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INTRODUÇÃO 3
CAPITULO 1 4
CAPÍTULO 2 7
CAPÍTULO 3 13
CONCLUSÃO 19
Há até bem pouco tempo - em termos históricos -, a humanidade não passava dos 30
anos, portanto a ciência e a medicina entendiam pouco sobre os processos ocorridos no
organismo após essa idade. Mesmo assim, elas nos proporcionaram um saldo
extremamente positivo, elevando em muito a expectativa de vida, ante a descoberta de
soluções para doenças tão comuns em épocas passadas, especialmente as infecciosas.
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UM BREVE HISTÓRICO A RESPEITO DA HORMONOLOGIA
Durante a segunda década do século XX, teve início a nomeação dos primeiros
hormônios, com a estrutura química de suas moléculas isolada e identificada. Na
ocasião, ginecologistas foram os pioneiros nos estudos sobre hormônios e os utilizavam
quase exclusivamente para tratar os fogachos que acometiam mulheres que entravam
na menopausa. Contudo, prevalecia um altíssimo grau de empirismo e, embora
identificados, não se compreendia muito bem as funções dos hormônios, o que tornou
esse tempo de descoberta heroica um momento cercado por tabus, medos e
desinformação.
Foi nesse contexto, nas décadas de 60 e 70, que verificou-se um maior risco de
desenvolvimento de câncer de mama por mulheres tratadas com hormônios em
comparação às mulheres de mesma idade que não faziam o tratamento. E é desde
então a visão deturpada que relaciona a reposição hormonal ao câncer até os dias de
hoje!
É esse preconceito e alguns outros, tais como “hormônios engordam”, “hormônios dão
pelo e acne”, “hormônios fazem mal à saúde” que vamos desconstruir no decorrer deste
e-book.
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A EVOLUÇÃO APÓS OS ANOS 80
Ainda bastante rodeada de tabus, nos anos 80 a terapia hormonal conseguiu dar um
salto significativo!
Esse movimento foi ganhando corpo nos anos 90, sobretudo por conta do surgimento de
novas áreas de pesquisa, novos conceitos, das múltiplas opções e do crescimento da
abrangência terapêutica.
Veja bem, o que tivemos logo no início deste século, foi justamente a consolidação do
conceito de hormônios bioidênticos, ou hormônios homólogos humanos, cuja molécula
possui a mesma estrutura dos hormônios produzidos naturalmente pelo organismo e
que, ao se conectar a um receptor, é prontamente reconhecida como uma substância
própria desse sistema.
Os resultados desse avanço ainda são pequenos, se considerarmos, por exemplo, que o
Brasil tem cerca de 29 milhões de mulheres entre o climatério e a menopausa, segundo
estimativas do IBGE (2014), e apenas 50% delas fazem algum tipo de tratamento, não
sendo possível identificar se com medicamentos (hormônios sintéticos) ou com
hormônios bioidênticos.
Da mesma forma, temos hoje, quase 40% da população com mais de 60 anos, vemos a
expectativa de vida aumentar e a taxa de natalidade cair em todo o mundo, o que
significa que, em pouco tempo, podemos ser realmente um Brasil majoritariamente de
idosos, e o número de pessoas entrando em estado de deficiência hormonal só vai
aumentar. Isso, considerando apenas o fator idade. Agora imagine se formos levar em
consideração os inúmeros hábitos insalubres, o estilo de vida adoecedor, a exposição
excessiva a toxinas e as mudanças ambientais que impactam o sistema hormonal
sobremaneira?
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NÃO SOMOS OS NOSSOS AVÓS!
Até aqui, você já sabe que hormônios são substâncias de suma importância para a
saúde e longevidade, mas talvez você esteja se perguntando como é que o seu avô, sua
avó ou outro conhecido, viveu mais de 90 anos - superando as expectativas comuns à
época em que nasceu - apenas com seu saboroso leite de vaca, comendo frutas do pé e
fazendo poucas refeições no dia, sem nunca ter ido ao médico para avaliar níveis
hormonais, muito menos fazer reposição.
Bom…observe bem! Hoje, a massiva maioria das pessoas faz diversas refeições por dia
e não é com boa comida, é com enlatados, industrializados, congelados e
ultraprocessados. O leite de vaca não é mais o mesmo. Os pés de frutas não são mais
os mesmos, pois são banhados de agrotóxicos e pesticidas. O solo não é mais o
mesmo. Você não dorme quando o sol se põe e não acorda quando ele nasce. Não faz a
maior parte dos percursos a pé. Provavelmente, ainda utiliza óleo vegetal para cozinhar.
Passa boas horas do dia com uma tela, seja do celular ou computador, acesa na sua
frente. Respira toxinas todos os dias. Para completar, você, assim como a maior parte de
nós, vive a correria da vida moderna e tem dificuldade de gerenciar todo o estresse
desse frenesi. Correto?
