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18/2/22 11:50 Apostila de os efeitos das técnicas de endermoterapia e drenagem linfática

Capítulos:

DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL

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OS EFEITOS DAS TÉCNICAS DE ENDERMOTERAPIA E DRENAGEM LINFÁTICA

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4 - Drenagem Linfática Manual

O método de drenagem linfática manual foi desenvolvido em 1932 pelo terapeuta dinamarquês Emil Vodder, que
observou que a maioria de seus pacientes sofria de constipação, retenção de líquidos e apresentavam os gânglios
linfáticos alterados. Ele passou a tratar seus pacientes intuitivamente com massagens que estimulavam estes
gânglios atingindo grandes êxitos com diversos pacientes (GODOY e GODOY, 2004). Esta técnica baseou-se na
longa experiência adquirida por Emil Vodder. Com o tempo, ele observou que muitas pessoas apresentavam
quadros gripais crônicos nos quais se detectava um aumento dos linfonodos na região cervical. Estes pacientes
melhoraram com determinados tipos de movimento de estimulação física (massagem) realizados na região
envolvida. A partir dessas observações, foi desenvolvida a técnica de drenagem linfática manual, com o
incremento de alguns tipos de movimentos e da orientação do sentido de drenagem (GODOY e GODOY, 2004).

Porém, em 1936, a técnica foi publicada em Paris, e, a partir dessa divulgação, vários grupos adquiriram esses
conceitos, que são utilizados até os dias atuais. Inicialmente, a técnica foi divulgada nos congressos de estética,
sendo realizada por esteticistas, biólogos e outros profissionais adeptos. Nos últimos anos, com a incorporação da
drenagem linfática manual como parte do tratamento do linfedema, os médicos passaram a estimular sua prática
por parte de fisioterapeutas. Dentre os médicos que iniciaram a utilização da técnica, destacam-se os trabalhos de
Asdonk, em 1963, que incorporou a drenagem linfática como parte do tratamento médico (GODOY e GODOY,
2004).

Dentre os principais grupos que utilizam à técnica estão: Földi, Leduc, Casley-Smith, Nieto, Ciucci, Beltramino,
Mayall e outros. Estes grupos acrescentaram suas contribuições no tratamento de pacientes portadores do
linfedema, porém mantiveram os princípios preconizados por Vodder. Dentre as principais contribuições está a de
Földi, que preconizou a associação de drenagem linfática, bandagens e cuidados higiênicos. Esta técnica ficou
conhecida como terapia física complexa de Földi. Mais recentemente, em 1999, Godoy & Godoy descreveram
uma nova técnica de drenagem linfática, utilizando roletes como mecanismos de drenagem; com esta técnica,
passou-se a questionar a utilização dos movimentos circulares preconizados pela técnica convencional e sugeriu-
se a utilização dos conceitos de anatomia, fisiologia e hidrodinâmica (GODOY e GODOY, 2004).

Neste contexto, a drenagem linfática manual consiste em orientar o líquido do espaço intersticial para os centros
de drenagem mediante manobras cinésicas especializadas denominadas “drenagem linfática manual”,
estimulando as correntes derivativas do setor afetado. De modo geral, essa compressão externa promoverá um
diferencial de pressão entre as extremidades deslocando o fluido contido em um vaso linfático e assim
promovendo uma redução da pressão no interior do vaso facilitando a entrada do excesso de líquido contido no
interstício para o interior do mesmo por diferença de pressão (GODOY e GODOY, 2004; RIBEIRO, 2003).

Segundo Winter (1995), as manobras exercem influência sobre algumas estruturas e funções biológicas, direta e indiretamente, tais
como: Estimula a contração da musculatura lisa dos vasos linfáticos, aumenta a velocidade de transporte da linfa, aumenta a
capacidade de processamento da linfa no interior dos gânglios linfáticos, melhora as condições de absorção intestinal, melhora a
atuação do sistema nervoso vegetativo, aumenta a captação de oxigênio pelos tecidos, fornece a nutrição celular pelo maior aporte
sangüíneo, fornece a eliminação dos produtos finais resultantes do metabolismo tecidual, aumenta a absorção dos nutrientes e
princípios ativos através do trato digestivo, aumenta a quantidade de líquidos a serem eliminados (WINTER, 1995, p. 07).

