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SUMÁRIO
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Enfermagem em cardiologia
DIAGNÓSTICO......................................................................................................................... 76
COMPLICAÇÕES DO DIABETES MELLITUS AGUDAS E CRÔNICAS) COMPLICAÇÕES
AGUDAS DO DM(Situações de Emergência) ......................................................................... 77
COMPLICAÇÕES CRÔNICAS DO DM ................................................................................... 77
COMPLICAÇÃO AGUDA - HIPOGLICEMIA CONDIÇÕES DE RISCO: ........................... 77
SINAIS E SINTOMAS: .......................................................................................................... 79
CONDUTAS:......................................................................................................................... 79
PREVENÇÃO DA HIPOGLICEMIA.......................................................................................... 79
COMPLICAÇÃO AGUDA - CETOACIDOSE DIABÉTICA OU CETOSE ................................ 79
COMPLICAÇÃO AGUDA - CETOACIDOSE DIABÉTICA OU CETOSE ................................ 80
• Confirmação laboratorial: glicosúria intensa, cetonúria, hiperglicemia (300 mg/dl),
acidose, alterações eletrolíticas, leucocitose. ...................................................................... 80
COMPLICAÇÃO AGUDA - ESTADO HIPEROSMOLAR ........................................................ 80
CONDIÇÕES DE RISCO: .................................................................................................... 80
SINAIS E SINTOMAS: ......................................................................................................... 80
COMPLICAÇÃO AGUDA - ESTADO HIPEROSMOLAR ........................................................ 81
CONDUTA: ........................................................................................................................... 81
COMPLICAÇÃO AGUDA DO DM ............................................................................................ 81
A ACIDOSE LÁTICA: ............................................................................................................ 81
COMPLICAÇÕES CRÔNICAS 1- MACROANGIOPATIAS .................................................... 81
MACROANGIOPATIAS - Exame físico dirigido de enfermagem ............................................ 82
2 - MICROANGIOPATIAS ........................................................................................................ 82
MICROANGIOPATIAS - Exame físico dirigido de enfermagem ............................................. 82
Nefropatia:............................................................................................................................. 83
NEUROPATIA DIABÉTICA: ..................................................................................................... 83
NEUROPATIA DIABÉTICA - Exame físico dirigido de enfermagem: ..................................... 84
Pesquisar: ............................................................................................................................. 84
PÉ DIABÉTICO......................................................................................................................... 84
PÉ DIABÉTICO - Exame físico dirigido de enfermagem ......................................................... 84
Pesquisar: ............................................................................................................................. 84
TRATAMENTO DO DIABETES MELLITUS MEDICAMENTOSO .......................................... 85
Clorpropamida; ......................................................................................................................... 85
NOME COMERCIAL: ............................................................................................................ 85
BIGUANIDAS............................................................................................................................ 85
FÁRMACO: METFORMINA ................................................................................................. 86
NOME COMERCIAL: ........................................................................................................... 86
INSULINOTERAPIA ................................................................................................................. 86
Classificadas de acordo com:............................................................................................... 86
• Período de ação - CURTA: ultrarrápidas, rápidas (R), INTERMEDIÁRIAS: lentas e
NPH e PROLONGADA: ultralentas. ..................................................................................... 86
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O SISTEMA CIRCULATÓRIO
<http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2009/11/sistema- venoso.jpg>.
<http://biofis.hd1.com.br/arquivos/circulacao.jpg>.
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AS CIRCULAÇÕES
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Depois de oxigenado o sangue retorna para o átrio esquerdo através das veias
pulmonares, seguindo para o ventrículo esquerdo e a grande circulação.
A terceira circulação ou circulação coronariana é o movimento do sangue a
partir dos seios coronarianos localizados na raiz da aorta. Estes seios dão origem à
artéria coronária direita e tronco da coronária esquerda. Assim que o miocárdio é
irrigado, o sistema venoso coronariano traz de volta o sangue para o átrio direito.
LOCALIZAÇÃO DO CORAÇÃO
http://www.classe.es/salud/img/d_mediastino.jpg>.
FORMA DO CORAÇÃO
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http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/corpo-humano-sistema-
cardiovascular/imagens/anatomia-do-coracao.jpg>.
ÁTRIOS
VENTRÍCULOS
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http://3.bp.blogspot.com/_nA9lxvp6dXI/THvrwpdrN5I/AAAAAAAAABs/RM-
XtH2K65o/s1600/coracao1.jpg>.
CORAÇÃO DIREITO
CORAÇÃO ESQUERDO
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http://4.bp.blogspot.com/-
HQBUAc3OU_E/TjxB0ODlzeI/AAAAAAAAAOA/QmNHacy51ik/s1600/Cardiovascular.jpg>.
O átrio esquerdo apresenta uma espessura maior que o direito, assim como o
ventrículo esquerdo é mais desenvolvido que o direito. O átrio esquerdo recebe as
quatro veias pulmonares que trazem o sangue arterial vindo dos pulmões. O ventrículo
esquerdo bombeia o sangue arterial para a artéria aorta e desta o sangue é
encaminhado para todas as partes do corpo.
http://fotos.sapo.pt/EOMFVGfNCbnPQETTV9M0/>
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VÁLVULAS
Válvulas Semilunares
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http://4.bp.blogspot.com/_XcHiZ9Ui6Lk/SYNK49vrGBI/AAAAAAAAADk/yFpOD0E2AAE/s400/Valvulas
1.jpg>.
http://www.umm.edu/graphics/images/es/18093.jpg
PAREDES DO CORAÇÃO
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entre as camadas.
AS ARTÉRIAS CORONÁRIAS
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Coronária Direita
Ramos Colaterais
Ramo Terminal
http://2.bp.blogspot.com/_74WATF33sFg/S8uuGWWT07I/AAAAAAAAAIo/GvHyZL8lpFE/s1600/cor
on arias.jpg>.
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Tecido fibroso não condutor separa células musculares dos átrios das células
musculares dos ventrículos.
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http://2.bp.blogspot.com/_DghxTsJuAG0/S2MWU49pWrI/AAAAAAAAAB8/11DDcyt2ynw/s320/si
stema_conducao_cardiaco.jpg>. Atividade Elétrica das Células
Fibras do nó Sinoatrial
FONTE: http://www.virtual.epm.br/material/tis/curr-
bio/trab2000/cardiovasc/sinusal1.jpg>.
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Fibras do nó Atrioventricular
O CICLO CARDÍACO
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Esse período é seguido por outro curto período de enchimento mais lento dos
ventrículos, com o sangue que continuou a fluir para os átrios durante o período
anterior. Na fase final do enchimento ou diástole ventricular, ocorre a sístole atrial. Ao
se iniciar a contração ou sístole ventricular, a pressão no interior do ventrículo se eleva
muito rapidamente, pelo retesamento das suas fibras, fechando as válvulas
atrioventriculares. Logo após uma pequena fração de segundo, o ventrículo ganha
pressão suficiente para abrir as válvulas semilunares (aórtica ou pulmonar) e iniciar a
ejeção do sangue para as grandes artérias.
Cerca de 60% do volume de sangue do ventrículo é ejetado nessa primeira
fase da sístole ventricular e os 40% restantes, logo a seguir, um pouco mais
lentamente. Ao final da sístole, pouco sangue passa às grandes artérias. A pressão
ventricular começa a cair rapidamente pelo início do relaxamento da musculatura
miocárdica, o que fecha as válvulas aórtica e pulmonar. A continuação do relaxamento
ou diástole ventricular, logo a seguir, permite a abertura das válvulas atrioventriculares
e se inicia um novo período de enchimento ventricular.
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cardíacas causa uma vibração que pode ser sentida com a ponta dos dedos ou a
palma da mão. Com um estetoscópio, escutamos o coração (procedimento
denominado auscultação), observando os diferentes sons produzidos pela abertura e
pelo fechamento das válvulas.
http://www.endocardio.med.br/wp- content/uploads/2011/07/examcardio03.jpg>.
http://www.endocardio.med.br/wp- content/uploads/2011/07/examcardio03.jpg>.
EXAME FÍSICO/CARDIOLOGIA
Inspeção do Tórax
ABAULAMENTOS
Causas Extracardíacas Causas Cardíacas
RETRAÇÕES
Cicatrizes de toracotomia
PULSAÇÕES ANORMAIS
Precordiais Epigástricas
ICTUS CORDIS
Palpação do Tórax
CHOQUE VALVAR;
3. ATRITO PERICÁRDICO;
4. RITMO DE GALOPE;
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5. PULSAÇÕES ANORMAIS.
Percussão do Tórax
Ausculta Cardíaca
a) FOCOS DE AUSCULTA
b) RITMO: Regular;
c) FREQUÊNCIA
Recém-nascidos: 130 a 160 bpm;
Lactentes: 110 a 130 bpm;
Crianças: 80 a 120 bpm; Adultos: 60 a100 bpm.
BULHAS CARDÍACAS
Avaliação
INTENSIDADE:
+ sopro suave
++ sopro moderado
+++ sopro forte
++++ sopro intenso
DURAÇÃO:
Proto - início do ciclo;
Meso - parte média do ciclo; Tele - segunda parte do ciclo; Holo - todo o ciclo.
IRRADIAÇÃO Classificação
- Sistólico: Ocupam total ou parcialmente a sístole (ejeção e/ou
regurgitação);
- Diastólico: Ocupam total ou parcialmente a diástole (regurgitação e/ou
enchimento ventricular);
- Contínuos: Regurgitação e obstrução.
- Inocentes: Sopros suaves e sem frêmitos
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Exames de Sangue
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CK-MB
CK-MB massa
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Troponina T
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Colesterol Total
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Nos pacientes com infarto do miocárdio seus níveis de elevação sérica são
leves ou ausentes. Entretanto, na insuficiência cardíaca ou no choque com necrose
hepática presente pode-se ter níveis elevados. A aplicação principal da determinação
desta enzima sérica está no diagnóstico da destruição hepatocelular.
EXAMES DIAGNÓSTICOS
Teste de Esforço
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Eletrocardiografia
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COR POSIÇÃO
VERMELHO Braço direito
AMARELO Braço esquerdo
PRETO Perna direita
VERDE Perna esquerda
AZUL Precordiais
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Derivação POSIÇÕES
V1 4º espaço intercostal na borda direita do esterno
V2 4º espaço intercostal na borda esquerda do esterno
V3 Espaço intermediário entre V2 e V4
V4 5º espaço intercostal esquerdo na linha médio clavicular
V5 5º espaço intercostal esquerdo na linha axilar anterior
V6 5º espaço intercostal esquerdo na linha axilar média
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24 horas.
Enquanto estiver com o monitor, a pessoa anota em um diário o horário e o tipo
de qualquer sintoma. Em seguida, o registro é transferido para um computador, o qual
analisa a frequência e o ritmo do coração, verifica a ocorrência de alterações na
atividade elétrica que possam indicar um fluxo sanguíneo inadequado ao miocárdio e
reproduz um registro de cada batimento cardíaco ocorrido durante as 24 horas.
Os sintomas armazenados no diário podem então ser relacionados às
alterações eletrocardiográficas. Caso seja necessário, o ECG pode ser transmitido por
via telefônica a um computador localizado no hospital ou no consultório médico, para
leitura imediata, assim que o paciente apresenta sintomas. Aparelhos ambulatoriais
sofisticados podem registrar simultaneamente um ECG e um eletroencefalograma
(mensurações da atividade elétrica do cérebro) em pacientes que apresentam
episódios de perda da consciência. Esses registros ajudam a diferenciar as crises
convulsivas epilépticas das anormalidades do ritmo cardíaco.
http://3.bp.blogspot.com/_DQE2Tfrqq3I/SoSTA4_ZgiI/AAAAAAAAAIU/1lwAx4ulnWU/s320/holter.jpg>.
