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RESUMO
A abordagem do estudo das plantas a partir de seu emprego por sociedades nativas pela tradição
oral pode nos dar muitas informações úteis para a elaboração de estudos farmacobotânicos sobre
estas, o que permite direcionar a pesquisa a partir de um conhecimento empírico já existente e testá-
lo em bases científicas. Este trabalho visou a partir do saber de raizeiros e dos vendedores da bebida
“Pau-do-índio”, estabelecer a relação entre os princípios ativos identificados experimentalmente e a
toxicidade destes no organismo ao serem ingeridos. Para isso, utiliza-se dos métodos de
procedimento descritivo, experimental e comparativo. Os dados obtidos sobre os princípios ativos
das plantas foram correlacionados na literatura científica quanto à sua toxicologia. Conclui-se que
os pesquisados fazem uso diversificado de plantas compreendidas em 26 espécies distribuídas em
20 famílias e que a análise das amostras feitas em laboratório apresenta consonância com os
sintomas alucinógenos, abortivos, taquicardia, pressão alta e mal-estar apoiando-se cientificamente
na literatura especializada.
The approach of the study of plants from their jobs for native societies by oral tradition can give us
many useful information for the preparation of studies on these pharmacobotanical, which allows
direct the search from an existing empirical knowledge and test it on scientific bases. This study
aimed to learn from raizeiros and drink sellers of "Pau-do-índio", to establish the relationship
between the active ingredients identified experimentally and toxicity of the body when ingested. For
this, it uses the methods of procedure descriptive, experimental and comparative. Data obtained on
the active ingredients of the plants were correlated in the scientific literature on their toxicology. It
was concluded that the researchers made use of diverse plants included in 26 species of 20 families
and that the analysis of samples taken in the laboratory presents symptoms consistent with the
hallucinogens, abortifacients, tachycardia, high blood pressure and malaise in the back of
scientifically literature.
INTRODUÇÃO
Muito antes de surgir a escrita o homem já usava ervas para fins alimentares e medicinais.
Na procura das ervas mais apropriadas para a alimentação ou para a cura de seus males sentiu as
1
Biólogo, Esp. em Saúde Coletiva. e-mail: adrianomarqs@yahoo.com.br
2
Farmacêutico, MSc em Saúde Coletiva, UEPB, Av. das Baraúnas, 361, Campus Universitário, Bodocongó- Campina
Grande. e-mail: ivancd@gmail.com
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MATERIAL E MÉTODOS
A pesquisa foi realizada no município de Campina Grande, no Parque do Povo, arcas e
feiras livres, junto aos vendedores de “Pau-do-índio” no período de 03 de junho a 03 de julho de
2006 e aos raizeiros - principais fornecedores de plantas para o fabrico da bebida - no período de
agosto a dezembro de 2006 nos seus pontos de venda nas arcas e feiras livres, utilizando-se
entrevista e questionário, contendo perguntas objetivas e subjetivas.
Na pesquisa foram adotados os métodos descritivo para aplicação de um questionário para
levantamento das plantas contida na bebida, e experimental que foi utilizado no Laboratório de
Farmacognosia da Universidade Estadual da Paraíba, através de reações químicas para identificação
dos compostos ativos existentes nas plantas. Ali foram feitos os experimentos, com amostra de 12
unidades engarrafadas da bebida coletadas em seus pontos de venda no período, onde os compostos
bioativos foram identificados por reações químicas através de precipitação e coloração para
posteriori comparação do senso comum.
Foi realizado o registro fotográfico das espécies estudadas em sua forma seca como são
vendidas, como também da bebida pronta, e também a utilização de um questionário (APÊNDICE
A) aos raizeiros e vendedores da bebida para anotações dos dados, e logo após, levantamento
bibliográfico em livros e publicações científicas para catalogação destas.
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Para a identificação em laboratório dos compostos ativos das amostras escolhidas, usou-se
o quadro de regentes (APÊNDICE B), e identificaram-se os grupos de princípios ativos através de
reações químicas utilizando-se as seguintes técnicas:
Tanino: O tanino foi identificado seguindo-se as técnicas propostas por Morita et al. (1972
apud DANTAS, 2002), Matos (1997 apud DANTAS, 2002) e Costa (1975c apud DANTAS, 2002),
a saber:
• Solução de cloreto férrico alcoólico: dissolveu-se 2,3 g de cloreto férrico em cerca
de 12,5 ml de água e 0,5 ml de ácido clorídrico 3 N e diluiu-se com q.s de álcool
etílico para obter 25 ml. O caso de precipitação escura de tonalidade azul indicou a
presença de taninos pirogálico e verde, a presença de taninos catéquicos.
