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01/08
SOBRE O ENVELHECIMENTO
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PSAI aulas teóricas Natália Signor - ATM 22
→ As diferentes teorias não devem ser consideradas de forma individual, mas como complementares de outra para
explicar algumas ou todas as características do processo normal de envelhecimento.
→ Envelhecimento saudável: é definido pelo "Relatório Mundial sobre envelhecimento em saúde" como o processo de
desenvolvimento e manutenção da capacidade funcional que permite o bem-estar na velhice
→ "O objetivo de estudar o envelhecimento não é para aumentar a longevidade a qualquer preço, mas sim aumentar a
longevidade livre de incapacidades e de dependência funcional.
08/08
SAÚDE
● É um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou
enfermidade
FARMACOLOGIA GERIÁTRICA
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PSAI aulas teóricas Natália Signor - ATM 22
FARMACOCINÉTICA
ABSORÇÃO
● Passagem de um fármaco de seu local de administração para o plasma
○ importante para todas as vias de administração, exceto a endovenosa (absorção já é completa por
definição - já é injetada diretamente, não precisa chegar ao plasma)
● Mudanças no TGI:
○ aumento do pH gástrico provocado pela diminuição da produção de ácido clorídrico
○ esvaziamento gástrico prolongado, causando um atraso na absorção GI
■ administração aguda: analgésicos
■ administração crônica: acúmulo e efeitos tóxicos tardios
● Mudanças na absorção podem ser significativas na administração concomitante de medicamentos
○ ex: diminuição da absorção de fluoroquinolona com suplementos de cálcio
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→ Importante:
● Alterações de absorção relacionadas à idade não são uniformemente encontradas em todos os idosos,
devendo assim ser consideradas em circunstâncias peculiares a cada caso
● Perguntar ao idoso que outras vitaminas ou suplementos (além dos prescritos) ele está tomando
○ zinco e cálcio podem se ligar a outros medicamentos - como os de tratamento de Parkinson ou os
para tireoide
○ fenitoína interage com cálcio
○ levofloxacino oral interage com ferro
DISTRIBUIÇÃO
● Fármacos circulam ligados a proteínas plasmáticas:
○ albumina: carreador de fármacos ácidos
○ glicoproteína ácida alfa-1: liga-se a fármacos básicos
● Idoso → fragilidade e desnutrição → queda da albumina sérica em até 25% → aumento da fração livre
de fármacos
○ ex: a fração não ligada de fenitoína está de 20 a 40% aumentada em idosos; o mesmo acontece com
a varfarina (por isso é difícil regular a dose em idosos)
→ Distribuição no envelhecimento:
● O envelhecimento provoca:
○ redução de massa magra e água corporal
○ aumento de massa lipídica
● Aumento do volume de distribuição de fármacos lipossolúveis (ex: benzodiazepínicos)
● O nível de ligação dos fármacos às proteínas pode alterar significativamente o volume de distribuição (Vd =
quanto do farmaco está chegando ao tecido alvo)
● Em geral, a concentração de droga no plasma é inversamente relacionada ao volume de distribuição (Vd), que
é dependente dos volumes hidrofílicos e lipofílicos no corpo
● Maior quantidade de gordura afeta o Vd de drogas lipofílicas e aumenta o tempo de eliminação da droga
(anestésicos)
● A redução da quantidade de água corporal reduz o Vd de drogas hidrofílicas
○ ex: lítio → haverá menos droga circulante disponível para o indivíduo
● As alterações de composição corporal e plasmática podem interferir em prescrições usuais e em fármacos de
ampla utilização
● Assim, ao prescrever para idosos, deve-se levar em consideração esses dados (acima) na definição de doses
e intervalos de administração medicamentosa
exemplo das duas fases do metabolismo de um fármaco
METABOLISMO
● Ocorre predominantemente no fígado, pelo sistema do citocromo
P450 (CYP)
○ fase 1: catabólicas
○ fase 2: anabólicas
● Objetivos do metabolismo:
○ reduzir lipossolubilidade
○ aumentar a eliminação renal
→ Metabolismo e envelhecimento:
● Envelhecimento provoca alterações nesse órgão (fígado), como:
○ redução de massa, peso e volume hepático de 20 a 40% entre 20 e 80 anos de idade
○ decréscimo equivalente de fluxo sanguíneo
○ com o avanço da idade, as reações de Fase I decrescem em velocidade conforme o avanço da idade
■ medicamentos afetados incluem teofilina, propranolol e diazepam
○ as reações de Fase II são minimamente afetadas pela idade, porém são afetadas por fármacos
concomitantes que interferem no metabolismo um do outro através dessas reações
■ ex: lorazepam, paracetamol
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ELIMINAÇÃO
● Consiste na saída do fármaco quimicamente inalterado ou seus metabólitos do organismo
● As principais vias são:
○ rins
○ sistema hepatobiliar
○ pulmões (anestésicos voláteis/gasosos)
● A maior parte dos fármacos deixa o organismo pela urina, ou sob forma inalterada ou sob forma de metabólitos
polares
● Eliminação renal:
○ três processos fundamentais são responsáveis pela eliminação renal dos fármacos:
■ filtração glomerular
■ secreção tubular ativa
■ difusão passiva através do epitélio tubular
● Pelo menos 80% do fármaco que chega aos rins é apresentado aos transportadores para a secreção tubular,
que é o mecanismo mais eficaz de eliminação renal do fármaco
● A eliminação dos fármacos lipossolúveis é mínima. Por outro lado, os fármacos polares, cuja permeabilidade
tubular é baixa, permanecem na luz do túbulo, tornando-se progressivamente mais concentrados à medida que
a água é reabsorvida
● Entre os 40 e os 80 anos de idade, a massa renal decresce em média 20%
● O fluxo sanguíneo renal decresce 10 ml/min por década após os 30 anos
● A taxa de filtração glomerular (expressa pela depuração de creatinina) declina com a idade a partir da quarta
década de vida
● Medir a depuração de creatinina através da dosagem em urina de 24h é muito difícil em pacientes idosos.
