganhos de capital e das demais receitas
e rendimentos tributáveis. No caso de pessoa jurídica que em
período anterior se encontrava submetida às regras do lucro real, os
valores eventualmente diferidos que constarem no Livro de
Apuração do Lucro Real não serão tributados segundo as regras do
lucro presumido. Nesse sentido, tais valores deverão ser mantidos
na escrituração fiscal para futura adição ao lucro líquido, no
momento em que a pessoa jurídica se submeter novamente às
regras do lucro real.
Errado. No caso de mudança de regime, do lucro real para o
presumido, a pessoa jurídica deve adicionar à base de cálculo do
imposto, correspondente ao primeiro período de apuração no qual
houver optado pela tributação com base no lucro presumido, os
saldos dos valores cuja tributação havia diferido, controlados na
parte "B" do LALUR (RIR, art. 520). Portanto, é incorreto afirmar que
tais valores deverão ser mantidos na escrituração fiscal para futura
adição ao lucro líquido, no momento em que a pessoa jurídica se
submeter novamente às regras do lucro real.

35. (Questão inédita - MLV) O lucro arbitrado é considerado uma


medida extrema, utilizada para efeito de apuração da base de

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cálculo do IRPJ em circunstâncias bem determinadas pela legislação
tributária, razão pela qual é medida privativa da autoridade fiscal.
Errado. Embora seja, de fato, uma medida extrema, o arbitramento
do lucro não é privativo da autoridade fiscal. De acordo com o art.
531 do RIR, quando conhecida a receita bruta, e desde que
ocorridas as hipóteses do art. 530, o contribuinte pode efetuar o
pagamento do imposto correspondente com base no lucro
arbitrado.

36. (Questão inédita - MLV) Na determinação do lucro real, serão


adicionados ao lucro líquido do período de apuração os resultados,
rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na
apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação do
imposto, não sejam computados no lucro real.
Errado. Na determinação do lucro real, devem ser excluídos (e não
adicionados) ao lucro líquido do período de apuração os resultados,
rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na
apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação do
imposto, não sejam computados no lucro real (RIR, art. 250, inciso
II).

37. (Questão inédita - MLV) A omissão de receita determinada a partir


de levantamento por espécie de quantidade de matérias-primas e
produtos intermediários utilizados no processo produtivo da pessoa
jurídica resulta da multiplicação das diferenças de quantidade de
produtos ou de matérias-primas e produtos intermediários pelos
respectivos preços médios de venda ou de compra, conforme o
caso, em cada período de apuração abrangido pelo levantamento.
Certo. Trata-se do que estabelece o art. 286 do RIR.

38. (Questão inédita - MLV) A pessoa jurídica habilitada à opção pelo


regime de tributação com base no lucro presumido deverá manter
escrituração contábil nos termos da legislação comercial. No
entanto, fica dispensada dessa obrigação no decorrer do ano-

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calendário em que mantiver Livro Caixa, no qual deverá estar
escriturada toda a movimentação financeira, inclusive bancária.
Certo. É o que dispõe o art. 527 do RIR.

39. (Questão inédita - MLV) O imposto, devido trimestralmente, no


decorrer do ano-calendário, será determinado com base nos
critérios do lucro arbitrado, quando o comissário ou representante
da pessoa jurídica estrangeira deixar de escriturar e apurar o lucro
da sua atividade separadamente do lucro do comitente residente ou
domiciliado no exterior.
Certo. Trata-se da hipótese de arbitramento prevista no inciso V do
art. 530 do RIR.

40. (Questão inédita - MLV) Os valores que, por competirem a outro


período de apuração, forem, para efeito de determinação do lucro
real, adicionados ao lucro líquido do período de apuração, ou dele
excluídos, serão, na determinação do lucro real do período de
apuração competente, excluídos do lucro líquido ou a ele
adicionados, respectivamente.
Certo. É exatamente o que dispõe o § 2º do art. 247 do RIR.

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8. GABARITO DAS QUESTÕES PROPOSTAS
1. Errado 2. Errado 3. Certo 4. Errado

5. Errado 6. Errado 7. Errado 8. Errado

9. Certo 10. Certo 11. Errado 12. Certo

13. Certo 14. Certo 15. Certo 16. Errado

17. Certo 18. Errado 19. Certo 20. Certo

21. Certo 22. Errado 23. Certo 24. Certo

25. Certo 26. Certo 27. Certo 28. Certo

29. Certo 30. Errado 31. Certo 32. Errado

33. Certo 34. Errado 35. Errado 36. Errado

37. Certo 38. Certo 39. Certo 40. Certo

Até a próxima!
Murillo Lo Visco

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