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FORTALEZA – CE
2019
MÉTODOS DE DRENAGEM LIFÁTICA EXISTENTE NO BRASIL E NO MUNDO
FORTALEZA – CE
2019
INTRODUÇÃO
O sistema linfático compõe-se de uma rede de vasos que leva para a corrente
sanguínea o excesso de fluidos dos tecidos e dos órgãos (linfa). Com o intenso
processo de chegada dos fluidos aos tecidos e a pouca saída, ocasiona o excesso de
líquidos nos espações intersticiais, que é então reabsorvido pelos capilares linfáticos,
ocasionando o linfedema.
A drenagem linfática tem como objetivo aumentar o volume e a velocidade da linfa a
ser transportada pelos vasos e ductos linfáticos, por meio de manobras que imitem o
bombeamento fisiológico. Ela tem influência direta no aumento da oxigenação dos
tecidos, favorece a eliminação de toxinas e metabólitos, aumenta a absorção de
nutrientes por meio do trato digestório, aumenta a quantidade de líquidos a ser
eliminada e melhora as condições de absorção intestinal, dentre outras funções. Em
consequência disso, tem-se: redução do edema, maior hidratação e nutrição celular.
HISTÓRIA
Método de Vodder
A técnica de drenagem linfática proposta por Vodder preconiza a utilização de uma
pressão suave, lenta e repetitiva em que não há deslizamento do tecido a ser tratado
e sim a ação de “empurrar e relaxar” o tecido subcutâneo em duas fases diferentes
de toque.
Segundo BORGES (2006), na face, são propostos por Vodder dois tipos de
movimentos:
• Círculos estacionários (fixos) realizados na face e no pescoço. Com a mão
espalmada sobre a pele, os dedos realizam movimentos contínuos em forma de
círculos ou espirais. A pressão deve ser realizada apenas na primeira metade do
círculo. Na segunda metade, existe o contato, porém, sem a pressão, possibilitando o
retorno do tecido ao local de origem. Realiza-se entre 5 e 7 movimentos.
Método Leduc
Navegantes, Corrêa e Santos (2016), com base nos estudos de Leduc e Leduc,
destacam que esta técnica consiste em cinco movimentos combinados entre si,
formando um sistema de massagem que corresponde à drenagem de linfonodos,
círculo com os dedos, círculo com o polegar, movimentos combinados e pressão de
bracelete.
Na captação, os dedos fazem pressões sucessivas, direcionados pelo punho num
movimento circular. Já na evacuação, há um desenrolamento dos dedos partindo do
indicador até o anular em contato com a pele, que sofre um estiramento no sentido
proximal enquanto é realizada a manobra. As repetições vão depender do número
escolhido para as manobras.
Método Godoy
Em 1999, Godoy & Godoy descreveram uma nova técnica de drenagem linfática,
utilizando roletes como mecanismos de drenagem essa técnica consiste na utilização
de roletes que seguem o sentido de fluxo dos vasos linfáticos (correntes linfáticas) e
mantêm a sequência de drenagem proposta por Vodder. Além dos roletes, a técnica
pode fazer uso das mãos ou de outro instrumento adequado, como roletes com
constituição material leve emacia, que permitam a realização da drenagem linfática
seguindo o sentido dos vasos linfáticos ou decorrente linfática, simplificando, desse
modo, toda a técnica de drenagem linfática. Em associação a esses movimentos de
drenagem, a técnica de Godoy valoriza o estímulo na região cervical como parte
importante da abordagem desses pacientes. Apenas esse estímulo isolado melhora
os padrões volumétricos. Quanto aos possíveis mecanismos de ação desse estímulo,
a hipótese é que ele interfira com a estimulação dos linfonodos através do sistema
nervoso.
CONCLUSÃO
Conclui-se que através das diversas técnicas e manobras aplicadas a drenagem
linfática é possível obter resultados satisfatórios quando executados de forma correta,
reduzindo o linfedema e proporcionando uma melhor qualidade de vida e bem-estar
ao cliente.
REFERȆNCIAS