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ANESTESIOLOGIA
Silvestres
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Estresse
O estresse em animais silvestres é de extrema
importância e devemos tomar cuidado,
independente do que for fazer e da situação do
paciente, o estresse será muito importante.
Sempre avaliar como o paciente chega, se está em
um dia muito quente e, se até mesmo andou de carro porque gera
um estresse no animal. Então, a HORA DO DIA que fizer o
medicamento irá influenciar no metabolismo e por consequência
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na anestesia.
Às vezes o nível de adrenalina está muito alto
no organismo animal devido ao fator estresse
que acaba competindo com o medicamento,
com isso, o fármaco não fará efeito.
A partir do momento que conseguimos amenizar o
estresse da melhor maneira possível, temos
métodos mais seguros para o paciente e para a equipe.
Sempre tomar cuidado e prestar atenção com o fator estresse, o
estresse mata e impossibilita o bom efeito do anestésico.
Duda, podemos usar anestesia inalatória em pets exóticos?
Eventualmente na parte de pet exóticos, podemos utilizar a
anestesia inalatória, porém, devido ao cheiro forte que alguns
halogenados apresentam, alguns animais (ex. coelhos)
podem entrar no quadro de apneia , tendo que
ponderar o uso da anestesia inalatória em animais
selvagens.
Contenção Química
A contenção química é de extrema importância na medicina
de selvagens, com isso, algumas vezes precisamos utilizar
anestésicos para fazer o manejo adequado, manipular o
paciente ou fazer um procedimento.
EXEMPLO
Costumamos fazer exames de radiografia , ultrassom e
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coletas de materiais biológicos , como sangue.
Se é um paciente que suporta somente a contenção física,
conseguimos realizar esses exames e coletas sem
maiores problemas, mas se é um paciente que já
tem um estresse envolvido e está muito
debilitado, devemos considerar a utilização da
contenção química.
QUANDO REALIZADO A CONTENÇÃO QUÍMICA TEMOS
QUE TER UM PLANEJAMENTO DO QUE SERÁ FEITO NO
PACIENTE, A IDEIA DESSA CONTENÇÃO É
ADMINISTRAR ALGUM FÁRMACO QUE POSSIBILITA A
REALIZAÇÃO DE UMA DETERMINADA INTERVENÇÃO E
PROCEDIMENTO.
Materiais de Contenção
São os materiais que liberam o anestésico.
Revólveres Rifles Zarabatanas
Na ponta do dardo tem uma agulha que possui sua ponta vedada,
no meio da agulha tem um buraco vedado que é por onde o
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anestésico irá sair. A ponta da agulha ao furar a pele e entrar na
musculatura, fará uma pressão que promove a saída do anestésico.
A agulha precisa ser calibrosa para ter uma
pressão suficiente para que consiga furar a
pele.
Se não tiver experiência em usar esses materiais, a chance de
acontecer um acidente é maior.
A zarabatana é para um paciente próximo com uma
distância de 3 metros, enquanto que o rifle e o
revólver são para pacientes que estão a uma
distância maior.
ANOTAÇÕES
ANESTESIOLOGIA EM
Aves
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Contenção Física
Iremos abordar o paciente inicialmente com a contenção
física , sendo importante a utilização de equipamentos e
de um bom planejamento para a contenção de um animal
consciente.
Essa parada de movimentos visa evitar acidentes com o
animal e com a equipe.
É A ABOLIÇÃO MECÂNICA DOS MOVIMENTOS PARA QUE
O ANIMAL PERMANEÇA CONTIDO E, DESSA FORMA,
POSSIBILITE A INTERVENÇÃO DOS PROCEDIMENTOS
VETERINÁRIOS, COMO EXAMES CLÍNICOS, COLETA DE
MATERIAL PARA EXAMES LABORATORIAIS E
VACINAÇÃO.
A contenção física é um procedimento muito
estressante para o animal silvestre.
A ave pode ser contida com a colocação da cabeça entre dois
dedos com o corpo apoiado na palma da mão. Também pode ser
contida segurando a sua cabeça com delicadeza entre o dedo
polegar e o primeiro dedo.
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Contenção Química
É feita com a utilização de fármacos , sendo
importante entender sobre a farmacologia. É preciso
entender a farmacologia para saber o efeito do fármaco
e os seus efeitos adversos.
A contenção química permite que o animal não se movimente,
porém não significa que o animal está em um plano anestésico
cirúrgico.
Elimina reações.
Anestesia
Utilizado caso seja necessário uma
intervenção dolorosa ou cavitária.
Faz a UTILIZAÇÃO DE FÁRMACOS , mas dentro das
ações esperadas do medicamento e da suas combinações, sendo
visado a perda de consciência , amnésia e analgesia .
Aspectos Anatômicos
As aves apresentam uma cavidade única, sendo
chamada de CAVIDADE CELOMÁTICA , sendo a
região que fica os pulmões próximo ao gradil
costal, temos os sacos aéreos ao redor e óstio de
comunicação entre o pulmão e sacos aéreos.
As aves possuem os pulmões e sacos aéreos, sendo que o pulmão
não faz a distensão, quem realiza a distensão são os sacos aéreos.
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SISTEMA RENAL
Por possuírem a CIRCULAÇÃO PORTA RENAL tem o
risco de alguns medicamentos serem eliminados
antes de fazer a metabolização, porém é uma chance pequena
na ave.
Medicações aplicadas no membro pélvico podem ir
para o rim e eventualmente sair do organismo, sendo
eliminada antes de ser metabolizada, mas não acontece com
tanta frequência em aves.
PARTICULARIDADES
As aves apresentam um metabolismo maior que os
mamíferos. A temperatura da ave é em torno de 40ºC,
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tornando sensíveis à hipotermia .
O controle de temperatura na ave é muito
importante pela sua temperatura corpórea ser
alta e essa temperatura que mantém as
funções vitais. Ao entrar no quadro de
hipotermia tem um grande risco de
metabolizar errado o anestésico.
Atualmente para manter a temperatura usamos aquecedores e o
ar condicionado, além disso, devemos tomar cuidado com o
ESTRESSE .
Via Intramuscular
Temos cuidado ao administrar nessa via, pois ela pode ser utilizada
em alguns momentos, mas tem que ter cautela pelo volume da
musculatura peitoral variar entre as aves, então tem que
ter cautela porque abaixo dessa musculatura tem o esterno.
Via Intravenosa
É uma via interessante de se utilizar em algumas
situações, como manutenção do acesso trans-
anestésico.
As aves possuem três acessos, sendo eles a veia jugular ,
a basílica ou braquial que está localizada na asa e a
veia metatársica medial .
VEIA BRAQUIAL
A veia braquial é fácil de ser visualizada, mas alguns
anestesistas não indicam no primeiro momento pelo
risco do animal se mexer e causar uma lesão no vaso.
Essa veia braquial passa entre os músculos bíceps e
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tríceps, se bifurca imediatamente proximal ao cotovelo onde deve
ser coletado o sangue.
