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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

ANA CAROLINA DA SILVA RIBEIRO

GIOVANNA SILVA CARVALHO

LETÍCIA RODRIGUES LOURENCINI

RESENHA DE ARTIGOS

“A diferenciação do cérebro masculino e feminino”


“Neurotransmissores e receptores”
“Estresse, enfrentamento e sua influência sobre a glicemia e a pressão arterial”

Rio de Janeiro

2022
1 “A DIFERENCIAÇÃO DO CÉREBRO MASCULINO E FEMININO”

As diferenças entre os cérebros masculino e feminino são causadas por fatores


hormonais, anatômicos e ambientais. Embora não se saiba muito sobre a influência biológica
na formação da identidade de gênero, o componente psíquico, ou seja, o fator ambiental faz
parte da definição da identidade de gênero. Os cérebros se diferenciam não só na presença
de células com genes específicos para cada gênero, mas também no aspecto anatômico,
aonde regiões cerebrais apresentam dimensões diferentes. A testosterona, que, no cérebro
masculino é convertida em dihidrotestosterona, é responsável pelos comportamentos
masculinos que diferenciam os dois sexos. Para que exista o comportamento masculino típico,
é necessária a associação do ácido gama-aminobutírico (GABA) e da enzima decarboxilase
glutâmica ácida. Já na área pré-óptica (APO), a testosterona é convertida em estrogênio,
promovendo a masculinização do cérebro masculino.

O núcleo ventromedial (NVM) é responsável pelo controle do comportamento sexual


feminino. Enquanto nos meninos a testosterona aumenta e reduz rapidamente, nas meninas,
durante o primeiro ano de vida, os níveis de testosterona permanecem os mesmos. Em
estudos com animais, foi comprovado que a exposição de ratas grávidas à testosterona
resulta em aspectos comportamentais sexuais e sociais tipicamente masculinos na prole.
Trazendo o estudo com animais à uma situação humana, meninas expostas a um ambiente
intrauterino hiperandrogênico, ao escolherem um brinquedo, provavelmente optarão por um
considerado masculino, indicando que a presença de hormônios masculinos é um
determinante de gênero. Apesar de a influência hormonal ser importante na diferenciação
sexual, a socialização do indivíduo também é fundamental na construção de sua sexualidade.

2 “NEUROTRANSMISSORES E RECEPTORES”

Neurotransmissores são mensageiros químicos secretados pelos neurônios nas


sinapses, permitindo que informações sejam enviadas para outras células, se espalhando por
todo o corpo. Receptores são as proteínas que recebem as informações enviadas durante as
sinapses. Os neurotransmissores convencionais são armazenados em vesículas e liberados
durante as sinapses, ligando-se aos receptores das células pós-sinápticas. Os
neurotransmissores convencionais podem ser divididos em dois grupos: as pequenas
moléculas neurotransmissoras e os neuropeptídeos.

Neurotransmissores excitatórios são aqueles que facilitam a propagação do estímulo


nervoso, enquanto os inibitórios fazem o contrário, ou seja, dificultam a propagação desse
estímulo. Um mesmo neurotransmissor pode ser excitatório ou inibitório, a depender de quais
receptores estão presentes na célula pós-sináptica. Os receptores podem ser divididos entre
canais iônicos ativados por ligantes e receptores metabotrópicos. O primeiro muda a forma
quando o neurotransmissor se liga, causando a abertura do canal, o que pode gerar efeito
inibitório ou excitatório, além de produzir respostas fisiológicas muito rápidas. No segundo, a
sinalização é terceirizada, uma vez que envolve diversas moléculas dentro da célula. Por
envolver mais passos, a resposta fisiológica é mais lenta. Enquanto alguns receptores
metabotrópicos têm efeitos excitatórios, outros têm efeitos inibitórios.

Os neurotransmissores não convencionais são aqueles que não seguem as regras


convencionais, ou seja, as moléculas não são armazenadas em vesículas sinápticas e podem
atravessar a membrana celular e agir diretamente dentro da célula, ao invés de interagir com
receptores da membrana plasmática das células-alvo. São divididos em endocanabinoides e
neurotransmissores gasosos.

3 “ESTRESSE, ENFRENTAMENTO E SUA INFLUÊNCIA SOBRE A GLICEMIA E A


PRESSÃO ARTERIAL”

Atualmente, o estresse é considerado um dos maiores fatores desencadeadores de


diferentes doenças na sociedade moderna. Ele é definido como um estado de tensão
patogênico, que causa o desequilíbrio interno do organismo. Ocorre quando uma pessoa
ultrapassa sua capacidade adaptativa ao tentar responder a alguma demanda. Após ter sido
preparado para uma reação de luta ou fuga, o organismo procura restabelecer a homeostase.
O estresse gera respostas fisiológicas, podendo causar doenças como hipertensão, gastrite,
úlceras e baixa do sistema imunológico.

Um estudo realizado por Walles (1995) comprova que, embora o estresse psicológico
esteja relacionado a deterioração do controle glicêmico em pacientes diabéticos, não há
evidências de que o estresse possa produzir diabetes. São amplamente utilizados, em
situações de estresse, mecanismos de coping, que são a forma como pessoas geralmente
reagem ao estresse. Elas podem ser estratégias adaptativas ou desadaptativas. No primeiro
caso, cita-se a prática de exercícios físicos, que, a longo prazo, beneficiaria o indivíduo. Já no
segundo, a ingestão excessiva de álcool e drogas, por exemplo, é autodestrutiva, e trará
malefícios a longo prazo.

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