Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Carina Nazato1; Suellen Catarina Urias Ferraz1, Franz Zirena Vilca2, Nádia
Hortense Torres2, Daniela Ferraz de Campos Silva1, Marcia Nalesso Costa Harder1
RESUMO
As ceras podem ser classificadas em: naturais, animais ou sintéticas, onde estão contidas
em diversos produtos cosméticos, como o brilho labial, que é considerado um símbolo da
sensualidade feminina, ocupando o primeiro lugar na preferência delas. No entanto, na
fabricação deste, são utilizados compostos sintéticos que poderiam ser substituídos por
materiais vegetais, como a cera de cana-de-açúcar, uma vez que a cera está concentrada
na torta de filtro, sendo uma opção tecnológica à um produto utilizado como fertilizante.
Assim, objetivou-se agregar valor a um subproduto da indústria sucroalcooleira,
empregando-o como substituinte natural ao material sintético (a vaselina líquida e sólida)
utilizando uma metodologia “controle” cedida por uma farmácia de manipulação. Foram
preparadas três formulações distintas, onde F1 foi o controle; F2 substituiu a vaselina
líquida pela cera obtida por extração simples e o aromatizante artificial de morango por
açaí em pó natural e F3 substituindo a vaselina sólida e líquida por cera bruta extraída da
torta de filtro com biotetanol e aromatizante alimentício de morango. Foram avaliados os
parâmetros físico-químicos (pH, umidade e cinzas) e sensorial (aparência e odor). O pH
das amostras de brilho labial não variou, permanecendo a 5,5. F2 apresentou o maior teor
médio de umidade na ordem de 3,7 %. O índice de cinzas foi mais significante na
formulação F3, com 1,6 % de matéria inorgânica. Já na análise sensorial, foram avaliados
de maneira quantitativa pelo teste Tukey 5% de significância por meio do programa SAS.
A maior aceitabilidade na análise sensorial foi com a formulação controle, indicando que
são necessários tratamentos posteriores à extração a fim de adequá-la para redução de
umidade, caracterização dos componentes das cinzas e atribuição de parâmetros
organolépticos desejáveis.
ABSTRACT
The ceramides can be classified as: vegetal, animal or synthetic, which are contained in
many cosmetic products like lip gloss, which is considered a symbol of female sensuality,
ranking first in their preference. However in its production are used synthetic compounds
that could be replaced by plant materials such as wax, sugar cane, since the wax is
concentrated in the filter cake and that can be a technology option to a product that is
used as a fertilizer. Thus the objective was to add value to a by-product of sugar industry
employing it as a substitute natural to the synthetic material (vaseline) using a
methodology "control" courtesy of a compounding pharmacy. Three different
formulations were prepared, which was the control F1, F2 replaced by liquid petrolatum
wax obtained by simple extraction and artificial strawberry flavoring by natural “açaí”
Protocolo
1
Curso de graduação em Tecnologia de Biocombustíveis. Faculdade de Tecnologia de São Paulo – Piracicaba - 13414-141-
Piracicaba - SP - Brasil. E-mail: cnazato@gmail.com; suellen_ferraz@yahoo.com.br; mnharder@terra.com.br
2
Departamento de Ecotoxicologia. Centro de Energia Nuclear na Agricultura – Piracicaba - 13400 – 970 – Piracicaba – SP – Brasil.
E-mail: franz-cena.usp@hotmail.com; nhtorres@cena.usp.br
390 Cera de cana-de-açucar na formulação de um brilho labial a partir de extração simples e por bioetanol Ferraz et al.
powder and F3 replacing petroleum jelly and liquid wax extracted from crude filter cake with
biotetanol and strawberry flavoring food. We evaluated the physical and chemical parameters
(pH, humidity and ash) and sensory analysis (appearance and smell). The pH of the samples of
lip gloss did not change, remaining at 5.5. F2 had the highest average content of humidity in the
order of 3.7%. The ash content was more significant in the F3 formulation with 1.6% of
inorganic matter. In the sensory analysis, were assessed quantitatively by Tukey test 5%
significance level using the SAS program. The greater acceptability in the sensory analysis was
with the control formulation, indicating that they needed further treatment to extraction in order
to adapt it to reduce humidity, ash characterization of components and assignment of desirable
organoleptic parameters.
Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.14, n.4, p.389-396, 2012
Cera de cana-de-açucar na formulação de um brilho labial a partir de extração simples e por bioetanol Ferraz et al. 391
3
Cana cultivada em sistema tradicional na FATEC, 4
Cana cultivada em sistema tradicional e colhida
Piracicaba - SP e colhida manualmente. mecanicamente.
Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.14, n.4, p.389-396, 2012
392 Cera de cana-de-açucar na formulação de um brilho labial a partir de extração simples e por bioetanol Ferraz et al.
Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.14, n.4, p.389-396, 2012
Cera de cana-de-açucar na formulação de um brilho labial a partir de extração simples e por bioetanol Ferraz et al. 393
Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.14, n.4, p.389-396, 2012
394 Cera de cana-de-açucar na formulação de um brilho labial a partir de extração simples e por bioetanol Ferraz et al.
Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.14, n.4, p.389-396, 2012
Cera de cana-de-açucar na formulação de um brilho labial a partir de extração simples e por bioetanol Ferraz et al. 395
Atributos
Perspectivas CONCLUSÕES
Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.14, n.4, p.389-396, 2012
396 Cera de cana-de-açucar na formulação de um brilho labial a partir de extração simples e por bioetanol Ferraz et al.
Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.14, n.4, p.389-396, 2012