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Mais externa
Epiderme
Derme
diferenças na pele em
diferentes regiões em
função da presença de
glândulas e pelos: a
Écrinas Desemboca na superfície palma das mãos e a
planta dos pés não
Desemboca no folículo pilo apresentam folículos
Apócrinas - sebáceo (EMULSÃO
epicutânea)) pilosos nem glândulas
sebáceas, mas
apresentam glândulas
sudoríparas; o couro
cabeludo apresenta
glândulas sebáceas mais
volumosas, conferindo maior oleosidade e maior risco de caspa.
É na derme que se encontram os diferentes receptores com funções sensoriais, dentre
as quais:
A melanina
acumulada na epiderme
bloqueia contra raios
UVB, enquanto que a
derme bloqueia contra
raios UVA.
Em cada tipo de pele há
diversas variações de
Maior
quantidade tonalidade, o que pode estar
- pele relacionado com a alimentação.
negra
Quantidade O pH da pele é ácido,
intermediár variando de 4,5 – 6,5,
ia - pele
amarela dependendo do local, mas em
Pequena média é 5,5. Entre os dedos há
quantidade
pele maior umidade, podendo
branca apresentar um pH um pouco
maior, pois o suor apresenta
substâncias nitrogenadas
Melanina oriundas das glândulas
sebáceas, apresentando pH mais
alcalino. Em regiões com muito sebo como couro cabeludo há redução o pH em função da
presença de ácidos graxos.
A derme apresenta fibras colágenas, elásticas e reticulares que conferem sustentação.
Há fibroblastos e macrófagos embebidos no fator de hidratação natural da pele (FNHP). No
envelhecimento as fibras ficam endurecidas, em função da redução do metabolismo ou do
fotoenvelhecimento. O sol ao incidir sobre a pele libera ROS promovendo a ocorrência de
reações cruzadas na estrutura da fibra, reduzindo a elasticidade e possibilitando o
aparecimento de rugas.
A derme apresenta 57% de água da pele, portanto, os produtos para hidratação da
pele devem permear até a derme. O material fundamental (NMF) apresenta lactato e PCA (
que na forma de sal PCA – Na e lactato de amônio são mais solúveis), bem como ureia, aas
livres, os quais são hidrosolúveis e devem estar presentes nos cremes para hidratação. As
substâncias do NMF saem com banhos quentes e demorados, desidratando a pele. Hidratar
reduz rugas, pois as rugas são o enrrugamento da epiderme em função da desidratação da
derme. O NMF recruta água para a derme e reduz as rugas.
Tipos de pele
Normal Seca Oleosa Mista Sensível
• Equilíbrio • Teor de • Excesso de • Pode ser • Altamente
entre água mais gordura, seca e irritável,
gordura e baixo, podendo oleosa em geral
água: suor podendo ter água baixa
+ sebo = ter gordura normal oleosidade
emulsão normal
hidratante
Haste (sai
da pele) Na base da raiz
Macro
Raiz (sai do se encontra a papila, a
foliculo) qual está em contato
com os capilares para a
Pelo
Medula nutrição. A ponta do
cabelo (haste) é a
porção mais antiga. A
Micro Córtex
medula é a parte mais
interior do fio, o córtex
Cutícula apresenta fibras de
queratina e a cutícula
são as células mais externas, se encontrando sobrepostas. A queratina apresenta diferentes
ligações cruzada o que define os diferentes tipos de cabelo. Assim como a pele, o cabelo
apresenta células mortas impregnadas de queratina.
Alterando estas
ligações há alteração da
haste do pelo apenas,
promovendo
Ligações modificações
queratina temporárias. São
alteradas por
temperatura e umidade,
Hidrogênio Salina Peptídica Dissulfeto
bem como reações
químicas, as quais
reestruturam estas
ligações e promovem o
alisamento.
O cabelo liso sai reto do folículo, não apresentando torção; o cabelo ondulado sai com
uma leve torção e o cabelo crespo sai com grande torção.
Queda Repouso
•Telogênica •Catagênica
•Papila inativa •Papila inativa
•Fio solto - cai •Fio solto no
fácil folículo
B. Unha:
A unha é uma lâmina córnea transparente e flexível. A raiz é a parte inserida, a lâmina
apresenta muitas células mortas impregnadas de queratina. A queratina apresenta grande
quantidade de cistina e cisteína o que aumenta a ocorrência de pontes dissulfeto, por isso que
a unha é mais dura que a pele. A cutícula é a dobra da pele que recobre a lâmina, é
impregnada de queratina e quando é retirada facilita a entrada de microorganismos.
