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Todos os direito reservados a Rescue Treinamentos Ltda.

 O que é resgate
veicular para você?
Talvez o maior problema encontrado no Brasil na área
do Resgate Veicular esteja justamente em saber responder a
essa pergunta. Muitos profissionais de emergência que
atuam em ocorrências de acidentes de trânsito realizam o
resgate veicular, mas por desconhecimento, acabam
entendendo como um atendimento de APH. Na grande
maioria dos acidentes veiculares não é necessário que se
utilizem meios destrutivos para a retirada da vítima de
dentro do veículo e nem por isso devemos suprimir etapas e
métodos que garantam a segurança não só da vítima, mas
também da equipe de atendimento.

Por este motivo desenvolvemos este ebook para que

você passe a enxergar o resgate veicular de forma mais
ampla e cada vez menos se utilizem métodos complexos para
o salvamento de vítimas.

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 Como base na estruturação deste ebook utilizamos a
Metodologia SAVER (Systematic Approach to Victim Entrapment Rescue).

Nenhum Protocolo ou
Diretriz deve ser utilizada
como resposta única. Cada
instituição deve criar seus
POPs se utilizando das
melhores evidências e de
acordo com cada realidade
encontrada.
As etapas então utilziadas
são as seguintes:

1. RECONHECIMENTO
2. ESTABILIZAÇÃO
3. ABERTURA DE ACESSOS
4. CUIDADOS PRÉ HOSPITALARES
5. CRIAÇÃO DE ESPAÇOS
6. EXTRAÇÃO
7. AVALIAÇÃO E TREINO

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 Como descrito anteriormente, na grande maioria dos
atendimentos a acidentes envolvendo veículos automotores
não é necessário o emprego de métodos destrutivos para
que as ações de resgate sejam realizadas com sucesso. A
própria Metodologia SAVER nos apresenta uma sequência de
ações em que o atendimento à vítima e a criação de espaços
adicionais aparecem lado a lado, indicando assim que o
próximo passo, que é a extração da vítima, poderá ocorrer
sem a necessidade de grandes e complexas manobras.

Uma vez que o resgatista entenda este conceito e sua

equipe esteja treinada e orientada a realizar as ações de
resgate da forma mais rápida e simples possível, teremos
cada vez mais a simplificação dos métodos sem que haja
prejuízo ao resultado final almejado.

Princípios: Imutáveis
Preferências: Mutáveis
Os protocolos são diferentes, porém seguem os
mesmos princípios!
Os protocolos não são a resposta final.
PHTLS 8ed

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 É fundamental que o nível de vestimenta de
segurança do profissional de emergência esteja
adequado à atividade que será desenvolvida. No
resgate veicular teremos sempre presente o risco de
lesões em estruturas expostas, por este motivo se deve
sempre priorizar cobertura completa do corpo com
roupa de tecido resistente a abrasividade e cortes.

Quanto maior o grau de proteção, menor será o

risco!

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 Esta primeira etapa do processo de resgate visa
garantir que todos os perigos do cenário de emergência
foram identificados e controlados ou minimizados. Para
tanto é necessário que se realize a avaliação tanto do
perímetro interno (local onde estão os veículos e
vítimas) como do perímetro externo (entorno da
emergência).

O perímetro interno deve ser avaliado de forma

que seja completado um ângulo de 360º em torno dos
veículos envolvidos, identificando assim perigos que
possam colocar os intervenientes em risco e o número
de vítimas a serem atendidas.

Avaliação 360º

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 A segunda etapa do processo é primordial para que se
busque prevenir qualquer movimento súbito e
inesperado do veículo durante as operações de
resgate.
A rotina de estabilizar um veículo deve ser
automática por todos resgatistas, inclusive quando
a necessidade não seja tão óbvia.

•Estabilizar o veículo como se encontra no terreno;

•Aumentar a superfície de contato com o solo;
•Somente ingressar no veículo após estabilizá-lo;
•Reavaliar frequentemente a estabilização;
•Avaliar corretamente os componentes básicos de uma
estabilização:
➢ Centros de Gravidade (CG);
➢ Pontos de Apoio (PA).

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 • Veículo em posição neutra

• Veículo lateralizado

• Veículo capotado

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Terceira etapa que permite que o elemento do APH
obtenha acesso até a vítima.

Não deve ser

confundida com
a extração!

Recomenda-se que a equipe, sempre que possível,

utilize o acesso mais simples, a fim de não tornar a
operação desnecessariamente complexa. Por isso, ao
identificar o acesso a ser utilizado, a equipe deve se
orientar pela seguinte sequência:

1. Portas por meios não destrutivos: sempre que

possível, o acesso deve ser realizado por meios
normais, como a própria porta do veículo.

2. Janelas por meios não destrutivos: se não for

possível abrir uma porta, podemos utilizar a abertura
de uma janela,
sem que haja a necessidade de quebrar o vidro.

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 Neste momento o socorrista tem acesso direto à vítima
para avaliar sua condição clínica, iniciar os cuidados
necessários e definir a forma de extração.

RETIRADA RÁPIDA CRÍTICO

ESTABILIZAÇÃO E
TRANSPORTE
INSTÁVEL

EXTRAÇÃO MAIS
CONTROLADA, POTENCIALMENTE INSTÁVEL
PODENDO SER
UTILIZADO
DISPOSITIVOS ESTÁVEL
ADICIONAIS

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 Uma vez que todas as ações de segurança do cenário
e da vítima foram tomadas, temos finalmente o
momento de realizar a extração de nossa vítima. Essa
extração precisa ser realizada seguindo as
recomendações do Elemento de APH que iniciou os
cuidados e que terá a visão de qual será a melhor
técnica a ser empregada. Deve-se sempre preconizar o
menor ângulo de movimentação possível ao cenário
que se apresenta, minimizando assim os riscos de
agravar alguma lesão em nesta vítima.

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 Este ebook tem por finalidade apresentar um
pouco do conceito moderno de resgate veicular, dentro
de uma metodologia já há muitos anos consagrada e
ainda empregada pelas melhores equipes de resgate
veicular do mundo. No entanto, como mencionamos
anteriormente, é necessário um aprofundamento nos
estudos do assunto e de suma importância que as
equipes cada vez mais treinem buscando a evolução
contínua. Cursos presenciais são fundamentais para
fixação de conceitos teóricos aprendidos.
Busque constantemente seu aperfeiçoamento e,
principalmente, sua atualização dentro da área que
escolheu atuar. A vítima não tem escolha de quem irá
lhe atender, mas nós fizemos a escolha de estar lá, por
isso não temos o direito de falhar.

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