Você está na página 1de 15

3 cm

2 cm

3 cm
3 cm

SUMÁRIO

1.0 INTRODUÇÃO...................................................................................................... 2
2.0 FARMACOLOGIA.................................................................................................. 4
3.0 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS.......................................................4
4.0 DIVISÃO DE FÁRMACOS......................................................................................8
4.1 DESTINO DOS FÁRMACOS NO ORGANISMO....................................................9
5.0 FARMACOLOGIA INTENSIVA.............................................................................11
6.0 PAPEL DA ENFERMAGEM COM OS FÁRMACOS E NA
UTI ............................14
7.02TRATAMENTO
cm DA DOR E DA SEDAÇÃO .........................................................15
8.0 ANESTESIA......................................................................................................... 16
9.0 TÉCNICAS DE ANESTESIA E SEDAÇÃO ........................................................19
10.0 CONCLUSÃO.................................................................................................... 30
11.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFCAS ...................................................................31

CARDIOLOGIA PARA ENFERMEIROS


CARDIOPATIAS CLÍNICAS

3 cm
3 cm

1. INTRODUÇÃO

A Cardiologia, como especialidade médica, foi sendo construída a partir de


conhecimentos científicos provenientes das áreas básicas e clínica e do
desenvolvimento dos dispositivos tecnológicos que permitiram estudar e
compreender o sistema cardiovascular. Dois capacitadores tecnológicos disruptivos
foram o estetoscópio e o eletrocardiograma, que permitiram a construção de duas
novas “ciências”: a eletrocardiografia e a fonomecanocardiografia. Certamente, a
complexidade do entendimento da eletrocardiografia e da sua correlação eletro-
clínica fez com que a cardiologia se torna uma especialidade que no início do século
XX se separa da clínica médica. Os avanços técnico-científicos do pós-guerra
permitiram que a Cardiologia estivesse preparada para se tornar uma sólida área de
atuação e que o conhecimento dos fenômenos fisiopatológicos permitisse buscar
novas abordagens terapêuticas e contribuísse para o aumento da sobrevida,
observado em praticamente todas as cardiopatias.
2 cm
A fundação da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), no dia 14 de agosto de
1943, foi um importante marco em nosso país para consolidar essa nova
especialidade, permitindo aglutinar médicos dedicados ao ensino, pesquisa e
assistência cardiovascular. Essa data, a partir de 2005, passa a ser comemorada
como dia do cardiologista. A SBC e a sua logo têm se transformado, buscando
conectar a nossa tradição e a contemporaneidade da nossa cardiologia e nossa
inserção e relevância internacionais.
A trajetória desta especialidade perpassa pelo surgimento da SBC, pela propagação
dos cursos de aperfeiçoamento, pela criação dos Arquivos Brasileiros de Cardiologia
em 1948 e pelos primeiros títulos de especialidade. Ao longo dos anos, associada à
prática hospitalista, e com o grande desenvolvimento tecnológico, a Cardiologia foi
segmentada em áreas específicas de atuação: cardiologia de emergência e
cardiointensivismo, cardiopatias congênitas, cirurgia cardíaca, hemodinâmica,
ecocardiografia, eletrofisiologia, entre outras. Para a compreensão do futuro, é
necessário voltarmos ao passado, e entender os passos gigantescos desta
especialidade que cresce no mundo inteiro, alinhada à contemporaneidade dos
desafios de prevenir e tratar as enfermidades cardiovasculares de forma segura,
embasada em diretrizes e centrada no paciente.

Remetendo-nos a tempos remotos, podemos resgatar os registros dos primeiros


passos da nossa especialidade, que chamamos da protocardiologia. Em 1490, as
observações, desenhos e anotações de Leonardo da Vinci sobre o coração podem
ser considerados pioneiros na história da Cardiologia. Autor da primeira
representação gráfica das coronárias, Da Vinci também explicou a dinâmica do fluxo
cardíaco e definiu a formação das cúspides da valva aórtica e a parede sinusal.
Podemos afirmar que Da Vinci foi um cardiologista renascentista.2 Em meados de
1500, Andreas Vesalius publica um maravilhoso atlas de anatomia em seu
"Fabricius". Nesta publicação, ele nomeia o coração de "centro da vida”. Essa

3 cm
3 cm

publicação corrige os erros anatômicos descritos por Galeno e, para muitos


historiadores, é o marco da medicina moderna. A Cardiologia moderna tem o seu
surgimento a partir da publicação do livro De Motus Cordis, pelo médico e cientista
inglês William Harvey, o pai da Cardiologia,3 que promove um “terremoto” na ciência
e na medicina ao afirmar, embasado em estudos em animais e humanos, que o
sangue percorre caminhos fechados a partir do coração e retorna pelas veias ao
coração.