A pessoa utiliza um pequeno monitor, que é sustentado por um dos ombros por
uma correia. Com os eletrodos fixados no tórax, o monitor registra continuamente a
atividade elétrica do coração.
Testagem Eletrofisiológica
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Exames Radiológicos
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Tomografia Computadorizada
Fluoroscopia (Radioscopia)
Ecocardiografia
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Ressonância Magnética
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(radiopacos).
No entanto, ocasionalmente, são administrados contrastes paramagnéticos
pela via intravenosa, os quais ajudam na identificação de áreas de pouco fluxo
sanguíneo do miocárdio. Uma desvantagem da RM é a demora em obter cada
imagem, em comparação com a tomografia computadorizada (TC). Em razão dos
movimentos cardíacos, as imagens obtidas com RM são borradas, em comparação
com as obtidas por TC. Além disso, algumas pessoas apresentam claustrofobia
durante a realização da RM, pois elas devem ficar imóveis em um espaço estreito
dentro de uma máquina gigantesca.
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Cateterismo Cardíaco
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Se isso não resolver, o cateter é removido. O médico também pode utilizar o cateter
para obter amostras de sangue para estudos metabólicos. Usando o cateter, o médico
também pode instilar contrastes, os quais são observados na fluoroscopia (
Anormalidades anatômicas e do fluxo sanguíneo podem ser observadas e
filmadas enquanto as radiografias são realizadas. Por intermédio da utilização de
instrumentos introduzidos por meio do cateter, o médico pode obter amostras de
tecido da superfície interna das câmaras cardíacas para exame microscópico
(biópsia). Em cada local também podem ser mensuradas isoladamente as pressões
arteriais nas câmaras cardíacas e nos vasos sanguíneos importantes e os conteúdos
de oxigênio e de dióxido de carbono no sangue podem ser determinados em diferentes
partes do coração.
Pode-se também avaliar a capacidade de bombeamento do coração pela
análise dos movimentos da parede do ventrículo esquerdo e calculando a eficácia com
que o sangue é bombeado para fora do coração (fração de ejeção). Essa análise
fornece uma medida do grau de intensidade da lesão cardíaca em decorrência de uma
doença arterial coronariana isquêmica ou de outra patologia.
Angiografia Coronariana
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HIPERTENSÃO ARTERIAL
A OMS define como hipertenso: “todo indivíduo adulto, maior de 18 anos, com
valores de pressão arterial sistólica (PAS) igual ou maior a 140 mmHg ou com pressão
arterial diastólica (PAD) igual ou maior que 90 mmHg. Os valores intermediários aos
acima mencionados serão considerados limítrofes” (Min.Saúde, 2002).
Medida da PA em pelo menos 2 ou + visitas, no mínimo 2 medidas de cada
vez, na posição sentada e/ou deitada e na primeira avaliação nos dois braços.
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O Hipertenso apresenta:
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aldosterona.
Fatores de Risco
CONSTITUCIONAIS: Idade, Sexo, raça, história familiar, obesidade.
AMBIENTAIS: Ingestão de sal e de gorduras saturadas, tabagismo,
alcoolismo, fármacos (contraceptivos orais, anti-inflamatórios,
descongestionantes nasais e outros), estresse, sedentarismo.
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Tratamento
1 - MEDICAMENTOSO: drogas anti-hipertensivas:
Diuréticos: Tiazídicos - Hidroclorotiazida; diurético de alça - Furosemida;
poupadores de potássio - Espironolactona.
Inibidores adrenérgicos: Ação central: Alfa-metildopa (gestantes),
Clonidina; Betabloqueador: Propanolol; Alfabloqueador: Prazosina
Antagonista dos canais de cálcio: Nifedipina
Inibidor da ECA: Captopril, Enalapril.
Antagonista do receptor da angiotensina II: Valsartan, Losartan.
Vasodilatadores diretos: efeito vasodilatador direto no músculo liso
vascular: Minoxidil
Adesão ao Tratamento
Fatores que interferem:
Idade, sexo, escolaridade, cultura, socioeconômico, religião, crenças e hábitos
de vida, ocupação, ausência de sintomas, efeitos indesejáveis da medicação, custo
da medicação, contexto familiar, desconhecimento, percepção de gravidade da
doença pelo paciente e família, autoestima, adesão da equipe de saúde,
relacionamento da equipe com o paciente, organização do serviço de saúde.
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O DM se dá quando há:
Sintomas clássicos e valores de glicemia de jejum = ou > 126 mg/dl.
Sintomas clássicos e valores de glicemia realizada em qualquer
momento do dia = ou > 200 mg/.
Sem sintomas, mas com glicemia = ou > 126 mg/dl em mais de uma
ocasião.
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002) Valor normal da glicemia: 70 a 110
mg/dl
SINAIS E SINTOMAS:
Poliúria, nictúria;
Polidipsia (boca seca);
Emagrecimento rápido;
Fraqueza, astenia, letargia;
Prurido vulvar;
Acuidade visual;
Hiperglicemia/glicosúria;
Proteinúria, neuropatia periférica, retinopatia, úlceras pés, infecções,
impotência sexual.
CONDIÇÕES DE RISCO:
Idade >ou = 40 anos;
História familiar;
Obesidade (androide);
Doenças vasculares, HA, dislipidemia;
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Mães RN c/ + 4 Kg;
História hiperglicemia/glicosúria;
Uso medicamentos diabetogênicos;
Antecedentes de aborto, parto prematuro.
Iniciar teste pela manhã;
INGERIR:
Adultos: 75 g de glicose em 250-300 ml H2O em 05 minutos. Crianças até 12
anos: 1,75g/Kg glicose (até máximo de 75 g). COLETA: antes da ingestão glicose e 2
h após.
DM: glicemia jejum > 126mg/dl; valor de 2h > ou = 200mg/dl Diminuição da
tolerância à glicose: valor de 2h entre 140 a 199mg/dl
CLASSIFICAÇÃO DO DM
TIPO I OU INSULINODEPENDENTE: 5% a 10% dos casos, maioria
inicia na infância e juventude. Fatores genéticos e ambientais.
TIPO II OU NÃO INSULINODEPENDENTE: 90% dos casos,
característico da idade adulta, incidência maior com o envelhecimento.
Fatores hereditários; obesidade é frequente (60% a 90%). Pode precisar
de insulina para controle glicêmico.
DIABETES GESTACIONAL: 7,6% das gestantes. Risco de morbidade
perinatal. Retorna a normalidade na maioria das vezes após o parto.
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REFEIÇÃO
JEJUM
Diminui a liberação de insulina e secreção de glucagon (hormônio pancreático
- células alfa).
Insulina + glucagon mantém nível de glicose no sangue, estimulando
liberação de glicose pelo fígado.
Inicialmente GLICOGENÓLISE: fígado produz glicose pela degradação de
glicogênio.
Após 8 - 12h de jejum: GLICONEOGÊNESE: fígado produz glicose pela
degradação de substâncias não carboidratos, incluindo os aminoácidos.
FISIOPATOLOGIA
Diminui a secreção de insulina pelo pâncreas (DM Tipo II)
Quando a glicemia for maior que 180 mg/dl, os túbulos renais não conseguem
reabsorver toda a glicose filtrada, determinando a presença de glicose na urina:
GLICOSÚRIA
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FISIOPATOLOGIA
CETOACIDOSE DIABÉTICA
DIAGNÓSTICO
(Considerar história familiar; patologias crônico-vasculares)
Baseia-se na presença de sinais clínicos de diabetes
(poliúria/nictúria/polifagia/polidipsia/emagrecimento rápido) juntamente
com elevações significativas da glicemia de jejum: 126mg/dl no sangue
total ou 140mg/dl no plasma/soro.
Níveis glicêmicos aumentam em mais de uma determinação, com
ausência parcial ou total dos sintomas.
Glicemia aleatória 120 mg/dl em mais de uma ocasião.
Glicemia de jejum normal ou quase normal e TOTG de 2h 200mg/dl
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Hipoglicemia;
Cetacidose diabética ou cetose (dm tipo i);
Coma hiperosmolar não cetótico ou estado hiperosmolar (dm tipo ii);
Acidose lática.
COMPLICAÇÕES CRÔNICAS DO DM
MACROANGIOPATIAS
MICROANGIOPATIAS
• Retinopatia diabética
• Nefropatia diabética
• Uso de insulina;
• Idosos e baixa idade;
• Insuficiência Renal;
• Omissão alimentar / exercício físico não usual;
• Falta de conhecimento sobre educação em saúde;
• Insulinoterapia recentemente iniciada;
• Troca de insulina;
• Glicemia baixa à noite;
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• Neuropatia autonômica.
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SINAIS E SINTOMAS:
• Descarga adrenérgica: tremores, sudorese intensa, palidez, palpitações,
fome intensa.
• Neuroglicopenia: visão borrada, diplopia, tonturas, cefaleia, distúrbios
de comportamento, convulsão, inconsciência, coma.
• Confirmação: GLICEMIA ൏ 60mg/dl
CONDUTAS:
PREVENÇÃO DA HIPOGLICEMIA
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SINAIS E SINTOMAS
Poliúria - Polidipsia
Desidratação
Dor abdominal
Rubor facial
Hálito cetônico
Hiperventilação
Náuseas
Sonolência
Vômitos
CONDUTAS:
CONDIÇÕES DE RISCO:
SINAIS E SINTOMAS:
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• Polidipsia;
• Desidratação intensa;
• Hipertermia;
• Sonolência;
• Obnubilação mental;
• Ausência de hálito cetônico;
• Coma.
• Glicosúria intensa
• Hiperglicemia (geral/ > 700 mg/dl)
• Azotemia (Aumento de Compostos hidrogenados).
CONDUTA:
COMPLICAÇÃO AGUDA DO DM
A ACIDOSE LÁTICA:
Ocorre em diabéticos tipo I e II. Considerada muito grave, quadro clínico
semelhante aos anteriores, porém sem cetose. Tem início rápido (1 a 2 dias) e o
tratamento consiste em hidratação e bicarbonato de sódio EV. É mais preocupante
em pacientes idosos com funções cardíacas e renais precárias em função da
sobrecarga circulatória.
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2 - MICROANGIOPATIAS
• Retinopatia:
Ocorre mais ou menos após 05 anos de DM, ou por ocasião do diagnóstico DM
II; Cerca 50% em 10 anos e 60% a 90% com mais de 15 anos de DM;
Só há sintomas em estágios avançados: edema macular ou hemorragia devido
à neovascularização. O controle glicêmico previne.
• Nefropatia:
DM Tipo I- 30% a 40% dos pacientes em 10 a 30anos; DM Tipo II - 40% dos
pacientes após 20 anos;
Agravantes: HAS descontrole glicêmico. Infecção urinária crônica,
agentes nefrotóxicos.
Retinopatia:
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Nefropatia:
NEUROPATIA DIABÉTICA:
Grupo de doenças que afetam todos os tipos de nervos; os distúrbios
dependem da localização.
Mononeuropatia:
Acomete troncos nervosos, sendo mais comuns nos nervos cranianos: paralisia
facial, oftalmoplegia e alterações vestibulares.
Neuropatia periférica:
Perda da sensibilidade vibratória, tátil, dolorosa: parestesias (formigamentos,
fisgadas, sensibilidade aumentada, sensação de queimadura).
Neuropatia autonômica:
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PÉ DIABÉTICO
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FÁRMACO:
Clorpropamida;
• Gliburida ou Glibenclamida;
• Glipizida;
• Glicazida;
• Glimepirida.
NOME COMERCIAL:
• Diabinese;
• Daonil, Euglucon, Lisaglucon;
• Minidiab;
• Diamicron;
• Amaryl.
BIGUANIDAS
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FÁRMACO: METFORMINA
Efeito Colateral: acidose lática - evitar uso em muitos obesos ou com patologias
graves associadas;
Podem surgir anorexia, náuseas, vômitos e diarreia.
