Material Digital do Professor

Língua Portuguesa – 7º ano

2º bimestre – Avaliação

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Para responder às questões 1 e 2, leia o fragmento da lenda indígena Lágrimas de Potira.

[...] existiam por aquelas partes do Brasil muitas tribos indígenas [...].
Numa dessas tribos [...] viviam Potira, menina contemplada por Tupã com a
formosura das flores, e Itagibá, jovem forte e valente [...].
Quando Potira chegou à idade do casamento, Itagibá adquiriu sua condição de
guerreiro. Não havia como negar que se amavam [...]. Potira e Itagibá se uniram com
muita festa.
Corria o tempo tranquilamente, sem que nada perturbasse a vida do
apaixonado casal [...]
Um dia, no entanto, o território da tribo foi invadido por vizinhos cobiçosos
[...] e Itagibá teve que partir com os outros homens para a guerra [...]
Foram muitas tardes iguais, com a dor da saudade aumentando pouco a
pouco. Até que o canto da araponga ressoou na floresta [...] para prenunciar que
Itagibá não voltaria, pois tinha morrido na batalha.
E pela primeira vez Potira chorou. Sem dizer palavra [...] ficou à beira do rio
para o resto de sua vida, soluçando tristemente. E as lágrimas que desciam pelo seu
rosto sem cessar foram-se tornando sólidas e brilhantes no ar, antes de submergir na
água e bater no cascalho do fundo. Dizem que Tupã [...] transformou suas lágrimas em
diamantes, para perpetuar a lembrança daquele amor.
(MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Alfabetização: contos tradicionais, fábulas lendas, fábulas e mitos. Disponível em:
<www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me001614.pdf>. Acesso em: 21 ago. 2018.)

Glossário
Araponga: ave existente no Brasil, na Argentina e no Paraguai, conhecida por seu grito alto e estridente.
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1. Relacione a estrutura do texto narrativo aos acontecimentos observados na lenda.

a) Situação inicial I. A tribo é invadida por inimigos.
b) Complicação II. Potira chora eternamente a morte do
seu amor. Suas lágrimas se tornam
sólidas e brilhantes.
c) Desenvolvimento (ações) III. Potira e Itagibá casam-se.
d) Clímax IV. A araponga anuncia a morte do
guerreiro Itagibá.
e) Desfecho V. Muitos dias se passam. A cada dia, a
dor da saudade de Potira pelo seu
amado aumenta ainda mais.

2. As lendas podem conter fatos imaginários, não possíveis na vida real. Quais acontecimentos
mágicos podem ser observados na lenda Lágrimas de Potira?

Leia o título de uma notícia sobre o clima em uma cidade do Sul.

Tempo chuvoso predomina em Santa Catarina nesta quarta-feira

(21 de agosto de 2018. Disponível em: <https://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/tempo-chuvoso-predomina-
em-santa-catarina-nesta-quarta-feira>. Acesso em: 22 ago. 2018.)

3. A informação expressa pelo título é um fato tido como certo, por isso, o verbo “predominar”
encontra-se no presente do indicativo. Em vista disso, responda:
a) Que modo e tempo verbal você usaria no título se sua intenção fosse expressar uma hipótese
sobre a informação contida nele?
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b) Transforme em hipótese a afirmação feita no título da notícia. Para isso, adapte-o fazendo as
mudanças necessárias, empregue a 1ª pessoa gramatical e inicie a frase com “acredito que”
ou “espero que”.

Para responder às questões 4 e 5, leia este fragmento de um texto de divulgação científica.

Sem dúvida, o afloramento mais famoso no Brasil é o Pão de Açúcar [...] um

complexo de rochas inseridas em matriz florestal e urbana, e uma das atrações
turísticas mais procuradas no país [...].
No meio científico, esses afloramentos rochosos que surgem abruptamente na
paisagem, de composição principalmente granítica e gnáissica, são denominados
inselbergs, termo de origem alemã (insel = ilha e berg = montanha). Quando
apresentam formato arredondado e estão inseridos em uma matriz florestal, são
chamados “pães de açúcar”. Essas formações datam de mais de 550 milhões de anos
e estão distribuídas em escudos cristalinos por todos os continentes, sendo, nos
trópicos, centros de diversidade biológica.
(PAULA, Luiza F. A. de; POREMBSKI, Stefan. Pães de Açúcar: refúgio de alta biodiversidade. Disponível em:
<http://cienciahoje.org.br/artigo/paes-de-acucar-refugios-de-alta-biodiversidade/>. Acesso em: 22 ago. 2018.)

Glossário
Abrupto: que aparece subitamente, repentinamente.
Granítico: que se origina do granito.
Gnáissica: relativo a gnaisse, um tipo de rocha.

4. Considerando a linguagem utilizada e as informações presentes no fragmento, responda:

a) Por que esse fragmento pode ser considerado um trecho de um artigo de divulgação
científica? Cite duas características presentes nele que comprovem sua resposta.

b) Qual é o objetivo desse trecho?