VEIA JUGULAR
A VEIA JUGULAR é um acesso fácil em psitacídeos e
não é necessário realizar o arrancamento de penas,
somente afastá-las e fazer a antissepsia com álcool.
Cuidado com o álcool em aves pois se passar a gaze com
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álcool em uma área muito grande irá diminuir a temperatura e
depois com o anestésico irá abaixar mais.
Em algumas situações o papo pode dificultar a
visualização e o acesso da veia jugular.
Via Intra-Óssea
Utilizada em situações emergenciais , principalmente quando o
animal não está com um acesso venoso e já se
encontra debilitado, sendo difícil pela
condição do paciente pegar um acesso venoso,
então utilizamos a via intra-óssea.
Fazemos o acesso intra-ósseo principalmente na ulna e tibiotarso
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nas aves.
Jejum
Baixo ou nenhuma reserva de glicogênio hepático.
O jejum é diversificado, por serem animais de metabolismo alto se
ficar muito tempo sem energia, corre o risco de hipoglicemia. .
AVES MENORES QUE 100G: não indicado.
AVES DE 100 A 1000G: até 4 horas (ver necessidade).
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AVES CARNÍVORAS: de 6 a 24 horas.
Quanto menor a ave, menor será o jejum.
Duda, por que é feito o jejum?
O jejum é realizado com o intuito de esvaziar o trato
gastrointestinal superior, para que assim não haja riscos de
regurgitação e aspiração do conteúdo.
Porém, o jejum nas aves é contraditório por
ter relatos de animais que apresentaram
hipoglicemia durante a anestesia por terem
taxa metabólica alta e baixa reserva de
glicogênio hepático.
Anestesia Equilibrada
Sempre trabalhamos com a anestesia equilibrada e
associada, essas associações reduzem as doses dos
fármacos, promovem um retorno rápido, relaxamento
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muscular, analgesia e sinergismo.
MONITORAÇÃO
Monitoramos o paciente com base na frequência cardíaca
com a utilização do estetoscópio e o doppler para
pressão arterial . Também aferimos a temperatura cloacal
das aves.
Se estiver com o monitor multiparâmetro, é possível
monitorar o eletrocardiograma e capnografia.
O valor normal de EtCO2 é de 30 a 45 mmHg em aves, sendo a
fração expirada de gás carbônico.
Se o animal aumentar o gás carbônico pela
diminuição da respiração, irá aumentar a
frequência cardíaca.
Cetamina
A cetamina é um anestésico dissociativo, quando associada
a um relaxante muscular pode ser utilizada para a
CONTENÇÃO QUÍMICA em qualquer via parenteral.
Indicada para procedimentos diagnósticos ou
cirurgias pouco invasivas.
As doses utilizadas variam de 10 a 200 mg/kg de acordo com a
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espécie e da via de administração.
Seu uso isolado pode causar pouco
relaxamento muscular, contrações musculares
involuntárias, opistótono e recuperações
prolongadas.
A sua associação com diazepam , midazolam ou
xilazina , proporciona relaxamento muscular
adequado.
Propofol
O propofol possui um curto período de latência com uma
recuperação variável entre as espécies. Sua administração pode
ser em bólus ou infusão contínua.
DEVE TOMAR CUIDADO PORQUE PODE CAUSAR
HIPOVENTILAÇÃO, APNEIA OU HIPOXEMIA, SENDO
NECESSÁRIO UM MONITORAMENTO MINUNCIOSO E
CONTÍNUO.
TABELA DE FÁRMACOS
Fármaco Espécie Dose Via de Indicação
(mg/kg) administração
DIAZEPAM maioria das 0,2 - 2 IV, IM sedação,
espécies anticonvulsivante
MIDAZOLAM maioria das 0,2 - 2 IV, IM sedação,
espécies anticonvulsivante
MIDAZOLAM canário, papagaio, 2-8 intranasal sedação
OU DIZEPAM periquito
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psitacídeos,
CETAMINA pombos, ratitas 20 - 30 IV, IM, SC imobilização
e galinhas química
Isoflurano
É indicado iniciar com uma concentração na indução que pode ser
de 2,5% e, depois fazer a manutenção com a concentração de 1% a
2%. Se está associando outros fármacos ou analgesia essa
manutenção vai reduzir.
Imagem: Internet.
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Opioides
São derivados do ópio (papoula), sendo hipnoanalgésicos . Os
opioides são fármacos usados para analgesia e sedação,
existem classes de opioides como agonistas puro que agem no
kappa (κ) e no receptor mi (μ).
AGONISTA PURO
MORFINA , meperidina, tramadol, fentanil, metadona,
etorfina, carfentanil, tiafentanil.
Cuidado com a morfina por conta da potência, podendo
gerar nas aves efeitos de regurgitação e desmaios.
O receptor mi nas aves não tem uma boa
função analgésica, por isso os opioides puros
não tem uma boa eficácia ou pode gerar
efeitos deletérios.
AGONISTA PARCIAL
BUPRENORFINA.
Os agonistas parciais irão agir somente no receptor mi.
AGONISTA-ANTAGONISTA
BUTORFANOL E NALBUFINA.
Os agonistas e antagonistas não agem no receptor mi, mas irão
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agir no receptor kappa.
É o grupo mais interessante para aves.
ANTAGONISTA
NALOXONA E NALTREXONA.
EFEITOS
Rápido: 1 a 2 horas (rapinantes).
Maior que 3 horas em psitacídeos .
ANOTAÇÕES
ANESTESIOLOGIA EM
Répteis
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Contenção Física
É feito a contenção com o ANIMAL CONSCIENTE por meio
de equipamentos e para isso precisamos que tenha um
planejamento.
O risco de acidente é iminente, sendo a contenção física um dos
primeiros passos para o manejo de répteis na maioria dos casos.
Essa contenção pode ser feita de diversas
maneiras, por exemplo, a toalha úmida sobre
os olhos, o uso de luvas de couro, ganchos,
tubos, cordas e fitas podem ser utilizados.
Contenção Química
A contenção química possibilita a eliminação das reações
por meio da utilização de fármacos, sendo importante
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conhecer sobre a farmacologia dos medicamentos.
Para a realização da contenção química é importante conhecer a
fisiologia e biologia para o êxito do procedimento.
Anestesia
Promove a perda de consciência, amnésia e
analgesia por meio da utilização de fármacos.
Analgesia
Com a utilização de fármacos promovemos a PERDA E
DIMINUIÇÃO DA SENSIBILIDADE À DOR .
Quelônios
O SISTEMA RESPIRATÓRIO do jabuti tem o pulmão
localizado dorsalmente, próximo a carapaça
do animal.
Com isso, se deixar o animal com a carapaça virada para baixo
todas as vísceras irão pressionar o pulmão, então, se
esse animal tiver alguma alteração pulmonar, ao fazer esse
movimento irá potencializar uma depressão respiratória maior.
Lagartos
São animais de diversas espécies, sendo que a sua
anatomia se assemelha a do cão quando comparada.
O seu sistema respiratório é evoluído, possuindo um
volume respiratório grande.
