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“ Sentado na poltrona, mesmo em frente à televisão, Hugo Morais, de 11 anos, nem pestaneja enquanto joga na
PlayStation. Desde o segundo período que está de castigo por causa das más notas, mas mantém alguns privilégios.
“Tirámos-lhe o telemóvel e a televisão do quarto”, conta a mãe, Maria Rosa. Mas nada tem resultado. Hugo é filho único
e muito mimado. E a mãe admite ter culpas no cartório.
Egoísta, mandão, desobediente e autoritário, segundo Maria Rosa, Hugo dá razão à fama dos filhos únicos. “Mas
também consegue ser muito carinhoso”, salienta a mãe. Todos os dias telefona para o emprego dela, para saber se está
a correr tudo bem.
Se dependesse de Maria Rosa tinha outro filho, mas infelizmente não pode. “Eu sei que ele era mais feliz e menos
egoísta se tivesse um irmão, diz.”
Fonte. Focus, 142/2002
Se um casal é composto por duas pessoas e só geram uma, a população reduz-se para metade. Para que a
população não diminua é preciso uma média de 2,1 filhos por mulher que chega aos 50 anos. Isto não está a
acontecer em nenhum país da União Europeia.
Portugal à semelhança do que acontece na União Europeia, tem vindo a registar um acentuado
declínio da fecundidade. O índice sintético de fecundidade passou de 3,2 em 1950 para 1,4 em
2001.
São muito diversas as consequências do declínio da fecundidade:
A diminuição do número de jovens no total da população nacional, o que faz com que num futuro
Adelaide Inês 10º ano Geografia
Um dos problemas mais graves com que Portugal se debate é o baixo nível educacional da sua população, o
que faz com que o nosso país seja pouco produtivo e pouco competitivo.
Se analisarmos a literacia, o panorama é ainda mais preocupante. Entre 20 países que fazem parte da OCDE,
Portugal surge em penúltimo lugar em termos de literacia documental ( capacidade de localizar e utilizar
informação em vários formatos como mapas, horários e facturas) e quantitativa (capacidade de aplicar
operações aritméticas ao dia-a-dia) fiacndo apenas atrás do Chile. No que se refere à literacia escrita
(capacidade de entender e usar a informação de textos, incluindo brochuras e manuais de instruções), Portugal
está em antepenúltimo lugar, à frente da Polónia e do Chile.
Em Portugal, cerca de 80% dos indivíduos com fraca literacia são desempregados de longa duração. A falta
de trabalho está, assim, ligada, essencialmente, às baixas qualificações da população.
À semelhança do que acontece nos outros países desenvolvidos os portugueses trabalham essencialmente nos
sectores secundário (34%) e terciário (53%), sendo cada vez menor a população activa no sector primário (13%).
Adelaide Inês 10º ano Geografia
A crise económica que se abateu sobre a Europa e Portugal a partir de 2001, com o Produto Interno Bruto a apresentar um
crescimento muito reduzido, fez com que a taxa de desemprego aumentasse muito situando-se no final do ano de 2002 nos
5,1%
O Desemprego em Portugal revela características selectivas:
Atinge fundamentalmente os jovens, as mulheres e a população com menor instrução.
No nosso país as mulheres (6,1%) são mais afectadas pelo desemprego do que os homens (4,2%).
No que se refere ao nível de instrução dos desempregados, 210 mil têm instrução até ao terceiro ciclo e 62
mil possuem o ensino secundário ou superior.
OS INCENTIVOS À NATALIDADE
O DESPOVOAMENTO DO INTERIOR
São várias as consequências que resultam para os centros urbanos onde o despovoamento é mais acentuado:
Diminuição acentuada da população jovem e o envelhecimento da população.
Maior isolamento da população, devido à fragmentação do povoamento, acentuando-se o seu carácter disperso.
Os rendimentos dos idosos resumem-se às magras reformas funcionando a agricultura de subsistência como forma
de diminuir as carências alimentares.
Carências ao nível das infra-estruturas básicas (electricidade, água canalizada, saneamento, rede telefónica)
Degradação do património construído e ambiental, devido à falta da presença do homem.
O desemprego é um fenómeno que é simultaneamente causa e consequência do despovoamento.
É PRECISO ADOPTAR MEDIDAS QUE POSSAM TORNAR O INTERIOR MAIS ATRACTIVO , QUE CONSIGAM
ESTANCAR A SAÍDA DA POPULAÇÃO EM DIRECÇÃO AO LITORAL E QUE TORNEM ESTAS REGIÕES MAIS
DESENVOLVIDAS E MAIS COMPETITIVAS.
Adelaide Inês 10º ano Geografia