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5. Imagine que você esteja elaborando um podcast para ser divulgado em um programa de rádio.
Com base nas informações contidas no fragmento, elabore um roteiro de podcast. Para isso,
realize o trabalho em algumas etapas:
a) Selecione as principais informações do texto de divulgação científica para inseri-las no
roteiro. Se julgar necessário, acrescente informações sobre o tema discutido no fragmento.
Considere que seu podcast será de até dois minutos.

b) Defina a ordem em que os conteúdos vão aparecer. Que informações devem aparecer no
começo, no desenvolvimento e no final?

c) Desenvolva cada parte do roteiro brevemente, produzindo o texto que vai compor o podcast.
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Leia um trecho do cordel O casamento do Calangro, de Leandro Gomes de Barros.

[...]

Mamãe dizia uma cousa

eu achava aquilo exato

quando faltar o cachorro

se pode caçar com o gato

não tendo um desses dois

então se bota a mãe no mato

Um dia a mãe disse a ela:

minha filha, não se vexe;

respondeu a Lagartixa:

o que vir na rede é peixe

eu vou procurar marido

se achar mato trago um feixe [...]

(BARROS, Leandro Gomes de. O casamento do Calangro. Disponível em:
<www.dominiopublico.gov.br/download/texto/jn000009.pdf>. Acesso em: 29 ago. 2018.)

Glossário
Cousa: coisa.
Vexe: sentir vergonha.

6. Que tipo de linguagem pode se reconhecer no fragmento? Cite ao menos uma palavra ou
expressão presente no poema que justifique sua resposta.
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Leia a frase extraída da matéria Bruxas incompreendidas, que trata das mariposas.

As mariposas têm um papel muito importante na manutenção de espécies

vegetais [...]

Da próxima vez que você encontrar uma mariposa, não tenha medo. Ela não
lhe fará mal nenhum!
(OLIVEIRA, Isabela, F. Bruxas incompreendidas. Disponível em: <http://chc.org.br/bruxas-incompreendidas/>.
Acesso em: 22 ago. 2018.)

7. Qual advérbio produzirá a mesma intenção que “muito” no primeiro parágrafo do texto acima?

a) altamente

b) brevemente

c) certamente

d) Provavelmente

Leia novamente o fragmento do texto Bruxas incompreendidas.

As mariposas têm um papel muito importante na manutenção de espécies

vegetais [...]

Da próxima vez que você encontrar uma mariposa, não tenha medo. Ela não
lhe fará mal nenhum!
(OLIVEIRA, Isabela, F. Bruxas incompreendidas. Disponível em: <http://chc.org.br/bruxas-incompreendidas/>.
Acesso em: 22 ago. 2018.)

8. Ao utilizar, nesse contexto, a expressão “não tenha medo”, a autora

a) suplica.

b) aconselha.

c) faz um alerta.

d) realiza um convite.
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Observe os monossílabos no trecho da matéria Bruxas incompreendidas.

As mariposas têm um papel muito importante na manutenção de espécies

vegetais [...]

Da próxima vez que você encontrar uma mariposa, não tenha medo. Ela não
lhe fará mal nenhum!
(OLIVEIRA, Isabela, F. Bruxas incompreendidas. Disponível em: <http://chc.org.br/bruxas-incompreendidas/>.
Acesso em: 22 ago. 2018.)

9. Os monossílabos destacados são considerados tônicos porque

a) apresentam acento gráfico.

b) são pronunciados com intensidade.

c) terminam com as letras z, o e l, respectivamente.

d) costumam se unir à palavra anterior ou posterior a eles.

Leia o poema Ah, um Soneto, de Álvaro de Campos, um dos heterônimos de Fernando Pessoa.

Ah, um Soneto...

Meu coração é um almirante louco

que abandonou a profissão do mar
e que a vai relembrando pouco a pouco
em casa a passear, a passear...

No movimento (eu mesmo me desloco

nesta cadeira, só de o imaginar)
o mar abandonado fica em foco
nos músculos cansados de parar.

Há saudades nas pernas e nos braços.

Há saudades no cérebro por fora.
Há grandes raivas feitas de cansaços.
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Mas — esta é boa! — era do coração

que eu falava... e onde diabo estou eu agora
com almirante em vez de sensação? ...
(CAMPOS, Álvaro de. In: Poemas de Álvaro de Campos. PESSOA, Fernando. Ah, um Soneto... Disponível em:
<www.dominiopublico.gov.br/download/texto/jp000011.pdf>. Acesso em: 18 out. 2018.)

Glossário:
Almirante: oficial da marinha.

10. A metáfora presente no primeiro verso da primeira estrofe do poema permite ao leitor

a) constatar como a vida no mar é instável.

b) perceber como a saudade é constante na vida de um almirante.

c) deduzir como sofre o eu lírico com a vida no mar.

d) associar o sentimento do eu lírico a algo instável.