Possui pulmões saculares , sendo que na parede do saco teremos a
região que ocorre a hematose .
Na porção mais caudal do pulmão tem uma diminuição
da celularidade, resultando em uma estrutura
semelhante ao saco aéreo, isso acontece nos lagartos
e nas serpentes.
Essa alteração ocorre para aumentar o aporte de ar no interior da
cavidade celomática, resultando em um maior aproveitamento e
ventilação.
Serpentes
O seu pulmão direito é o funcional, sendo que o
pulmão esquerdo pode ser hipotrofiado ou nem existir,
esse pulmão vai até um pouco depois do terço médio.
A serpente ao respirar terá a cavidade celomática
praticamente inteira se expandindo.
Sistema Circulatório
Os répteis apresentam 3 câmaras cardíacas , sendo
2 átrios e 1 ventrículo, sendo esse ventrículo muito
especializado.
Temperatura
Necessitam de um CALOR EXTERNO para conseguir controlar o seu
gradiente de temperatura corporal.
Essa temperatura pode ser ofertada no
ambiente de forma generalizada , porém
é complicado manter a qualidade, mas pode ser
ofertado a temperatura de forma focal com lâmpadas e
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e aquecedores.
Devemos tomar cuidado ao controlar a temperatura,
essa temperatura deve ser mantida para que o animal
mantenha o metabolismo de uma forma que consiga
melhor aproveitar o fármaco aplicado.
A temperatura que mantemos antes, durante
e depois do procedimento é para manter um
metabolismo ótimo.
Não existe um número único de temperatura, mas a grande
maioria das espécies tem uma temperatura ótima em torno de
26ºC a 30ºC , mas precisa conhecer a espécie trabalhada para
escolher a melhor temperatura.
ANIMAL COM UMA TEMPERATURA MUITO BAIXA, SE
INICIAR O PROCEDIMENTO E A ADMINISTRAÇÃO DOS
FÁRMACOS, PODEMOS NÃO TER UM EFEITO OU
DEMORAR MUITO TEMPO PARA QUE O EFEITO OCORRA,
ISSO ACONTECE DEVIDO AO METABOLISMO BAIXO.
Serpentes
Nas serpentes podemos fazer subcutâneo (SC) ou
intramuscular (IM) , sendo a via IM a mais fácil em
serpentes.
Priorizamos fazer a aplicação no terço cranial.
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Intramuscular
Crocodilos
Nos crocodilianos temos dois acessos possíveis, o
primeiro é o SEIO OCCIPITAL localizado após o crânio,
entramos com a agulha a 90ºC, mas devemos tomar
cuidado nesse acesso.
E a VEIA CAUDAL também pode ser utilizada, sendo fácil fazer o
acesso e mantê-lo.
Via Intra-Óssea
A via intra-óssea é um acesso importante, sendo mais utilizado a
ulna, fêmur e úmero . Introduzimos a agulha ou cateter nos ossos
longos, sendo um acesso interessante para emergências.
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Tabela de Reconhecimento da
Dor
SERPENTES: postura incomum, aumento da agressividade e
caquexia.
LAGARTOS: marcha incomum, manter as pálpebras fechadas e
caquexia.
QUELÔNIOS: manter as pálpebras fechadas, marcha incomum e
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caquexia.
Comportamento de Dor em
Répteis
Diminuição ou ausência de comportamentos normais.
Postura curvada.
Diminuição da ingestão de alimentos.
Claudicação.
Diminuição da atividade.
Diminuição ou ausência de comportamentos interativos.
Descoloração ou escurecimento da pele
(camaleões e dragões barbudos).
Esfregar área afetada.
Cabeça estendida ou afastada do corpo.
Olhos maçante/fechados.
Diminuição da tendência à bobina (cobras).
Aerofagia.
Agressividade em animais passivos.
Comportamento passivo em animais agressivos.
Anestésico Ideal
Um anestésico ideal tem que ter uma indução rápida, volume
reduzido, facilidade de aplicação, ampla margem de segurança,
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ausência de toxicidade, estabilidade cardiorrespiratória,
analgesia potente, controle fino do plano anestésico, boa
qualidade de recuperação e possibilidade de
antagonismo.
Não temos todas essas características em um único anestésico, por
isso trabalhamos com a anestesia equilibrada.
Anestesia Equilibrada
Fazemos a associações de fármacos para tentar chegar
nas características do anestésico ideal.
Com a associações visamos a redução das doses,
retorno rápido, relaxamento muscular e analgesia, isso
tudo ocorre por conta do sinergismo dos fármacos.
Opioides
O seu uso isolado parece não produzir sedação ou anestesia geral
em répteis, porém, apresenta propriedades analgésicas e ao usar
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associado com outros fármacos pode potencializar a anestesia
geral.
Anti-Inflamatórios Não
Esteroidais
Podem ser usados no controle da dor crônica em
répteis. Tem como vantagem a sua longa duração e o
efeito anti-inflamatório.
Pode ser usado o cetoprofeno ou o carprofeno para
analgesia em répteis que sofrem de dor crônica.
A clearance prolongada dos fármacos
parentéricos contraindicam em alguns casos o
seu uso na pré-medicação com sedativos e
tranquilizantes não reversíveis, devendo evitar
os fenotiazínicos.
Enquanto que os alfa-2 agonistas, como a xilazina, se
usado de forma isolada irá promover uma sedação
mínima e uma imobilização questionável do paciente,
porém, se combinada com um anestésico dissociativo,
como a cetamina, irá causar uma imobilização química.
Propofol
É um dos fármacos de escolha quando temos um acesso
intravenoso.
Dose: 5 a 10 mg/kg IV.
Essa dose causa indução em 1 a 5 minutos.
Esse anestésico causa uma pequena redução na
frequência e pressão arterial . A depressão
respiratória é dose-dependente.
BAIXAS DOSES APLICADAS LENTAMENTE CAUSAM
MENOS APNEIA QUANDO COMPARADAS COM ALTAS
DOSES ADMINISTRADAS EM BÓLUS RÁPIDOS.
Cetamina
É um anestésico dissociativo comumente utilizado no
protocolo anestésico em répteis, seu objetivo é
causar imobilização e induzir a anestesia.
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A dose efetiva depende da temperatura corporal, sendo que baixas
temperaturas corporais requererem baixas doses do fármaco, porém
causam maiores tempos de indução e de recuperação
Doses recomendadas: para a sedação varia de
12 a 44 mg/kg IM e, para a indução do plano anestésico de
55 a 88 mg/kg. Seu efeito é obtido depois de 30 minutos da
injeção intramuscular.
Contra-indicado em pacientes desidratados ou com
problemas renais e/ou hepáticos.
A maior desvantagem do seu uso tem relação
com os longos períodos de recuperação. Este
tempo depende da dosagem, podendo atingir
os 7 dias em doses muito elevadas.
Tiletamina/Zolazepam
É um anestésico dissociativo de longa ação e potência
relativamente elevada (2 a 3 vezes maior que a da
cetamina), normalmente está associado ao
benzodiazepínico de ação longa, o zolazepam.