Ocasionalmente, utiliza-se um cateter que alcança a bexiga via uretra
● A alternativa à coleta de urina conta com estimativas empíricas de creatinina
● Uma abordagem comum relaciona a função renal com a creatinina sérica
● Porém, no envelhecimento, a creatinina sérica é uma medida inadequada da função renal, pois a produção de
creatinina decresce conforme a massa muscular decresce
→ Equação de Cockcroft-Gault:
❖ normogramas e fórmulas
➢ essa é a mais comum
❖ calcula a depuração (clearance) de creatinina considerando a idade, o peso, a creatinina sérica e o sexo
❖ útil para calcular doses de fármacos eliminados por filtração glomerular
➢ ex: aminoglicosídeos, vancomicina, digoxina, lítio e antagonistas histaminérgicos
❖ base para a maioria das modificações nas dosagens das drogas
FARMACODINÂMICA
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POLIFARMÁCIA
POLIFARMÁCIA ADEQUADA
→ Garantir que:
● Todos os medicamentos são prescritos para alcançar objetivos terapêuticos específicos que foram acordados
com o paciente
● Os objetivos terapêuticos estão sendo alcançados ou há uma chance razoável de que eles sejam alcançados
no futuro
● A terapia medicamentosa foi otimizada para minimizar o risco de reações adversas a medicamentos (RAM)
● O paciente está motivado e apto a tomar todos os medicamentos conforme o pretendido
POLIFARMÁCIA INADEQUADA
● Prescrição de medicamentos desnecessários ou que não são mais necessários → por exemplo quando:
○ não há indicação baseada em evidências, a indicação expirou ou a dose é desnecessariamente alta
○ um ou mais medicamentos não conseguem atingir os objetivos terapêuticos a que se destinam
○ um ou a combinação de vários medicamentos causam RAMs ou colocam o paciente em alto risco de
RAMs
○ o paciente não está disposto ou não é capaz de tomar um ou mais medicamentos como pretendido
● Pode aumentar:
○ 1) a não aderência ao tratamento
○ 2) as reações adversas a medicamentos (RAM)
■ qualquer efeito prejudicial ou indesejado que se manifeste após a administração do
medicamento, em doses normalmente utilizadas para profilaxia, diagnóstico ou tratamento e
uma enfermidade
● obs: prof. colocou RAM e iatrogenia como sinônimos, mas será que são?
■ relação entre o número de medicamentos e RAM:
● mais de 5 medicamentos => risco de ocorrência de RAM dobra
● 9 medicamentos => o risco de RAM é 100%
■ causa das admissões hospitalares em:
● 3 a 6% dos pacientes de todas as idades
● 3 a 24% da população idosa
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■ interações medicamentosas mais descritas em idosos (de acordo com estudos brasileiros)
15/08
EPIDEMIOLOGIA
● Remete muito à síndrome coronariana aguda (oclusão de uma coronária levando desde angina à morte súbita)
○ o que leva o indivíduo a morrer disso? logo que há a oclusão de artéria, muitos fazem FV
(desorganização total do ritmo cardíaco → não gera sístoles adequadas → pessoas morrem)
■ 2 jeitos de pessoa morrer: assistolia ou fibrilação (chocagem)
● IAM é causa líder de mortalidade no mundo ocidental - pela alta prevalência e a alta mortalidade pré-hospitalar
● PCR nas primeiras horas do IAM → fibrilação ventricular (principal causa!)
○ quando indivíduo morre logo após a dor no peito, provavelmente é por FV
○ FV = arritmias geradas por focos arritmogênicos → "cicatrizes"
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FATORES DE RISCO
● HAS, diabetes, dislipidemia (mutáveis); história familiar (imutável); tabagismo = 5 principais fatores de risco
● Idade, sexo, menopausa, sedentarismo, obesidade, dieta = outros fatores de risco
● Doença subclínica
○ disfunção endotelial
○ estenose de carótida
○ inflamação
○ calcificação coronária
○ HVE (hipertensão de ventrículo esquerdo)
● Doença clínica
○ AVC
○ IVP (insuficiência vascular periférica)
○ angina / IAM
○ ICC
○ morte súbita
→ LDL (low density lipoprotein - "colesterol ruim") acima de 180/190 sempre deve remeter o paciente a investigar uma
possível hipercolesterolemia familiar (doença bem importante, perigosa!) - mesmo sendo magro, saudável, "fit", pode ter
● Dor no peito + alterações em ECG compatíveis com infarto sem supra → o que define entre IAM e angina
instável (tudo é síndrome coronariana aguda) é a troponina (-, inalterada = angina; + = IAM)
○ troponina negativa ou inalterada - significa que não há lesão miocárdica (a princípio, se teve lesão,
infartou)
■ troponina é uma proteína que ta dentro do miócito no acoplamento actina miosina quando em
funcionamento (sístole-diástole) - há troponina i, t (dependendo de onde sai no miócito)
→ obs: angina instável pode ter eletro sem alterações (embora não seja o mais frequente)
● Angina pectoris = dor em aperto/compressão no peito com clara relação com esforços (a princípio, estável)
○ passa a ser instável quando dor ocorre em repouso ou quando é progressivamente mais frequente e
desencadeada por esforços cada vez menores, ou quando pessoa passa a acordar de madrugada
com aperto e dor no peito
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● Angina estável - alguma coronária com fluxo diminuído devido à oclusão parcial e gradual das placas - mas
não é uma síndrome coronariana aguda! é outro espectro - diagnóstico a princípio é clínico (dor característica
em esforços) - ECG em repouso é normal
se há BRE (bloqueio de
ramo esquerdo) novo
com dor no peito, é
sinal de que há um IAM
em evolução!
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● Clínico e eletrocardiográfico
○ avaliação inicial
○ eletrocardiografia
■ em pacientes com alta suspeição de IAM (dor típica, presença de vários fatores de risco,
história prévia de doença coronariana)
■ se diagnóstico de IAM inicial: ECG seriado - monitoração do sST
■ sintomas sugestivos: ideal é fazer o 1º ECG nos primeiros 10 min a partir da chegada no
hospital
■ derivação direita em caso de IAM inferior
→ mesmo se eletro normal, se com dor, manter paciente. Monitorar: repetir eletro até umas 4x na
emergência de 10 em 10 min enquanto espera troponina
→ se eletro suprou antes da troponina, nem espera resultado, já trata
○ estratificação de risco
○ diagnóstico
● Marcadores de necrose miocárdica
○ mioglobina
○ CPK
○ CKMB
○ CK massa (enzima)
○ troponina (proteína)
■ troponina é a "bola da vez"
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BS: infarto de VD
→O
- tratamento: não pode dar vasodilatador; tem que "encher de líquido", porque ventrículo direito não pode "bater,
contrair" vazio (para sístole melhor, deve estar cheio)
- não é muito comum, mas é importante sabe isso
