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Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância

Departamento de Economia e Gestão


Licenciatura em Administração Pública

A Problemática da Inspeção Administrativa nos Municípios Moçambicanos

Nampula
2020
Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância
Departamento de Economia e Gestão
Licenciatura em Administração Pública

A problemática da Inspeção Administrativa das Autarquias Moçambicanas

Trabalho individual de carácter


avaliativo da cadeira de
Administração Autárquica

Docente:

Estudante:

Nampula
2020

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Índice
Introdução..............................................................................................................................5

Objetivo geral........................................................................................................................5

Objectivos específicos.........................................................................................................5

Metodologia de Investigação..............................................................................................5

Estrutura do trabalho...........................................................................................................6

Conceito de Inspeção Administrativa................................................................................6

Relevância da Inspeção Administrativa autárquica........................................................7

Procedimento para a realização da Inspeção Administrativa Autárquica...................7

Limitações da Inspeção Administrativa nas autarquias Moçambicanas.....................8

Conclusão............................................................................................................................10

Recomendações.................................................................................................................10

Referencias Bibliográficas................................................................................................11

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Introdução
No mundo e em particular em Moçambique verifica-se um aumento exponencial de
organizações e instituições que tem pautado pelos diversos modelos de administração,
de modo a melhorarem a qualidade dos serviços prestados e assim satisfazer o seu
grupo alvo e o prestígio da instituição.

Presentemente, a Inspeção Administrativa já não constitui novidade alguma, visto que


já vem levantando diversos debates no seio de diversas camadas sociais, no mesmo
âmbito, pode verifica-se claramente que existem instituições que distanciam-se dessa
prática por diversos motivos, tais como: irregularidade na gestão dos fundos, alto índice
de corrupção, e a insatisfação dos clientes.

Frisar que a Inspeção Administrativa é importante, porque a partir dela diversas


instituições podem elevar a qualidade dos diferentes serviços e com isso reduzir o
índice de corrupção, e pode se efetuar a recolha lucida de informação referente as
atividades que foram previamente definidas no plano de governação.

Objetivo geral
 Compreender a problemática da inspeção administrativa em diversas autarquias
Moçambicanas.

Objectivos específicos
 Aferir a importância da realização da inspeção administrativa em diversas
autarquias Moçambicanas;
 Descrever os procedimentos utilizados para a realização da inspeção
administrativa em diversas autarquias Moçambicanas;
 Demostrar as limitações encontradas no processo de inspeção administrativa em
diversas autarquias Moçambicanas.

Metodologia de Investigação
No que se refere a metodologia de investigação adoptada pela investigadora para a
elaboração do presente trabalho foram os métodos de pesquisa bibliográfica e pesquisa
pela internet.

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Estrutura do trabalho
Quanto à estrutura, o trabalho conta com 3 (três) capítulos, a saber: no primeiro
capítulo centra-se na contextualização, objectivos, metodologia de investigação e
estrutura do trabalho; O segundo capítulo dedica-se ao referencial teórico, em que são
abordados assuntos ligados a problemática da inspeção administrativa municipais em
Moçambique; O terceiro capítulo está reservado à conclusão e as recomendações.

Conceito de Inspeção Administrativa


Na prespectiva de Castro (2011) e Botelho (2011), consideram que o controle
administrativo pode ser compreendido como a inspeção administrativa, visto que ambos
são definidos como o conjunto de métodos e procedimentos adotados pela entidade,
para salvaguardar os atos praticados pelo gestor e o patrimônio sob sua
responsabilidade O controle ou a inspeção torna se peculiar aos atos e processos da
área administrativa sejam de um órgão ou de uma entidade, de maneira que não pode
e nem deve ser trabalhado separadamente.

Segundo Guerra (2011) apresenta o conceito de inspeção ou controle da Administração


Pública da seguinte forma:

Em síntese, controle ou inspeção da Administração Pública é a possibilidade de


verificação, inspeção, exame, pela própria Administração, por outros poderes ou
por qualquer cidadão, da efetiva correção na conduta gerencial de um órgão ou
autoridade, no escopo de garantir atuação conforme aos modelos desejados
anteriormente planejados, gerando uma aferição sistemática. Trata-se, na
verdade, de poder-dever, já que, uma vez determinado em lei, não poderá ser
renunciado ou postergado, sob pena de responsabilização por omissão do
agente infrator (p. 90).