DOSES BAIXAS (2-5 MG/KG): podem ser úteis para a
sedação prévia de manipulação ou entubação.
ESSA COMBINAÇÃO NÃO É INDICADA PARA A MAIORIA
DAS ESPÉCIES DEVIDO AO SEU EFEITO PROLONGADO
DE MAIS DE 24 HORAS.
Quelônios
MIDAZOLAM 2 SC sedação leve e efeitos
incosistentes
DEXMEDETOMIDINA 0.1 + 1.0 SC sedação leve a
+ MIDAZOLAM moderada
DEXMEDETOMIDINA sedação moderada a
+ MIDAZOLAM + 0.1 + 1.0 + 2.0 SC profunda
CETAMINA
MEDETOMIDINA +
CETAMINA + 0.15 + 2.5 + 1.0 SC sedação profunda
MORFINA
DOSE VIAS DE
(MG/KG) ADMINISTRAÇÃO
Lagartos
DEXMEDETOMIDINA 0.1 + 1.0 SC sedação moderada
+ MIDAZOLAM
Protocolos de Anestesia
Comumente Usados em Répteis
DOSE VIAS DE
(MG/KG) ADMINISTRAÇÃO
Quelônios
MEDETOMIDINA + 0.15 + 0.5 + SC anestesia cirúrgica,
MIDAZOLAM + aprofundar com
CETAMINA +
10 + 0.5 anestesia inalatória,
HIDROMORFONA se necessário.
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Lagartos
agente de indução,
PROPOFoL 5.0 a 10.0 IV duração da ação
aproximadamente 20
a 30 min (5 mg/kg)
agente de indução,
ALFAXALONA 9.0 a 10.0 IV manter com
anestésico inalatório
ISOFLURANO 2 a 5% indução 5%,
manutenção 2% a 3%
indução 7% a 8%,
SEVOFLURANO 2.5 a 8% manutenção 2,5% a
4,5%
Cobras
agente de indução,
ALFAXALONA 6.0 a 15.0 IV manter com
anestésico inalatório
agente de indução,
PROPOFOL 3.0 a 5.0 IV manter com
anestésico inalatório
agente de indução,
TELAZOL 2.0 a 6.0 IM manter com
anestésico inalatório
ISOFLURANO 2.0 a 5.0% indução 5%,
manutenção 2% a 3%
indução 7% a 8%,
SEVOFLURANO 2.5 a 8% manutenção 2,5% a
4,5%
Pode ser usado a indução através de câmaras anestésicas ,
sendo um compartimento fechado que deixamos o
animal, após isso, liberamos o gás para o interior
da câmara.
Alguns animais como os quelônios e lagartos tendem a fazer
apneia, com isso demora para que o efeito seja atingido.
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Anestesia Local
A analgesia é interessante antes do estímulo doloroso ,
fazemos protocolos analgésicos prévio a cirurgia.
Além disso, a analgesia tem que ser multimodal ,
então trabalhamos com fármacos e classes diferentes
que ao se somar irá se potencializar e, com isso,
utilizaremos doses mais baixas.
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Os anestésicos locais mais comuns são a LIDOCAÍNA e
BUPIVACAÍNA , tendo poucos relatos de utilização e de efeitos
tóxicos.
Lidocaína: dose de 2 a 5 mg/kg, sendo a dose máxima de 10 mg/kg.
Bupivacaína: dose de 1 a 2 mg/kg, sendo a dose máxima de 4
mg/kg.
Podemos usar os anestésicos locais como por exemplo
para prolapso de pênis, sendo feito o bloqueio intratecal
e usado somente o anestésico local.
BLOQUEIO INTRATECAL
Opioides
São derivados do ópio (papoula), sendo hipnoanalgésicos.
Sendo os seus principais efeitos a analgesia e sedação .
Dentre os opioides temos os opioides específicos relacionados aos
receptores e onde atua, sendo os principais receptores o mi e o
kappa.
AGONISTA PURO
Os opioides puros fazem a INTEGRAÇÃO NO MI E NO KAPPA .
O receptor mi tem um efeito mais exacerbado relacionado ao
efeito analgésico, então causará uma analgesia mais evidente e
mais forte.
Morfina .
Tramadol.
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Fentanil.
Meperidina.
Metadona.
AGONISTA PARCIAL
Buprenorfina não tem no Brasil.
AGONISTA-ANTAGONISTA
É agonista de kappa e antagonista de mi, sendo a sua potência
analgésica menor com uma potência sedativa.
Butorfanol.
Nalbufina.
ANTAGONISTA
Naloxona.
Corta o efeito dos opioides por tomar o local do seu receptor.
Anti-Inflamatórios Não
Esteroidais
Esses fármacos auxiliam no procedimento analgésico.
No mamífero normalmente usamos um anti-inflamatório
que seja mais seletivo para COX-2, enquanto que nos
répteis existem estudos que em um processo de injúria
tecidual a COX-1 e a COX-2 irão atuar, então costumamos usar
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mais anti-inflamatórios não específicos, são aqueles que atuam em
COX-1 e COX-2, sendo o mais comum o carprofeno e
cetoprofeno .
Analgesia em Répteis
OPIOIDES DOSE VIAS DE INTERVALO
(MG/KG) ADMINISTRAÇÃO
Serpentes
Alguns locais fazem a alimentação semanal, outros a
cada quinze dias e, alguns fazem essa alimentação
mensal, sendo variado.
Quando realizamos um procedimento em serpentes, é interessante
que ela tenha se alimentado 5 a 7 dias antes, sendo uma semana
de jejum o mínimo de tempo ideal.
Além disso, também podemos esperar o animal defecar para saber
se teve a passagem do alimento.
Crocodilos
Em torno de 1 a 2 semanas de jejum.
Sugestão de Protocolos
Cetamina + Alfa 2 agonista (dexmedetomidina).
Cetamina + Alfa 2 agonista + Benzodiazepínico (midazolam).
Alfa 2 agonista + Opioide.
Butorfanol como opioide tem um pouco de controvérsia, usamos
mais os opioides como morfina e tramadol.
Alfa 2 agonista + Opioide + Benzodiazepínico.
Totalmente reversível, causa uma sedação profunda e ao associar
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com dissociativos diminui as doses.
ANOTAÇÕES
ANESTESIOLOGIA EM
Roedores e
Lagomorfos
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Reino: Animalia.
Filo: Chordata.
Subfilo: Vertebrada.
Classe: Mammalia.
Ordem: Rodentia. Ordem: Lagomorpha.
São animais vertebrados e mamíferos, sendo que iremos
abordar duas ordens.
O RODENTIA são a ordem dos roedores e a ordem
LAGOMORPHA são a dos lagomorfos, sendo abordado
nessa parte somente a espécie do coelho.