- infarto de parede inferior é o que pode afetar o VD (coronária direita)
V1 - V2 = septais
V1 - V6 = pré cordiais
(V1 - V4 mais anterior e V5
e V6 mais laterais)
V7 - V8 = membros
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cx = (artéria) circunflexa
ELETRO 1
normal → "QRS estreito é quase patognomônico de um coração normal"
ELETRO 2
→ exemplo de lesão subepicárdica
ântero-septal - descendente anterior
hemodinâmica na hora
ELETRO 3
→ exemplo de IAM em fase aguda (ainda é fase aguda porque ainda está suprado)
T invertida - algumas horas de infarto já
já ta aparecendo onda Q - necrose
coronária direita - parede inferior
hemodinâmica na hora
ELETRO 4
→ exemplo de lesão subendocárdica
não ta suprado, mas ta infrado (infra de ST) - SCA sem supra de ST
fisiopatologia: coronária parcialmente ocluída (não é infarto transmural)
nesse caso, se espera resultado de troponina (dupla antiagregação, UTI, remédio pra dor
- nitroglicerina)
parede anterior (até V5)
aVr - pode ser lesão de tronco de coronária esquerda (quando suprado - é o caso);
geralmente não é considerado
ponto J abaixo da linha de base
48 - 72h para levar para hemodinâmica - estratificação invasiva com coronariografia
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ELETRO 5
→ exemplo de isquemia subendocárdica
elevação de onda T (mas não é ST que ta suprado)
pessoa com dor no peito → pode significar angina estável → talvez início de
oclusão de coronária
ELETRO 6
→ exemplo de isquemia subepicárdica
sem supra de ST; onda T p baixo
síndrome coronariana aguda sem supra de ST - suboclusão de coronária (IAM x
angina instável = precisa de troponina → pode esperar resultado)
nesse caso, espera resultado de troponina (dupla antiagregação, uti, remédio p dor -
nitroglicerina) + anticoagulante
ELETRO 7
→ exemplo de ondas Q patológicas
muitas ondas Q → muita fibrose (infarto antigo)
não adianta só levar p hemodinâmica
tem que dar medicamentos para remodelamento cardíaco
prognóstico mais pobre do que se viesse nas primeiras 6h
ELETRO 8
→ outro exemplo de ondas Q patológicas
outras Q patológicas em outro setor (anterior)
ELETRO 9
→ exemplo de IAM ântero-septal em regressão (infarto recente) - 48h de evolução
onda T apiculada para baixo = mais grave do que para cima (isquemia subepicárdica -
pega mais camadas do que a subendocárdica, que seria a T para cima)
ELETRO 10
→ exemplo de IAM de VD
infarto de VD → tto é diferente - dar líquido para VD trabalhar "de tanque cheio"
geralmente vem junto com infarto em outro setor (não peguei qual)
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DDX CARDIOLÓGICOS
● Pericardite
○ uma das poucas causas de supra de ST além de infarto
■ não é isquêmica, obstrutiva
○ na pericardite, TODOS os segmentos são suprados, e no infarto não são todos
■ não há relação com anatomia, com as áreas de irrigação de cada artéria
○ é comum haver atrito pericárdico na ausculta de pericardite
○ infra de PR na pericardite
○ geralmente secundário a quadro viral
○ dor muda conforme a posição
● Angina atípica
○ dor no peito não decorrente de oclusão coronariana
● Repolarização precoce
○ comum em jovens
○ supra convexo em todas as paredes
● Wolff-Parkinson-White
○ PR curto
○ ligado a morte súbita
○ congênito
● Lesão SNC
○ AVC hemorrágico destruidor - alterações de ST parecidas com IAM
● Miocardiopatia hipertrófica
○ autossômica dominante
○ nasce com algum segmento de V super hipertrofiado
● Hipertrofia Ventricular com strain
○ inversão de T não simétrica
○ pessoa hipertensa sem tratamento que V acabou hipertrofiando
● Miocardite
○ dor no peito
○ geralmente não dá supra
○ geralmente viral
● Hipercalemia / hiperpotassemia
○ T fica alta e apiculada
○ problema de potássio ser alto na circulação é que pode causar fibrilação ventricular
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● Bloqueio de ramo
○ alteração da condução elétrica do coração
○ QRS alargado
○ BE pode ser manifestação de infarto
○ ddx pela eventual dor no peito
● Angina
○ supra o ST por espasmo da coronária
○ desencadeada por cocaína, por exemplo
○ pessoas podem nascer com isso já
○ medicamentos: antagonistas de cálcio, verapamil, anlodipino
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
PRÉ-HOSPITALAR
● "Tempo é músculo"
NA CHEGADA
● MONAB
○ M = morfina - 2 a 4 mg IV 5-15min
○ O = oxigênio - SaO2 < 90%
○ N = nitrato - SL 3 doses (nitro IV)
○ A = aspirina - 162 a 325 mg
○ B = betabloqueador ("...lol")→ ? não é fundamental
● Trombolítico? Angioplastia?
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→ Sobre os betabloqueadores:
- Betabloqueador oral deve ser iniciado nas primeiras 24h para todos pacientes que não têm uma das seguintes
situações:
- 1) sinais de IC
- 2) evidência de baixo débito cardíaco (DC)
- 3) aumento do risco* de choque cardiogênico
ou
- 4) outras contraindicações relativas (intervalo PR > 0,24s, bloqueio AV II-III grau, asma ativa ou
doença reativa das vias aéreas)
- É plausível administrar betabloqueador IV para pacientes com IAM STEMI (ST-segment elevation myocardial
infarction) que são hipertensos e que NÃO têm uma das seguintes situações:
- 1) sinais de IC
- 2) evidência de baixo débito cardíaco (DC)
- 3) aumento do risco* de choque cardiogênico
ou
- 4) outras contraindicações relativas (intervalo PR > 0,24s, bloqueio AV II-III grau, asma ativa ou
doença reativa das vias aéreas)
* = FR para choque: idade > 70 anos, taquicardia sinusal > 110 bpm ou FR < 60 bpm, aumento do T do início do IAM
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
→ Síndromes Coronarianas Agudas <=> Trombose Arterial
○ contribuem para a formação / aumento do trombo:
■ proteínas da coagulação
■ plaquetas
→ para inibi-las:
❖ proteínas da coagulação --X→ agentes antitrombóticos / anticoagulantes
❖ plaquetas --X→ terapia antiplaquetária
● Antiplaquetários:
○ aspirina
■ inibe a ciclooxigenase, reduzindo produção de tromboxanos
■ reduz mortalidade e incidência de IAM não-fatal em pacientes com angina instável ou IAM
sem supra de ST em até 64% (estudo RISC)
■ reduz em 23% a mortalidade em pacientes com IAM com supra de ST (p < 0,00001 - estudo ISIS-2)
○ derivados tienopiridínicos
■ clopidogrel, ticagrelor, prasugrel
→ doses de ataque - ideal é ser pré-hospitalar:
- clopidogrel: 300 ou 600 mg (mas só há cp de 75 mg → geralmente 4 a 8 cp)
- ticagrelor = 2 cp de 90 mg
→ obs: nenhum desses disponível pelo SUS
○ antagonistas dos receptores glicoproteicos IIb-IIIa
■ abciximab, tirofiban
→ esses, só em cenários de hemodinâmica!