• Cloreto de ferro aquoso: dissolveu-se 2,2 g de cloreto de ferro e 0,6 ml de ácido
clorídrico e diluiu-se em água até completar 25 ml. Em caso de produzir-se cor azul
indica a presença de tanino pirogálico e verde a presença de tanino pirocatéquico.
• Solução de cloreto de sódio: adicionou-se H2SO4 concentrado, em 24,3 ml da
solução saturada aquosa de cloreto de sódio, completando-se os 25 ml. Forma ppt
na presença de tanino.
Fenóis: Para a identificação dos fenóis utilizou-se as técnicas apresentadas por Matos
(1997 apud DANTAS, 2002) e Morita et al. (1972 apud DANTAS, 2002).
• Solução de cloreto férrico alcoólico: Dissolveu-se 2,2 g de cloreto férrico em cerca
de 12,5 ml de água e 0,5 ml de ácido clorídrico 3 N, diluindo-se com q.s de álcool
etílico para obter 25 ml. Quando apareceu a coloração variável entre o azul e o
vermelho foi indicativo da presença de fenóis, quando o teste “branco” foi
negativo.
• Reagente de Candússio: dissolveu-se 1 g de ferrocianeto de potássio em 100 ml de
água e adicionou-se amônia a 10 a 20%. Esta solução reage com vários compostos
fenólicos, formando um ppt ou coloração (utilizou-se 0,2 ml de amônia para 1 ml
de água (minimizando).
Flavonóis, flavonas, xantonas: Foi aplicado o método utilizado por Costa (1975c apud
DANTAS, 2002), no qual se usou solução de cloreto férrico (1,13 ml) a 4,5%. Composto dissolvido
em álcool até completar 25 ml, em que se forma cor variável (verde, amarela, castanha, violeta).
RESULTADOS
A partir da discussão que se segue, serão demonstrados os resultados obtidos através das
entrevistas nas arcas e feiras livres (raizeiros) como também vendedores da bebida em Campina
Grande. Quanto às análises feitas no Laboratório de Farmacognosia da Universidade Estadual da
Paraíba - UEPB os resultados foram obtidos utilizando-se como universo, as amostras coletadas
compostas por 12 (doze) unidades engarrafadas da bebida Pau-do-índio para pronta comercialização
de diferentes pontos de venda.
Perfil dos vendedores de raízes e da bebida
Após serem entrevistadas 47 pessoas no parque do povo no período junino de 2006 que
vendiam a bebida de tal modo que se caracterizavam assim: 8 com tonéis metálicos, 5 com tonéis
laranja, 6 com tonéis com cores da bandeira Jamaicana, 2 com tonéis de bandeira branca, 8 com
tonéis azuis, 13 pessoas com recipientes de isopor e 9 barracas, todas estas vendedores da bebida;
também foram estrevistados 14 raizeiros na Feira Central, 5 nas Arcas, 1 na proximidade da Feira
da Liberdade, 1 na Feira da Prata, 1 na Feira do Catolé, durante o período de agosto a dezembro de
2006. Somando-se um total de 69 entrevistados entre vendedores e raizeiros, chegou-se a uma
relação das plantas citadas por nome vulgar que mais se colocam na composição adicionados a
aguardente-de-cana e o mel-de-rapadura, do qual se obtém o insumo para comercialização.
A respeito da quantidade de plantas usadas na composição de cada amostra coletada
quando perguntadas aos raizeiros e vendedores seguiu-se do seguinte perfil conforme o gráfico 1
apresentado a seguir:
até 15 plantas
9 pessoas
13%
até 10 plantas
até 5 plantas 19 pessoas
41 pessoas 28%
59%
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Observando o gráfico 1 acima parece ser justificada por Nascimento (2006), que a maior
parte dos pesquisados trabalha em casa em serviços domésticos, sendo tratados como “do lar” e os
usuários de plantas medicinais de Campina Grande ainda apresentam um grau de instrução baixo,
sugerindo uma baixa renda, logo o não uso da totalidade dessas plantas parece se justificar por
razões econômicas.
