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O AMOR

1. O que é o Amor?
Seria um sentimento?
Uma sensação, em estímulo?
Sentimento afetivo que faz com que uma pessoa queira o bem de outra.

2. Muito embora essas definições estejam corretas, de acordo com os nossos dicionários, o amor é muito mais.

Leitura em grupo: 1 Coríntios 13

Essa é a melhor definição de amor que conheço. Desculpem-me os muitos poetas que tentaram definir o amor com
palavras, ritmos e rimas, mas a definição do apóstolo Paulo é a mais sublime. Ele define o “Ágape” como o amor
sacrificial de Deus para com o homem, e, desta forma, nos revela que o amor é muito mais que sentimentos
derivados de emoções; é, sim, fruto de uma decisão racional, como podemos conferir com o texto bíblico no
evangelho de João:

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não
pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16 ACF).

O autor começa afirmando que o Criador “amou” com uma extensão sem limites, pois “amou o mundo”, e de “tal
maneira”, que não encontrou adjetivos para qualificar esse amor. A prova desse amor é “que deu o seu Filho
unigênito,...”, revelando o seu amor como o amor doador, o amor incondicional, o amor que se entrega. Esse é o
verdadeiro amor, é a essência e a origem reveladas em Cristo Jesus, que nos gerou n’Ele antes mesmo de todas as
coisas virem à existência.

“Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante
dele em amor; [...]” (Efésios 1:4 ACF).

3. O que é o amor segundo as escrituras:

• O amor é um mandamento - Mestre, qual é o maior mandamento da Lei? Respondeu Jesus: Ame o Senhor, o
seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento. Este é o primeiro e
maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: Ame o seu próximo como a si mesmo (Mateus 22:36-
39 NVI).

• O amor é um princípio. É uma das características do cidadão do Reino - Bem-aventurados os misericordiosos,


pois obterão misericórdia (Mateus 5:7 NVI). O amor é o princípio subjacente.

• O amor é uma ação – O bom samaritano: Qual destes três você acha que foi o próximo do homem que caiu
nas mãos dos assaltantes? Aquele que teve misericórdia dele, respondeu o perito na lei. Jesus lhe disse:
"Vá e faça o mesmo (Lucas 10:36,37 NVI).

• O amor é a nossa identidade como Cristão - Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros.
Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são
meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros (João 13:34,35 NVI).

• O amor é uma dádiva de Deus - E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor
em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu (Romanos 5:5 NVI).

Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, deu-nos vida juntamente
com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões — pela graça vocês são salvos (Efésios 2:4-5
NVI).
• O amor faz parte da natureza e essência de Deus - Ele não apenas tem amor, mas Ele É o próprio amor. O
caráter de Deus é amor. Deus é amor. A natureza de Deus é amor. A essência de Deus é amor. Quem não
ama não conhece a Deus, porque Deus é amor (1 João 4:8 NVI).

• Tudo o que Deus faz é por amor - Deem graças ao Senhor, porque ele é bom. O seu amor dura para sempre!
(Salmos 136:1 NVI).
E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; [...] (Gênesis 1:31 NVI). O amor está intrínseco
na sua bondade.

• O amor de Deus é sacrificial - Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele
nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados.
(1 João 4:10 NVI).

• O amor de Deus é incondicional. Nada poderá nos separar do amor de Deus. Quem nos separará do amor
de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?
(Romanos 8:35 NVI).

• O amor de Deus nos protege - E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e
quem está em amor está em Deus, e Deus nele. (1 João 4:16 NVI).
• O amor de Deus é perfeito - Nisto é perfeito o amor para conosco, para que no dia do juízo tenhamos
confiança; porque, qual ele é, somos nós também neste mundo. (1 João 4:17 NVI). O amor é o cumprimento
de toda a justiça, ficando assim satisfeita todas as exigências da lei. Na cruz o amor e a justiça de Deus se
beijaram.

• O amor é a primeira qualidade do fruto do Espírito - Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança (Gálatas 5:22 NVI).

4. [...] um caminho mais excelente.

A busca dos dons espirituais é legítima, recomendável e excelente, entretanto, o exercício dos dons passa
por um caminho sobremodo excelente.

“Os vagões dos dons devem correr sobre os trilhos do amor”

“O amor deve ser o solo fértil para se cultivar os dons espirituais”

(Pr. Danny)

O “Ágape” é a natureza divina que devemos externar no relacionamento com o nosso próximo:

“O amor é paciente [...]”.

Paciente é o mesmo que longânimo. Ter paciência é saber esperar e perseverar. É ter “paz com conhecimento”, é
agir com “longo ânimo”. É ser lento para irar-se, tardio em vingar-se e não perder o ânimo

“Portanto, meus amados irmãos, todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar” (Tiago
1:19 ACF).
“[...] é benigno; [...]”.

A benignidade é a qualidade que se caracteriza por uma bondade refinada. O benigno é cortês, prestativo, procura
fazer o bem. Procura sempre ajudar o outro. Essa uma qualidade que devemos obter com o próprio Deus, pois só Ele
é bom.