● Antitrombóticos/anticoagulantes:
→ impedem que o trombo aumente
○ heparinas antigas / não fracionadas (HNF)
■ hoje, são mais usadas pra quem tem insuficiência renal
■ injeção
■ dose: 60 UI/kg (< 4000 UI) + 12 UI/kg/h (< 1000 UI)
○ heparina de baixo peso molecular (HBPM) = enoxaparina
■ dose: 30 mg IV + 1 mg/kg 12/12h
● se DCE < 30 ml/min = 24/24h
○ fondaparinux
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● Anti-isquêmicos:
○ nitratos
■ reduz pré-carga e pós-carga, diminuindo consumo de oxigênio; age na vasodilatação arterial
■ diminui vasoespasmo coronariano
■ potencial inibição da agregação plaquetária
○ betabloqueadores
○ antagonistas dos canais de cálcio
○ inibidores da ECA
● Trombolíticos:
→ destroem o trombo
○ estreptoquinase (SK)
○ ativador tecidual do plasminogênio
○ trombolíticos de terceira geração
- contraindicações:
○ sangramentos abdominais, dissecção de aorta (se paciente tiver em dissecção de aorta e receber
trombolítico, só vai se agravar), RCP prolongada, trauma ou cirurgias nas 2 semanas precedentes,
AVC hemorrágico prévio, gravidez
→ sinais de reperfusão - quando se faz o tto com trombolíticos:
- se supra baixou 50%
- se há arritmias de reperfusão
- se dor melhorou
● Angioplastia:
→ vantagens sobre os trombolíticos:
○ patência arterial precoce, superior a 90%
○ melhor manutenção de fluxo coronariano pleno
○ menor lesão de reperfusão
○ melhora da função ventricular
○ menor risco de sangramento e AVC
○ redução nas taxas de reoclusão, reinfarto e mortalidade hospitalar
→ Analgesia:
- AINEs (exceto para aspirina), tanto os não seletivos quanto os seletivos (inibidores da COX-2), não devem ser
administrados durante a hospitalização por IAM devido ao aumento do risco de mortalidade, re-IAM, HAS, IC
e ruptura do miocárdio
→ Estatinas:
- ideal é ministrar já na chegada da emergência e para o resto da vida → prevenção secundária para novos
infartos (ou pessoas com hiperlipidemia podem tomar antes de ter um infarto - prevenção primária)
- a "comum" é a sinvastatina
- a de 20 mg é a única estatina disponível no SUS → receitar 2 cps/dia
- as mais potentes são a rosuvastatina (20 - 40 mg) e a atorvastatina (40 - 80 mg)
- entre elas, a rosuvastatina é a melhor! causa menos mialgia (complicação frequente das estatinas,
cerca de 30% das pessoas apresenta)
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COMPLICAÇÕES
● Arritmias
● Re-IAM
● Insuficiência Cardíaca
● Choque cardiogênico
● Pericardite
● Aneurisma / coagulação intravascular (CIV) / ruptura papilar - ruptura da parede livre do VE
22/08
VER SLIDES!
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29/08
INTRODUÇÃO
Vários tipos:
● Melanoma
● Carcinoma basocelular
● Carcinoma epidermoide
→ Câncer de pele não melanoma → 1,3 milhões de novos casos ao ano
MELANOMA
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○ nodular (20%)
■ é o mais agressivo
■ desde o início é melanoma, já é lesão palpável
○ lentigo maligno (10%)
■ demora muitos anos para se desenvolver (é o de desenvolvimento mais lento)
■ ocorre em áreas fotoexpostas
● ocorre principalmente na face; mais comum em idosos
■ dx difícil! confunde com manchinhas solares
■ tem tropismo pelos folículos pilosos
● se desenvolvem primeiro ao redor dos folículos pilosos e só depois se alastra
○ lentiginoso acral (5%)
■ melanoma ungueal
● sinal de Hutchinson (imagem ao lado)
○ há melanoníquia = pigmentação marrom ou negra que se estende até a área ao
redor da unha, como a cutícula ou a prega ungueal (a dobra de pele dura nos lados
da placa ungueal onde a unha e a pele se encontram), resultante de uma deposição
aumentada de melanina
○ geralmente, a mancha é linear
○ o sinal de Hutchinson é o derrame de pigmento melânico periungueal no
melanoma ungueal e indica a propagação superficial do tumor
■ melanoma em mucosa
■ melanoma ocular
Lentigo maligno:
Melanoma nodular:
Melanoma de
espalhamento superficial:
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● Diagnóstico e tratamento:
○ biópsia excisional (retira todo o tumor já na biópsia)
○ biópsia incisional (retira apenas um fragmento do tumor para análise)
○ ampliação de margens
○ biópsia de linfonodo sentinela
■ Breslow 0.8 - 1 mm - discutir com o paciente
■ Breslow > 1 mm - sempre fazer
■ como faz? → injeção de contraste radioativo e linfocintilografia pré-operatória e corante
azulado intraoperatório na área da cicatriz para identificação do primeiro linfonodo da cadeia
de drenagem
○ se LNS positivo: linfadenectomia ou seguimento ecográfico
○ adjuvância - estágio III
→ OBS - biópsias:
- biópsia excisional: a que retira toda a lesão
- biópsia incisional: retira uma amostra para análise, o restante da lesão fica
- face, palmas, plantas, unhas - biópsia incisional quando a suspeita é melanoma (pelo risco de
mortalidade e pela estética)
→ OBS 2: Nevos podem crescer até os 50 - 60 anos, depois, no geral deveriam ser estáveis
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● Prevenção:
○ evitar bronzeamento artificial (camas (?) de bronzeamento)
○ evitar exposição solar excessiva
○ usar protetor solar e roupas de proteção
○ participar em programas de educação de câncer de pele
○ estar bem familiarizado com os sinais A, B, C, D, E do melanoma
○ monitorizar de perto quaisquer mudanças na examinação da pele e buscar cuidado médico
○ um autoexame da pele pelo próprio paciente e um exame total da pele pelo médico periodicamente
são recomendados em pacientes com nevos múltiplos e/ou atípicos
○ indivíduos de alto risco (ex: vários nevos atípicos) podem usar fotografias totais do corpo e
dermatoscopia digital de vigilância
○ a estratégia de excisão profilática de todos os nevos melanocíticos em pacientes com lesões múltiplas
não tem comprovação de reduzir riscos!
CARCINOMA BASOCELULAR
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→ Para casos extremamente graves, há o Vismodegib, uma medicação sistêmica que funciona por meio de
terapia alvo, mas que é muito cara → tenta-se por judicialização
○ ideal em casos tão graves que vêm a ser inoperáveis
CARCINOMA EPIDERMOIDE
→ PRA GRAVAR DA AULA: carcinoma basocelular é o mais comum, o epidermoide é o intermediário e o melanoma é
o mais raro. O nível de gravidade é o inverso (sendo o melanoma é o mais grave) - mas, raras vezes, o CBC pode ser
bem grave.
OBS IMPORTANTE: Todas as tabelas e imagens sobre Melanoma foram tiradas do artigo "Guidelines of care for the
management of primary cutaneous melanoma" (link aqui: https://www.jaad.org/article/S0190-9622(18)32588-X/pdf)
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05/09
● São doenças raras que não podem deixar de ser diagnosticadas, sob pena de aumentar a morbidade e
mortalidade, com impacto na qualidade de vida
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12/09
INTRODUÇÃO
FISIOPATOLOGIA
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EPIDEMIOLOGIA
● TEP perde só pra infarto e derrame (AVE) → é a 3ª causa mais comum de evento cardiovascular
● TEP gera 300.000 mortes/ano nos EUA - sendo que 30% são mortes súbitas
○ sendo que, muitas vezes, TEP é evitável
FATORES DE RISCO
● Estase venosa
● Hipercoagulabilidade / doenças que levam a estado de coagulabilidade (ex: câncer)
● Lesão endotelial
● Gestação e pós gestação imediata (puerpério)
● Histórico de cirurgia recente → ortopédica, plástica
● Pacientes restritos ao leito (justamente pela estase venosa) - e não só idosos!