NOME COMERCIAL:
• Glucoformin;
• Glifage;
• Dimefor.
INSULINOTERAPIA
INSULINA: Hormônio proteico, formado por duas cadeias de aminoácidos. Não
tem ação quando administrado por via oral.
Efeitos: Reduz níveis sanguíneos de glicose, ácidos graxos e aminoácidos;
estimula conversão destes em compostos de armazenamento: glicogênio,
triglicerídeos e proteínas.
Classificadas de acordo com:
COMPLICAÇÕES:
INDIVIDUALIZADA E SISTEMATIZADA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
QUANTO À TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA
QUANTO À HIPOGLICEMIA:
QUANTO À HIPERGLICEMIA:
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A PLACA ATEROSCLERÓTICA
Lesões Iniciais
Tipo I: Lesão microscópica, invisível a olho nu, que se caracteriza por um
aumento no número de macrófago e pelo surgimento das “foam cells”, que são
macrófagos cheios de gordura, em nível da íntima vascular. Estas lesões são
detectáveis antes mesmo do 1º ano de vida.
Tipo II: Conhecida como “estria gordurosa”, é a primeira fase visível a olho nu.
São compostas por macrófagos células musculares lisas e pequenos grãos de
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gordura extracelular. Existem dois subtipos distintos “a” e “b’ da lesão tipo II. As lesões
do tipo IIa são as menos frequentes, mas com maior potencial mórbido. São derivadas
de lesões tipo I com um maior número de macrófagos, possuem maior celularidade e
maior quantidade de matriz extracelular. Possuem preferência por sítios
hemodinâmicos específicos e por fim tendem a progredir mais rápido e para formas
mais complicadas de lesão aterosclerótica. Assim, notamos que precocemente já
existem caminhos distintos que resultarão em lesões mais ou menos graves. Lesões
tipo II são encontradas antes da 3º década de vida.
Esta célula que é característica das lesões iniciais é formada por macrófagos
que são ricos em lipídios. A lesão inicial depende do acúmulo de LDL no espaço
subendotelial. O transporte do LDL para essa região é um fenômeno passivo e
diretamente proporcional à sua concentração sanguínea. Teoricamente uma
disfunção endotelial, em um endotélio ainda morfologicamente normal, decorrente, por
exemplo, de stress hemodinâmico, aumentaria o aprisionamento da LDL. O LDL seria
oxidado por ação de produtos oxidativos de células da parede arterial (endotélio,
células musculares lisas e macrófagos). A oxidação da LDL é uma fase obrigatória
para a formação da “foam cell”. A LDL oxidada seria então reconhecida pelo
macrófago por meio de receptores scavenger e CD-36, englobando as moléculas de
lipoproteínas, tornando-se ricos em conteúdo lipídico, formando assim a célula
espumosa.
Lesões intermediárias
Tipo III: Chamada de pré-ateroma, origina-se principalmente das lesões tipo
IIa e diferem destas por possuir maior quantidade de lipídeo extracelular ocupando
parte da matriz de proteoglicanos, formando pequenos núcleos lipídicos visíveis a olho
nu. É uma fase de transição para a formação da lesão tipo IV.
Lesões avançadas
Tipo IV: Ateroma. Possui um núcleo lipídico individualizado, formado pela
fusão das ilhotas de gordura das lesões tipo III. Este núcleo é também chamado de
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centro necrótico por possuir além de macrófagos e gordura livre, grande quantidade
de debris celulares.
Tipo V: Caracteriza-se pela presença de tecido fibroso envolvendo o núcleo
lipídico. Subdivide-se em três subtipos “a”, “b” e “c".
Lesão Va - Fibroateroma - capa fibrótica envolvendo o núcleo lipídico;
Lesão Vb - placa calcificada - presença de cálcio no componente fibrótico ou
mesmo no núcleo lipídico;
Lesão Vc - placa fibrótica - tecido fibrótico com ausência de núcleo lipídico.
http://anacristinabioifes.files.wordpress.com/2011/05/aterosclerose21.jpg >.
São fatores imutáveis aqueles que não podemos mudar e por isso não
podemos tratá-los. São eles:
Hereditários: os filhos de pessoas com doenças cardiovasculares têm uma
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Fatores REVERSSÍVEIS
Vida sedentária: a falta de atividade física é outro fator de risco para doença
das coronárias. Exercícios físicos regulares, moderados a vigorosos tem um
importante papel em evitar doenças cardiovasculares. Mesmo os exercícios
moderados, desde que feitos com regularidade são benéficos, contudo os mais
intensos são mais indicados. A atividade física também previne a obesidade, a
hipertensão, o diabetes e abaixa o colesterol.
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A dor torácica pode ser classificada em quatro categorias a partir das suas
características clínicas, independente dos exames complementares.
1) Dor definitivamente anginosa: Características de angina típica
evidentes, levando ao diagnóstico de síndrome coronariana aguda, mesmo sem o
resultado de qualquer exame complementar.
2) Dor provavelmente anginosa: A dor não possui todas as
características de uma angina típica, mas a doença coronariana é o principal
diagnóstico.
3) Dor provavelmente não anginosa: Dor atípica, onde não é possível
excluir totalmente o diagnóstico de doença coronariana instável sem exames
complementares.
4) Dor definitivamente não anginosa: Dor com todas as características
de dor não coronariana, em que outro diagnóstico se sobrepõe claramente à hipótese
de doença coronariana.
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Pesquisar obrigatoriamente:
Sexo/Idade; Tabagismo; Hipertensão Arterial; Dislipidemia; Obesidade;
Diabetes; Passado de Doença coronariana ou de doença cerebrovascular; História
familiar para doença coronariana ou cerebrovascular.
Eletrocardiograma
Deve ser executado logo após a chegada do paciente com queixa de dor
torácica, tão logo a queixa se evidencie. O tempo ideal para a realização do
eletrocardiograma é de no máximo 10 minutos desde a chegada do paciente ao
serviço de emergência. Apesar de fundamental para o exame cardiológico e para a
decisão terapêutica inicial, devemos lembrar que a sensibilidade do 1º ECG para o
diagnóstico de IAM é inferior a 50%.
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A angina pectoris pode ser definida como um desconforto no peito e/ou áreas
adjacentes, associada à isquemia miocárdica sem necrose. Frequentemente é
descrita como “aperto”, “queimação”, “ardência”, “pressão”, “peso” e outras
sensações. Muitas vezes, passam-se meses até que o paciente procure ajuda para a
dor que começa a aparecer somente ao final de grandes esforços, mas que passa
com poucos instantes de repouso. O esforço necessário para desencadeá-la pode
variar diariamente e, não raramente, o desconforto pode sumir após alguns momentos
de exercício.
Sua localização é geralmente no centro do peito e pode ter irradiação ou, até
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Rotas de tratamento
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ANGINA
Classificação da angina
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A avaliação do paciente com angina deve ser criteriosa e exige a atenção dos
profissionais envolvidos, devendo conter raciocínio duplo para o diagnóstico.
Primeiramente necessita o reconhecimento ou confirmação de Insuficiência
Coronariana (ICO) para obter um diagnóstico qualitativo, e concomitantemente,
levantar uma estimativa da gravidade da situação para a obtenção de um diagnóstico
quantitativo, não se esquecendo da história do paciente.
Para isso, o primeiro passo na avaliação dos pacientes com dor torácica é
caracterizar a dor em local, intensidade, irradiação, fatores desencadeantes e de
alívio. Após é necessário verificar a presença de fatores de risco. E por fim analisar o
conjunto idade, sexo, classificação da dor e a presença de fatores de risco. Com essa
análise é possível identificar a gravidade em que o paciente se encontra.
No exame físico devemos atentar principalmente aos sinais vitais (SSVV)
quanto à verificação da pressão arterial (hipotensão e hipertensão) e frequência
cardíaca (bradicardia e taquicardia), pulsos irregulares, temperatura elevada, ritmo
respiratório alterado (dispneia), verificar traqueia, linha mediana, estase jugular,
ausculta pulmonar (sons respiratórios), ausculta cardíaca (sons cardíacos distantes,
Diagnóstico diferencial
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Risco intermediário
Antecedente de infarto,
doença cerebrovascular, Risco baixo Angina aumentada em
Risco alto Dor em repouso,
remissão de dor precordial frequência ou duração nas últimas duas
prolongada, acelerada, nas
prolongada, angina de semanas Eletrocardiograma normal ou
últimas 48 horas
repouso < 20 minutos inalterado Troponina normal
resolvida com nitrato
sublingual 70 anos
Congestão pulmonar, B3, Idade >
hipotensão, sopro cardíaco novo
ou piora
Alteração do segmento ST, Alterações da onda T
Eletrocardiograma normal ou
arritmia ventricular sustentada Elevação discreta de
inalterado Troponina normal
Alteração de troponina acentuada troponina
Tratamento
O tratamento médico da angina tem como objetivo aumentar as demandas de
oxigênio do miocárdio e oferecer o melhor suporte. Esses objetivos são alcançados
por meio de terapia farmacológica e do controle dos fatores de risco. As drogas que
fazem parte da terapia farmacológica agrupam-se entre os antiplaquetários e
antitrombóticos, nitratos, betabloqueadores, bloqueadores dos canais de cálcio e
trombolíticos. Os tratamentos invasivos incluem angioplastia (ATC) e cirurgia de
revascularização do miocárdio.
2002).
Esse dano miocárdico é irreversível, ocorrendo quando uma artéria principal ou
seus ramos sofrem oclusão. Na maioria dos casos a obstrução ocorre subitamente. O
local infartado depende de qual artéria está bloqueada. Geralmente a artéria coronária
esquerda ou seus ramos são os que mais obstruem, envolve o ventrículo esquerdo
denominando assim de infarto anterior (MELTZER, PINNEO & KITCHELL, 1997).
A localização da área infartada, como reflexo de obstrução das artérias nas
áreas miocárdicas, classifica o IAM em: Infarto anterior: quando a artéria descendente
anterior é obstruída; Infarto anterolateral: quando ocorre a obstrução da artéria
diagonal; Infarto inferior: quando a coronária direita está obstruída ou aos ramos
marginais da artéria circunflexa (MOTTA, 2003). A localização e o tamanho da IAM
tem grande importância para o prognóstico. O infarto subendocárdico, por exemplo, é
comum, pois leva as camadas internas do miocárdio, à necrose.
http://www.sistemacardiovascular.com/wp- content/uploads/2010/10/h9991270_001.jpg>.
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Diagnóstico diferencial
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cinase (CK) e elevação típica e queda gradual da troponina I, sendo a dosagem feita
de seis em seis horas no primeiro dia, e diariamente a partir do segundo dia.
A CK é um marcador muito importante, pois esta enzima regula a produção e
a utilização do fosfato de alta energia nos tecidos contráteis, catalizando a fosforilação
da creatina produzida nos rins, no fígado e no pâncreas pelo trifosfato de adenosina
para formar o fosfato de creatina e o difosfato de adenosina, a CK é um indicador
sensível de lesão muscular, porém não é específico para o diagnóstico de IAM.
A CK é o marcador geralmente mais utilizado. Apresenta como principal
limitação sua elevação após dano em tecidos não cardíacos, especialmente em
musculatura lisa e esquelética. Porém, suas subformas têm sugerido marcadores
precoces de lesão miocárdica. A CK possui subformas compostas por três isoenzimas.
A combinação de duas subunidades: M (muscular) e B (cerebral) formam as três
isoenzimas: CK-MM (designada a forma muscular), CK-BB (forma cerebral) e CK-MB
que é encontrada na contração de 2 a 30% no músculo cardíaco.