2 cm

Cardiologistas brasileiros - Eleitos a partir dos Sócios da SBC como destaques do século XX (2002).

É possível afirmarmos que o estudo oficial da cardiologia como ciência e


especialidade teve os seus primeiros passos e contribuição vital com os estudos do
Dr. Carlos Chagas que identificou a doença de Chagas em 1909, sendo ele o
responsável pelas primeiras pesquisas translacionais e publicação do primeiro
grande estudo científico de uma doença cardíaca no Brasil. Também foi responsável

3 cm
3 cm

pela introdução do primeiro eletrocardiograma instalado no laboratório de


Manguinhos, contribuição valorosa e inequívoca para a Cardiologia brasileira.

2. CARDIOLOGIA

É a especialidade médica que se ocupa do diagnóstico e tratamento das


doenças que acometem o coração bem como os outros componentes do sistema
circulatório. O médico especialista nessa área é o cardiologista.

Nas décadas de 80 e 90, vai sendo incorporada a imagem cardiovascular não


invasiva: a ecocardiografia, a cintilografia miocárdica, a tomografia computadorizada
e a ressonância cardíacas, que se tornam cada vez mais imprescindíveis na
avaliação
2 cm diagnóstica, prognóstica e terapêutica. Ao lado disso, passamos a
incorporar, no processo de decisão clínica na área terapêutica, os princípios da
medicina embasada em evidências. A SBC estabelece diretrizes clínicas para guiar
a prática cardiovascular incorporando e hierarquizando as recomendações frente às
diferentes doenças cardiovasculares.

Desde a prática hospitalista dos nossos cardiologistas, a cirurgia cardíaca se


fez presente e tem sido de vital importância para o desenvolvimento da
especialidade, assim como a hemodinâmica. Ambas se destacaram como principais
departamentos nos primeiros anos da constituição da SBC. Setores e equipamentos
especializados para hemodinâmica e cirurgia cardíaca, criação de centros e
unidades de atendimentos especializados, como as unidades coronarianas e de pós-
operatório cardíaco, favorecerem o cuidado específico, agregando conhecimento e
valor à especialidade. Com a chegada dos anos 80, houve a disseminação do uso
da angioplastia coronariana no tratamento do comprometimento múltiplos dos vasos
e na fase aguda do infarto do miocárdio, com as técnicas de reperfusão e uso de
trombolíticos. Os avanços na hemodinâmica intervencionista através do uso dos
“stents” farmacológicos, valvuloplastias e implantes de próteses valvares
despontaram no mundo, chegando rapidamente ao Brasil, propiciando um enorme
salto de evolução na formação do especialista em Cardiologia, além da necessidade
de constituição de equipes dedicadas a cada área.

No que tange à nova década, surge com novo design para a cardiologia no
ambiente digital, conectada, centrada no paciente com grandes pilares - inteligência

3 cm
3 cm

artificial, big-data, robótica, bio-sensores, telemedicina, dispositivos móveis,


sensores e genômica. Juntos irão embasar o paradigma da Cardiologia de Precisão.
A visão de aproximar o cardiologista com o mundo da inovação e
empreendedorismo, devendo ser incorporada no nosso mindset, é um novo desafio
para formação dos novos cardiologistas com ênfase no desenvolvimento de
lideranças femininas na cardiologia. Do ponto de vista assistencial, crescerá nossa
interface com a saúde populacional e com os médicos de família e a atuação em
termos multi-disciplinares, implementando linhas de cuidado monitorando desfechos
clínicos e focada na segurança do paciente. Isto significa conhecer e dominar a
tríade formada pelo conhecimento biomédico cardiovascular, a tecnologia (Medicina
digital) e a humanização. O conhecimento avança veloz e irrefreável, globalizado,
apoiado e favorecido pelas inúmeras oportunidades de troca de conhecimentos
2 cm
entre os pares e instituições no mundo inteiro. A tecnologia fomenta a evolução da
medicina digital e de precisão, favorecendo o acesso ao conhecimento,
potencializando e aprimorando o diagnóstico, promovendo uma interação homem-
máquina capaz de gerar a personalização terapêutica ao seu nível molecular. E por
fim, o resgate da essência: a humanização desta cardiologia avançada e futurista.
Será necessária uma nova viagem à prática diária da interação médico-paciente que
seja capaz de promover empatia, empoderamento ao paciente e sensibilidade ao
médico inserido neste novo contexto e nesta nova década.