→ não há determinação de tempo de cama para definir risco; define-se pela restrição mesmo, pela falta de
movimentação
○ automaticamente procurar em prontuário sobre profilaxia para trombose (heparina)
○ geriatria, traumatologia, cirurgia plástica
● Cx abdominais e ortopédicas; traumatismos (fraturas de quadril, mmii) (justamente pela injúria endotelial)
● Medicações (anticoncepcionais, reposição hormonal, gestação, malignidades (estados de
hipercoagulabilidade)
○ obs: inclusive, às vezes, TEP é a primeira manifestação de um câncer!
29
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DIAGNÓSTICO
● Exame clínico
● Exame laboratorial / ECG
● Exame radiológico
→ O MAIS IMPORTANTE PARA DIAGNOSTICAR TEP É PENSAR QUE PODE SER TEP
● Sempre procurar associar a clínica com os fatore de risco
● taquipneia, dispneia e dor pleurítica (ventilatório-dependente) são sinais / sintomas clássicos
○ mas sempre lembrar que o espectro é grande - sintomas/sinais variam bastante
HÁ OUTROS ESCORES DE PROBABILIDADE, COMO O DE GENEVA (Geneva clinical prediction rule for PE)
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
→ EXAMES:
● Exames que podem ser feitos para confirmar TEP:
○ 1) D-dímero
■ produto de degradação da fibrina na presença de coágulos
● se tem um coágulo grande no pulmão, deve ter os ddímeros altos (onde tiver
sangramento, terá ddímeros elevado)
■ alta sensibilidade
● um d-dímero baixo confirma que não há TEP - principalmente se for uma pessoa
que, mesmo antes do teste, pela história, tem pouca probabilidade de ter TEP
30
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■ baixa especificidade
● um d-dímero elevado não afirma que é TEP
● também está elevado nas seguintes situações:
○ neoplasias
○ cirurgias recentes
○ idosos
○ pacientes obstétricas
○ doenças inflamatórias e reumatológicas
○ doenças vasculares periféricas
→ SÓ SE FAZ DDÍMEROS SE A PROBABILIDADE DE A PESSOA TER TEP FOR BAIXA!
→ Se probabilidade de ter TEP é baixa, mas ddímeros der alto → sentar e revisar a história com o
paciente, seguir investigação
○ 2) angiotomografia pulmonar
■ vantagens:
● sensibilidade / especificidade perto de 100% em artérias principais e segmentares
● rápido e resolutivo
● menos invasivo que a angiografia
■ desvantagens:
● sensibilidade baixa para artérias periféricas
● exige pessoal treinado
● uso de contraste
● alto custo
■ não é o padrão ouro, mas é o mais feito na prática (ou seja, é quase o padrão ouro)
→ Se houver alta probabilidade de ser TEP, não faz d-dímero, faz angioTC direto!
○ 3) Angiografia pulmonar
■ padrão ouro
● vê melhor a circulação periférica
■ invasiva
■ uso de contraste
■ preservada para casos extremos (quando fica em dúvida do resultado da angioTC)
○ raio-x de tórax
■ normal em 14-34% dos casos (isso é dado que tava no slide; Chatkin falou que na verdade é
normal na maioria dos casos)
■ processo inflamatório por substâncias broncoconstritoras → redução da produção de
surfactante
■ muitas vezes (no slide dizia 68%), aparece atelectasia laminar no raio-x
■ pode aparecer também (em ordem decrescente de frequência):
● derrame pleural
● opacidade justapleural
● elevação do diafragma
● dilatação da artéria pulmonar
● Sinal de Westermark = veem-se vasos de um lado, mas não do outro (? - algo
assim)
● cardiomegalia
■ raio-x pode mostrar também a Cunha de Hampton = necrose pulmonar pelo tep
atelectasia laminar sinal de Westermark cunha de Hampton
31
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○ ECG
■ tem pouca sensibilidade para TEP, mas afasta infarto
● até serviria para identificar padrões típicos de TEP, mas, na prática, se usa para
afastar infarto mesmo
■ onda P pulmonar
■ inversão de onda T nas derivações V1-V4, DIII e aVF; padrão S1Q3T3
○ gasometria
■ hipoxemia - PaO2 < 75 mmHg
■ baixa da relação ventilação/perfusão
■ gasometria normal não exclui TEP!
○ ecocardiograma
■ sinais de hipertensão pulmonar água
■ falência de ventrículo direito (porque precisa fazer muita força para bombear o sangue)
○ cintilografia pulmonar
■ déficit na relação ventilação/perfusão
■ diagnóstico de probabilidade
■ não há diagnóstico de certeza (pra TEP)
○ enzimas cardíacas
○ hemograma completo
● Terapia anticoagulante
○ heparina não fracionada (HNF)
■ dose de ataque e manutenção
■ bomba de infusão
■ controle kttp é necessário
● vantagem??? (tava assim no slide)
■ iniciar anticoagulante oral nas primeiras 24h; controle pelo TP
→ é um tratamento bom no ambiente de UTI (pessoas em casa não sabem fazer; no andar da
internação é ruim também)
○ heparina de baixo peso molecular (HBPM)
■ administrada de forma subcutânea
■ sem necessidade de monitorização da coagulação
■ iniciar anticoagulante oral nas primeiras 24h; controle pelo TP
■ uso em obesos > 100 kg é discutível
■ início de ação mais lento - recomendada a dose de ataque EV de HNF
32
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○ anticoagulação oral
■ o anticoagulante oral só deve ser começado após a confirmação diagnóstica de TEP
■ deve ser iniciado em conjunto com HNF ou HBPM, que poderá ser suspensa tão logo o
controle da anticoagulação oral tenha atingido o alvo (RNI entre 2 - 3 por pelo menos 24h) e
tempo de sobreposição entre heparinas e AVK de no mínimo 5 dias
○ novos anticoagulantes
■ xarelto, eliquis, etc.
■ têm outro mecanismo farmacológico: agem em outra etapa da coagulação que não na vit K
■ vantagem: não precisa ficar controlando o TP por exame de sangue (porque o medicamento
não tem como composto o antagonista da vitamina K, como os anticoagulantes mais antigos)
■ desvantagem: custo
→ Contraindicações relativas para anticoagulação:
→ Complicações da anticoagulação:
➢ sangramento* - varia de 1 - 33%
➢ plaquetopenia - varia entre 1 - 5%
➢ osteoporose - ocorre se uso prolongado (> 3 meses)
➢ reações alérgicas
➢ hiperpotassemia
→ Gestação / Lactação e anticoagulação:
➢ se na gestação, dar preferência para as heparinas em comparação aos anticoagulantes oral!