Nas últimas décadas a CK-MB tem sido o marcador padrão para o diagnóstico
do IAM. Seu intervalo de referência depende do método utilizado para sua medida e
seu valor superior de normalidade varia entre 10 Ul/l e 25 Ul/l. Para ser mais preciso
o diagnóstico da CK-MB, é utilizado o índice relativo da CK-MB dado pela equação:
100 x CK-MB/CK e se o resultado for inferior a 4% sugere presença de lesão muscular
periférica; se for entre 4% a 25% sugere IAM; e se for acima de 25%, deve ser
considerada a presença de macroenzimas.
A concentração da massa da CK-MB ou CK-MB massa eleva-se entre três e
seis horas após o início dos sintomas, com pico entre 16 e 24 horas, normalizando-
se entre 48 e 72 horas após o episódio. Estudos mostram que a dosagem da CK-MB
para o diagnóstico do IAM entre 12 e 48 horas após o início dos sintomas, demonstrou
sensibilidade de 96,8% e especificidade de 89,6%. Por causa disso alguns serviços
vêm substituindo a medida da CK-MB pela dosagem CK-MB massa.
Existe outro marcador importante na resposta da fase inflamatória aguda: a
proteína C-reativa. É uma ferramenta útil na avaliação de algumas doenças agudas,
ganhando destaque na área cardíaca com hipótese inflamatória para as doenças
ateroscleróticas. A proteína C-reativa vem sendo sugerida na avaliação do risco
cardiovascular global. Em pacientes com SCA a dosagem desse marcador mostrou-
se útil na identificação dos indivíduos de maior risco de novos eventos. Os pacientes
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com esse marcador na admissão em nível elevado têm um risco muito grande de
complicações na internação e após alta hospitalar.
A LDH pertence à classe de enzimas que catalisam as reações de oxirredução,
sendo distribuída em vários tecidos, e sua concentração mais elevada é encontrada
no fígado, nos rins, no musculoesquelético, no coração e nos eritrócitos. No IAM a
LDH se eleva entre 12 a 18 horas após o início dos sintomas, atingindo o pico entre
48 e 72 horas, normalizando-se em 10 dias. Porém, não é específica do coração em
decorrência da especificidade das troponinas que cobrem a mesma janela diagnóstica
da LDH, não existindo mais indicação para seu uso.
As troponinas estão presentes nos filamentos finos dos músculos estriados,
que formam um complexo com três poliptídeos: troponina I (TnI), troponina T (TnT) e
troponina C (TnC), que estão envolvidas com o mecanismo de regulação do cálcio
celular. As formas TnI e TnT, possuem três formas de isoenzimas: duas nos músculos
periféricos com contração lenta e contração rápida e uma no músculo cardíaco, sendo
que as formas cardíacas de troponinas I e T são cTnI e cTnT que são diferentes dos
músculos periféricos, tornando-as específicas do coração.
As troponinas atingem a circulação sanguínea em tempo semelhante ao CK-
MB, não permitindo o diagnóstico precoce de IAM. Elevam-se entre 3 a 8 horas após
o início dos sintomas, possui pico entre 36 e 72 horas e normalização entre 5 e 14
dias. Sua sensibilidade diagnóstica é igual a da CK-MB em até 48 horas após o IAM.
As troponinas I e T, no seu papel de estratificação de risco em pacientes com SCA,
estão bem estabelecidas, independente da troponina utilizada, na presença ou não de
SCA de supradesnível de ST.
O cateterismo cardíaco (CAT) é um procedimento invasivo realizado para
diagnosticar ou corrigir problemas cardiovasculares, como por exemplo, a
visualização de um estreitamento das artérias coronárias, geralmente formado por
uma placa de gordura. O ECO também é utilizado e, quase sempre há anormalidades
da cinética mural. É um exame seguro que torna sua utilização atraente como método
de triagem. No setor de emergência, a realização imediata do ECO ajuda nas decisões
terapêuticas. A arteriografia coronária visualiza seletivamente as principais artérias
coronárias epicárdicas com auxílio de contraste radiográfico. É o meio mais preciso
atualmente disponível para se documentar a presença e a extensão da doença
obstrutiva das artérias coronárias.
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Tratamento do IAM
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existentes, o paciente coronariopata terá na maioria das vezes que mudar os hábitos
prejudiciais que o levaram e possam levar novamente a uma recidiva. Por isso, o
cliente terá que seguir normas preventivas: abstenção do fumo, afastamento de
situações de estresse, controle da PA, dietas com efeitos favoráveis, uso das
medicações prescritas e exercícios físicos regulares.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Causas
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Mecanismos de Compensação
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(hipertrofia). O miocárdio hipertrofiado pode contrair com mais força, mas acaba
funcionando mal e agrava a insuficiência cardíaca.
Sintomas
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para o lado direito do coração. Esse acúmulo acarreta edema dos pés, tornozelos,
pernas, fígado e abdômen. A insuficiência cardíaca esquerda acarreta um acúmulo de
líquido nos pulmões (edema pulmonar), causando uma dificuldade respiratória
intensa. Inicialmente, a falta de ar ocorre durante a realização de um esforço, mas,
com a evolução da doença, ela também ocorre em repouso.
Algumas vezes, a dificuldade respiratória manifesta-se à noite, quando a
pessoa está deitada, em decorrência do deslocamento do líquido para o interior dos
pulmões. Frequentemente, o indivíduo acorda com dificuldade respiratória ou
apresentando sibilos (chiado de peito). Ao sentar-se, o líquido é drenado dos pulmões,
o que torna a respiração mais fácil. Os indivíduos com insuficiência cardíaca podem
ser obrigados a dormir na posição sentada para evitar que isso ocorra. Um acúmulo
exagerado de líquido (edema pulmonar agudo) é uma emergência potencialmente
letal.
Esses sintomas geralmente são suficientes para diagnosticar-se uma
insuficiência cardíaca. Os eventos a seguir podem confirmar o diagnóstico inicial:
pulso fraco e acelerado, hipotensão arterial, determinadas anomalias nas bulhas
cardíacas, aumento do coração, dilatação das veias do pescoço, acúmulo de líquido
nos pulmões, aumento do fígado, ganho rápido de peso e acúmulo de líquido no
abdômen ou nos membros inferiores.
Uma radiografia torácica pode revelar um aumento do coração e o acúmulo de
líquido nos pulmões. Frequentemente, o desempenho cardíaco é avaliado por meio
de outros exames, como a ecocardiografia, que utiliza ondas sonoras para gerar uma
imagem do coração, e a eletrocardiografia, a qual examina a atividade elétrica do
coração. Outros exames podem ser realizados para se determinar a causa subjacente
da insuficiência cardíaca.
Tratamento
Muito pode ser feito para tornar a atividade física mais confortável, para
melhorar a qualidade de vida e para prolongar a vida do paciente. No entanto, não
existe uma cura para a maioria das pessoas com insuficiência cardíaca. Os médicos
abordam a terapia por meio de três ângulos: tratamento da causa subjacente, remoção
dos fatores que contribuem para o agravamento da insuficiência cardíaca e tratamento
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frequência solicitam aos pacientes que eles controlem o peso diariamente com o
máximo de acurácia possível, pela manhã, após a micção e antes do café da manhã.
As tendências são mais fáceis de serem determinadas quando o indivíduo utiliza a
mesma balança, veste a mesma roupa ou uma roupa similar e mantém um registro
escrito de seu peso diário.
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Definição
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Sintomas
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Diagnóstico
http://1.bp.blogspot.com/_rTE0RcQ5QLk/R1StVCRuPWI/AAAAAAAAABM/7nugYt8u_y8/s1600-
R/rx_torax.jpg>..
Método auxiliar muito útil, também fornece informações sobre a área cardíaca.
No edema pulmonar os sinais são distintos, conforme o edema seja intersticial ou
alveolar.
Eletrocardiograma
Tratamento
Posição do Paciente
Sempre que possível deve ficar no leito com o tronco elevado, apoiado de
maneira que se sinta confortável.
Morfina
Oxigênio
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Digital
Quando existe certeza de que o paciente não recebeu digital nos últimos 15
dias e o edema agudo do pulmão é de origem cardiogênica, o emprego do digital está
indicado.
A disponibilidade de diuréticos de ação rápida e potente motivou o seu emprego
em grande escala no tratamento do edema agudo do pulmão.
Flebotomia
Diálise Peritoneal
Aminofilina
Tem sido utilizada nas formas de edema agudo do pulmão que se acompanham
de intenso broncoespasmo.
Hipotensores
Cuidados de Enfermagem:
Administrar broncodilatadores, conforme prescrito, observando efeitos
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Sintomas e Diagnóstico
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1) volume intravascular
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2) função ventricular
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DOENÇAS CARDÍACAS
ENDOCARDITES
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previamente existente.
Diagnóstico
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Tratamento
Estreptococcus viridans
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Estreptococcus pneumoniae
Embora esse germe seja muito encontrado no sangue dos portadores de
infecções causadas por ele, só em 1 a 3% ele atinge o coração. Ocorre em
alcoolistas e costuma estar associado à meningite e pneumonia.
Enterococcus
Estafilococos
Fungos
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Sintomas e sinais
Calafrios - 40 a 70%;
Suores, principalmente noturnos - 25%;
Emagrecimento - 25 a 35%;
Falta de ar - 20 a 40%;
Tosse - 25%;
Confusão mental - 10 a 20%;
Dores diversas - 5 a 35%.
Febre - 80 a 90%;
Sopro no coração - 80 a 85%;
Mudanças dos sopros cardíacos - 10 a 40%;
Agravamento súbito de doença cardíaca preexistente - 30%;
Alterações neurológicas - 30 a 40%;
Embolias arteriais ou pulmonares - 20 a 40%;
Aumento do baço - 15 a 50%;
Manifestações periféricas - 5 a 40% (em pele, unhas, fundo do
olho).
MIOCARDIOPATIAS
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Sintomas e diagnóstico
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líquida.
A dilatação do coração faz com que as válvulas cardíacas abram e fechem
inadequadamente e aquelas que permitem a passagem do sangue aos ventrículos (as
válvulas mitral e tricúspide), frequentemente, apresentam insuficiência. Um
fechamento valvular inadequado produz sopro, o qual pode ser auscultado pelo
médico com o auxílio de um estetoscópio. A lesão miocárdica e a dilatação podem
aumentar ou diminuir anormalmente o ritmo cardíaco. Essas anormalidades interferem
ainda mais na função de bomba do coração. O diagnóstico é baseado nos sintomas e
no exame físico.
A eletrocardiografia (procedimento que examina a atividade elétrica do
coração) pode revelar alterações características. A ecocardiografia (exame que utiliza
ondas ultrassônicas para gerar uma imagem das estruturas cardíacas) e a
ressonância magnética (RM) podem ser utilizadas para a confirmação do diagnóstico.
Se o diagnóstico permanecer duvidoso, um cateter destinado a mensurar a pressão é
inserido no coração para uma avaliação mais precisa. Durante a cateterização, uma
amostra de tecido pode ser removida para ser submetida a um exame microscópico
(biópsia), para confirmar o diagnóstico e, frequentemente, para detectar a causa.
Prognóstico e tratamento
Cerca de 70% das pessoas com miocardiopatia congestiva dilatada morre nos
cinco anos subsequentes ao início dos sintomas e o prognóstico piora logo que as
paredes cardíacas tornam-se mais delgadas e a função cardíaca diminui. As
anomalias do ritmo cardíaco também indicam um prognóstico ruim. Em geral, a
sobrevida dos homens equivale apenas à metade do tempo de sobrevida das
mulheres e a sobrevida dos indivíduos da etnia negra equivale à metade do tempo de
sobrevida dos brancos. Aproximadamente 50% das mortes são súbitas,
provavelmente em razão de uma arritmia cardíaca.