Como a lâmina é muito impermeável é difícil tratar as doenças de unha, como as
micoses.
A raiz está inserida na matriz ungeal, crescendo durante toda a vida. Lesão na matriz
altera o nascimento da unha, possibilitando até queda da mesma. A unha apresenta
crescimento constante, sendo que as unhas dos pés crescem mais que as unhas das mãos; as
unhas crescem mais no verão e durante o dia, sendo sensíveis à alterações hormonais e
nutricionais.
As unhas apresentam função estética e facilitam a manipulação
C. Glândulas sebáceas:
Sempre desembocam nos folículos pilo – sebáceos, e o material chega a superfície
através da saída do pelo. Estão presentes em grande quantidade no T do rosto (testa, nariz e
queixo), bem como nas cabeça, costa e peito, estando relacionada com a maior ocorrência de
acne nesses locais. Sua constituição é de: 41% TGS, 25% ceras, 16% ácidos graxos livres. Os TGS
contribuem para a fluidez do sebo, em função de PF mais baixo.
D. Glândulas sudoríparas:
a. Écrinas: desembocam na pele. Constituem o suor o qual apresentam
99% de água, além de ácidos de cadeia curta, como acético, butírico, caprílico e propônico, os
quais são voláteis. Apresentam também eletrólitos como sódio e potássio. Apresentam menor
ação de bactérias e não apresenta mau odor, é produzido desde o nascimento.
b. Apócrinas: desembocam no folículo pilo – sebáceo, na emulsão
epicutânea. Produz suor juntamente com produtos de degradação das células, apresentando
também os componentes do suor écrino e substâncias nitrogenadas, as quais são matéria
prima para microorganismos. Iniciam a produção a partir da puberdade, e apresenta mau
odor.
Para que o produto permeie até a epiderme e derme deve ter função de reservatório e
ali ficar retido. Os dermocosméticos são para pele íntegra, quando são aplicados em pele
lesionada há permeação além e ação sistêmica.
São fatores de permeação:
Impermeabilidade;
Presença de glândulas – facilitam a entrada;
pH – se alterado o pH da queratina, altera a impermeabilidade e pode facilitar
a permeação;
LogP do fármaco;
Natureza do veículo - depende da afinidade pela pele, onde veículos de
origem animal apresentam maior afinidade, de origem vegetal afinidade
intermediária e de origem mineral, menor afinidade;
Utilização de vetores como lipossomas, nanopartículas, microemulsões.
2. PRINCIPAIS DEFINIÇÕES:
Cosmecêuticos são produtos cosméticos com propriedades farmacêuticas. Apresenta
alguns sinônimos:
FDA não
Dermocosmético considera o termo
Cosmecêutico
cosmecêutico, apenas
cosmético. Esse conceito
Dermacêuticos surgiu da ideia dos filtros
solares apresentando
Cosméticos Ativos uso prolongado e
promovendo proteção
contra câncer de pele.
Quase droga
“Cosmecêuticos
Cosméticos são preparados
medicamentos constituídos por
substâncias naturais ou sintéticas, ou suas misturas, de uso externo nas diversas partes do
corpo, pele, sistema capilar, lábios, órgãos genitais externos, dentes e mucosas da cavidade
oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá –los, alterar sua aparência
e/ou corrigir odores corporais e/ou protegê-los e mantê-los em bom estado”
Alguns mecanismos básicos da ação dos cosmecêuticos:
Ativador de receptor
Retinóides, retinol
Realçar a função de
barreira Hidratantes e umectantes
Aumentar a esfoliação
Peelings AHAs
Normalizar a reposição
celular Peptídeos de cobre
Reduzir a inflamação
Chá verde
Inibir a oxidação
Ácido lactobiônicos, vita E
Modular a pigmentação e
fotoproteção Filtros solares
Alguns parâmetros de
risco devem ser avaliados, os
quais são:
Auto medicação
Potencial de
toxicidade e carcinogenicidade;
Produto utilizado para
Riscos Farmacologia
problema mais grave
clínica;
Utilização em larga Maior potencial de Epidemiologia;
escala efeitos colaterais Reações
Adversas;
Local de
aplicação.
3. HIGIENE ORAL:
A higiene oral apresenta objetivo de realizar a limpeza dos dentes com auxílio de
escova, utlilzando um dentifrício em pasta ou gel. Os dentifrícios apresentam a função de
manter a superfície do dente limpa, com a eliminação dos alimentos, além de promover a
redução de cáries e doenças gengivais, bem como refrescar o hálito e eliminar odores
desagradáveis (associa boa limpeza com flavorizantes).