No final do século XX a cardiologia brasileira construía um sólido legado e


relevância internacional. No ano de 2002 os associados da SBC elegeram
renomados colegas representantes desse primeiro século da nossa especialidade.

Diferentes logomarcas da SBC ao longo da sua história.

3 cm
3 cm

3.0 CARDIOPATIAS CLINICAS

2 cm

3.1 OS DIFERENTES TIPOS DE CARDIOPATIA

O termo cardiopatia abrange todas as doenças que acometem o coração.


Alguns dos tipos comuns de cardiopatia são os seguintes:

Cardiopatia congênita - são os defeitos cardíacos presentes desde o


nascimento. Nos casos mais graves costuma ser percebida logo que o bebê nasce;
nos casos menos graves pode ser diagnosticada quando a pessoa já está na idade
adulta.

Doenças no miocárdio - são defeitos no músculo do coração. Em muitos


casos, o órgão não consegue bombear o sangue adequadamente.

Infecção no coração - são causadas quando bactérias, vírus, fungos ou


parasitas alcançam o músculo cardíaco.

3 cm
3 cm

Cardiopatia de válvulas - o coração tem quatro válvulas que abrem e


fecham para permitir o fluxo de sangue no órgão. Uma variedade de fatores pode
danificar as válvulas, causando a doença.

Cardiopatia hipertensiva - é uma consequência da pressão arterial alta, que


pode sobrecarregar o coração e os vasos sanguíneos e causar a doença.

Cardiopatia isquêmica - causada pelo estreitamento das artérias do coração


pela acumulação de gordura, o que leva à diminuição da oferta de sangue para o
órgão. A doença pode gerar anginas (dor no peito) ou, nos casos agudos, infarto.

2 cm

4.0 SINTOMAS DE CARDIOPATIA

Os sintomas de cardiopatia podem variar com o tipo de problema e o quanto a


função cardíaca está comprometida. Alguns sinais incluem:

Cor de pele cinzenta ou azul (cianose);

Inchaço nas mãos, tornozelos e pés;

3 cm
3 cm

Falta de ar;

Falta de fôlego durante atividade física;

Fadiga;

Batimentos cardíacos irregulares;

Tonturas, vertigens e desmaios;

Dor no peito.

Os achados epidemiológicos sobre a doença arterial coronariana (DAC)


2 cm
sinalizam que essa doença é multifatorial e permitem o direcionamento das políticas
em cardiologia preventiva, visando a redução da incidência de infarto e de suas
consequências de mortalidade e morbidade, através do controle efetivo dos fatores
de risco (FR) identificados. A atualização e o conhecimento da prevalência desses
fatores, isolados ou combinados, são essenciais para que os profissionais de saúde
envolvidos no cuidado desses indivíduos possam estabelecer estratégias de
educação, seguimento e reavaliação.

A IC é uma desordem desafiadora para a equipe de saúde, devido às


múltiplas etiologias e à alta incidência.

Um dos grandes objetivos do tratamento da IC consiste em alcançar e manter


a estabilidade clínica dos pacientes às custas de um tratamento bastante complexo,
que requer mais investimentos em recursos físicos e humanos para melhorar a
qualidade de vida, reduzir o tempo de internação e aumentar a sobrevida dos
pacientes.

Considerando a magnitude das DCV no Brasil e no mundo, além de


representar a maior causa de internação na nossa instituição, é fundamental a
investigação de políticas de prevenção e estratégias de educação em saúde para
reduzir essas elevadas taxas.

Sabe-se que o padrão-ouro para a busca da melhor evidência em estudos de


intervenção para o estabelecimento do melhor tratamento, conduta ou estratégia de

3 cm
3 cm

cuidado são os ensaios clínicos randomizados (ECR) e que vários estudos têm
descrito e quantificado a distância entre a teoria e a prática baseada em evidência .
A prática clínica parece ser determinada por três fatores principais:

1)nível da evidência científica;

2) sistema de saúde e contexto da prática profissional (acadêmico versus


nãoacadêmico); e

3) presença de facilitadores de adesão à boa prática.

A inserção de enfermeiros em um ambiente que permite a prática profissional


voltada para o ensino e pesquisa na busca da melhor evidência de enfermagem
sobre investigações da nossa prática assistencial determina que a boa prática seja
implementada
2 cm e acompanhada para diminuir o impacto negativo dos desfechos
cardiovasculares.