Todos esses fatores impactam em 80% das suas condições de saúde e longevidade. E
os outros 20%? São a genética, que, além de ter essa representatividade menor em
nosso contexto de saúde, também pode ser afetada por fatores epigenéticos. Ou seja,
nós podemos descender de pessoas longevas, mas a garantia de que viveremos tanto
quanto elas e com qualidade não existe!
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COMO OS FATORES EPIGENÉTICOS AGEM EM
NOSSO DNA?
Existem diferentes mecanismos envolvidos nas alterações das atividades dos nossos
genes, mas os mais conhecidos são as modificações químicas ocorridas nas proteínas
associadas ao DNA - as histonas - e no DNA em si.
Em seres humanos, a atuação dos fenômenos epigenéticos não é tão direta nos
fenótipos, mas já há uma série de evidências sobre os impactos dessas alterações na
prevenção ou no desenvolvimento de doenças como câncer, doenças autoimunes e
outras questões. A dieta, o sedentarismo, a exposição a toxinas e poluentes, a metais
pesados, ao estresse excessivo, são fatores comportamentais e ambientais que podem
afetar a atividade dos genes e até mesmo serem transmitidos para as gerações futuras.
Ou seja, o estilo de vida que levamos impacta não apenas na nossa própria saúde e
qualidade de vida, como pode impactar na de nossos filhos, netos, bisnetos e demais
gerações futuras.
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TEMPO DE FABRICAÇÃO X ESTADO DE
CONSERVAÇÃO
A data de nascimento é um marco do nosso tempo de fabricação, e não podemos alterar
ou impedir que esse tempo passe. É como começamos este e-book, lembra? A ladeira
do envelhecimento é um caminho obrigatório a ser percorrido por todos nós. Com cerca
de 18-22 anos de idade (é isso mesmo, começamos a descê-la bem antes de ficarmos
velhos!), tem início o processo de disfunção celular que leva ao envelhecimento, quando
os telômeros começam a não conseguir se renovar.
Além da idade, existem outros fatores que contribuem para o encurtamento dos
telômeros, como, por exemplo, o sedentarismo, a má alimentação, o fumo, o estresse e,
principalmente, os declínios hormonais. O estilo de vida de um indivíduo tem potencial
para fazer com que a idade biológica avance tão ou mais rápido do que a idade
cronológica. Por isso existem pessoas que sequer atingiram os 40 anos, por exemplo,
mas já estão experimentando condições “comuns da velhice”, como diabetes,
hipertensão, deficiências cognitivas e até câncer.
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Na prática, uma pessoa pode ter 60 anos e seu corpo estar trabalhando como se ela
tivesse 75, como é possível que outra funcione como se tivesse 45.
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O REAL SIGNIFICADO DE LONGEVIDADE
SAUDÁVEL
O que realmente é longevidade? Veja o que o dicionário Oxford (via Google) nos diz:
Se considerarmos que, no início do século XX, brasileiros viviam até cerca de 33 anos,
tendo essa expectativa de vida subido para cerca de 52-55 anos por volta dos anos 60 e
alcançado, atualmente, o marco de 76-78 anos, como estamos hoje, podemos entender
que os objetivos de longevidade vêm sendo atingidos, certo? Até pouco tempo, não
envelhecíamos e agora estamos alcançando idades cada vez mais avançadas!
Significa dizer, caro leitor, que, em que pese tenhamos ganhado muito mais tempo de
vida, a qualidade desse tempo não cresceu paralelamente a ele. Temos hoje no mundo,
pessoas jovens em termos de tempo de fabricação com péssimos estados de
conservação, que não precisariam ser uma realidade nem mesmo para quem já atingiu
idades avançadas.
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MAS AFINAL, O QUE É HORMONOLOGIA?
Os hormônios são substâncias químicas sintetizadas por glândulas endócrinas, como a
tireóide, o hipotálamo, a hipófise, as suprerrenais, os testículos, os ovários. São
mensageiros químicos que exercem funções no organismo inteiro, especialmente de
crescimento, restauro e reparo, através de receptores específicos em células humanas.
Entenda: não há, em essência, uma definição de certo e errado entre os dois modelos.
Hormônios poderão ser usados tanto para tratar como para otimizar a saúde, sem que
seja necessário definir graus de importância entre esses dois lados. A bem da verdade,
sempre existirão pacientes que precisam se manter saudáveis e pacientes que precisam
tratar suas doenças, portanto, esses sequer deveriam ser considerados pólos opostos,
mas sim, vertentes distintas que podem perfeitamente caminhar juntas, de mãos dadas.
Para fins de exemplo, o estradiol, principal hormônio sexual feminino, desempenha mais
de 400 funções no organismo, além da função reprodutiva. A testosterona, além das
características masculinas, constitui um dos principais anabolizantes naturais
responsáveis pelo restauro de inúmeras funções do organismo.