Forma de fabricação da bebida
Segundo os raizeiros, a forma de preparo da bebida dá-se por fervura (decocção) que é,
segundo Nascimento (2006), uma preparação em que os princípios ativos das plantas são extraídos
em água potável levada à fervura sendo utilizado para raízes, caules, cascas e sementes.
Outra forma de preparo é o macerado, preparado colocando as partes das plantas
amassadas ou picada, depois de bem limpas, mergulhadas em água fria, durante 10 a 24 horas,
dependendo da parte utilizada (LORENZI, 2002).
Nestas formas de preparo foram citadas algumas receitas como, por exemplo, as descritas a
seguir para ilustrar a variação no número de plantas vendidas pelos raizeiros no fabrico da bebida:
Receita 1 (15 plantas): ameixeira, aroeira, babatenô (barbatimão), basso (bálsamo), bom-
nome, cajueiro roxo, catuaba, cumaru, favela, jenipapo, jucá, quixaba, pau-d’arco-roxo, jurubeba e
jatobá acrescentados cachaça e mel de rapadura.
Receita 2 (10 plantas): cravo-da-índia, erva-doce, aroeira, cajueiro-roxo, favela, canela,
gengibre, barbatenô (barbatimão), catuaba e quixaba acrescidos aí, cachaça e mel de rapadura.
Receita 3 (8 plantas): batata-de-purga, erva-doce, barbatenô (barbatimão), canela, cravo-
da-índia, pimenta-dalha, guaraná e anis-estrelado acrescidos de cachaça e mel de rapadura.
do cumaru estão mofadas, o fungo pode transformar a cumarina em dicumarol, que é muito tóxico.
Devido a presença do dicumarol, que impede a coagulação, deve-se evitar o uso em pessoas com
antecedentes hemorrágicos e o uso concomitante com outros medicamentos. Melhor não ser
administrado em pessoas com problemas cardíacos (FIGUEREDO, 2005).
ERVA-DOCE
Família: Umbelliferae.
Nome científico: Pimpinella anisum L.
Parte da planta comercializada e usada: frutos, sementes.
Princípios ativos: sua análise fitoquímica encontrou como principal constituinte 2 a 6% de óleo
essencial com 90% de anetol, substância responsável pelo seu sabor e odor característicos de
anis. Contém ainda pequenas quantidades de alcoóis, cetonas e hidrocarbonetos terpênicos. Foram
identificados entre os extrativos fixos, 30% de óleo fixo, proteínas, carboidratos, glicosídios, ácidos
málico, cafeico e clorogênico, cumarinas, flavonóides e esteróides, além de considerável quantidade
de acetilcolina e de seu precursor, a colina (LORENZI & MATOS, 2002).
Ações tóxicas: doses elevadas são responsáveis por tremores, e eventualmente convulsões; não é
recomendado para grávidas. A planta possui bisaboleno, principio abortivo. (ALMEIDA &
DANTAS, 2004).
FAVELA
Família: Euphorbiaceae.
Nome científico: Cnidosculus phyllacanthus (Mart.) Pax. E Hoffmann.
Parte da planta comercializada e usada: casca.
Princípios ativos: A casca contém alcalóide, albumina, fenóis, flavonóides, flavonas, flavonóis,
xantonas e saponinas (DANTAS, 2002). Presença dos aminoácidos: cisteína, serina, glicina, ácido
aspártico, ácido glutâmico, leucina, arginina, aspargina, valina, triptofano e glutamina, de
triterpenóides tipo tetracíclico-ciclopropano (favelanona) e tricíclico benzocicloheptenos (metil-
ester-favelina, deoxofavelina e favelina (LORENZI & MATOS, 2002).
Ações tóxicas: o pêlo em contato com a pele determina lesões irritativas da pele ou mucosas.
(SCHVARTSMAN, 1992 apud DANTAS, 2002). Um estudo clínico com as substâncias isoladas
desta planta: deoxofavelina, favelina, metil-ester-favelina e favelanona, revelou possuírem
atividades citotóxicas (LORENZI & MATOS, 2002).
