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SÃO PAULO – SP
2023
INTRODUÇÃO:
Método Vodder:
A técnica de Vodder baseia-se em movimentos monótonos, lentos, suaves e
rítmicos que respeitam o sentido do fluxo linfático superficial em direção ao
terminal (subclavicular), onde termina a circulação linfática. Essas manobras
fundamentais de Drenagem Linfática Manual foram publicadas por Vodder em
1936, quando passaram a ser denominadas e classificadas em círculos
verticais, bombeamento, manobras de tração e de torção, conforme relatam
Elwing e Sanches (2010 apud NAVEGANTES; CORRÊA; SANTOS, 2016).
O método de Vodder, realizado por uma pressão suave nos tecidos
determinados e patologias, é concedido de forma lenta e repetitiva, não realiza
o deslizamento sobre o tecido, mas empurra o tecido cutâneo promovendo um
relaxamento. Segundo Vodder, a técnica é realizada sempre de distal para
proximal do segmento e compreende em dois procedimentos básicos
(BORGES, 2010):
Captação: é realizado da linfa do interstício para os capilares linfáticos.
Evacuação: promove a eliminação da linfa que está dentro dos vasos linfáticos,
levando-os para a região de linfonodos que fica distal à região do edema,
seguindo o sentido do fluxo da linfa.
Reduzir edemas;
Aumentar a circulação sanguínea e linfática;
Fazer o tratamento pré e pós-operatório para cirurgias estéticas faciais;
Amenizar quadros de olheiras;
Integrar o procedimento da limpeza de pele, sendo a etapa seguinte à
de extração.
Edema e linfedema
Fibroedema geloide
Insuficiência venosa crônica
Obesidade
Hematoma e equimose
Gestação e lactantes
Decúbito dorsal:
A massagem inicia em decúbito dorsal, pelos membros superiores.
Membros superiores:
Você deve seguir a seguintes manobras de captação para os membros
superiores:
Abdome
Para melhor trabalhar a região abdominal, você deve dividir o abdome em
quadrantes superiores e inferiores.
No quadrante superior, você irá direcionar a linfa para as axilas direita ou
esquerda, depender do lado trabalhado; já no quadrante inferior, você irá
direcionar a linfa para os linfonodos inguinais.
Membros inferiores
Em membros inferiores, você dividirá a coxa em três partes (proximal, medial e
distal) e a perna em duas partes (proximal e distal).
Obs.: a região proximal sempre será drenada antes da região distal.
Coxa anterior:
Trabalhar movimentos de bombeamento suaves e compressivos. Dividir a
coxa em três partes (anterior, medial e lateral), começar pelo terço medial,
distalmente ao segmento (próximo à região do joelho), na sequência drenar a
porção anterior e lateral da mesma forma, de distal para proximal, o sentido é
centrípeto, encaminhando a linfa para o linfonodo/gânglio inguinal.
Perna anterior:
As mãos devem abraçar a perna do cliente, na altura do tornozelo, e realizar
leves movimentos bombeantes e compressivos, chegando à altura do joelho. A
mão que está na parte lateral desliza suavemente em direção aos
linfonodos/gânglios da fossa poplítea, estimulando-os três vezes.
Tornozelo:
Drenar com movimentos suaves de bombeamento ascendente a região dos
maléolos.
Pé:
Drenar no sentido ascendente, encaminhando a linfa na direção dos maléolos
tibiais.
Coxa posterior:
A parte externa da coxa é drenada no sentido da lateral e encaminhada com
movimentos leves de bombeamento compressivos para o linfonodo/gânglio
inguinal, seguindo a linha da ferradura. A parte interna deve ser também
encaminhada para a inguinal, porém a manobra segue pela porção interna da
coxa.
Costas:
Iniciar os movimentos no centro do dorso realizando bombeamentos
compressivos e leves acima da cintura em direção aos linfonodos/gânglios
axilares. A área abaixo da linha da cintura é drenada para a região inguinal e a
região do trapézio é drenada em direção à região supraclavicular. Drenar a
lateral do dorso acima da cintura, em direção às axilas e abaixo da cintura,
encaminhando a linfa para os gânglios inguinais (BORGES, 2006)
Finalização:
Para finalizar a DLM corporal, você deve pedir para que o cliente vire em
decúbito dorsal e fazer novamente a manobra de evacuação dos linfonodos de
traz para frente, nesta ordem: Poplíteos; Inguinais; Cisterna do quilo; Cubitais;
Axilares; Intraclaviculares Supraclaviculares
ROTEIRO 1
Figura 5: Argiloterapia
Fonte: https://i0.wp.com/starspa.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Argila-Corporal.jpeg
Conclusão:
Podemos concluir que para obter um bom resultado terapêutico, a técnica deve
ser realizada por profissionais qualificados, pois devem conhecer a anatomia e
fisiologia do sistema linfático, só assim poderá obter os benefícios que ela
proporciona. Como mencionamos, a drenagem linfática não se trata de uma
massagem tradicional, por isso, ela deve ser realizada por um profissional
especializado e devidamente habilitado. Uma vez que, se aplicada de maneira
incorreta, a técnica pode lesar os capilares linfáticos e causar prejuízos ao
paciente.
Referências bibliográficas