5.0 ORIENTAÇÃO INDIVIDUAL VERSUS ORIENTAÇÃO EM GRUPO PARA


PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: ENSAIO CLÍNICO
RANDOMIZADO

O cenário ambulatorial é ideal para a educação intensiva, tanto dos pacientes


que ainda não apresentaram internação por IC quanto daqueles que retornam de
hospitalizações por descompensação clínica. A melhora do conhecimento para o
autocuidado é a chave para o sucesso na redução da morbidade e dos custos com
saúde na IC.

Sabe-se que a educação na IC, síndrome que envolve um tratamento


complexo e alterações no estilo de vida, traz um impacto importante sobre a
qualidade de vida dos seus portadores e de sua família, exigindo um
acompanhamento permanente por parte da equipe de saúde.

Outras estratégias, como, por exemplo, visitam domiciliar e monitorização por


telefone, focadas também na educação em ambiente extra-hospitalar, têm
demonstrado resultados satisfatórios no manejo de pacientes portadores de IC. Os
principais pesquisadores na área de IC reconhecem e estimulam a exploração de

3 cm
3 cm

outros caminhos que melhorem os resultados pretendidos no tratamento


farmacológico e não-farmacológico da IC.

IMPACTO DE ORIENTAÇÕES SISTEMÁTICAS DE


ENFERMAGEM NA REDUÇÃO DA ESTIMATIVA
DE RISCO DE EVENTOS CARDIOVASCULARES
EM PACIENTES COM DOENÇA ARTERIAL
CORONARIANA: ENSAIO CLÍNICO
RANDOMIZADO
Vários estudos têm demonstrado a importância da
presença de FR na gênese e progressão da DAC. A determinação e
2 cm
estratificação desses fatores no desenvolvimento
da DAC têm sido alvo de grandes estudos (32-34).
O estudo europeu INTERHEART demonstrou que
os nove FR (tabagismo, hipertensão arterial sistêmica,
diabetes melito, dislipidemia, relação cintura/quadril, fatores psicossociais,
dieta, atividade física e consumo de álcool) explicaram 90% do risco para
infarto agudo do miocárdio, sendo que o tabagismo e a dislipidemia
corresponderam a mais de 2/3 desse risco (34). No Brasil, os estudos
AFIRMAR e FRICAS identificaram uma relação direta e
significativa entre os FR e a ocorrência de infarto (32,33).
Também no nosso estado, um estudo demonstrou que o
sedentarismo e o tabagismo são os FR mais prevalentes
(35).
Com o advento da epidemiologia clínica, foi possível conhecer a DAC e a
possibilidade de intervenções por
meio de prevenção primária, secundária e terciária. No
contexto de uma equipe multidisciplinar, o enfermeiro tem
o papel de identificar e realizar ações educativas e efetivas
na busca de resultados para a promoção, proteção e recuperação de saúde do
indivíduo e da comunidade.
Os programas de reabilitação cardíaca trabalham

3 cm
3 cm

desde a prevenção de novos eventos até estratégias de educação sistemática


para a redução ou eliminação dos FR
existentes (36). Dentro da abordagem dos FR, um estudo
europeu procurou identificar se existe conhecimento desses
fatores para doença cardíaca, avaliado por meio de um
questionário. Os resultados obtidos foram significativamente relevantes nas
correlações entre o conhecimento geral
sobre os FR e a adesão às mudanças do estilo de vida. Em
virtude disso, esses autores reforçam que o conhecimento
dos FR pode correlacionar-se positivamente com o comportamento dos
pacientes em relação aos seus hábitos de
vida (37).
2 cm
Um estudo randomizado chinês analisou o efeito de
um programa de educação em saúde sobre diabetes melito
tipo II e os FR cardiovasculares. Os resultados demonstraram que, no grupo-
intervenção, em pacientes que receberam orientações de enfermagem
direcionadas a alterações
no estilo de vida, houve redução da circunferência abdominal, dos níveis de
pressão diastólica, da glico-hemoglobina,
do perfil lipídico e do hábito de fumar (38).
Ampliando essas perspectivas intervencionistas, um
estudo randomizado teve o objetivo de determinar como
um programa de modificação de estilo de vida poderia
influenciar favoravelmente na redução dos FR cardiovasculares. Os resultados
principais desse estudo demonstraram
que, no grupo-intervenção, houve redução da ingesta de
gorduras saturadas, açúcares e colesterol, além da redução
do hábito de fumar, aumento na atividade física e uma
tendência para melhora na qualidade de vida (39).
Diante das evidências da literatura, que demonstra
resultados favoráveis para pacientes acompanhados em
equipe multidisciplinar no controle de FR para DAC e a
inexistência de estudos semelhantes realizados no Brasil,