O dente apresenta a seguinte anatomia:
Dentro do
Raiz
alvéolo dental
Dente
Fora da gengiva
Coroa Cortar
Confere a função
do dente
Mastigar
•Revestimento
Esmalte •Proteção
•Tecido mais duro (97%
sais 3% orgânicos)
•Túbulos - filamentos
•Ligamentos periodontais
Cemento •Liga dente ao osso
A placa bacteriana é uma placa pegajosa e incolor contendo bactérias e glicose. É a
principal causa da cárie e gengivite. Deve ser retirada diariamente com a escovação, pois pode
endurecer e formar o tártaro, o qual é removido pelo dentista através de raspagem e
polimento. Caso não seja retirado, o resultado é a cárie.
A cárie é um processo patológico de origem microbiana, que destrói os tecidos do
dente, em função da formação de ácidos derivados da oxidação da glicose pelas bactérias. É
uma doença multifatorial, dependendo da microbiota oral, dos hábitos de higiene e da dieta
rica em sacarose. A principal bactéria envolvida é o S. mutans, a qual ao produzir os alfa -
hidróxiácidos promove a corrosão do dente, ao realizar a remoção dos cristais de
hidroxiapatita, tornando o esmalte mais permeável. Com isso os sintomas são: inflamação,
dor, aumento da sensibilidade, mau hálito e perda do dente.
Os dentifrícios apresentam algumas funções:
D Para reduzir a
Retira os restos alimentares
E cárie se utiliza dentifrícios
contendo flúor (1000 –
N
1500 ppm) devendo
T manter dentro desta
I faixa, pois abaixo não
Ação detergente - auxilia na remoção
F de gordura e forma espuma apresenta efeito e acima
R causa intoxicação. Dentre
os sais de flúor utilizados
Í
temos: NaF, SnF2 e
C
Ao ser adminstrado na escova e com o principalmente Na2PO3F
I atrito com o dente promove a limpeza (SMFP) o qual é mais
O e retirada dos restos alimentares estável e compatível, não
S precipita na presença de
CaCO3, que é abrasivo
muito usado, fornecendo a coloração branca aos dentifrícios.
Como explicações de como o flúor reduz a probabilidade de cárie temos duas teorias:
Teoria do Metabolismo de
Teoria da Solubilidade
Flúor na placa bacteriana
Há dentifrícios especiais para bebês e crianças. Para os bebês não há adição de flúor,
em função do alto risco de deglutição, devendo ser aplicado na gengiva do bebê. Não devem
apresentar componentes tóxicos. Isto também se aplica para dentifrícios destinados a crianças
menores de 3 anos.
O uso inadequado de fio dental, utilizando força, pode promover retração da gengiva,
em função do rompimento da ligação entre dente e gengiva. Com a retração da gengiva há a
exposição da dentina, permitindo a passagem de líquidos e ar pelos túbulos nela presentes,
chegando nas terminações nervosas na polpa dentária. Tentar fechar os orifícios dos túbulos é
o objetivos dos dentifrícios para dentes sensíveis. Para tal fim se utiliza nitrato ou citrato de
potássio, hidróxido de cálcio ou cloreto de estrôncio.
Os
sabonetes em pasta
podem ser
Perolado
derivados de
Opacos
saponificação
Barra Não perolado clássica ou pela
Transparente ação de tensoativos
Sabontes sintéticos. Quando
Saponificação se usa KOH a pasta
clássica + diluição
fica mais mole, em
Líquidos
função do PF do
Com tensoativo KOH ser menor que
do NaOH,
empregado nos
sabonetes em barra. Nos sabonetes cremosos há saponificação da gordura em associação com
creme contendo tensoativos a fim de formar um creme com espuma. Os sabonetes líquidos
apresentam a mesma base que os shampoos.
Matérias primas
Detergente
Material graxo Álcali (NaOH ou sintético ( sais de
animal ou vegetal KOH) alquil e alquil eter
sulfato - lauril)
A solubilidade é importante
para que ao limpar haja ação da
Solubilidade
água, a presença de tensoativos
promove a espuma, sendo
importante, também para reduzir
a tensão superficial entre a água e
a pele. A espuma também é
Sabão atrativo sensorial. A detergência
com deve ser equilibrada a fim de
qualidade retirar a sujeira, mas sem ressecar
a pele.
Detergência
equilibrada Espuma Como defeitos presentes em
sabonetes temos rachaduras as
quais são provenientes de
ressecamento. Isso se justifica, pois no processo produtivo há inserção de material de recheio
no sabonete a fim de encorpar e conferir resistência, e tais materiais são pós inertes, que
podem recrutar água e promover o ressecamento do sabonete.