Roedores
Camundongo (Mus musculus)
Rato (Rattus norvegicus)
Porquinho-da-índia (Cavia porcellus)
Hamster (Mesocricetus auratus)
Chinchila (Chinchilla laniger)
Lagomorfos
Coelho (Oryctolagus cuniculus)
Roedor X Lagomorfos
A diferença entre um roedor e lagomorfo macroscopicamente está
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relacionada a quantidade de incisivos, sendo que
os roedores possui dois dentes incisivos, enquanto
que nos lagomorfos temos quatro dentes incisivos,
sendo dois superiores e dois inferiores.
Além disso, temos dentições, conformações e musculaturas que
diferem entre esses dois grupos, essas musculaturas que recobrem
tem correlação com a potência da mordida.
Roedores
FAMÍLIA MURIDAE
Camundongo - Mus musculus.
FAMÍLIA CAVIIDAE
Porquino-da-índia - Cavia porcellus
FAMÍLIA CRICETIDAE
Hamster - Mesocricetus auratus
FAMÍLIA CHINCHILIDAE
Chinchila - Chinchilla laniger
Lagomorfos
FAMÍLIA LEPORIDAE
Coelho - Oryctolagus cuniculus
Nutrição e dietas.
Adaptação ao ambiente.
Taxas metabólicas.
Metabolismo
Quanto menor o animal, maior será a
taxa metabólica.
São animais muito pequenos e isso faz com que
sua taxa metabólica seja bastante elevada.
Esses animais apresentarão uma função sistêmica acelerada ,
sendo que quando fazemos a anestesia iremos intervir
nessa função sistêmica, isso pode ser um problema
porque podemos não ter o efeito do fármaco ou ter
de forma acelerada, podemos ter recuperações
rápidas ou lentas, tudo isso irá depender da dose administrada.
Além disso, devemos tomar maiores cuidados na anestesia .
Animais Noturnos
Alguns desses animais são noturnos, como os roedores.
Ratos, camundongos, hamster, chinchila.
Noturnos.
Comportamento diurno ("inativo").
Esses animais podem sofrer adaptações
dependendo da criação, mas a biologia dessas
espécies é de ser um animal noturno, então terá
um comportamento diurno inativo ou de baixa
intensidade, sendo que a sua atividade quando
comparada com as horas de escuro será mais baixa no período
diurno.
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Coelhos
amanhecer ao anoitecer (crepuscular).
Glândula de Harder
(Harderiana)
Os roedores apresentam essa glândula de Harder que está alojada
na parte posterior do globo ocular.
Óstio Palatal
Os roedores e coelhos tem uma entubação mais difícil , pois
anatomicamente eles apresentam uma fusão
entre a base da língua e o palato mole, isso
forma uma estrutura única chamada de
óstio palatal .
Esse óstio atua reduzindo o diâmetro da região
mais próxima a laringe.
Teremos um espaço reduzido para a entubação do animal, é
possível fazer a entubação, porém tem um risco de gerar trauma e
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edema na região.
Armazenamento do Alimento
O hamster tem bolsas específicas para guardar
os alimentos, porém, outros animais também podem
manter os alimentos dentro da cavidade oral.
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Subcutâneo
Quanto menor o animal, mais utilizado essa via será.
Utilizado na REGIÃO DORSA , CERVICAL e de
FLANCO .
Para protocolo anestésico e de contenção química utilizaremos
essa via com mais frequência em animais menores, como hamster,
camundongos e ratos. Esses animais facilmente terão uma prega
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de pele disponível.
Intramuscular
É possível de ser realizada até mesmo em animais
pequenos, porém, se for pacientes muito pequenos
como hamster e camundongo não utilizaremos a via
intramuscular.
A partir de um rato essa via é possível, mas ainda
assim, preferenciamos a via subcutânea em ratos.
A VIA INTRAMUSCULAR É A MAIS RÁPIDA, PORÉM
COMO SÃO ANIMAIS COM UM RÁPUDO METABOLISMO,
ATÉ MESMO AS APLICAÇÕES POR VIA SUBCUTÂNEA
IRÃO POSSUIR UM RÁPIDO EFEITO DO FÁRMACO.
Intravenosa
Conseguimos fazer em animais menores, mas
priorizamos essa via em animais maiores.
Os ratos apresentam uma cauda proeminente que é um
ótimo acesso venoso, sendo utilizado as VEIAS LATERAIS
CAUDAIS .
As veias são fáceis de serem encontradas em
animais normotérmicos e hipertérmicos.
Animais hipotérmicos essas veias diminuem
de calibre, pois a sua termorregulação ocorre
principalmente em regiões mais distais e, a cauda no rato
participa da termorregulação.
O mais comum na rotina é a safena lateral que
passa na região de joelho do animal,
conseguimos observá-la, é um vaso
pequeno, mas é possível de acessar.
Intraperitoneal
Via mais indicada para hamsters e camundongos.
É uma via muito interessante e é utilizada em pesquisas cientificas,
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sendo uma via relatada para procedimentos anestésicos, porém
deve tomar cuidado por ser a que traz mais riscos.
Existe um risco de lesionar uma alça intestinal,
vesícula urinária, grande vaso e afins, tendo o
máximo de cautela ao utilizar essa via.
É importante seguir a técnica correta para minimizar os riscos.
Duda, como é a técnica?
Utilizamos o lado direito do ventre do animal em um quadrante de
médio para caudal, nunca adentramos toda a agulha, quando
adentrar com a agulha devemos fazer uma aspiração para
verificar se não atingiu nenhuma alça, vesícula urinária ou grande
vaso, depois de se certificar que não atingiu nenhuma estrutura
que aplicamos o fármaco.
Intraóssea
É uma via de emergência, sendo que essa via é feita em
pacientes hipotensos , hipotérmicos ou em choque , sendo
importante analisar se o paciente apresenta esses sinais para
optarmos por esse acesso.
Existem alguns locais possíveis de ser feito, como o membro pélvico.
Sendo uma das possibilidades no membro pélvico é fazer na tíbia ,
sendo um osso palpável.
Procuramos a crista da que é mais ventral, fugimos da articulação
e entramos mais direcionado a crista para acessar a medula óssea.
O tamanho da agulha irá depender do tamanho do
paciente, nunca devemos entrar pela articulação.
Podemos fazer na crista da tíbia , depois é feito a fixação do
acesso sendo possível de ser mantido até 3 dias com a correta
manutenção e limpeza interna ou externa. Pode usar uma solução
heparinizada para evitar a formação de coágulos no interior do
cateter.
A velocidade de infusão nesse acesso é diferente, a
via intravenosa quando administra os fármacos o
vaso será dilatado, enquanto que na via intraóssea
não dilata, sendo usado um volume pequeno e uma
taxa de fluidoterapia diluída no tempo.
Pode ser feito também o acesso da via intraóssea
pelo FÊMUR , essa via femural é interessante para
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animais maiores, sendo procurado a fossa trocantérica.
USAMOS A AGULHA HIPODÉRMICA E PODE SER FEITO
COM UM GUIA PARA NÃO OBSTRUIR A AGULHA COM
NENHUM FRAGMENTO ÓSSEO.