O tratamento das causas subjacentes específicas, como o consumo abusivo
de álcool ou uma infecção, pode prolongar a vida do paciente. Se o uso abusivo de
bebidas alcoólicas for a causa, o paciente deve abster-se da ingestão alcoólica. Se
uma infecção bacteriana produzir uma inflamação aguda do miocárdio, essa deve ser
tratada com antibiótico. No indivíduo com doença arterial coronariana, a irrigação
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sanguínea deficiente pode provocar angina (dor torácica causada por uma
cardiopatia), impondo a necessidade de um tratamento com um nitrato, um
betabloqueador ou um bloqueador dos canais de cálcio.
Os betabloqueadores e os bloqueadores dos canais de cálcio podem reduzir a
força das contrações cardíacas. Medidas que auxiliam a reduzir a tensão sobre o
coração incluem o repouso e o sono suficientes e a redução do estresse. O acúmulo
de sangue no coração dilatado pode acarretar a formação de coágulos nas paredes
das câmaras cardíacas. Para prevenir a sua ocorrência, geralmente são utilizadas
drogas anticoagulantes.
Quase todas as drogas utilizadas na prevenção de arritmias cardíacas são
prescritas em doses pequenas e essas são ajustadas por pequenos aumentos, pois
esses agentes podem reduzir a força das contrações cardíacas. A insuficiência
cardíaca também é tratada com drogas como, por exemplo, um inibidor da enzima
conversora da angiotensina e, frequentemente, um diurético. No entanto, a menos que
a causa da miocardiopatia congestiva dilatada possa ser tratada, é provável que a
insuficiência cardíaca acarrete a morte do paciente. Devido a esse prognóstico
sombrio, a miocardiopatia congestiva dilatada é a indicação mais comum para a
realização de um transplante cardíaco.
Miocardiopatia Hipertrófica
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Sintomas e diagnóstico
Prognóstico e Tratamento
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Miocardiopatia Restritiva
Sintomas e diagnóstico
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Prognóstico e tratamento
Cerca de 70% dos indivíduos com miocardiopatia restritiva morrem nos cinco
anos que sucedem o início dos sintomas. Para a maioria das pessoas com esse
distúrbio não existe uma terapia satisfatória. Por exemplo, os diuréticos, que
normalmente são utilizados no tratamento da insuficiência cardíaca, podem reduzir o
volume sanguíneo que chega ao coração, agravando o problema em vez de melhorá-
lo.
As drogas normalmente utilizadas em casos de insuficiência cardíaca que
visam reduzir a carga de trabalho do coração, em geral, não ajudam, pois elas podem
produzir uma redução excessiva da pressão arterial. Algumas vezes, a causa da
miocardiopatia restritiva pode ser tratada para prevenir a piora da lesão cardíaca ou
mesmo para reverter o quadro. Por exemplo, nos casos de sobrecarga de ferro, a
remoção de sangue em intervalos regulares reduz a quantidade de ferro armazenado.
Os indivíduos com sarcoidose podem utilizar corticosteroides.
VALVULOPATIAS
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http://mmspf.msdonline.com.br/pacientes/manual_merck/secao_03/images/cap19_fig1.gif>
Insuficiência Mitral
Sintomas
Uma insuficiência mitral leve pode não produzir qualquer sintoma. O problema,
às vezes, é identificado apenas quando o médico, auscultando o paciente com um
estetoscópio, ouve um sopro cardíaco característico resultante do fluxo retrógrado do
sangue que retorna ao átrio esquerdo após a contração do ventrículo esquerdo. Pelo
fato de ser obrigado a bombear mais sangue para compensar o fluxo retrógrado de
sangue ao átrio esquerdo, ocorre um aumento progressivo do ventrículo esquerdo
para aumentar a força de cada batimento cardíaco.
O ventrículo dilatado pode produzir palpitações (percepção de batimentos
cardíacos vigorosos), particularmente quando a pessoa encontra-se em decúbito
lateral esquerdo. O átrio esquerdo também tende a dilatar para acomodar o sangue
adicional que retorna do ventrículo. Geralmente, um átrio muito dilatado bate
rapidamente e com um padrão desorganizado e irregular (fibrilação atrial), o qual
reduz a eficácia do bombeamento do coração.
Na realidade, o átrio em fibrilação não bombeia, apenas tremula, e a ausência
de um fluxo sanguíneo adequado permite a formação de coágulos. Se um desses
coágulos se soltar, será bombeado para fora do coração e poderá obstruir uma artéria
de menor calibre e pode provocar um acidente vascular cerebral ou outra lesão. A
insuficiência grave reduz o fluxo sanguíneo anterógrado o suficiente para provocar
uma insuficiência cardíaca, a qual pode produzir tosse, dificuldade respiratória durante
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Diagnóstico
Tratamento
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valvular ou uma válvula artificial deve tomar antibióticos antes de ser submetida a
tratamento odontológico ou procedimento cirúrgico, para evitar a ocorrência de
processos infecciosos.
No prolapso da válvula mitral ocorre uma protrusão dos folhetos da válvula para
o interior do átrio esquerdo durante a contração ventricular, a qual, algumas vezes,
permite o fluxo retrógrado de pequenas quantidades de sangue para o átrio. Cerca de
2 a 5% da população apresentam prolapso da válvula mitral. Raramente, essa
anomalia produz problemas cardíacos graves.
http://www.umm.edu/graphics/images/es/18148.jpg
Sintomas e Diagnóstico
Tratamento
Estenose Mitral
Sintomas e Diagnóstico
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Prevenção e Tratamento
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Insuficiência Aórtica
Sintomas e Diagnóstico
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Uma insuficiência aórtica leve não produz sintomas além de um sopro cardíaco
característico, o qual pode ser auscultado por meio de um estetoscópio em cada
relaxamento do ventrículo esquerdo. No caso de uma insuficiência grave, o ventrículo
esquerdo recebe uma quantidade de sangue cada vez maior, o que acarreta a
dilatação do ventrículo e, finalmente, a insuficiência cardíaca.
A insuficiência cardíaca produz dificuldade respiratória ao esforço ou em
decúbito dorsal, especialmente à noite. A posição sentada permite a drenagem do
líquido da parte superior dos pulmões e restauração da respiração normal. O indivíduo
também pode apresentar palpitações (percepção dos batimentos cardíacos
vigorosos), as quais são causadas por contrações fortes do ventrículo aumentado.
Podem ocorrer dores torácicas, especialmente durante a noite. Geralmente o
diagnóstico é estabelecido após auscultar o sopro característico, além dos outros
sinais de insuficiência aórtica observados durante o exame físico (como certas
anormalidades do pulso) e da presença de dilatação cardíaca nas radiografias. Um
eletrocardiograma (ECG) pode revelar alterações do ritmo cardíaco e sinais de
dilatação do ventrículo esquerdo. A ecocardiografia pode gerar uma imagem da
válvula defeituosa, indicando a gravidade do problema.
Tratamento
Estenose Aórtica
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Sintomas e Diagnóstico
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Tratamento
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Insuficiência Tricúspide
Sintomas e Diagnóstico
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Tratamento
Estenose Tricúspide
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Estenose Pulmonar
FEBRE REUMÁTICA
Não é toda Infecção na garganta que pode causar a febre reumática, somente
aquelas causadas por uma bactéria chamada Streptococcus Beta hemolítico do grupo
A (ou Streptococcus pyogenes).
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Febre alta;
Dor de garganta muito forte; Placas de pus nas amígdalas;
Caroço inchado e dolorido no pescoço (Gânglio).
PERICARDITES
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http://www.cfcp.com.br/a/arquivos/Fotos/pericardite.bmp
Pericardite Aguda
Pericardite Viral
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vírus da gripe, da varicela, hepatite, caxumba e HIV, são os mais frequentes. A doença
atinge mais a homens com menos de 50 anos, principalmente depois de doenças
infecciosas das vias aéreas superiores. O diagnóstico geralmente é feito em bases
clínicas. Em alguns casos o derrame entre as duas camadas do pericárdio pode ser
de proporções maiores, provocando o tamponamento cardíaco. Em raros casos a
doença torna-se crônica, podendo resultar em pericardite constritiva, que pela
retração cicatricial do pericárdio provoca o encarceramento do coração. Nessa
situação há necessidade de operar, retirando-se o pericárdio em torno do coração. Os
casos mais benignos são tratados com aspirina ou outro anti-inflamatório. Em raros
pacientes, que não respondem ao tratamento, os corticosteroides podem ser usados.
Pericardite Tuberculosa
Pericardite Urêmica
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Pericardite Neoplásica
Pericardite Pós-radiação
A irradiação que atinge a área cardíaca pode desencadear uma reação fibrótica
que se apresenta com uma pericardite subaguda ou constritiva. Ela pode aparecer
dentro de um ano depois da irradiação, mas há casos em que surgiu anos depois. A
solução muitas vezes é cirúrgica.
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Pericardite Constritiva
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TUMORES CARDÍACOS
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Mixomas
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CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
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Tetralogia de Fallot
Descrição:
Essa anomalia é a combinação de quatro anormalidades: do septoventricular,
aorta cavalgada, estenose pulmonar e hipertrofia ventricular direita. O coração tem a
forma de uma bota;
Sangue desoxigenado é desviado pela anomalia do septoventricular e
mistura-se com o sangue oxigenado do ventrículo esquerdo. O resultado disso é
cianose.
O fluxo sanguíneo pulmonar é dificultado pela estenose pulmonar, que
aumenta a pressão e leva à hipertrofia do ventrículo direito, à medida que tenta fazer
o shunt do sangue pela válvula pulmonar estenótica.
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http://www.umm.edu/graphics/images/es/18088.jpg
Manifestações clínicas
Se for grave:
Cianose com crise de hipóxia (aumenta depois do fechamento do PCA);
Sopro associado ao fluxo sanguíneo pela válvula pulmonar;
Estalido de ejeção aórtica com aorta mais larga;
Dispneia ao esforço;
Convulsões.
Mais tarde:
Baqueteamento dos dedos e dos artelhos;
Taquipneia;
Fadiga;
Posição de cócoras (para aliviar a angústia respiratória);
Retardo no crescimento;
Sopro sistólico;
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Tratamento cirúrgico:
Tronco Arterioso
Descrição:
Um único vaso cavalgado sobre os ventrículos (causado pela
impossibilidade de haver separação da aorta e da artéria pulmonar) transporta sangue
para a circulação pulmonar e sistêmica. Esse vaso pode estar acima ou abaixo do
diafragma. Sua posição tem implicações prognósticas;
Os dois ventrículos bombeiam sangue oxigenado e desoxigenado para
a mesma artéria, causando cianose;
Pode haver anormalidade do septoventricular.
Manifestações clínicas:
Cianose com aspecto acinzentado;
Fadiga;
Dispneia;
Sopro sistólico da borda esternal inferior esquerda;
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Tratamento cirúrgico:
Atresia Tricúspide
Descrição:
A válvula tricúspide está ausente;
O fluxo sanguíneo é desviado do átrio direito para o átrio esquerdo,
resultando na mistura dos sangues arterial e venoso no ventrículo esquerdo. A entrada
do sangue misturado na circulação causa cianose;
Fluxo sanguíneo pulmonar pelo canal arterial patente, se houver.
Manifestações clínicas:
Dispneia;
Crise de anóxia;
Fadiga;
Primeira e segunda bulhas sem dois componentes;
Ausência de sopros;
Insuficiência cardíaca.
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Tratamento cirúrgico
Descrição:
A aorta sai do ventrículo direito e a artéria pulmonar emerge do
ventrículo esquerdo;
A circulação sistêmica não passa pelos pulmões para ser oxigenada; o
fluxo sanguíneo pulmonar passa pelo coração e volta aos pulmões sem entrar na
circulação sistêmica;
Antigamente essa anomalia era conhecida como transposição dos
grandes vasos.
Manifestações clínicas:
Cianose, principalmente durante ou depois da amamentação ou choro;
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Taquipneia;
Sopro sistólico ou insuficiência cardíaca com anomalia do
septoventricular;
Acidose metabólica devido à hipóxia;
Bulhas cardíacas anormais, dependendo do tipo de anomalia.