GENGIBRE
Família: Zingiberaceae.
Nome científico: Zingiber officinalis Roscoe
Parte da planta comercializada e usada: caule (rizoma).
Princípios ativos: presença de 1 a 2,5% de óleo volátil, em cuja composição são encontrados
citral, cineol, borneol e os sesquiterpenos zingibereno e bisaboleno, além de um óleo-resina
rico em gingeróis – substâncias que são responsáveis pelo sabor forte e picante. O óleo essencial
responde pelo aroma. Outros constituintes citados são açúcares, proteínas, vitaminas do complexo B
e vitamina C. (LORENZI & MATOS, 2002).
Ações tóxicas: o uso externo deve ser acompanhado, para evitar possíveis queimaduras, contra-
indicado para portadores, de cálculos biliares, de úlceras estomacais e pacientes hipertensos, planta
abortiva, embriotóxica (DANTAS, 2002). A planta possui bisaboleno, principio abortivo.
(ALMEIDA & DANTAS, 2004).
GUARANÁ
Família: Sapindaceae
Nome científico: Paulina cupana Kunth
Parte da planta comercializada e usada: semente, pó.
Princípios ativos: presença de pequena quantidade de um óleo formado de constituintes voláteis
e fixos, 30% de amido, 15% de proteína, 12% de taninos e até 5% de cafeína
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Princípios ativos: taninos, ácido gálico, ácido elágico e sistoterol (FIGUEREDO, 2005).
Ações tóxicas: pela presença de gálico, altas dosagens podem tornar-se nefrotóxica (DANTAS,
2002).
JURUBEBA
Família: Solanaceae
Nome científico: Solanum panniculatum L.
Parte da planta comercializada e usada: casca.
Princípio ativos: suas raízes contém a saponina,jurubina e alcalóides, como as paniculina A
e B. As folhas e frutos contém solanina. Também tem resinas (FIGUEREDO, 2005).
Ações tóxicas: os alcalóides e esteróides podem causar toxicidade. Com a solasodina foi
documentado que reduz o número de esperma e ter um efeito de antifertilidade em animais
masculinos. Esta planta foi documentada por ter atividade hipotensiva moderada como também uma
ação estimulante no coração. Esses como desordens cardiovasculares, hipotensão, portanto, deve-se
ter cuidado quando usado com medicamentos cardiovascular, nessa situação recomenda-se usar esta
planta sob a orientação médica (TESKE & TRENTINI, 1995 apud DANTAS, 2002).
PAU-D’ARCO ROXO
Família: Bignoniaceae
Nome científico: Tabebuia avellanedae Lor
Parte da planta comercializada e usada: casca.
Princípios ativos: Rico em naftoquinonas, como o lapchol e a lapachona e derivados. (LORENZI
& MATOS, 2002).
Interações tóxicas: O lapachol, em contato com a pele, pode provocar dermatose alérgica. Para β-
lapachona, observou-se efeito tóxico com uma DL50 de 80 mg/Kg em ratos, via i.p. Em ratas
prenhes, na dose de 100 mg/Kg, houve uma potente ação abortiva bem como um efeito
teratogênico. Não usar em gestantes e casos de hipersensibilidade. Em doses elevadas pode causar
problemas gastrintestinais, anemia e aumento do tempo de coagulação (FIGUEREDO, 2005)
PEGA-PINTO
Família: Nyctaginaceae
Nome científico: Boerhaavia diffusa L.
Parte da planta comercializada e usada: raiz.
Princípios ativos: saponinas, bioflavonóides, resinas, sais minerais, alanina, boerhavina,
punarnavina, ácido resínico, ácido aráquico, ácido aspártico, ácido behenico, ácido boerhávico,
ácido esteárico, ácido glutâmico, ácido heptadeciclico, ácido oléico, ácido oxálico, ácido
palmítico, ácido resinoso, ácido ursólico, boeravinoa A, borhavina, borhavona, campesterol,
daucosterol, ecdisona, entriacontana, estigmasterol, flavona, galactose, histidina, hipoxantina,
amido, glicina, liriodendrina, sacarina, serina, sitosteróis, siringaresinol, gordura, substância
péptica, prolina, sais inorgânicos, oxalato de cálcio, nitrato de potássio, carboidrato, treonina, valina
e substâncias pécticas (CORRÊA, 1969; CONCEIÇÃO, 1980; SANGUINETTI, 1989; COIMBRA,
1997; ALBUQUERQUE, 2001 apud DANTAS, 2002).