Entretanto, aprimora-se que a inspeção administrativa tem a principal função de


monitorar e avaliar as diferentes actividades realizadas pelas diferentes instituições
estatais, isto é, a prática em questão tem em vista assegurar que os planos executados
previamente tenham sucesso, e procura melhorar os serviços prestado por uma
determinada instituição.

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Todavia, olhando para o que os autores dizem com a realidade de Moçambique quanto
a inspeção administrativa autárquica constatou – se que algumas coisas são aplicadas,
mas ainda existe uma administração deficiente por parte da edilidade dos diferentes
Municípios, visto que, essas autarquias por mas que tenha um plano de governação
previamente traçado e aprovado pela assembleia local, mas essas metas não são
alcançadas, alem de existir uma elevada taxa de corrupção.

Relevância da Inspeção Administrativa autárquica


Silva (2013) declara que, a inspeção administrativa autárquica é importante porque a
partir dela pode se fazer uma recolha lucida de informação referente as atividades que
foram previamente definidas no plano de governação, e a partir da informação que
consta no relatório de inspeção, o governante pode sanar alguns problemas que não
estavam previstos no plano, ou seja, pode aperfeiçoar de modo a alcançar a meta com
exatidão.

Na visão de Botelho (2011), a inspeção administrativa é imprescindível porque essa vem garantido
qualidade nos diferentes serviços e com isso reduzir o índice de corrupção nas diferentes instituições e
organizações, por sua vez, a inspeção vem monitorar e avaliar o grão de execução das ativadas
planeadas pelo conselho executivo.

Contudo, apurou-se que ambos os autores coadunam ao afirmarem que a inspeção


administrativa autárquica é imprescindível para o bom funcionamento de diferentes
instituições, no mesmo sentido, observando a realidade das autarquias moçambicanas
podemos referir que isso é uma realidade visto que a inspeção nos últimos tempo vem
garantindo o bom funcionamento de diversas autarquias, como exemplo tivemos um
cenário que demostrou a eficácia da inspeção administrativa que ocorreu na autarquia
de Nampula, onde que 2 funcionários do baú municipal foram detidos acusados de
roubo aos cofres do CACN.

Procedimento para a realização da Inspeção Administrativa Autárquica


No que tange as ações administrativas essas tem o intuito de inspecionar todos os
procedimentos cotidiano do funcionamento da inspeção interna, ressaltar que, muito
dos colaboradores das diversas instituições utilizam essas etapas sem se aperceber da
sua execução. Todavia os autores abaixo demostram que existe três principais
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procedimentos para a realização da inspeção administrativa dentre elas distinguem – se


os seguinte: prévio ou preventivo, concomitante ou sucessivo, e o subsequente ou
corretivo.

 Inspeção prévio ou preventivo segundo com Silva (2011) e Botelho (2011)


consiste em anteceder a conclusão ou a operação de um ato, de modo que esse
tenha êxito ou visando prevenir a pratica de atos ilegais ou não convincente com
o interesse publico, atendendo e considerando que esse mecanismo cria normas
que por consequência reduzem o tempo evitando assim erros;
 Inspeção concomitante ou sucessivo conforme Ramis (2013) e Silva (2013)
informam que essa deve ser desempenhada durante a realização da actividade,
isto é, acompanha as etapas da realização de modo a verificar as regularidades
da ação, para que esse não de se desvie do que foi planeado, e assim acaba
evitando falhas e fraudes;
 A Inspeção subsequente ou corretivo no olhar de Botelho (2011) Ramis (2013) e
Silva (2013) anunciam em realizar a inspeção apos a realização da actividade,
tendo como principal foco sanar possíveis valhas, de modo a declara se a
actividade teve sucesso ou não.

Portanto, verificando aquilo que ee o pensar os autores anteriormente citados, notou-se


que existe uma correlação entre os procedimentos para a realização da inspeção
administrativa, visto que os três agem como um círculo, garantindo que a inspeção seja
realizada com eficácia e eficiência.

Limitações da Inspeção Administrativa nas autarquias Moçambicanas


Na abordagem de Costa (2010), refere que independentemente das vantagens que
uma boa inspeção administrativa pode trazer para determinada autarquia, não é motivo
o suficiente de garantia que a autarquia esta livre de falhas ou irregularidades, do
mesmo modo, o autor relata que nada garante que aos gestores que todos os
objectivos traçados previamente sejam alcançados com exatidão.