Volumes Máximos
ESPÉCIES SUBCUTÂNEO INTRAMUSCULAR INTRAPERITONEAL INTRAVENOSO
Camundongos
Uma das técnicas que podem ser feita é às cegas,
pois o espaço é muito pequeno. Entretanto, é
muito difícil conseguir realizar a entubação às
cegas sem muito treino anterior.
Se fizer tentativas aleatórias irá acertar os tecidos
moles ao redor e, nessas tentativas estará gerando
uma lesão que pode causar um edema, hemorragia e
outras complicações.
Duda, um animal que respira irá ventilar bem?
Um animal que está respirando não significa que está ventilando
bem, por exemplo, um animal antes do procedimento estará
respirando e com uma boa amplitude da cavidade torácica, porém,
depois que é anestesiado terá uma expansão da cavidade torácica
durante a respiração menor.
Isso significa que o animal teve um relaxamento
e depressão respiratória, mas não deixou de
respirar, porém sua qualidade ventilatória é
baixa, ou seja, a capacidade de passar o ar
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pelos alvéolos e fazer a hematose estará reduzida.
Ratos
COMPLICAÇÕES
Podemos ter algumas complicações oriundas da intubação, porém
irá depender da experiência do veterinário, dos equipamentos
utilizados, da condição do animal e de outros fatores.
As complicações podem ser: entubação dificultosa ,
pneumotórax e extubação traumática .
Por utilizarmos cateteres que possuem um diâmetro reduzido para
a entubação, esses animais podem produzir muco que, em
alguns casos obstruem a traqueia. Então, uma das
complicações é a formação do plug de muco que
irá fechar parcialmente ou totalmente o
traqueotubo.
Os fármacos como os alfa-2 agonistas podem causar um excesso
de produção e exacerbar a possibilidade de formação de plug na
traqueia e no traqueotubo .
A EXTUBAÇÃO TRAUMÁTICA está relacionada ao movimento de
extubação com o traqueotubo, se movimentar de um lado para o
outro pode lesionar as paredes e tecidos moles próximos a glote.
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Porquinho-da-índia
Os porquinho-da-índia e os chinchilas , sua base da língua
irá fundir com o palato mole formando o óstio palatal , isso faz
com que a visibilidade seja reduzida.
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Quando entubamos um animal queremos acessar o sistema
respiratório, sendo importante que esse sistema esteja
dentro da traqueia e que seja um diâmetro
compatível, lembrando que o traqueotubo não
precisa chegar próximo ao pulmão e que quanto
mais o introduzimos mais causamos um risco de lesão, mas
cuidado ao introduzir pouco porque qualquer movimento o paciente
pode extubar.
Pode utilizar um otoscópio para facilitar a entubação. Além disso,
também podemos utilizar um fio guia, para isso,
introduzimos o fio guia e depois retiramos o
otoscópio, permanece o fio guia e depois passamos
o traqueotubo pelo fio guia de forma que esse fio estará no
interior do traqueotubo.
Medimos o traqueotubo até no máximo o início do
esterno, depois cortamos o que sobra.
Outra técnica comum é utilizando o endoscópio, colocamos o
endoscópio no traqueotubo para conseguir introduzi-lo.
Coelhos
Existem diversas técnicas possíveis para
a entubação.
Os coelhos apresentam uma cavidade oral com
uma amplitude reduzida e profunda.
LARINGOSCÓPIO
Uma outra técnica é com a utilização de um
laringoscópio reto e mais comprimido, o animal estará em
posição de esfinge com uma hiperflexão do crânio, introduz o
laringoscópio reto e em uma determinada posição e
movimento da mão será possível observar a glote e fazer a
entubação por visualização ou inspeção.
Depois, introduzimos o traqueotubo, para facilitar pode usar um fio
guia no interior deixando-o mais rígido.
Geralmente usamos um traqueotubo sem o cuff, então temos que
usar um traqueotubo com um diâmetro compatível com o da
traqueia do animal.
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ENTUBAÇÃO NASOTRAQUEAL
Faz a dessensibilização, lubrificação do canal e da
sonda, sendo que a sonda tem que ser flexível e mais
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fina. Pela narina do animal introduzimos ela até em direção a
traqueia, podendo ser uma entubação alternativa para
procedimentos odontológicos.
MÁSCARA LARÍNGEA
Outra técnica que pode ser feita é a utilização da máscara
laríngea que é um substituto da entubação.
O traqueotubo ao ser introduzido irá lesionar a
traqueia, por isso podemos optar por essa
máscara laríngea. Entretanto, essa máscara não é
muito acessível no Brasil e é um produto caro.
A sua vantagem é ser um material reutilizado, é um
tubo que tem uma conexão para o circuito de uma
anestesia inalatória ou ventilação, tem um comprimento que
finaliza com uma concha flexível que faz a curvatura e "abraça" a
laringe do animal, o orifício da concha estará conectado a glote.
Existem tamanhos variados da máscara laríngea para diferentes
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portes de coelhos.
Imagem: Internet
Pulso Oxímetro
É interessante de utilizar, sendo que existem
alguns equipamentos específicos para a
utilização.
Irá fazer a leitura da circulação periférica por
meio de uma luz, depois irá traduzir o quanto de
oxigênio está diluído na circulação periférica.
Eletrocardiograma
Com o ECG verificamos a frequência cardíaca e
a qualidade dos batimentos cardíacos através
das ondas, sendo um exame que pode facilmente
ser feito nesses animais.
Consegue usar os adesivos do eletrocardiograma na sola e na
palma dos pacientes, sendo possível adaptar os adesivos e deixar a
face ventral em contato direto com a região sem pelo do paciente,
isso torna possível uma ótima leitura do ECG,
Pressão Arterial
É um dos itens mais interessantes de
monitoração para procedimentos próximos
de uma hora ou mais, pois dependendo do
protocolo terá uma queda de pressão.
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Temperatura Retal
O ideal é fazer o acompanhamento constante da
temperatura retal, podendo ser feita com o
termômetro digital ou com um sensor que tem a pobre de
um monitor para fazer esse acompanhamento constante.
Capnometria
É a leitura de quanto tem de CO2 na expiração do
animal, sendo importante porque diz a qualidade de
ventilação do animal.
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Normocapnia: 35 a 45 mmHg.
Tem que ter um equipamento mais especializado, pois alguns dos
equipamentos que existem fazem a leitura em um volume de ar
grande, porém um camundongo terá um volume de ar expirado
menor, então, existem equipamentos mais especializados para
fazer a leitura com um volume reduzido de gás carbônico.
Duda, o que é a capnografia?
A capnografia é o gráfico da leitura de quanto de gás carbônico
tem na expiração do animal.
Não existe um único protocolo ideal para
todos os animais com as doses padronizadas,
trabalhamos com os fundamentos e a partir
disso conseguimos extrapolar para o quadro
do animal e chegar no protocolo correto.
Os roedores e lagomorfos são animais que escondem
todo e qualquer sinal de doença, por exemplo, um cão
ao ficar doente começa a apresentar sinais no início,
enquanto que os roedores e lagomorfos escondem
a doença, ou seja, semiologicamente e clinicamente esses animais
esconde os sinais da doença por um tempo.