Ações tóxicas: planta abortofaciente (DANTAS, 2002).
PIMENTA-DALHA
Família: Piperaceae
Nome científico: Piper tuberculatum Jacq.
Parte da planta comercializada e usada: frutos.
Princípios ativos: piplartina, piperina, pellitorine (N - isobutil - 2E - decadienamide), piperidide -
2E e 4E - decadienamide (CHAVES et al., 2000 apud ALMEIDA & DANTAS, 2002).
Ações tóxicas: a planta possui princípio com atividade abortofaciente (DANTAS, 2002).
QUIXABEIRA
Família: Sapotaceae
Nome científico: Bumelia sartorum Mart.
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TABELA 1. Famílias com respectivas espécies, nome vulgar e percentual que compõem a bebida
“Pau-do-índio”
De acordo com a tabela 1, a família que apresenta maior freqüência é a família das
leguminosas com quatro espécies (15%), as famílias das anacardiáceas, bignoniáceas e
cesalpináceas com 2 espécies cada (8%) e, representadas com 1 espécie cada (4%), as famílias das
celastráceas, convolvuláceas, euforbiácea, lamiáceas, lauráceas, magnoliáceas, mirtáceas,
nictagináceas, olacáceas, piperáceas, rubiáceas, sapindáceas, sapotáceas, solanáceas, umbelíferas e
zingiberáceas.
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No quadro 1 observa-se o resultado da análise das doze amostras colhidas para verificação
da existência dos princípios ativos anteriormente descritos.
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QUADRO 1. Resultado da análise das doze amostras colhidas para verificação da existência dos princípios ativos
tanino Formação A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 A10 A11 A12
ppt escura de +3 +3 +3 +3 +3 +3 +3 +3 +3 +3 +3 +3
tonalidade azul indicou 1a observação
v v v v v v v v v v v v
Solução Cl Fe3 a presença de taninos
(alcoólico) pirogálico e verde, a ppt +3 +3 +3 +3 +3 +3 +3 +3 +3 +3
presença de taninos 0 2a observação
v v v v v v v v v v v
catéquicos.
+3 +3 +3 +3 +3 +3 +3 +3 +3 +3 +3 +3
Produziu-se cor azul 1a observação
Cloreto de Fe em tanino pirogálico e v v v v v v v v v v v v
(aquoso) verde em tanino +3 +3 + 3
+ 3
+ 3
+3 +3 +3 +3 +3 +3
pirocatéquicos 2a observação
0 v v v v v v v v v v v
+3 + + + 3
+ 2
+ 3
+2 +3 +3 +3 +3 +
1a observação
Solução NaCl + H2 ppt c c ppt ppt ppt ppt ppt ppt ppt ppt c
Forma ppt
SO4 + + +3 +2 +3 +3 +3 +3 +3 +3 +
0 2a observação
ppt ppt ppt ppt ppt ppt ppt ppt ppt ppt ppt
fenóis Formação A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 A10 A11 A12
A coloração variável +3
+ + + +3 +3 +3 +3 +3 +3 +3 +
entre o azul e o v 1a observação
Cloreto férrico vermelho foi indicativo v v v v v v v v v v v
ac
alcoólico da presença de fenóis, +3
+3 + +3 +3 +3 +3 +3 +3 +
quando “branco” foi 0 v 0 2a observação
negativo. v v v v v v v v v
+3 ppt + 2
+
formando um ppt ou 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1a observação
Reagente de ppt ppt ppt
Candússio coloração + + + +2 +2 +2 +2 +2 +2 + +
0 av av ppt 2a observação
ppt ppt ppt ppt ppt ppt ppt ppt
ppt ppt
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Cont. QUADRO 1. Resultado da análise das doze amostras colhidas para verificação da existência dos princípios ativos
flavonóis,
Formação A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 A10 A11 A12