➢ heparina:
○ não ultrapassa a barreira placentária
○ deve ser usada por toda a gestação
○ pode ser usada durante a lactação
➢ anticoagulantes orais:
○ contraindicados durante a gestação
○ liberados durante a lactação
● Terapia trombolítica
○ dá-se uma dose alta de trombolítico para destruir o trombo
○ alteplase, estreptoquinase
○ indicação absoluta:
■ instabilidade hemodinâmica (hipotensão)
33
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○ indicações relativas:
■ disfunção de ventrículo direito
■ hipoxemia severa
■ áreas de extensa embolia (mais da metade do leito vascular), mesmo sem alteração
hemodinâmica (se não houver contraindicações)
LEMBRETES
19/09
DEFINIÇÃO
→ obs: n
em sempre sintoma e alteração estrutural/funcional aparecem juntos!
ex: um paciente com FE super-reduzida pode quase nem ter falta de ar ou vice-versa
→ obs 2: BENDOPNEIA = falta de ar ao se abaixar para pegar objeto, por exemplo
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RELEVÂNCIA CLÍNICA
Fonte: Protocolo de
Insuficiência Cardíaca (IC)
http://www.rio.rj.gov.br
IC - HOMEOSTASE E DESEQUILÍBRIO
35
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36
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● disfunção diastólica:
○ coração parece normal no ecocardiograma;
FE é normal, entre 55 e 75
○ comum em pessoas com HAS descontrolada
ou diabetes
obs 1: insuficiência do VD é mais rara e leva a mais edema periférico; insuficiência do VE é mais importante
obs 2: sopro sistólico de regurgitação mitral é típico de VE dilatado
obs 3: doença cardíaca, quando relacionada a diabetes, geralmente é microvascular, afeta coronárias menores e mais periféricas
37
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AVALIAÇÃO CLÍNICA
ETIOLOGIA DA IC
Doenças do miocárdio:
● Doença cardíaca isquêmica
○ cicatriz miocárdica
○ hibernação miocárdica (? - myocardial stunning/hibernation)
○ doença arterial coronária epicárdica
○ microcirculação coronária anormal
○ disfunção endotelial
● Dano tóxico
○ abuso de substâncias recreativas
○ metais pesados
○ medicações (drogas citostáticas, imunomodulatórias, antidepressivas, antiarrítmicas, AINEs, anestésicos)
○ radiação
● Dano inflamatório imuno-mediado
○ relacionado à infecção ou não
● Infiltração
○ relacionada à malignidade ou não
● Distúrbios metabólicos
○ hormonal
○ nutricional
● Anormalidades genéticas
Condições de sobrecarga:
● Hipertensão
● Defeitos estruturais das valvas e/ou do miocárdio - adquiridos ou congênitos
● Patologias do endomiocárdio e/ou do pericárdio
● Estados de alto débito (? - high output states)
Arritmias:
● Taquiarritmias
● Bradiarritmias
ESTÁGIOS NO DESENVOLVIMENTO DA IC
também é
importante
saber essa
classificação
por estágios
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→ pacientes "secos" têm quadro pior → podem entrar em choque cardiogênico (acontece quando o coração perde sua capacidade para
bombear sangue em quantidade adequada para os órgãos, causando diminuição acentuada da pressão arterial, falta de oxigênio nos tecidos e acúmulo
evem ir para a UTI e receber suporte inotrópico
de líquidos nos pulmões); d
ICFER x ICFEP
→ Definição de insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (HFrEF), mid-range (HFmrEF) e preservada (HFpEF):
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● Atividade reumática
● Endocardite infecciosa
● Embolismo pulmonar
● Arritmias cardíacas e pró-arritmia (taqui-bradiarritmias, ExtraSsístole Ventricular, Bloqueio AtrioVentricular)
● Anemia
● Infecções
● Tireotoxicose
● Gestação
● Estresse físico e emocional
● Administração excessiva de sal e fluidos
● Drogas inotrópicas negativas (antiarrítmicos, antagonistas de cálcio, antidepressivos tricíclicos, lítio)
● Drogas vasoconstritoras e com efeito retentor de sódio e água
● Drogas depressoras da função cardíaca (álcool, cocaína, anfetaminas e outras drogas ilícitas)
● Não adesão ao tratamento
AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR
Eletrocardiograma
● Alterações de ritmo:
○ fibrilação atrial
○ arritmias ventriculares
○ bloqueios AtrioVentriculares (BAVs)
● Frequência cardíaca (FC)
● Evidência de hipertrofia
● Ondas Q patológicas
● Ondas P mitrale ou pulmonale
● Distúrbios de condução
● Alterações ST-T (metabólicas ou drogas)
Radiografia de tórax
● Tamanho e forma das cavidades
● Vasculatura pulmonar e congestão
● Derrame pleural
● Configuração do mediastino
● Anormalidade dos grandes vasos
● Índice cardiotorácico (> 0,50)
40
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Ergometria
● Avaliação da capacidade funcional / prescrição de exercício
● Avaliação de isquemia
● Avaliação terapêutica
→ Teste da Caminhada (6min)
○ avaliação da eficácia de drogas
○ desempenho: > 450m → bom prognóstico
< 150 - 300m → pior prognóstico
→ Ergoespirometria
○ medida da ventilação pulmonar e análise de CO2 e O2 expirados (transplante cardíaco e tratamento
avançado)
Ecocardiograma
● É fundamental para confirmar suspeitas
● Permite diferenciação entre ICFER e ICFEP
● O transesofágico requer sedação; o transtorácico pode ser feito com o paciente acordado
● É o método de diagnóstico mais útil, que permite avaliar:
○ FE preservada X reduzida?
○ estrutura do VE normal X anormal?
○ outras estruturas (pericárdio, válvulas, VD) alteradas?
→ Modo "M" e Bidimensional
● Forma e tamanho de cavidades
● Movimento e integridade valvar
● Fração de encurtamento dos ventrículos
● Análise de movimento das paredes
● Derrame pericárdico
→ Dopplerecocardiografia = Eco-Doppler (pulsado e contínuo)
● Quantificação de estenose e regurgitação valvar
● Estimativa da PA pulmonar
● Estimativa do volume sistólico (VS) e do débito cardíaco (DC)
● Características do enchimento diastólico
● Detecção de "shunts"
Estudo eletrofisiológico
● Avalia sistema excito-condutor
● Indução de arritmias
● → Indicação:
○ pacientes recuperados de parada cardíaca
○ síncope
○ disfunção grave de VE (TV - trombose venosa? - sustentada visando indicação de cardioversor-desfibrilador implantável)
Ventriculografia Radioisotópica
● Acurada medida da função de VE
● Avaliação da fração de ejeção (FE) de VD
● Inábil para avaliar anormalidades valvulares e hipertrofia cardíaca
Hemodinâmica e Angiocardiografia
● Anatomia coronariana
● Defeitos congênitos complexos
● Disfunções valvulares
● Conduta em transplantes cardíacos (resistência pulmonar)
● Diagnóstico de disfunção diastólica (restrição pericárdica)
● Determinação da natureza tromboembólica pulmonar
● Cateterismo é usado principalmente para identificar cardiopatia isquêmica
41
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ADHERE: a
nálise de BNP nas 24h de internação
● O BNP (Peptídeo Natriurético do tipo B) é um preditor independente de mortalidade em pacientes com reduzida
E preservada função ventricular
● O BNP "mede" IC → se alto, é provável que haja IC
● Se BNP for normal, é mais provável que haja uma DPOC descompensada
Biópsia Endomiocárdica
● Diagnóstico e controle de rejeição em pacientes transplantados
● Método de valor diagnóstico em amiloidose, hemocromatose, sarcoidose, fibroelastose endocárdica e
Síndrome de Loeffler
TRATAMENTO
● Objetivos:
○ melhorar a situação clínica
■ melhorar a qualidade de vida
■ melhorar a tolerância ao esforço
■ reduzir hospitalizações
○ reduzir mortalidade
● Mais usados no tratamento da IC:
○ até 1986: vasodilatadores, Digoxina, diuréticos
○ depois de 1986: Espironolactona, betabloqueadores, Enalapril
→ medicamento novo: Entresto (sacubitril, que é um inibidor natriurético, + valsartana) - promete alta eficácia
42
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→ Outros tratamentos farmacológicos para pacientes com IC (NYHA classe II-IV) com FE reduzida e sintomáticos:
→ Recomendações para Terapia Cardíaca com Ressincronizador (RESSINC) em pacientes com IC:
43
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NYHA é
classificação
mais usada, é
bem clínica!