3 cm
3 cm

propusemos um estudo com delineamento do tipo ECR


para abordagem dos FR modificáveis para DAC

2 cm

10. CONCLUSÃO:
O movimento em busca da prestação de assistência em saúde com qualidade e
segurança está na linha de frente das discussões políticas e constitui-se grande
desafio para a sociedade. Nesse contexto encontram-se as instituições de saúde
com suas inúmeras dificuldades relacionadas aos recursos físicos, matérias e
humanos. Embora algumas correções estejam sendo realizadas, a inadequação da
área física dos estabelecimentos de saúde ainda é uma realidade que acarreta
transtornos como dificuldade nos fluxos de pessoal, clientes e material
comprometendo a qualidade da assistência à saúde e a segurança do paciente bem
como a satisfação dos profissionais da equipe de trabalho. A escassez de recursos
materiais e de equipamentos necessários para a execução das ações leva-nos a
desconsiderar os protocolos ao realizarmos o atendimento implicando em riscos
para o cliente, a instituição e para o profissional. Quanto ao quantitativo e qualitativo
de recursos humanos para execução dos cuidados à saúde podemos afirmar que
são poucas as instituições que prestam assistência aos pacientes com o número de
profissionais que necessitam, especialmente em relação à equipe de enfermagem
que representa o maior número de profissionais dos estabelecimentos de saúde. Na

3 cm
3 cm

enfermagem o quantiqualitativo de recursos humanos adequado para a prestação do


cuidado deve ser determinado pelo dimensionamento de pessoal que representa
uma preocupação constante para os enfermeiros uma vez que está diretamente
relacionado à qualidade da assistência prestada e a ocorrência de eventos
adversos, o que compromete a segurança e a satisfação dos clientes. A segurança
do paciente, dentre outros aspectos, envolve a ocorrência de eventos adversos.
Esses, por sua vez, configuram-se como um indicador de qualidade da assistência
prestada e sua ocorrência leva a resultados que prejudicam a segurança dos
clientes, podendo causar aos mesmos lesões irreversíveis ou até a morte. Outro
aspecto a ser considerado quando abordamos o dimensionamento de profissionais
de enfermagem (DIPE) se refere aos trabalhadores da equipe. Estudos
internacionais mostram que existe uma relação inversamente proporcional entre o
número de profissionais de enfermagem, a fadiga emocional dos mesmos, a
insatisfação no trabalho, podendo, ainda, implicar em questões legais e de saúde do
trabalhador. Além disso, o quantitativo de profissionais inferior ao número necessário
para prestar atendimento ocasiona aumento da carga de trabalho levando à alta
rotatividade,
2 cm implicando em novas contratações, horas de treinamento e de
aperfeiçoamento e, consequentemente, em aumento dos custos hospitalares.
A farmacologia é imprescindível e vital para o conforto do paciente, principalmente
de Unidade Intensiva de terapia. Esta ciência engloba o conhecimento da história,
origem, propriedades físicas e químicas, associações, efeitos bioquímicos e
fisiológicos, mecanismos de absorção, biotransformação e excreção dos fármacos
para seu uso terapêutico ou não.

11. REFERÊNCIAS:

1 Sociedade Brasileira de Cardiologia. Cardiologistas em destaque. Eleitos a partir dos Sócios a


SBC(2002). [Citado em 2019 jul 12]. Disponível em:http://jornal.cardiol.br/2002/mai-
jun/paginas/cardiol/pesquisa/default.asp

2 Cambiaghi, M, Hausse H. Leonardo da Vinci and his study of the Heart: A 500-year Anniversary
appreciation of a maestro. Eur Heart J 2019;40(23):1823-6.

3 Reichert P. A History of the Development of Cardiology as a Medical Specialty. [Internet]. [Cited in


2010 Aug 23]. Available from: https://www.acc.org/latest-in-
cardiology/articles/2016/10/06/11/00/a-history-of-the-development-of-cardiology-as-a-medical-
specialty.

4 Reis NB. Evolução Histórica da Cardiologia no Brasil. Arq Bras Cardiol1986; 46(6):371-86.

3 cm
3 cm

5 Albanesi Fº FM. 50 anos de história da cardiologia do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro:
SOCERJ; 2005.

6 Geison GL,Foster M and Cambridge School of Physiology. The emergence of modern cardiology.
Med Hist Suppl 1985;(5): 1-178.

SEGUIR ABNT

2 cm

3 cm

Você também pode gostar