Tratamento cirúrgico
Descrição:
O ventrículo esquerdo não funciona normalmente;
O sangue pulmonar volta ao átrio esquerdo e, por uma anomalia do
septoatrial, chega ao átrio direito. O débito cardíaco, levado da direita para a esquerda
pelo canal arterial patente, é restringido pelo fechamento normal do canal arterial
patente depois do nascimento.
Manifestações clínicas:
Cianose grave;
Angústia respiratória;
Agravamento dos sintomas à medida que o canal arterial pertinente
fecha;
Insuficiência cardíaca;
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Morte dentro de uma semana, a menos que haja canal arterial patente e
uma anomalia do septoatrial larga.
Tratamento cirúrgico
Descrição:
O septoventricular tem uma comunicação anormal;
O sangue oxigenado proveniente do ventrículo esquerdo é desviado
pela comunicação anormal e, em seguida, mistura-se com o sangue desoxigenado no
átrio direito.
http://www.medicinapratica.com.br/wp-content/uploads/2011/06/CIV.jpg >.
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Manifestações clínicas:
Sopro;
Taquicardia;
Irritabilidade;
Taquicardia;
Dificuldade alimentar;
Cianose branda causada por insuficiência cardíaca;
Dispneia durante a amamentação;
Retardo do crescimento.
Tratamento cirúrgico:
Descrição:
O septoatrial tem uma comunicação anormal (causada pelo fechamento
parcial do forame oval ou da parede do septoatrial);
O sangue passa do átrio esquerdo para o átrio direito pela comunicação
anormal.
Manifestações clínicas:
Pode ser assintomática;
Dispneia ao esforço;
Fadiga;
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Ortopneia;
Cianose transitória;
Sopro mesossistólico pulmonar suave;
Retardo do crescimento.
Tratamento cirúrgico:
Descrição:
Essa anomalia se deve à falta de fechamento do conduto vascular entre
a aorta descendente e a artéria pulmonar depois do nascimento;
O sangue é desviado da aorta para a artéria pulmonar.
Manifestações clínicas:
Sopro contínuo no segundo e terceiro espaços intercostais esquerdos;
Ampliação da pressão arterial e pulso;
Taquicardia;
Dificuldade alimentar;
Fadiga;
Choro débil;
Dispneia.
Tratamento cirúrgico:
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Descrição:
A aorta mostra-se estreitada;
Essa anomalia pode ser pré-ductal (antes da região do canal arterial) ou
pós- ductal (depois da região do canal arterial).
http://www.medicinapratica.com.br/wp- ontent/uploads/2011/06/Coarctac%CC%A7a%CC%83o-da-
aorta.jpg >.
Manifestações clínicas:
Aumento da pressão arterial e pulso forte na circulação proximal à
anomalia;
Redução da pressão arterial e pulso débil na circulação distal à
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anomalia;
Vertigem;
Cefaleia;
Desmaio;
Epistaxe;
Escurecimento das pernas;
Pés frios;
Ganho ponderal reduzido;
Dificuldade alimentar;
Insuficiência cardíaca;
Pode haver sopro na borda esternal.
Tratamento cirúrgico:
Estenose Pulmonar
Descrição:
A obstrução pode estar situada acima ou abaixo da válvula pulmonar, ou
a anomalia pode ocorrer em forma de estenose valvular;
A resistência ao fluxo sanguíneo (causada pela estenose) leva à
hipertrofia do ventrículo direito.
Manifestações clínicas:
Dispneia;
Fadiga;
Braços e pernas frias;
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Cianose periférica;
Sopro de ejeção sistólica no segundo espaço intercostal esquerdo,
acompanhado de frêmito sistólico com sopro irradiando-se para o precórdio e o dorso;
Segunda bulha cardíaca menos nítida (pode desaparecer).
Tratamento cirúrgico:
Estenose Aórtica
Descrição:
fetal.
Manifestações clínicas:
Pulsos periféricos débeis;
Taquicardia;
Cansaço ao esforço;
Palidez cutânea;
Irritabilidade;
Síncope;
Angina do peito;
Sudorese;
Epistaxe.
Tratamento cirúrgico
A abordagem cirúrgica é realizada pela esternotomia mediana. A correção
cirúrgica se faz pela valvulotomia aórtica. Sob visão direta proporcionada pela
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Revascularização Miocárdica
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História
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Como funciona
Aspectos técnicos
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É difícil, embora não impossível, costurarem-se finas artérias e veias umas nas
outras com o coração batendo. A introdução de dispositivos de circulação
extracorpórea – máquina coração-pulmão – permitiu aos cirurgiões suspender
temporariamente os movimentos cardíacos enquanto essas delicadas ligações são
executadas. Durante a operação as funções de órgãos como cérebro, rins e fígado
são plenamente mantidos por esta circulação artificial. Após completar o enxerto, as
contrações cardíacas são restauradas e as tarefas da circulação são devolvidas ao
coração e aos pulmões. A bomba extracorpórea é removida do sistema vascular do
paciente, a anticoagulação é revertida e a cirurgia está terminada.
Uma típica cirurgia de revascularização do miocárdio começa com uma incisão
vertical no peito. O osso frontal do tórax (esterno) é cortado com uma serra
especialmente desenhada para tal e é separado com um artefato apropriado. Com a
abertura do esterno e o afastamento dos tecidos moles permite-se o acesso à
membrana que envolve o coração, o pericárdio, que recebe uma incisão. Em seguida
o cirurgião remove a artéria mamária interna da parede do tórax, de modo a obter uma
artéria doadora para o enxerto. Simultaneamente, um cirurgião assistente provê um
vaso doador adicional, normalmente a grande veia safena, a partir da coxa ou da
panturrilha. Como a perna contém muitas veias redundantes, a circulação de retorno
não será comprometida.
Após a coleta dos vasos doadores, o sangue do paciente recebe substâncias
para que não venha a coagular em contato com o equipamento de circulação
extracorpórea. São feitas as conexões desse equipamento com a circulação do
paciente, que tem então a temperatura corporal reduzida por meio da refrigeração do
sangue que circula pela máquina. Além disso, os fluxos sanguíneos do coração e do
resto do corpo são separados por meio de um grampo vascular (“clamp”) aplicado à
aorta logo abaixo da inserção da cânula de retorno arterial. As artérias coronárias são
então perfundidas com uma solução de potássio a baixa temperatura. Imediatamente
o coração para, resfria e relaxa-se. O corpo é preservado pelo fluxo de nutrientes
advindo do circuito coração-pulmão, enquanto o coração é preservado pela baixa
temperatura e por outras condições manejadas pela equipe cirúrgica.
Em seguida, cada vaso-alvo é identificado e para cada enxerto a coronária-
alvo recebe uma pequena incisão feita com um fino bisturi. A incisão é expandida com
tesouras especiais. Um vaso doador – veia ou artérias – é anexado a esta incisão com
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delicados fios de sutura, em geral feitos de polipropileno, mais finos que um fio de
Substituição Valvar
Histórico
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Procedimento Operatório
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frequentemente;
Anel é medido, é escolhida a prótese adequada, e é conectado o fixador
da prótese;
Se for escolhida uma prótese biológica, ela é colocada no campo e
lavada com banhos de soro fisiológico:
Se for escolhido um aloenxerto, ele é colocado no campo e
descongelado com banhos de soro fisiológico de acordo com o protocolo; e
Se for escolhida uma prótese mecânica, ela pode ser colocada dentro
de um banho de solução antibiótica até ser usada (soluções antibióticas não devem
ser despejadas diretamente sobre as valvas biológicas). As valvas biológicas devem
ser mantidas úmidas através de irrigação frequente com soro fisiológico;
A valva nova é implantada de acordo com uma técnica semelhante
àquela descrita para a substituição da valva mitral;
Se o anel aórtico for demasiadamente pequeno para aceitar uma
prótese de tamanho adequado, pode ser efetuado o procedimento de Konno para
aumentar o anel, bem como a porção inicial da aorta ascendente (Waldhausert e
Pierce, 1985). Um retalho losangular de pericárdio bovino ou de Dacrort é colocado
longitudinalmente na aorta ascendente anterior proximal onde foi cortado o anel
aórtico. A prótese valvar desejada é suturada ao anel natural e depois ao retalho. O
retalho é suturado às bordas restantes da aortotomia;
A aorta é fechada com suturas não absorvíveis e é removido o
clampeamento;
Ar no lado esquerdo do coração é esvaziado (por catéter de
esvaziamento, movimentando-se a mesa de cirurgia de um lado para o outro ou por
meio de outras manobras escolhidas pelo cirurgião). O paciente é colocado em
posição de Trendelenburg e os pulmões são inflados. Não se permite que o coração
volte a bater e ejete sangue até que o cirurgião se certifique de que não existe mais
ar dentro do ventrículo esquerdo. O coração é desfibrilado se não retomar
espontaneamente os seus batimentos;
É mantido o reaquecimento do coração, os cateteres de esvaziamento
são removidos e o tórax é fechado da maneira rotineira.
Substitutos Valvulares
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CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA
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fácil manuseio. Ela é utilizada na cirurgia cardíaca para desviar o sangue não
oxigenado do paciente e devolver sangue reoxigenado para a sua circulação. Essa
técnica é feita por uma bomba oxigenadora (máquina coração – pulmão). O desvio do
sangue permite ao cirurgião visualizar o coração diretamente durante a operação. A
bomba oxigenadora, mais que qualquer outro dispositivo, tornou possível a mais
sofisticada cirurgia cardíaca.
As quatro finalidades da bomba oxigenadora são:
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Oxigenador
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Bomba Arterial
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Condutores Sanguíneos
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temperaturas.
Termopermutadores
Filtros
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Sistema de Aspiração
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Cânula Arterial
Cânula Venosa
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Parada Cardioplégica
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COMPLICAÇÕES NO PÓS-OPERATÓRIO
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cirúrgico).
O Center for Diseases Control (1999) lançou algumas recomendações para a
prevenção da infecção de sítio cirúrgico: tratar todas as infecções preexistentes antes
da cirurgia; não realizar tricotomia pré-operatória, a não ser que os pelos atrapalhem
a técnica cirúrgica; e utilizar antibioticoprofilaxia endovenosa durante todo o
procedimento e algumas horas após. Outras infecções que podem acometer os
pacientes em pós-operatório de cirurgia cardíaca são relacionadas aos procedimentos
de terapia intensiva, principalmente quando o paciente permanece por um tempo
maior na Unidade de Terapia Intensiva, em decorrência de complicações clínicas e/ou
cirúrgica. Temos, nesses casos, pneumonias relacionadas à ventilação mecânica,
infecções urinárias, infecções relacionadas a cateteres e sepse.
Tanto os rins quanto o coração fazem parte do sistema circulatório, onde este
é responsável pelo transporte de nutrientes e oxigênio aos tecidos e aquele é
responsável pela remoção de substâncias produzidas pelo metabolismo celular. Os
rins participam ativamente do controle da pressão arterial e sua função é regulada por
diversos mecanismos intrínsecos e extrínsecos, que se alteram quando o paciente é
submetido à cirurgia cardíaca, principalmente com circulação extracorpórea. É
fundamental, portanto, que se efetue controle rigoroso da função renal do paciente
operado, uma vez que causas pré, intra e pós-operatórias podem causar insuficiência
renal, que se acompanha de maior risco cirúrgico. Frente à disfunção renal, deve-se
agir prontamente, até com a instalação de diálise.
A circulação extracorpórea, muito utilizada em cirurgia cardíaca, determina uma
série de modificações fisiológicas. O contato do sangue com a superfície da
membrana do filtro da circulação extracorpórea leva a uma resposta inflamatória
generalizada, por meio de um sistema de cascata com a participação de uma série de
enzimas proteolíticas, que promovem modificações hemodinâmicas importantes,
podendo chegar até aos quadros graves de vasoplegia.