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Quando compreendemos a importância dos hormônios para o pleno funcionamento do
organismo humano, é possível entender melhor o porquê de muitos problemas nocivos à
saúde, causados pelo declínio ou desequilíbrio hormonal.
Equilíbrio hormonal
é o que nos mantêm
saudáveis e vivos!
DECLÍNIOS HORMONAIS: MUITO ANTES DA
MENOPAUSA OU DA ANDROPAUSA
A orquestra hormonal é multifatorial. Nossos níveis hormonais vão caindo a partir de um
determinado momento que, para a maioria de nós, é quando a natureza enxerga que
atingimos o nosso limite de maturidade reprodutiva, que em termos de idade cronológica
corresponde a algo em torno de 30 anos de idade.
Veja que curioso! A natureza cuida bem de nós até que atinjamos o nosso potencial
reprodutivo, porque ela entende que seres humanos, seres vivos de uma maneira geral,
só terão interesse real para ela até quando puderem deixar aqui os seus
desdobramentos genéticos, com genes replicados para uma criatura que nos sucede
que, teoricamente, deve ter genes melhores do que os nossos. É o princípio da melhoria
contínua e da perpetuação da espécie.
Mas 30 anos é muito pouco, certo? Sim, mas relembre, até pouco tempo atrás não
passávamos dessa idade. Durante quase 99% do nosso tempo de evolução na Terra
enquanto homo sapiens, mal alcançávamos os 30 anos. E esse princípio da natureza
permanece vigente até hoje, com o pequeno detalhe de que estamos vivendo o dobro, o
triplo ou até mais do que isso.
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Quando nossa capacidade de produção natural de hormônios é diminuída, começamos a
ter interrupção, fragmentação e interferência nos processos de comunicação celular que
gera uma situação metabólica crônica e cumulativa na medida em que a idade
cronológica avança. Esse descompasso entre anabolismo e catabolismo é exatamente o
marco de produção de uma quantidade imensa de reações metabólicas anti fisiológicas,
que provoca um desgoverno e uma descomunicação nos nossos sistemas celulares e
acaba nos vulnerabilizando à maior parte das doenças conhecidas no meio tradicional
como “doenças próprias e inevitáveis da velhice”.
É por essas razões que consideramos obrigatório que médicos e profissionais de saúde
tenham maior conhecimento em Hormonologia, independente da especialidade de
atuação.
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REPOSIÇÃO HORMONAL X REMODELAÇÃO
HORMONAL
A partir do momento em que houve a compreensão de que não é apenas um ou outro
hormônio de maneira pontual que vai declinar, o conceito foi expandido de reposição
hormonal para remodelação hormonal.
Na remodelação, o médico deve estar atento a um grupo muito maior de hormônios que
pode cair em momentos muito semelhantes, em intervalos de tempo relativamente muito
curtos e, quanto maior a queda de hormônios que controlam o anabolismo, maior será a
prevalência catabólica.
E por que isso se manifesta de maneira diferente em cada um de nós? Por que, por
exemplo, em duas mulheres de 60 anos, uma deficiência de um mesmo hormônio pode
se manifestar com secura vaginal e perda de libido, enquanto a outra terá maior
fragilidade óssea?
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CONCLUSÃO
Não conseguimos e nem pretendemos deter o processo do envelhecimento, mas
existem fundamentos práticos da prática clínica do dia a dia, milhares de médicos ao
redor do mundo inteiro, que praticam e aplicam esse modelo com uma sólida base de
fundamentações científicas que podem nos assegurar que pessoas que vivem com mais
hormônios, não apenas vivem mais, como vivem melhor.
Como falávamos lá no início, não é sobre não descer a ladeira do envelhecimento, mas
sobre fazer o possível para que a descida seja suave, controlada e, até mesmo,
prazerosa.
Todos queremos envelhecer, até porque a outra opção é o fim da vida e não temos
certeza se ela é boa ou ruim, ninguém voltou para nos contar. E a velhice não é
chamada de “melhor idade” até hoje à toa! Ela pode ser mesmo maravilhosa, desde que
nos antecipemos para construir isso desde já.
Se você é médico e deseja fazer parte da geração de médicos que já abraçou a nossa
causa pela transformação de vidas e promoção de longevidade saudável a partir de
ciências fundamentais como a hormonologia, a fisiologia, a metabologia, a bioquímica,
conheça a seguir o programa educacional da Longevidade Saudável.
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VER MAIS!
O curso de pós-graduação foi estruturado com intuito de fornecer ao médico uma visão
multidisciplinar do envelhecimento, capacitando-o a enfrentar esta demanda
fundamentada em medicina preventiva, além de fornecer um diferencial competitivo em
sua carreira médica.
A Pós possui o modelo híbrido (online e presencial), contando com uma carga horária de
360h, com 18 meses de duração, e um módulo final internacional com palestrantes de
reconhecimento mundial, o nosso Seminário Internacional.
@marianaqueiroz.estrategista
@agenciahealthymkt