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Jornal i 07/03/2018 15:03

Presença de cocaína
nas águas residuais em
Lisboa e no Porto
aumentou em 2017
Estudo realizado a partir de amostras destas águas
revelou que houve um aumento da presença de cocaína nos esgotos destas cidades portuguesas.
Um estudo realizado pelo Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT),
avaliou amostras de águas residuais em 60 cidades europeias de 19 países, de forma a analisar os
consumos de droga dos seus habitantes e, entre as cidades portuguesas, Lisboa, Porto e Almada
foram as que estiveram sujeitas a este estudo, tendo contribuído para o mesmo, profissionais da
Faculdade de Farmácia da Faculdade de Lisboa e Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências
Forenses.
Relativamente à presença de cocaína, as águas residuais de Lisboa revelaram a presença de 271
miligramas (mg) diárias por 1.000 habitantes (258 mg em 2016).
No Porto, também se verificou um aumento - 162 mg diárias por 1.000 habitantes (90,8 mg em
2016).
Já em Almada, os valores rondam os 82,4 mg diários por 1.000 habitantes (68,1 mg no ano
anterior).
No entanto, em Lisboa, a quantidade verificada diminui, ainda assim, relativamente aos dados
obtidos em 2016: 3 mg diárias por 1.000 habitantes, contra 3,3 mg em 2016.
No norte do país, na cidade do Porto, os níveis detetados o ano passado estavam abaixo do nível de
quantificação, assim como no ano anterior (2016). Em Almada foram registados 1,3 mg, quando em
2016 os valores não eram sequer quantificados.
A presença de metanfetaminas registadas na capital portuguesa está abaixo do nível de
quantificação, tal como aconteceu em 2016. Contudo, no Porto, manteve-se nos 0,5 mg diárias por
1.000 habitantes. Em Almada este valor também sofreu um aumento - de 0,8 para 0,9 mg diárias por
1.000 habitantes.
Relativamente à presença de ecstasy nas mesmas águas, o estudo indica que foram identificadas
38,3 mg diárias por 1.000 habitantes, ou seja, 26,9 mg diárias por 1.000 habitantes.
No Porto, os valores mantiveram-se nos 10,8 mg diárias por 1.000 habitantes e, em Almada, a
presença deste tipo de droga subiu de 2,8 para 9,3 mg diárias, tudo isto entre 2016 e 2017.
Das 56 cidades avaliadas no que diz respeito à presença de cocaína nas águas residuais, Lisboa
ocupa o 16.º lugar do ranking, o Porto ocupa a 33.ª posição e Almada a 41.ª posição.
Apesar de tudo, a análise feita às águas residuais aponta para níveis bastante reduzidos
relativamente à maioria das cidades do leste da Europa.
Em relação às anfetaminas, a deteção nas águas residuais revela que há uma variação significativa
nas várias cidades que foram sujeitas a análises, com os níveis mais altos registados em cidades do
norte e leste da Europa.

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