Durante a circulação extracorpórea o fluxo sanguíneo renal diminui
aproximadamente 25% a 75%, onde leva a uma redução da reserva funcional renal,
que chega a demorar até seis meses para retornar ao normal após a cirurgia cardíaca.
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Enfermagem em cardiologia
200
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Enfermagem em cardiologia
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previamente estabelecido.
A melhor forma de tratamento da parada cardíaca é o reconhecimento precoce
e a correção desses fatores desencadeantes. Uma vez instalada, a parada cardíaca
exige abordagem rápida, coordenada e eficaz, fatores de fundamental importância
para a obtenção do sucesso em sua reversão e para minimizar a ocorrência de
sequelas.
TRANSPLANTE CARDÍACO
Indicações do Transplante
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A Técnica de Transplante
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Funções do ENFERMEIRO:
Conectará o paciente ao ventilador, que previamente terá sido
programado com os parâmetros ventilatórios adequados;
Verificará se o paciente é portador de marca-passo e as características
do mesmo;
Realizará uma primeira coleta de sangue, para que sejam confiáveis os
resultados de bioquímica e gasometria arterial;
Realizará uma prescrição de enfermagem;
Observar os parâmetros hemodinâmicos, o estado de consciência, a
boa auscultação em ambos os campos pulmonares;
Observar a equipe de enfermagem na administração de medicações que
sempre será feita através de torneira de três vias, nunca por punção do sistema;
enfermagem.
Alimentação
A alimentação deve ser escolhida com muito critério e sem excessos, seguindo
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Medicação
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Banho
Sexo
1 - Atividade sexual poderá somente ser iniciada após 30 dias da alta hospitalar;
2 - A atividade deve ser feita em posições passivas;
3 - Deve-se observar moderação nesta prática.
1 - Você poderá dormir 8 horas por noite;
2 - Caso não consiga dormir, procure orientação médica;
3 - Evite tomar café, pois é estimulante, recomendam-se chás relaxantes
(ex: camomila, erva cidreira ou outros de sua preferência);
4 - Evite situações de estresse;
5 - Procure relaxar ouvindo boa música e ler bons livros, etc.
Fumo
Relacionamento Social
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Após 15 dias
· Poderá realizar visitas curtas a familiares e amigos.
Atividade Física
Trabalho
Viagens
Após 1º dia
Orientações da Fisioterapia
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2- Realize exercícios ativos de dorsi e planti flexão dos pés (movimentos para
cima e para baixo);
3 - Massagens podem ser realizadas nos pés e pernas, auxiliando o retorno
venoso, como orientado antes da alta;
Procure não exagerar na execução dos exercícios; Procure um programa de
reabilitação cardíaca.
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Ácido Acetilsalicílico
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Ticlopidina e Clopidogrel
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Heparina
Dose: controlada pelo PTTa, que deve permanecer de 1,5 a 2,5 o padrão.
Inicialmente o controle deve ser de 6/6h, podendo passar para uso diário após atingir
“steady-state”.
- SC em megadoses, como substituição aos cumarínicos, como por
exemplo, durante a gestação, em doses de até 35.000U/dia em três doses diárias.
- SC em baixas doses 5.000U 12/12H para profilaxia da trombose venosa
profunda e do tromboembolismo.
Nome Comercial:
Actaprin (Bergamo) 0,25ml/5.000U e 5ml/25.000U; Cellparin (Cellofarm)
5ml/25.000U;
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Uso no IAM
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BETABLOQUEADORES
Betabloqueadores no IAM
O uso na fase aguda do IAM reduz o índice cardíaco, a frequência cardíaca e
a pressão arterial. Em última análise, diminui o consumo de oxigênio pelo miocárdio.
Um efeito metabólico benéfico do beta bloqueio é a redução dos níveis sérios de
ácidos graxos, causada pela inibição da lipólise, por redução das catecolaminas. Os
ácidos graxos livres aumentam o consumo de miocárdico de O2 e provavelmente a
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Contraindicações relativas:
- Passado de asma;
- Doença vascular periférica severa;
- Diabetes mellitus insulinodependente de difícil controle.
Angina instável
Deve ser administrado a todos os pacientes com angina instável desde que não
estejam incluídos em contraindicação da droga. Pacientes que não usavam
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anteriormente o betabloqueador deve ter esta incluída à sua prescrição mesmo que
já em uso de bloqueadores de cálcio ou nitratos. Os pacientes já em uso do
betabloqueador devem ter como parâmetro a frequência cardíaca, que deve
permanecer em torno de 60 bpm, para o ajuste de dose. Novamente nessa situação
a insuficiência cardíaca originada pela isquemia pode melhorar com o betabloqueador,
seja por disfunção sistólica ou diastólica. Descompensação de insuficiência cardíaca
não é comum se respeitadas as contraindicações.
Angina estável
OS NITRATOS
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DROGAS VASOATIVAS
AGENTES SIMPATOMIMÉTICOS
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exibem efeitos de acordo com a dose utilizada, podendo estimular receptores alfa,
beta e dopa. Essas drogas são, então, classificadas em alfa-adrenérgicas, beta-
adrenérgicas e dopaminérgicas ou mistas, de acordo com o predomínio de receptores
sensibilizados.
Dopamina
Indicações
Doses
Cuidados
Deve ser utilizada somente para uso endovenoso, com o cuidado de não haver
extravasamento tissular, o que poderá acarretar uma intensa vasoconstrição local,
com necrose tecidual. Os efeitos colaterais da dopamina incluem: náuseas, vômitos,
arritmias (supraventriculares 4% e ventriculares 1 a 1,5%) e agravamento da
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Indicações
A droga é utilizada para melhorar a função ventricular e o desempenho cardíaco
em pacientes nos quais a disfunção ventricular acarreta diminuição no volume sistólico
e no DC como, por exemplo, choque cardiogênico e insuficiência.
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Doses
A dobutamina é disponível na forma de hidrocloridrato de dobutamina, em
ampolas de 20 ml, com 250 mg da droga. Dilui-se uma (1) ampola (250 mg) em
230 ml de solução (exceto soluções alcalinas). A concentração final será de 1mg/ml.
Sua utilização é sempre diluída, endovenosamente, em infusão contínua, em doses
de 3 a 15 mg/kg/min, que deverá ser individualizada para cada paciente de acordo
com o efeito hemodinâmico que se espera obter. O início da ação ocorre em dois (2)
minutos, com efeito máximo em dez (10) minutos.
Efeitos colaterais
Os efeitos colaterais da dobutamina incluem: arritmias, dores de cabeça,
ansiedade, tremores, aumentos ou reduções excessivas da PA.
Noradrenalina (NA)
A noradrenalina (NA) é o neurotransmissor do sistema nervoso simpático e
precursor da adrenalina. A NA possui atividade tanto no receptor alfa, como beta 1
adrenérgico, com pouca ação sobre receptores beta 2. Dependendo da dose utilizada,
obtém-se aumento do volume sistólico, diminuição reflexa da FC e importante
vasoconstrição periférica, com aumento da PA. A contratilidade e o trabalho cardíaco
também aumentam se o avanço da pós-carga for tolerado pelo ventrículo. A
noradrenalina é também um potente vasoconstritor visceral e renal, o que limita sua
utilização clínica. É também vasoconstritora sobre a rede vascular, sistêmica e
pulmonar, e deve ser usada com prudência em pacientes com hipertensão pulmonar.
Doses
Utilizam-se, normalmente, cinco (5) ampolas (2 mg) diluídas em 250 ml de
qualquer solução rotineira (exceto em soluções alcalinas), cuja concentração
final será de 0,04 mg/ml. A droga é disponível sob a forma de bitartarato de
noradrenalina, sendo que a infusão endovenosa, contínua é, geralmente, iniciada em
doses de 0,05 a 0,1 mg/kg/min, até que o efeito hemodinâmico desejado seja
alcançado e não haja efeitos colaterais importantes. As doses administradas podem
atingir um máximo de 1,5 a 2 mg/kg/min. Durante as manobras de RCP podem-se
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Cuidados
As infusões de NA devem ser administradas preferivelmente por uma veia
central, a PA deve ser monitorizada a cada quinze (15) minutos, principalmente
durante o ajuste da dose. A função renal também deve ser monitorizada por meio de
dosagens de ureia, creatinina e volume de diurese. Cuidados com necrose e escaras,
no local da injeção intravenosa, devem ser prevenidos, evitando-se o extravasamento
da droga. A infusão deve ser efetuada em veia de grosso calibre e a localização desta
deve ser alterada, no mínimo, a cada doze (12) horas. A droga deve ser evitada em
grávidas pelo seu efeito contrátil sobre o útero gravídico. A administração de altas
concentrações também pode precipitar hipotensão acentuada, infarto do miocárdio ou
hemorragia cerebral.
Adrenalina
A adrenalina é um hormônio endógeno, largamente produzido pela suprarrenal
e liberado em resposta ao estresse. Essa droga vasoativa é um potente estimulador
alfa e beta-adrenérgico, com notáveis ações sobre o miocárdio, músculos vasculares
e outros músculos lisos, cujo efeito vasopressor é muito conhecido. O mecanismo da
elevação da PA, causado pela adrenalina, é devido a uma ação direta no miocárdio,
com aumento da contração ventricular (inotropismo positivo), um aumento da
frequência cardíaca (cronotropismo positivo) e uma vasoconstrição em muitos leitos
vasculares (arteríolas da pele, rins e vênulas).
Seus efeitos são diferentes, quando a droga é administrada por infusão
intravenosa ou injeção subcutânea, sendo que a absorção por esta via é mais lenta
devido à ação vasoconstritora, local, causada pela adrenalina. No miocárdio, a
adrenalina exerce uma ação direta sobre receptores beta 1 do músculo, células do
marca-passo e tecido condutor. A FC e o ritmo quase sempre são alterados. A sístole
torna-se mais curta e potente. Aumentam o débito e o trabalho cardíacos, bem como
o VO2 do miocárdio. O período refratário do músculo ventricular, por sua vez, diminui,
predispondo-o ao aparecimento de arritmias. Na musculatura lisa sua ação
predominante é de relaxamento pela ativação de receptores alfa e beta- adrenérgicos.
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Indicações
As principais indicações da adrenalina incluem estados de choque circulatório
que não respondem às outras catecolaminas menos potentes, em particular no
choque cardiogênico, quando de uso combinado com agentes redutores da pós-carga.
Recomenda-se esta droga no tratamento de brocoespamos severos, na dose de 0,01
mg/kg até 0,3 mg, a cada vinte (20) minutos. Endovenosamente é indicada no
tratamento da anafilaxia e, durante as manobras de ressuscitação cardiopulmonar, é
o agente farmacológico de efeito vasoconstritor mais eficaz.
Doses
A adrenalina é disponível em uma variedade de formulações para as
diferentes indicações clínicas e vias de administração. A droga é instável, em
solução alcalina, e é oxidada, quando exposta ao ar ou à luz. A sua apresentação
mais comumente encontrada são ampolas de 1 ml, com 1 mg da droga (1:1000). Em
infusão contínua, costuma-se diluir a droga em SF 0,9% ou SG 5%. Utilizam-se cinco
(5) ampolas (5 mg) em 250 ml de solução, cuja concentração será de 20 mg/ml. O
início da administração é efetuado com doses de 0,05 a 0,1 mg/kg/min, que podem
ser aumentadas, progressivamente, até que se obtenha o efeito hemodinâmico
desejado. Doses maiores que 2 mg/kg/min devem ser evitadas. Durante as manobras
de RCP, as doses padronizadas são de 0,5 a 1 mg (endovenoso ou endotraqueal,
diluídas em 10-20 ml de água destilada) repetidas a cada cinco a dez (5-10) minutos.