“o amor não arde em ciúmes, [...]”.

A palavra “ciúme” vem do grego “dzeloo”, de onde vêm os termos zelo ou cuidado. Neste sentido, o ciúme, ainda
que tolerável, por se tratar do cuidado, supostamente produzido pelo amor, mesmo assim se torna objeto de
pensamentos negativos, e não positivos.

Está claro na expressão “não arder em ciúmes” que se trata de um sentimento doentio.

“não se ufana, [...]”.

A expressão “não se ufana” é sinônima de “não se vangloria”. O verdadeiro amor não precisa de exibição. O amor
não precisa de palco para agir corretamente. Ele age virtuosamente sem publicidade alguma. Ele não se ostenta, não
quer aparecer. Ele age com humildade e respeito.

“não se ensoberbece, [...]”.

Não se ensoberbecer é não se mostrar altivo, arrogante, intolerante... No original grego, esse verbo significa
“inchar”. É aquela pessoa que pensa e fala exageradamente sobre si. Tudo dela é o melhor, tudo o que faz é o
melhor; ela vangloria de tudo. É difícil reconhecer algo melhor no outro. Isso se chama soberba. A palavra diz que “a
soberba precede a ruína, [...]” (Provérbios16:18 ACF).

“não se conduz inconvenientemente, [...]”.

O amor age com boas maneiras. O verdadeiro amor não envergonha o próximo com comportamento impróprio. O
verdadeiro amor age com boas maneiras.

“não procura os seus interesses, [...]”.

O verdadeiro amor não é egoísta, mas sempre está disposto a satisfazer o outro em primeiro lugar, demonstrando
um comportamento altruísta. Não busca seu próprio prazer, suas necessidades, seus desejos, mas primeiramente
pensa e age a favor do outro.

“não se exaspera, [...]”.

O amor não fica áspero, não perde o equilíbrio, não perde a sobriedade. Não se amargura diante de ofensas. O
verdadeiro amor age com discernimento e moderação. Muitas de nossas provas advêm de nossa arrogância, de
nosso temperamento difícil. O apóstolo Paulo nos orienta:

“Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens, [...]” (Filipenses 4:5 ARA).

Devemos desenvolver um comportamento equilibrado, com a qualidade do fruto do espírito: o domínio próprio.
“não se ressente do mal; [...]”.

Ressentir significa voltar a sentir. É ficar magoado, cultivar a ofensa. Aquele que ama verdadeiramente não fica
ofendido ou guardando rancor. Não fica trazendo à memória dores e sofrimentos, pois sempre perdoa e esquece.
Aquele que ama com o amor verdadeiro procura ocupar a sua mente com coisas boas:

“Quero trazer à memória o que me pode dar esperança” (Lamentações 3:21 ARA).

“não se alegra com a injustiça, [...]”.

O amor não se alegra quando os outros praticam o mal, não se alegra com a queda alheia, com a fraqueza do outro.
Injustiça é tudo aquilo que está fora da vontade de Deus. O amor não se alegra quando alguém comete pecado. O
amor é puro e justo.

“mas regozija-se com a verdade; [...]”.

Alegrar-se com a verdade é fazer a vontade de Jesus, que é boa, agradável e perfeita. Precisamos viver a verdade,
porque Deus ama a verdade no íntimo. Jesus declara:

“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32 ACF).

Alegrar-se com a verdade é conhecer e viver em obediência à Palavra de Deus. É fazer triunfar o bem em nossas
vidas.

Alegrar-se com a verdade é beber direto da fonte da verdade, que é o Senhor. A palavra de Deus diz:

“Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos” (Filipenses 4:4 ARA).

A alegria que vem do Senhor é a nossa força. E é o que nos faz mover o coração em submissão e obediência a sua
vontade. Uma casa cheia dessa alegria é uma casa cheia do amor do Pai.
“tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”.

A palavra “sofre” se deriva de um termo grego que significa “telhado”. Um telhado cobre, protege, suporta a
tempestade, conservando no bem-estar os que estão no interior da casa. Por isso é que se pode dizer que o amor
“cobre”, “protege”, “sustenta”...

A palavra “crê” significa que ela acredita no lado melhor das pessoas e não procura expandir os seus defeitos. O
amor demonstra a disposição de confiar, ao invés de suspeitar.

A palavra “espera” significa que o amor continua esperando e olhando para o que de melhor há nos homens.

A palavra “suporta” significa tolerar os abusos alheios; os fracassos dos outros, bem como os seus retrocessos. É
também uma palavra que expressa a ideia de resistir aos assédios do sofrimento, perseguições, no sentido de tolerar
tudo pacientemente.

“O amor jamais acaba; [...]”.

O amor jamais chega ao fim. O amor é eterno, jamais diminui; é uma fonte permanente a fluir. Quem fala que o
amor acabou é porque não viveu e não conhece o verdadeiro amor.

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