É muito importante fazer uma boa avaliação do paciente antes do
protocolo anestésico.
Contenção Física
A contenção física tem o ANIMAL CONSCIENTE ,
sendo uma técnica interessante para alguns
momentos, como colheita de amostras.
O animal estará consciente, sendo passível ter uma elevação do nível
de estresse, liberação de catecolaminas e outros metabólitos do
estresse, isso posteriormente trará uma sequela para o organismo
do paciente.
Para essa contenção física é importante ter um bom planejamento,
equipamentos e técnicas, sendo importante ter cautela e usar EPI.
Contenção Química
É a contenção feita através da utilização de fármacos , pois
buscamos eliminar a reação do animal.
Então, qualquer fármaco usado isolado ou associado,
quando aplicado irá diminuir a reação, realizando
uma contenção química. Não necessariamente o animal
virá à decúbito ou irá ficar imóvel.
Quando chega em um grau mais profundo que é a anestesia, os
riscos serão potencializados, se não há a necessidade de colocar o
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animal sob um plano anestésico cirúrgico em um procedimento
superficial e rápido, faremos a contenção química.
Anestesia
Ao associar alguns fármacos ou aumentar as doses dos fármacos
chegamos a anestesia , dessa forma, buscamos a perda de
consciência , amnésia e analgesia.
Não são todos os fármacos que são anestésicos ou
tranquilizantes, se associar não significa que chegará a
uma boa anestesia, pois o nível de analgesia é intrínseca
para cada grupo de fármaco, sendo importante associar
outros fármacos para obter a analgesia.
Analgesia
Só é possível sob a UTILIZAÇÃO DE FÁRMACOS , sendo utilizado
para causar uma perda ou diminuição da sensibilidade à
dor.
Farmacocinética
É o caminho que o medicamento faz no organismo , desde o
momento da sua administração, absorção,
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biotransformação, biodisponibilidade e excreção.
Farmacodinâmica
É a área que estuda os efeitos fisiológicos dos fármacos no
organismo , por exemplo, qual o mecanismo de ação? qual a
relação entre concentração e efeitos? qual é o efeito das drogas
nos tecidos?
LEMBRANDO QUE EXISTEM SUBSTÂNCIAS ENDÓGENAS
QUE INTERAGEM E INTERFEREM NESSA
PADRONIZAÇÃO.
Tranquilizantes Menores
São os benzodiazepínicos!
Seu mecanismo de ação é realizando a modulação do
ácido gama-aminobutírico (GABA), que é o principal
neurotransmissor inibitório do sistema nervoso
central. Tem ações mais específicas por conta dos
receptores específicos de benzodiazepínicos.
Duda, quais são seus principais efeitos?
Relaxamento muscular.
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Ansiolítico.
Sedação/hipnose.
Anticonvulsivante.
Algumas espécies é citado a condição de amnésia.
TEM EFEITOS CARDIORRESPIRATÓRIOS MÍNIMOS, SE
OCORRER OS EFEITOS É ASSOCIADO A CONDIÇÃO
INDIVIDUAL DO ANIMAL, POIS O FÁRMACO NÃO
PREDISPÕE A EFEITOS COLATERAIS DO SISTEMA
CARDIOVASCULAR E RESPIRATÓRIO.
Uso em roedores:
Midazolam é um dos mais utilizados na rotina, também
apresenta um bom efeito para quadro convulsivo agudo.
Diazepam.
Zolazepam.
O zolazepam é um benzodiazepínico mais potente
que o midazolam e o diazepam, porém, não
encontramos no mercado o zolazepam isolado, então
no mercado está associado a tiletamina que é um
anestésico dissociativo.
Essa associação tem uma potência maior que os
outros fármacos, quando utilizado em animais de
alto metabolismo teremos efeitos muito rápidos,
então, se for efeitos deletérios também serão rápidos e
potentes que podem gerar problemas.
Por ser uma associação, a tiletamina terá uma velocidade de
absorção maior que a do zolazepam, isso pode causar efeitos da
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tiletamina primeiro e o animal pode apresentar alguns sinais
frente a isso.
ANTAGONISTA: flumazenil.
Uma das vantagens desse grupo é ter o antagonista
específico que é o flumazenil, porém a sua desvantagem é
que ele é caro.
Uso em Roedores
Xilazina.
Dexmedetomidina: relação α1:α2 - 1.600:1.
Potencializam os efeitos anestésicos de maneira mais
eficiente que os tranquilizantes.
A xilazina é um medicamento mais antigo e um dos primeiros
utilizados, enquanto que a dexmedetomidina é mais
recente que a xilazina e tem várias qualidades em
relação aos efeitos cardiorrespiratórios, porém,
devemos ter cautela porque independente de ser
xilazina ou dexmedetomidina os efeitos cardiorrespiratórios são
passíveis de ocorrer.
Dependendo da dose que utilizar, pode levar o animal a uma
parada cardiorrespiratória por depressão ou uma depressão
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cardíaca intensa.
Outra vantagem que traz nos protocolos é a
capacidade de potencializar os efeitos dos
outros fármacos.
Antagonistas
Ioimbina.
Atipamezol.
Possuem antagonista, sendo dois no mercado, a ioimbina
e o atipamezol. Sendo o atipamezol o mais potente
quando utilizado para o antagonismo da
dexmedetomidina.
Esses antagonistas são caros, mas o seu volume nesses
pacientes é reduzido.
O ATIPAMEZOL É UM ANTAGONISTA ESPECÍFICO DA
DEXMEDETOMIDINA, ENQUANTO QUE A IOIMBINA É UM
BOM ANTAGONISTA PARA A XILAZINA, NÃO SENDO UM
ANTAGONISTA MUITO ESPECÍFICO DA
DEXMEDETOMIDINA.
Atropina
A ATROPINESTERASE é uma enzima que consome a atropina.
É uma enzima evolutiva dos coelhos porque em
determinadas regiões algumas raças consomem as
plantas que produzem a atropina, isso evolutivamente
fez com que esses animais tivessem essa enzima.
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Alguns protocolos indicam usar a atropina para qualquer animal
quando envolve alfa-2, pois algumas pessoas
acreditam que ela irá minimizar os efeitos
deletérios desse fármaco por terem efeitos contrários,
porém, não significa que obrigatoriamente a atropina irá
conseguir minimizar esses efeitos.
Além disso, alguns anestesistas contraindicam
a atropina porque estará usando altas doses
para obter algum resultado, podendo
potencializar riscos pelas doses mais altas.
Não é 100% dos coelhos que irão apresentar a
atropinerestase.
Agonista Puro
São aqueles fármacos que fazem a ligação total com os receptores
mi e kappa.
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Morfina .
Metadona.
Tramadol.
Fentanil.
A morfina por ser a mais potente é a mais perigoso
de usar, pois o risco de ter depressão respiratória, sequelas e
distúrbios gastrointestinais é intenso com o uso da morfina.