Vasodilatadores
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Nitroprussiato de sódio
O nitroprussiato de sódio é um vasodilatador misto, com efeitos sobre os
territórios arterial e venoso. Age diretamente na musculatura lisa, vascular, pela
interação com grupos intracelulares de sulfidrila, inibição do transporte de cálcio e
alteração dos nucleotídeos cíclicos, intracelulares. Não apresenta efeito direto sobre
as fibras musculares cardíacas, sendo seu incremento no DC devido à ação
vasodilatadora. O nitroprussiato de sódio promove uma redução no VO2 do miocárdio.
O fluxo sanguíneo renal e a taxa de filtração glomerular são mantidos e a secreção de
renina, pelo organismo, é aumentada. A droga promove, então, diminuição da
resistência periférica total, diminuição da PA, pouca alteração da FC e redução da
resistência vascular, pulmonar, sendo rapidamente metabolizada e convertida em
tiocianato através de reação catalisada pela rodonase no fígado.
Doses
O nitroprussiato de sódio é utilizado em infusão endovenosa, contínua e
exclusivamente em doses que variam de 1 a 5 mg/kg/min. As doses necessárias para
se obter uma resposta adequada devem ser tituladas e são variáveis, dependentes da
idade do paciente e do grau de hipotensão desejado. A duração da terapêutica não
deve exceder três (3) a quatro (4) dias. Dispõe-se, para utilização, de ampolas com
50 mg da droga, normalmente diluídas em 2 ml de solvente e adicionadas a 250 ml
de SG 5%, com concentração final de 200 mg/ml. Como existe uma sensibilidade da
substância à luz, apenas soluções recentes (no máximo seis
(6) horas após o preparo) devem ser utilizadas, e o frasco, assim como o
equipo, devem ser envoltos com material opaco.
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Efeitos colaterais
As intoxicações pelo cianeto e tiocianato podem ocorrer, quando se usam
doses superiores a 5 mg/kg/min, por tempo prolongado. Parece que a toxicidade
desses metabólitos é proporcional à velocidade de infusão e não à quantidade total
de nitroprussiato de sódio, administrada. A intoxicação pelo cianeto leva ao bloqueio
da respiração aeróbica, celular, promovendo acidose metabólica, sendo, no entanto,
um evento de ocorrência rara. Constituem-se sinais de intoxicação aumento na
resistência periférica, total, cujo resultado será o aumento da pressão arterial e a
redução do DC.
O VO2 do miocárdio aumenta proporcionalmente à tensão na parede
ventricular. A pressão de enchimento ventricular, aumentada, predispõe à hipertensão
pulmonar com grande risco de desenvolvimento de edema agudo de pulmão. Dessa
forma, com a diminuição simultânea da pressão de enchimento ventricular esquerdo,
da resistência periférica total (com redistribuição do fluxo sanguíneo de áreas não
essenciais para áreas nobres) e da impedância ao esvaziamento ventricular esquerdo,
o uso de vasodilatadores está indicado, ocasionando uma melhor performance
cardíaca, com incremento no débito. Consequentemente, a pressão capilar, pulmonar
seria reduzida com benefícios imediatos. O uso de vasodilatadores não altera
significativamente a frequência cardíaca, visto que há um aumento do volume
sistólico, em resposta à queda da resistência vascular, sistêmica, induzida por essas
drogas.
Os vasodilatadores podem ser classificados, genericamente, de acordo com
seu sítio de ação em venodilatadores (nitratos e nitroglicerina), arteriolodilatadores
(hidralazina) e de ação mista (nitroprussiato de sódio, prazozin, inibidores da ECA e
clorpromazina). Particularmente, o vasodilatador mais utilizado em terapia intensiva é
o nitroprussiato de sódio.
Os objetivos:
Devemos pensar em farmacologia em termos de indicação e categoria de ação
e sempre lembrar os objetivos principais:
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- Corrigir hipoxemia;
- Estabelecer circulação espontânea com uma pressão sanguínea
adequada;
- Promover função cardíaca ótima;
- Prevenir ou controlar arritmias importantes;
- Aliviar a dor;
- Corrigir a acidose;
- Tratar a insuficiência cardíaca congestiva.
EPINEFRINA (adrenalina)
Mecanismo de ação:
Indicações:
Na PCR em FV ou TV sem pulso, que não responde aos choques elétricos
iniciais, assistolia e AESP. A infusão pode também ser usada para tratar pacientes
com bradicardia profundamente sintomática.
Dosagem:
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Vasopressina
Indicações:
- Pode ser usada como um vasopressor alternativo à adrenalina no
tratamento da FV refratária ao choque.
- Pode ser útil no suporte hemodinâmico de pacientes em choque por
vasodilatação (p. ex. choque séptico).
- Na parada cardíaca tem como efeito aumentar a perfusão coronariana.
Precauções/Contraindicações:
- Vasoconstritor periférico potente. O aumento da resistência vascular
periférica pode provocar isquemia cardíaca e angina.
- Não recomendado para pacientes conscientes portadores de doença
arterial coronariana.
Dosagem no adulto:
- Dose na parada cardíaca: 40 U EV em bólus (dose única)
ATROPINA
Mecanismo de ação:
O sulfato de atropina é uma droga parassimpaticolítica que aumenta tanto a
automaticidade do nó sinusal como a condução atrioventricular (AV) por ação
vagolítica direta.
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Indicações:
No miocárdio doente, a elevação do tônus parassimpático pode precipitar
distúrbios de condução ou assistolia. A atropina é indicada como terapêutica inicial
para os pacientes com bradicardia sintomática, incluindo aqueles com FC dentro da
faixa “fisiológica”, nas quais uma taquicardia sinusal seria mais apropriada.
Dosagem:
A atropina é administrada IV na dose de 0,5 a 1,0 mg. A dose pode ser repetida
a intervalos de 5 minutos até que a resposta desejada seja alcançada (isto é, um
aumento na FC, usualmente até 60 bpm ou superior, ou melhora dos sinais e
sintomas). Doses repetidas de atropina devem ser evitadas quando possível,
especialmente em pacientes com doença cardíaca isquêmica. Quando o uso da
atropina é essencial nos pacientes com doença arterial coronariana, a dose total deve
ser restrita a 2 a 3 mg (máximo de 0,03 a 0,04 mg/Kg), se possível para evitar os
efeitos prejudiciais da taquicardia induzida pela atropina no consumo de O2 pelo
miocárdio.
* A administração endotraqueal de atropina pode ser usada em pacientes sem
acesso venoso, a dose recomendada é de 1,0 a 2,0 mg diluídos para um total que não
exceda 10 ml de solução aquosa ou salina normal.
Bicarbonato de Sódio
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Mecanismo de ação:
O bicarbonato de sódio (NaHCO3) é o agente tampão mais amplamente usado
na clínica. O NaHCO3 se dissocia em íons sódio e bicarbonato. Na presença de íons
hidrogênio, o bicarbonato é convertido em ácido carbônico e, portanto, em CO 2, que
é transportado para os pulmões para ser excretado. A formação de CO2 facilmente
excretável permite ao NaHCO3 funcionar como um eficiente tampão, como se segue:
H + HCO3 H2CO3 H2 +
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Cloreto de Cálcio
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Sulfato de Magnésio
Agentes Antiarrítmicos
Lidocaína
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AMIODARONA
Indicações:
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Efeitos eletrofisiológicos:
O mecanismo iônico principal pelo qual a amiodarona exerce seu efeito
antiarrítmico é uma diminuição da condutividade para o potássio, que provoca uma
prolongação da duração de potencial de ação e o período refratário de todo o tecido
cardíaco (incluindo o nó sinusal, o átrio, o nó atrioventricular (AV), o sistema His –
Purkinje e o ventrículo), sem afetar significativamente o potencial transmembrana
diastólica. Afeta em menor grau a condutância para a saída de sódio e cálcio, com
escasso efeito sobre a amplitude do potencial de ação e a velocidade de
despolarização. Diminui o automatismo do nó sinusal e o automatismo do nó AV,
prolonga a condução AV e diminui o automatismo das fibras de condução espontânea
do sistema de Purkinje. Também produz antagonismo não competitivo dos receptores,
alfa e beta-adrenérgicos.
ARRITMIAS CARDÍACAS
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O nódulo sinoatrial inicia um impulso elétrico que flui sobre os átrios direito e
esquerdo, fazendo essas câmaras se contraírem. Quando o impulso elétrico chega ao
nódulo atrioventricular, sofre ligeiro retardo. Em seguida, o impulso dissemina-se ao
longo do feixe de His, o qual se divide em ramo direito (para o ventrículo direito), e em
ramo esquerdo (para o ventrículo esquerdo). Em seguida, o impulso dissemina-se
sobre os ventrículos, fazendo com que eles contraiam.
VIA ELÉTRICA
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ventricular).
Após passar pelo nodo atrioventricular, a descarga elétrica dirige-se ao feixe
de His, um grupo de fibras que se divide em um feixe esquerdo (para o ventrículo
esquerdo) e em um feixe direito (para o ventrículo direito). Em seguida a descarga
dissemina-se de modo ordenado sobre a superfície dos ventrículos, iniciando a
contração ventricular (sístole), fase na qual o sangue é ejetado do coração. Esse fluxo
da corrente elétrica pode apresentar vários problemas e acarretar arritmias, as quais
variam de anomalias inofensivas a problemas potencialmente letais.
Cada tipo de arritmia apresenta uma origem própria. No entanto, algumas
causas podem desencadear diversos tipos de arritmia. Arritmias menores podem ser
desencadeadas pelo consumo excessivo de álcool ou pelo fumo, pelo estresse ou por
exercícios. A hiperatividade ou a hipoatividade tireoidiana, assim como algumas
drogas – especialmente as utilizadas no tratamento de determinadas doenças
pulmonares e as utilizadas no tratamento da hipertensão arterial – podem afetar a
frequência e o ritmo do coração.
As cardiopatias representam a causa mais comum de arritmia, especialmente
a doença arterial coronariana, as valvulopatias cardíacas e a insuficiência cardíaca.
Contudo, algumas vezes ocorrem arritmias sem que haja qualquer cardiopatia ou
outra causa subjacente detectável.
SINTOMAS
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DIAGNÓSTICO
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PROGNÓSTICO E TRATAMENTO
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Ritmo fisiológico do coração, originado no átrio direito alto e por isso visualizado
no ECG de superfície pela presença de ondas P positivas nas derivações inferiores,
com orientação vetorial média de 60 graus, podendo variar entre –30 e +90 graus,
sendo monofásica em DII, com duração inferior a 110 ms e amplitude máxima de 3
mm. Podem ocorrer modificações em sua morfologia em função da frequência
cardíaca.
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Quando houver uma pausa na atividade sinusal superior a 1,5 vezes o ciclo PP
básico. Começam a ter importância clínica quando maiores de 2,0 segundos.
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AD. Frequência entre 240 e 340 bpm. O ECG apresenta um padrão característico de
ondas "F" com aspecto de dentes de serrote, negativas nas derivações inferiores, e
geralmente positiva em V1 (ocasionalmente podendo ser bifásica ou negativa).
Caracteristicamente as ondas "F" nas derivações DI e aVL são de baixa voltagem. A
presença de resposta ventricular elevada (condução 1:1 ou 2:1) pode dificultar a
visualização eletrocardiográfica das ondas "F". Graus variados de bloqueio AV podem
ocorrer no traçado, sendo que bloqueios superiores a 3:1 facilitam a visualização
eletrocardiográfica das ondas "F".
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Batimento(s) de origem ventricular (es), tardio(s) por ser (em) de suplência, que
surgem em consequência da inibição temporária de ritmos anatomicamente mais
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altos.
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Wenckebach) (BAVII-MI)
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Dissociação AV (DAV)
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