Outro defeito está presente em sabonetes de glicerina que podem adquiri uma consitência
similar a geleia, pois apresenta capaciadade maior de acumular água. Isso se justifica pelo fato
de seu material de recheio ser mais delicado e como a glicerina recruta água (higroscópica),
ficam gotículas de água na superfície e com aspecto gosmento.
O material graxo empregado pode ser classificado em 4 grupos:
Já o material alcalino a
ser empregado há NaOH
Grupo Grupo Grupo Grupo que é empregado em
1 2 3 4 sabonetes sólidos e o KOH
que é empregado em
4x menos 16x menos
sabonetes líquidos e
Alta Muito pouco
solubilidade
solubilidade solubilidade
solúvel pastosos.
que g1 que g1
Essa mistura de
material graxo e alcalino
Óleo de
Sebo de deve-se saber o quanto de
ríncio, de
Óleo de carneiro, Ácido
gengibre, de cada matéria prima deve
girassol manteiga de esteárico
coco, de
cacau ser empregada, para tanto
algodão
o índice de saponificação
deve ser conhecido, sendo um valor tabelado. Caso não empregue o índice de saponificação,
pode-se utilizar material alcalino em excesso, havendo a saponificação do material graxo e a
alcalinização do sabonete pelo excesso de álcali. O índice de saponificação apresenta a
seguinte relação: 1g de material graxo -----------x mg de KOH, sendo sempre KOH, caso o álcali
utilizado seja NaOH faz-se a correção.
Umectante
Álcali
Conservante
5. DESODORANTES:
São preparações destinadas a
inibir as bactérias desintegradoras do
suor, responsáveis por seu odor
desagradável, reduzir a transpiração. Odor
O suor quando eliminado não varia
apresenta odor desagradável (suor
écrino), mas bactérias gram positivas
realizam a degradação de proteínas (do Região do Em cada Em cada
suor apócrino), produzindo substâncias corpo raça indivíduo
nitrogenadas que alcalinizam o pH e
resultam em mau odor. O odor é característico de cada pessoa e depende dos seguintes
aspectos:
Fisiologia individual Alimentação
Variação odor
Desodorantes
Sabões e Bastão Cremes Líquidos/ Pós
detergent •Excipiente o/a soluções •Talco
es sólido com
ativo
•Veículo pode
desodorante
•Laváveis, sem ser água ou •Bom para pés
•Efeito incorporado engorduramen •Na axilia os
álcool, álcool
bactericida •Pode ser to pós ficam
facilita na
•Afeta a bactericida, •Ativo na fase secagem suspensos
microbiota anti- oleosa ou na •Dispostos em
transpirante aquosa nebulizador ou
ou captor de
aerossol
odor
Os sabonetes antibacterianos são interessantes para deseinfecção de mãos, mas muita
gente usa como desodorante nas axilas e na região genital. Podem ser em barra ou líquido.
Formulação de desodorantes:
Irgasan é
bactericida, Adipato de
isopropila é emoliente,
perfume entra em q.s, pois
pode ser adicionado ou não.
Cloridróxido de
alumínio é anti –transpirante
e propilenoglicol é
umectante. Bicarbonato de
sódio é captor de odor,
juntamente como óxido de
magnésio, os quais capturam
as moléculas de odor.
Talco e ácido bórico
são antissépticos, cabonato
de cálcio é absorvente de
umidade, álcool cetílico é
lubrificante.
Baixo
resíduo
Redução
de pelos
Tendências
Hidrataçã Clareame
o nto
Não
escurecim
ento
6. SHAMPOOS:
O espessante é utilizado
Corante para controle de viscosidade. É
necessária a presença de
conservantes, pois o veículo é água
Conservantes Espessante
purificada. Os ativos empregados
podem ser anti-caspa, emoliente
Composição
ou que formem filme no fio,
shampoo
promovendo hidratação.
Essências Ativos
Tensoativo
Tensoativos
Ação
Limpeza
desingordurante
Se deposita sobre
Emoliência
os fios
Espuma
Os shampoos sempre apresentam tensoativos aniônicos, portanto, nunca deve ser
adicionado tensoativo catiônico, pois eles tenderão a neutralização. O EHL dos tensoativos
utilizados em shampoos com ação emulsificante é na faixa de 8 – 18, e para ação detergente
na faixa de 13-16.