Agonista Parcial
Só tem conexão com o receptor mi, sendo o fármaco indicado a
BUPRENORFINA , porém, não está sendo comercializada no Brasil.
A buprenorfina tem um ótimo efeito para esses animais, boa
qualidade analgésica e com um bom tempo de duração.
Agonista-Antagonista
Eles possuem ação no receptor kappa, porém, bloqueia o
receptor mi, ou seja, antagoniza a possibilidade de
utilização do receptor mi.
Butorfanol.
Nalbufina.
O butorfanol é muito citado e tem muita
possibilidade de utilização em roedores.
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Por ser agonista-antagonista, o seu efeito analgésico não é muito
potente, mas causa um ligeiro efeito sedativo. Porém a
sua função antagonista irá gerar um antagonismo
para outros agentes analgésicos no organismo
animal, se usar um butorfanol não adianta usar a
metadona porque ele estará antagonizando os
efeitos desse fármaco.
Antagonista
Tem os antagonistas dos opioides que é a naloxona , atua
bloqueando os receptores mi e kappa.
Efeitos Cardiorrespiratórios
Os efeitos cardiorrespiratórios podem ser intensos
de bradicardia e depressão respiratória . Tem a
possibilidade de causar até mesmo uma apneia intensa se
utilizado em doses elevadas de opioides potentes.
Os opioides quanto mais potente, maior será o risco
de propiciar uma diminuição da motilidade
gastrointestinal, pois os roedores, principalmente os
chinchila, porquinho-da-índia e lagomorfos são muito
suscetíveis a parada dessa movimentação intestinal, essa
parada é extremamente prejudicial no pós-cirúrgico.
Uso em Roedor
Indução de anestesia geral.
Manutenção - infusão contínua.
Utilizamos esse fármaco principalmente para a
indução .
A indução é fazer o animal chegar em um plano mais
profundo da anestesia para conseguir entubar, no entanto, se
está fazendo a indução desses animais existe um risco da
depressão respiratória e apneia, então precisa ter a capacidade
técnica de entubar esses animais caso entre em parada respiratória.
O propofol é muito bom, em doses mais baixas
pode auxiliar no controle da agitação do
paciente, mas se usar doses mais altas será para
a indução, porém, o anestesista precisa estar
preparado para entubar o animal.
Pode utilizar esse fármaco para a manutenção,
mas com animais de alto metabolismo alguns
anestesistas não entram com essa técnica.
Cetamina + Midazolam
Esse protocolo promove relaxamento muscular e
estabilidade cardiovascular , porém é uma
contenção química para procedimentos pouco
invasivos ou prévio a anestesia geral.
TEMPO DE CONTENÇÃO: 20 a 40 minutos.
Para analgesia devemos fazer associação de opioides .
Tiletamina + Zolazepam
Promovem uma indução rápida mesmo com um volume
baixo, além disso, causa uma estabilidade
cardiorrespiratória . Os animais podem ficar
excitados na indução e recuperação, sendo até
mesmo seguro para a equipe.
TEMPO DE CONTENÇÃO: 40 a 80 minutos.
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Analgesia Multimodal
Os mecanismos de dor envolvem várias vias e uma
variedade de neurotransmissores, sendo que nenhum
medicamento ou classe de medicamentos podem ser
usados para tratar todas as dores, depende de
combinações de medicamentos para proporcionar maios alívio da
dor.
Ao combinar agentes, muitas vezes usa doses mais baixas e, com
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isso, reduz o risco de efeitos colaterais indesejáveis.
É possível usar um opioide de ação relativamente curta, como o
butorfanol, simultaneamente com um AINE para fornecer analgesia
mais prolongada.
Muitos opioides agem rapidamente dentro de
10 a 15 minutos da injeção, ao passo que pode
demorar 1 hora antes de efeitos analgésicos
significativos do AINE.
Sinais de Dor
Relutância em se mover.
Apetite diminuído.
Vocalização (fácil percepção).
Letargia/agressividade.
Pelos desorganizados.
Taxa respiratória elevada.
Postura anormal.
Perda de peso.
Hipersensibilidade.
Isolamento social.
Lambendo/coçando a área dolorida.
Frequência cardíaca elevada.
ESPÉCIES AGENTE DOSE (MG/KG) VIAS DE FREQUÊNCIA
ADMINISTRAÇÃO
Câmara Anestésica
É uma alternativa para pequenos e médios roedores, sendo uma
câmara que precisamos ter visibilidade do animal.
O fluxo de gás com anestésico é lançado para o
interior da caixa, quando o animal estiver sob
efeito, o retiramos da caixa e podemos mantê-lo sob
a máscara ou já realizar a entubação.
Circuito "Baraka"
É o aparato que liga o animal ao aparelho anestésico que libera o
gás, normalmente usamos circuitos abertos, como o circuito
Baraka .
UTILIZAMOS O CIRCUITO ABERTO PORQUE NÃO
QUEREMOS QUE O ANIMAL INALE O GÁS CARBÔNICO
NOVAMENTE.
Medicação Pré-Anestésica
ATROPINA 0,04 mg/kg SC, IM, IP (intraperitoneal).
DIAZEPAM OU MIDAZOLAM: 5 mg/kg IP.
ACEPROMAZINA: 3 - 5 mg/kg IM.
A atropina não é a mesma situação dos
coelhos, porém, a atropina é mais usada para
controle de algum problema maior.
Agentes Inalatórios
Câmara anestésica ou máscara facial.
Intubação.
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Anestésicos Locais
Lidocaína: 4 mg/kg (0,4 ml/kg de uma solução a 1%).
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Bupivacaína: 1 - 2 mg/kg (0,4 a 0,8 ml/kg de uma solução de
0,25%).
FÁRMACOS DOSE
Medicação Pré-Anestésica
BENZODIAZEPÍNICO: sedação e relaxamento muscular.
2 mg/kg IV.
4 mg/kg IM.
OPIOIDES:
Butorfanol: 1 mg/kg SC ou IP.
Fentanil: 10 μg/kg IV.
ALFA-2 AGONISTA: boa sedação e pouca analgesia.
Xilazina: 2 a 5 mg/kg IM.
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Anestésicos Injetáveis
Cetamina: analgesia somática e hipertonia muscular, associar com
benzodiazepínicos, opioides e alfa-2 agonistas.
25 a 50 mg/kg IM.
Propofol: procedimentos longos, infusão contínua.
10 mg/kg IV.
Agentes Inalatórios
DICAS
Usar sistema aberto.
Indução direta pode causar apneia de até 2 minutos.
Sonda endotraqueal de 2 a 4mm.
Intubação é dificultada pelos aspectos anatômicos.
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ANOTAÇÕES
Neuroscience, 2005.
v. 15, n. 8, 2021.
KELLY, L.; ALWORTH, L. Techniques for collecting blood from the domestic
PERRY, S. M.; NEVAREZ, J. G. Pain and Its Control in Reptiles. Vet Clin North
2015.
and mice during general anesthesia. J Am Assoc Lab Anim Sci, v. 46, n. 6,
2007.