● A ICFER (IC com Fração de Ejeção Reduzida) melhorou substancialmente com o desenvolvimento de:
○ três classes de drogas
■ 1) IECAs / BRAs; 2) Betabloqueadores; 3) Antagonistas de aldosterona
○ cardiodesfibriladores
○ ressincronizadores
● Prevalência:
○ ocorre em 1/3 dos pacientes com manifestações clínicas de IC e FE documentada (> 50%)
○ disfunção diastólica é duas vezes mais frequente em mulheres
○ prevalência maior em idosos, pacientes diabéticos e hipertensos
44
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Distúrbio de Relaxamento
● Causas:
○ cardiomiopatia hipertrófica
○ hipertrofia ventricular (EAo - estenose aórtica -, HAS, isquemia)
● Terapêutica:
○ betabloqueadores
○ bloqueadores dos canais de cálcio
○ iECAs (exceto para cardiomiopatia hipertrófica, mesmo nas formas não obstrutivas)
Redução da Complacência
● Causas:
○ síndromes restritivas (endomiocardiofibrose, amiloidose, pericardite constritiva)
● Terapêutica:
○ iECAs
○ diuréticos (com cautela)
○ betabloqueadores e bloqueadores dos canais de cálcio (isquemia)
○ digitálicos - em pacientes com fibrilação atrial (FA) → reduzem sintomas e morbidade
DISFUNÇÃO SISTÓLICA
● Geralmente começa com iECA, principalmente…
○ enalapril - de 12 em 12h*
○ lisinopril - não tem no sus
○ captopril - sus, mas ação muito curta, tem que usar de 8 em 8h - adesão mais difícil
■ mas, no hospital, é melhor captopril do que o enalapril se paciente descompensado, porque
corrige mais rápido
● …ou betabloqueador
○ ex: carvedilol, que também tem vasodilatador e além disso tem ação anti radicais livres, protege o
endotélio
■ quando usa simples ou combinado? → se FE < 40, dar preferência para carvedilol,
metoprolol e bisoprolol, que são mais cardiosseletivos e adequados
45
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● Em caso de associar diurético → se não está muito descompensado, pode ser tiazídico; se está
descompensado, dar diurético de alça (ação mais rápida e evita redução de absorção visceral - intestino)
● Entresco - sacubitril/valsartana - pode substituir iECA porque demonstrou superioridade em comparação a ele
26/09
INTRODUÇÃO
→ O eletrocardiograma (ECG):
→ intervalo P - QRS
normalmente não pode
durar mais de 0,20s, ou
seja, não pode passar
de 5 quadradinhos no
ECG
46
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BRADICARDIAS
DEFINIÇÃO:
● Quando a FC é < 60 bpm
● Há sintomas quando a FC é < 50 bpm
● Sinais e sintomas graves:
○ alteração do nível e consciência
○ dor torácica anginosa
○ insuficiência cardíaca e congestão pulmonar
○ hipotensão arterial
○ síncope - fraqueza - tontura - lipotímia (desmaio)
ETIOLOGIA:
● Drogas / medicamentos
○ antiarrítmicos, digoxina, betabloqueadores, etc.
● Infecções
● Distúrbios metabólicos
● Isquemia miocárdica
○ principalmente IAM de parede inferior
■ área dos nodos é irrigada pela coronária direita
● Hipoxemia
● Aumento de pressão intracraniana
● Hipotireoidismo
● Doença do nó sinusal
TIPOS DE BRADICARDIAS:
● Bradicardia Sinusal:
○ FC < 60 bpm
○ geralmente, a sintomatologia surge quando a FC é < 50 bpm
● Síndrome Bradi-Taqui:
○ uma breve taquicardia irregular precede uma descarga lenta do nó sinusal
→ OBS: a bradiarritmia sinusal depende da respiração / a síndrome bradi-taqui, por outro lado, independe da respiração
CONDUTA
BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES
ETIOLOGIA:
● Drogas
○ digoxina, betabloqueadores, bloqueadores de canais de cálcio, amiodarona
● IAM; Isquemia miocárdica crônica
● Fibrose e esclerose do sistema de condução
● Doenças reumatológicas; doenças infecciosas
○ Chagas, endocardite, miocardite
● Cardiopatias congênitas
● Pós-operatório de cirurgia cardíaca
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TAQUICARDIAS
DEFINIÇÃO:
● Quando a FC é > 100 bpm
● Geralmente há sintomas quando a FC é > 150 bpm
● Intervalo P - QRS é menor
ETIOLOGIA:
● Ansiedade
● Febre
● Insuficiência cardíaca
● Dor
● Isquemia
● Valvulopatias
● Disfunção tireoidiana
● Embolia pulmonar
○ o primeiro sinal físico é taquicardia sinusal!! (o primeiro sintoma pode ser dispneia)
SINAIS DE ALERTA:
● Choque - hipotensão
● Alteração do estado mental
● Dor anginosa
● Dispneia - insuficiência cardíaca aguda
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TIPOS DE TAQUICARDIA:
● Taquicardia Sinusal:
○ onda P e complexos QRS normais, mas FC > 100 bpm
○ etiologias:
■ fisiológicas: emoção, exercício, atividade sexual, dor, gravidez
■ patológicas: ansiedade, ataque de pânico, febre, desidratação, hipertireoidismo, hipoglicemia,
diabetes com disautonomia, TEP, IAM, pericardite, valvopatia, ICC, choque
■ medicamentos: adrenalina, noradrenalina, dopamina, dobutamina, atropina, salbutamol,
retirada de beta-bloqueador
■ drogas ilícitas: anfetaminas, cocaína, LSD, ecstasy, crack
■ outras: álcool, café
○ conduta:
● Extrassístole Atrial-Supraventricular:
○ a onda P aparece antes do previsto e sua forma é diferente da habitual
○ APB (?)