Dentre os
tensoativos aniônicos o
Gordura e sujeira principal é o lauril
sulfato de sódio, o qual
apresenta boa
detergência e boa
Remoção do solubilidade,
complexo pela apresentando
Adesão ao cabelo
interação das cabeças
polares com a água espessamento na
presença de eletrólito,
dispensando a presença
Formação de de espessantes, além de
Tensoativo as envolve complexo na porção poder apresentar
lipofílica etoxilação que reduz a
irritabilidade de
mucosas. Quando se muda o sal do lauril sulfato para amônio há menos detergência, sendo
indicado para cabelos mais secos, mas a boa solubilidade ainda é mantida. O uso de lauril
sulfato de amônio é recomendado para shampoos de uso diário, já que menor detergência
implica em menor ressecamento do fio. Quando o sal do lauril sulfato é mudado para
trietanolamina a detergência é ainda menor, mas com boa solubilidade e bom poder
espumante.
Os tensoativos não iônicos também apresentam propriedades detergentes, como os
alquil poliglicosídeos, os quais são suaves em sua detergência, sendo bons para shampoos
infantis e para cabelos secos. Não são tão bons, quanto os aniônicos, para a limpeza. Como
exemplo há o lauril poliglicosídeo, o decil poliglicosídeo. Os tensoativos não iônicos
apresentam bom poder espumante, tem efeito estabilizador de espuma, apresentam maior
viscosidade que os aniônicos, apresentam menor irritabilidade de mucosas que os aniônicos.
Usados na concentração de 3-5% com ação sobrengordurante.
Os tensoativos anfóteros apresentam concentração de 1-3%, apresentam menor
irritabilidade de mucosas que os aniônicos, em pH ácido apresenta caráter catiônico,
neutralizando a carga negativa do cabelo, promovendo amaciamento pelo mesmo princípio
do condicionador, porém com ação mais fraca. Como exemplos temos as Alcanolamidas,
como a Monoetanolamida de ácido graxo de coco e a Dietanolamida de ácido graxo se coco,
sendo a primeira sólida, requerendo aquecimento durante o preparo, e a segunda líquida, não
requerendo aquecimento.
No shampoo
base o lauril éter
sulfato de sódio é o
tensoativo aniônico
que é espessado na
presença de sais
(NaCl), o
Cocoanfocarboxiglici
nato de sódio é
tensoativo anfótero,
conferindo maciez ao
cabelo, e a
dietanolamida de
ácido graxo de coco é
tensoativo não iônico
com ação
sobrengordurante. No shampoo gel as propriedades se repetem, porém há presença do lauril
sulfato de trietanolamina, que reduz um pouco a detergência, e a hidroximetilcelulose é
responsável pelo espessamento, sendo boa para quando o shampoo apresenta materais
particulados. No shampoo com Hamamélis, este apresenta a função adstringente, por isso que
é recomendado para cabelos oleosos, bem como a maior concentração de lauril eter sulfato de
sódio, a fim de retirar bem a gordura da oleosidade.
A viscosidade não apresenta relação com a eficácia, mas impressiona sensorialmente.
Utilizando tensoativos como o lauril sulfato de sódio que espessam na presença de eletrólitos
é mais barato promover o aumento da viscosidade, do que com a adição de espessantes. Os
eletrólitos ao interagir com o lauril aumento o tamanho das micelas, tornando-as cilíndricas,
com menor liberdade de movimentação, resultando em aumento da viscosidade. A
viscosidade não deve ser buscada em excesso, pois há um ponto ideal de saturação, acima do
qual haverá a quebra do sistema, este ponto é chamado de concentração micelar crítica.
Normalmente, os shampoos apresentam viscosidade de 2000 – 5000 cps, no entanto, se há
material particulado suspenso, a viscosidade deve ser superior a 5600 cps, devendo-se utilizar
espessantes como CMC, hidroximetilcelulose, hidroxipropilcelulose, polivinilpirrolidona.
Shampoo sem sal não existe, o que pode acontecer é a não adição de NaCl, mas as
matérias primas geram sais como subprodutos. O ajuste de pH e viscosidade deve ser realizado
com todos os materiais incorporados.
A perolagem é uma estratégia para mascarar a turvação que alguns aditivos
suspensos, como cetoconazol, piritionato de zinco e sulfeto de selênio, podem causar. Como
perolantes pode-se utilizar glicol estearato, glicol diestearato e PEG3 diestearato, os quais
devem ser diluídos no lauril.
A faixa de pH dos shampoos deve ser entre 5-7, sendo os shampoos de pH 7
recomendados para uso infantil, em função de reduzir a irritação ocular. O ajuste de pH pode
ser realizado com ácidos cítrico, lático e fosfórico.
Os conservantes mais utilizados são metil e propilparabenos, além de
imidazolidinilreia.
Os shampoos podem ser classificados:
Higiênicos Especiais
Lava o cabelo e
Apenas lava o
apresenta função
cabelo adicional