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LINFÁTICA
Introdução
A história da drenagem linfática começou no início dos anos 1930 com
o casal dinamarquês Emil e Estrid Vodder. Inicialmente destinada ao
tratamento de sinusites e gripes, a técnica logo ganhou adeptos devido
aos seus vários benefícios ao organismo. Hoje, mesmo depois de quase
90 anos, a técnica continua atual, sendo amplamente utilizada para di-
versas finalidades.
Neste texto, você vai conhecer as particularidades da drenagem lin-
fática segundo Vodder, que é considerado o pai da drenagem. Também
vai acompanhar o passo a passo da técnica facial e da técnica corporal.
O sistema linfático é uma grande rede composta por órgãos linfoides, lin-
fonodos, ductos linfáticos, vasos e capilares linfáticos, atuando como uma via
acessória ao fazer transporte e a filtração da linfa. Todas as manobras utilizadas
na drenagem linfática têm por objetivo ajudar no transporte e escoamento do
excesso de líquido. Como a maior parte de nosso sistema linfático está disposta
de maneira superficial, as manobras realizadas são pensadas de maneira que
consigam manipular a linfa. As manobras não podem causar uma compressão
excessiva sobre os capilares linfáticos, e deve-se respeitar uma pressão de até
no máximo 40 mmHg (milímetros de mercúrio), que é a unidade de medida
que usamos para mensurar a pressão de nossa mão.
A técnica proposta por Vodder preconiza a utilização de uma pressão
suave, lenta e repetitiva, em que não há deslizamento do tecido que está sendo
tratado. Há, no entanto, ação de empurrar e relaxar em duas fases distintas:
de evacuação e de captação.
Evacuação: nesta fase, exerce-se uma leve pressão com as mãos es-
palmadas sobre os linfonodos, preparando-os para receberem a linfa
dos coletores linfáticos.
Captação: nesta fase, são feitas manobras de reabsorção com o objetivo
aumentar a captação da linfa pelos capilares linfáticos. As manobras
são feitas sobre a área com edema, ou seja, sobre o percurso das vias
linfáticas. A captação é realizada com os dedos e a palma da mão,
normalmente em movimentos circulares, mas podem variar com bom-
beamento e bracelete
Manobras
Círculo estacionário
Perceba que, onde a seta está mais clara é o ponto em você iniciará as
manobras. O círculo estacionário é semelhante ao movimento de espiral,
porém você não movimenta o punho, somente os dedos ou as palmas das mãos.
O círculo estacionário é a principal manobra aplicada em região de pescoço
e face.
4 Drenagem linfática segundo Vodder
Técnica de bombeamento
Técnica rotatória
Bracelete
supraclaviculares;
cervicais;
submentonianos;
submandibulares;
linfonodo pré-auriculares;
linfonodo retroauriculares;
linfonodo occipitais.
6 Drenagem linfática segundo Vodder
Retroauricular
Occipital
Pré-auriculares
Cervicais
Submentonianos
Submandibular
Supraclaviculares
Para realizar as manobras 14 e 15, que virão a seguir, você deverá virar a
cabeça do cliente de um lado, realizar as manobras, depois virar a cabeça do
outro lado e realizar as mesmas manobras. Para facilitar a localização onde
devem ser realizadas as manobras 14 e 14, observe primeiro a Figura 4, que
mostra a localização da região parietal e occipital
8 Drenagem linfática segundo Vodder
occipitais;
retroauriculares;
pré-auriculares;
submandibulares;
submentonianos;
cervicais;
supraclaviculares.
cervicais;
supraclaviculares;
infraclaviculares;
axilares;
cubitais;
cisterna do quilo;
inguinais;
poplíteos.
Inguinais Poplíteos
Decúbito dorsal
A massagem inicia em decúbito dorsal, pelos membros superiores.
Membros superiores
Abdome
Superior
Inferior
Membros inferiores
Proximal
Medial
Distal
Proximal
Distal
Decúbito ventral
Membros inferiores
Assim como na face anterior, na face posterior dos membros inferiores você
também vai dividir a coxa em três partes e as penas em duas partes. Entretanto,
na face posterior, você deve dividir também os glúteos; em cada parte, a linfa
é direcionada para sentidos diferentes, mas todos terminam na região inguinal.
Visualize essa divisão na Figura 8.
Dorso
Para finalizar a DLM corporal, você deve pedir para que o cliente vire em
decúbito dorsal e fazer novamente a manobra de evacuação dos linfonodos de
traz para frente, nesta ordem:
poplíteos;
inguinais;
cisterna do quilo;
cubitais;
axilares;
infraclaviculares;
supraclaviculares.
PEREIRA, M. de F. L. (Ed.). Recursos técnicos em estética. São Caetano do Sul, SP: Difusão,
2013. v. 1.
SANCHES, O.; ELWING, A. Drenagem linfática manual: teoria e prática. São Paulo: Senac,
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