Para Crepaldi (2000) e Baynton, Jonhson e Kell (2002) anunciam que existem diversos
posicionamentos quanto a problemática da inspeção administrativa autárquica, mas

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ambos coadunam em fazer menção das principais limitações dentre elas destacam-se:
Ignorância por parte do órgão de gestão na manutenção de um bom sistema de
controlo administrativo; existência de erros humanos, conluio e fraudes; incapacidade
de utilização da informática que pode facilitar o acesso direto a ficheiros de elevada
importância, e o abuso de poder por parte da edilidade das autarquias.

Sem embargo, deu-se a conhecer que quando se trata da problemática da inspeção


administrativa autárquica, considerando os diferentes posicionamentos dos autores
anteriormente mencionados, trata-se dos diferentes problemas que os inspetores se
deparam durante o desempenhar das suas funções no local onde vai se proceder a
inspeção, olhando para aquilo que é a realidade das autarquias de Moçambique e em
sintonia com a posição dos autores verifica-se que ainda temos muito a melhora visto
que essas limitações são constatadas.

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Conclusão
Em síntese aferiu-se que a inspeção administrativa em diferentes autarquias de
Moçambique é pertinente porque a partir desse instrumento o estado moçambicano
pode ter acesso das informações em tempo rela de o que esta sendo feito por parte das
autarquias e assim saber se os fundos aplicados no plano de governação estão sendo
empregues em locais adequados, do mesmo modo, o estado moçambicano também vai
poder ter conhecimento de que tipo de serviços as autarquias estão prestando e se
esses serviços estão seguindo as normas previamente estabelecidas na Constituição
da Republica. No entanto, no que se refere aos procedimentos utilizados para a
realização da inspeção administrativa em diversas autarquias Moçambicanas,
averiguou-se existem vários procedimentos, mas a autora faz menção de três principais
que funcionam como um círculo dentre eles encontramos a inspeção que ocorre no
início do funcionamento da instituição, de seguida a de processo que ocorre durante a
realização, e enfim a de conclusão que é feita apos a retirada do dirigente. Isto é, no
início do mandato faz se a inspeção previa, nos meados do mandato ocorre a segunda
inspeção designada de sucessiva e no final do mandato ocorre a terceira que é
corretiva. Enfim, quanto as limitações encontradas no processo de inspeção
administrativa em diversas autarquias Moçambicanas, constata-se que dificilmente é
realizado o processo de inspeção administrativa em diferentes autarquias do território
nacional, mas quando é realizada maioritariamente encontram-se dificuldades na sua
implementação devido a dificuldade de mensuração dos resultados, devido a falta
critérios, elevado risco de descontinuidade, estabilidade dos funcionários e a falta de
risco financeiro e patrimonial.

Recomendações
Diante das observações constatadas no período de elaboração da pesquisa na colheita
e análise de dados, sobre o tema recomenda-se:

Criar uma unidade de Inspeção interna;

Incluir a sociedade civil na Inspeção Administrativa;

Melhorar os serviços com base nas informações dos relatórios de inspeção;


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Referencias Bibliográficas
Botelho, M. M. (2011). Manual de controle interno: teoria & prática. Curitiba, Brasil:
Juruá.

Boynton, W. C.; Johnson, R. N. & Kell, W. G. (2002). Auditoria; tradução: José Evaristo
dos Santos. São Paulo, Brasil: Atlas.

Castro, D. P. (2011). Auditoria, contabilidade e controle interno no setor público:


integração das áreas do ciclo de gestão: contabilidade, orçamento e auditoria e
organização dos controles. São Paulo, Brasil: Atlas.

Costa, C. B. (2010), Auditoria Financeira: Teoria & Prática (9ª ed.). Lisboa, Portugal: Rei
dos Livros.

Crepaldi, S. A. (2013). Auditoria contábil: teoria e prática (9ª ed.). São Paulo, Brasil:
Atlas

Guerra, E. M. (2011). Os controles externos e internos da administração pública (2. ed.)


Belo Horizonte, Brasil: Fórum.

Ramis, D. D. (2013). Controle da administração pública. In: Âmbito Jurídico, Rio


Grande, XVI, n. 108, recuperado em <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?
n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12667.

Silva, E. F. (2013). Controladoria na Administração Pública: Manual prático para


implantação. São Paulo, Brasil: Atlas.

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