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A drenagem linfática manual está representada principalmente por duas técnicas: Leduc e Vodder. A diferença
entre elas está no local da aplicação (GUIRRO e GUIRRO, 2000). A técnica de Leduc é baseada no trajeto dos
coletores linfáticos e linfonodos, associando basicamente duas manobras: de captação ou de reabsorção e
manobras de evacuação ou de demanda.

• Captação ou reabsorção – os dedos imprimem sucessivamente uma pressão, sendo levados por um movimento
circular do punho.

• Evacuação ou demanda – os dedos desenrolam-se a partir do indicador até o anular, tendo contato com a pele
que é estirada no sentido proximal ao longo da manobra (LEDUC e LEDUC, 2000).

Já as manobras da terapia de Leduc são divididas em:

• Drenagem dos gânglios linfáticos: realizada pelo contato direto dos dedos indicador e médio com a pele,
posicionados sobre os linfonodos e vasos linfáticos de maneira perpendicular. É executada com pressão
moderada e de forma rítmica, baseada no processo de evacuação. Movimentos circulares de 1 a 3 séries de
repetição.

• Manobras de círculos com dedos: movimentos circulares concêntricos, desloca-se com pressão e relaxamento, é
realizado desde o dedo indicador até o mínimo.

• Manobras de círculos com o polegar: semelhante ao anterior, é realizado, somente com o polegar.

• Pressão em Bracelete: para grandes áreas, podendo ser feita uni ou bimanual.

Sendo assim, as manobras de DLM são realizadas em todos os segmentos do corpo e cada manobra é realizada
sobre o mesmo local de cinco a sete vezes. Algumas seguem um trajeto que parte dos linfonodos regionais e
retorna a ele, correspondendo às vias linfáticas Fisiológicas (RIBEIRO, 2003).

GUIRRO e GUIRRO (2002) descrevem as orientações gerais para a drenagem linfática manual: o seguimento
corpóreo a ser realizado a terapia deve estar em posição de drenagem; a pressão exercida deve seguir o sentido
fisiológico da drenagem; a drenagem linfática manual deve iniciar-se pelas manobras que facilitam a evacuação,
facilitando assim, o descongestionamento das vias linfáticas; é fundamento o conhecimento das vias de drenagem
para o sucesso desta terapia; as manobras devem ser realizadas ritmicamente e intermitentemente com uma
pressão de 45 mmHg, quando linfedema presente e em recentes lesões, as manobras de arraste devem ser
dispensadas pelo risco de inadequada cicatrização tecidual.

De acordo com Herpertz (2006), as manobras de DLM são indicadas na prevenção e/ou tratamento de edemas,
linfedemas, fibro edema gelóide, queimaduras, enxertos, acne, sensação de cansaço nos membros inferiores, dor
muscular, pré e pós-operatório de cirurgia plástica, hematomas e equimoses. Entretanto, Ribeiro (2003) relata que
a DLM também está indicada para gordura localizada, cicatrizes hipertróficas e retráteis, relaxamento e síndromes
vasculares, microvarizes e varizes. Já Lopes (2002) indica para a retenção hídrica, afecções dermatológicas,
rigidez muscular, período de TPM (tensão pré-menstrual), insônia, pré e pós-intervenção cirúrgica, hematomas,
tratamento de acne, tratamento de telangectasias, tratamento de rejuvenescimento, tratamento de rosácea e
tratamento do fibro edema gelóide.

A DLM é uma técnica eficiente, porém o profissional precisa ter algumas medidas de segurança, como avaliar o
paciente através de ficha de anamnese, observar cuidadosamente o estado de saúde, verificando se existe
alguma patologia, pois a DLM não é indicada para as pessoas que possuem trombose, flebite, disfunções
tireoidianas, crises de asmas brônquica, nevos pré-cancerosos, menstruação abundante, hipotensão, hipertensão
descontrolada, afecções da pele, insuficiências cardíaca e insuficiência renal (WENER, 2008).

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