● Taquicardia Supraventricular Paroxística:
○ 160 - 220 batimentos/minuto
○ QRS < 0,12s = QRS estreito
○ estímulo se origina acima do Feixe de Hiss
→ conduta na taquiarritmia supraventricular com pulso instável
hemodinamicamente:
- FC > 100 bpm (usualmente > 150 bpm) → acesso venoso
periférico + MCC (monitorização cardíaca contínua) + O2 s/n
→ se choque - hipotensão, alteração do estado mental, angina,
dispneia → sedação / analgesia + cardioversão elétrica
sincronizada
○ basicamente, é necessária a reversão a ritmo sinusal!
■ pacientes jovens geralmente revertem essa situação com massagem do seio carotídeo →
estimulo vagal
■ pacientes idosos → cuidar! essa manobra pode soltar alguma placa de ateroma → AVC!
■ se não resolver, droga de escolha é adenosina, que é a mais rápida!!! → se não tiver ela,
verapamil ou betabloqueador (Isolol)
■ se tudo isso for inefetivo, ou seja, se precisar de choque, deve ser o sincronizado! se cair em
cima de uma onda P (que é o que geralmente acontece com o não sincronizado), pode
acarretar parada cardíaca!
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FIBRILAÇÃO ATRIAL
DEFINIÇÃO:
● Várias condições independentes nos átrios - múltiplos focos
● A FA tem início em contrações atriais prematuras em focos próximos às veias pulmonares
● É a arritmia sustentada mais comum
● Não tem ritmo sinusal; a atividade auricular é caótica, sem ondas P organizadas e com FC irregular
● "Ondas fininhas, baixinhas", segundo o Guaragna
● Prevalência aumenta com a idade
● 5% das pessoas acima e 70 anos têm FA
● Após os 70 anos, 60% são do sexo feminino
● Portadores de FA têm 5x mais risco de AVC e 3x mais risco de IC
● O átrio contribui com 15% do DC → na fibrilação atrial, há perda dessa parte do DC
CLASSIFICAÇÃO:
● Inicial: refere-se ao primeiro diagnóstico de FA (antes de maiores investigações)
● Paroxística: termina espontaneamente, sem fármacos ou CVE (cardioversão elétrica) - dura menos de 7 dias
● Persistente: instala-se e não se interrompe, a menos que seja com drogas ou CVE - dura mais de 7 dias
● Permanente: tentativas de reversão sem sucesso ou opção por não reversão
● Solitária / Isolada: FA única em paciente com menos de 60 anos sem cardiopatia
ETIOLOGIA:
→ 30% pode ocorrer sem cardiopatia estrutural (ex: após trago)
● Idade
● Obesidade
● HAS
● Valvulopatia
● Pericardite - miocardite
● Cardiopatias - principalmente se do lado esquerdo do coração → estenose ou insuficiência mitral
● TEP
● Hipertireoidismo
● DPOC
● Isquemia miocárdica
● Consumo de álcool ("holiday heart"), cafeína, estimulantes
● Cirurgia cardiotorácica
● Apneia obstrutiva do sono
● Infecção
SINTOMAS:
● Palpitação
● Fadiga - dispneia - intolerância ao exercício
● Desconforto torácico - dor torácica
● Insuficiência cardíaca aguda
● Pré-síncope ou síncope
● Choque - baixo débito cardíaco
DIAGNÓSTICO:
● Paciente idoso com história de síncope
● Holter
● Bloqueio e reversão espontânea da FA
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CONDUTA:
se paciente estável,
cardioversão química com
amiodarona (droga com
muito potencial de reverter
para ritmo sinusal - já pode
ter um trombo ali; não
pode dá-la pós 48h)
FLUTTER ATRIAL
DEFINIÇÃO:
● Um circuito de "macrorreentrada" ativa os átrios com uma frequência variável que pode chegar a 300 bpm
○ a FC no flutter é maior do que na FA, podendo chegar a 300 bpm
○ atividade auricular rápida em forma de "serras"
● O nódulo AV pode permitir a passagem de meios batimentos ou de forma variável
● Ondas grosseiras, em serrote
● Pessoa pode ter fibrilação atrial E flutter
● No flutter, sempre há uma doença por trás (diferentemente da FA, na qual 30% não tem patologia de base)
CONDUTA:
● Semelhante à da fibrilação atrial
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EXTRASSÍSTOLES VENTRICULARES
DEFINIÇÃO:
● Estímulo que nasce abaixo do nodo atrioventricular, no ventrículo (mas podem ser multifocais)
● Pausa compensatória pra entrar uma nova onda P e QRS
● Quanto mais precoces forem (na fase de recuperação/repolarização do ventrículo), ou seja, quanto mais perto
da onda P, mais perigosas elas são → podem ocorrer no período refratário e desencadear uma fibrilação
ventricular (?)
DIAGNÓSTICO:
● Feito por ECG, o qual revela complexo QRS alargado, sem onda P precedente, tipicamente sucedido por
pausa totalmente compensatória
TAQUICARDIA VENTRICULAR
DEFINIÇÃO:
● QRS alargado
○ > 0,16s se padrão de BRE (bloqueio de ramo esquerdo?)
○ > 0,14s se padrão de BRD (bloqueio de ramo direito?)
○ eixo entre 90º e 180º
○ FC rápida r egular
○ história de doença cardíaca estrutural
● Frequentemente sintomática
● Série de 3 ou mais ESV - pode ser TV sustentada (> 30s) ou TV não sustentada (< 30s)
● TV monomórfica: foco anormal único ou via reentrante e complexos QRS de aspecto idêntico e regulares
● TV polimórfica: vários focos ou vias diferentes e complexos QRS variáveis e irregulares
● É sempre indicação de patologia!
○ 9% das vezes é uma cardiomiopatia grave
■ geralmente isquêmica
■ mas também pode ser displasia arritmogênica do VD, que acontece muito em jovens e é
muito séria, causa morte súbita, pois há "invasão de gordura" - substituição de tecido por
gordura - no VD
● Paciente ainda pode ter pulso
ETIOLOGIA:
● Ocorre através do mecanismo de reentrada
● Isquemia miocárdica:
CONDUTA:
● Com instabilidade hemodinâmica → cardioversão sincronizada (pelo risco de cair na onda P e causar parada
se for não sincronizada)
● Sem instabilidade hemodinâmica → cardioversão elétrica sincronizada / drogas: amiodarona e lidocaína
● Ablação por cateter
● Cardiodesfibrilador implantável
○ FE reduzida - 35%
○ morte súbita abortada
○ expectativa de vida de pelo menos 1 ano
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FIBRILAÇÃO VENTRICULAR
DEFINIÇÃO:
● SINÔNIMO DE PARADA CARDÍACA
● Não palpa pulso
● Se alguém tem uma síncope na rua e tu não consegue palpar pulso, ta autorizado a já começar massagem
cardíaca - chamar samu e etc.
CONDUTA:
● O tratamento é choque! - cardioversão NÃO sincronizada (vai ser sincronizado com o que, se não tem QRS?
→ como não tem QRS, não teria estímulo para disparar o choque)
53