flavonas, xantona
+3 +2 +3 +3 +3
+3 +3 +3 +3 +3 +3 +3
v v v v v 1a observação
forma cor variável v v v v v v v
Sol. cloreto férrico ppt c ac ac ac
(verde, amarela,
4,5% +3 +3 +3
castanha, violeta). +3 +3 +3 +3 +3 +3 +3 +3
v v v 0 2a observação
ppt v v v v v v v
ac ac ac
alcalóides Formação A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 A10 A11 A12
3
2 3 3 3 + 3 +3 + +3
Formaram-se + + + + + +3 +3
c av av av 0 1a observação
colorações av av c av av c av c
av c c
Sol. de Marquis características com os
alcalóides. +3 +3 +3
+3 +3 +3 +3 +3 +3 +3 +3
c av av 0 2a observação
av av c av av av av c
av c ppt
+2
+3 + +2 +3
Formou ppt branco 0 0 0 0 0 0 ppt 0 1a observação
ppt ppt ppt ppt
Reagente de com quase todos os b
Mayer alcalóides em meio +2 + + 3 + 2 + +2 +
+ + + +3
ácido ppt ppt ppt ppt ppt 0 ppt ppt 2a observação
ppt ppt ppt ppt
b b b b b b b
2 +2
+ + +
0 0 0 0 0 0 ppt 0 0 1a observação
Reagiu alcalóide ppt ppt ppt
Solução de ác. b
formando ppt branco
tânico ou amarelo. + + + 2 +2 +2 + +
2 + + +
+ ppt ppt ppt ppt 0 ppt ppt ppt 2a observação
ppt ppt ppt
b b b b b b b
Página | 78 Página | 78
Cont. QUADRO 1. Resultado da análise das doze amostras colhidas para verificação da existência dos princípios ativos
+3 +2
+3 + +2 +2 + +3
0 0 ppt 0 ppt 0 1a observação
m ppt ppt ppt ppt m
m m
Reagente de Reagiu com alcalóide
+
Bouchardat formando ppt marrom. +2 +3 +3 + +2
+2 +3 +3 ppt +3 +3
ppt ppt ppt 0 ppt ppt 2a observação
ppt m m ppt m
m m m m
c
3 3
+ +
- +2
+3 +3 +3 +2 +3 av av +3 +3
ppt ppt 0 1a observação
av c av av ppt c c av c
A solução dá reação b av
Reagente de ppt ppt
de coloração com
Erdmann 3 3 2 +3
alcalóides + + + +3
+3 +3 +3 av +3 +3
av av av ppt 0 av 2a observação
av c ppt c ppt c
ppt ppt av ppt
ppt
+ + +3 + +2 +3
0 0 0 0 0 0 1a observação
ppt ppt ppt ppt ppt ppt
Formou com alcalóide
Dragendorff 3 2 3 3 3 3 +3
ppt + + + + + + + +2 +
+3 0 ppt 2a observação
ppt ppt ppt ppt ppt ppt ppt ppt ppt
m
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Cont. QUADRO 1. Resultado da análise das doze amostras colhidas para verificação da existência dos princípios ativos
albumina Formação A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 A10 A11 A12
2
+
+ +
0 0 0 0 0 0 ppt 0 0 0 1a observação
c ppt
Reag. de Dohmée Ppt
+ +2 +2 +2 +2
+ + + + + +
0 ppt ppt ppt ppt ppt 2a observação
ppt ppt c ppt ppt ppt
b b b b
+ +2 + + +2
0 0 0 0 0 0 0 1a observação
ppt ppt ppt ppt ppt
Reag.de Claudius Ppt
+2 + +2 +2
+ + +2 +2 +2 +
0 ppt 0 ppt ppt ppt 2a observação
ppt ppt ppt ppt ppt ppt
m m b
LEGENDA
A1...A2... amostra e escuro
av vermelhado ac acastanhado
b branco 0 não observada reação
m marrom +3 forte
ppt precipitado +2 médio
c claro + fraco
v verde ppt precipitado
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De acordo com o quadro 1, traçou-se o perfil das amostras quanto à presença dos
princípios ativos contidos na tabela 2:
TABELA 2. Perfil das amostras quanto à presença dos princípios ativos
Relacionados ao coração
como taquicardia, pressão catuaba, cumarú, gengibre, guaraná,
19,23%
alta e hipotensão jurubeba
Página | 80
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