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Uma análise de harmônicas no


condutor neutro com lâmpadas LED
– Parte 2

16-22 minutos

As harmônicas e os picos de corrente de partida das


lâmpadas LED foram discutidas na primeira parte deste
artigo, publicada na edição anterior de EM. Segue-se uma
análise da dimerização dessas lâmpadas, dos respectivos
efeitos e das medidas necessárias em aplicações
industriais e comerciais.

Stefan Fassbinder, Instituto Alemão do Cobre (Alemanha)

Data: 21/10/2016

Edição: EM Outubro 2016 - Ano - 45 No 511

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Fig. 1 – Correlação entre a potência absorvida P, o fluxo luminoso


Φ, e a eficácia luminosa η de uma lâmpada incandescente comum
de 60 W e a tensão de rede U

A oferta de lâmpadas LED dimerizáveis para iluminação de


ambientes residencias tem se multiplicado, uma vez que elas devem
substituir principalmente as lâmpadas incandescentes, facilmente
dimerizáveis. A baixa eficácia luminosa das lâmpadas
incandescentes, que finalmente levou à sua extinção, se reduz ainda
mais drasticamente com a dimerização; a economia é relativamente
pequena (figura 1). Entretanto, o motivo para uso dos dimmers em
salas de estar raramente se deve à economia de energia. Na
verdade, deseja-se obter um ambiente mais “aconchegante” — ou
seja, com menos luz, por exemplo, para assistir televisão. Como
mostra a figura 2, lâmpadas fluorescentes compactas (LFC) dimeri
záveis apresentam um desempenho se melhante, porém, num nível
significativamente mais baixo, de modo que em salas de estar, cuja
iluminância já é reduzida, a queda de eficiência causada pela
dimerização não preocupa. Todavia, mesmo essa pequena
desvantagem é geralmente evitada pelo LED, visto que sua
eficiência diminui pouco ou absolutamente nada com o dinner

Neste contexto, é interessante examinar uma (aparente?) novidade


exibida nas figuras 3 e 4, que mais se assemelha à lâmpada
incandescente com filamento de carvão do que às incandescentes
convencionais de tungstênio. Esse efeito é intencional, porque tal
lâmpada visa especialmente os mercados de luminárias de design,
locais históricos e culturais, como museus e o foyer dos teatros. A
rigor, não se trata de uma lâmpada LED, e sim de uma LCC (Laser
Crystal Ceramics). O que isso significa não se pode encontrar,
mesmo na era da Internet, e o que se encontra tem mais a ver com

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laser do que com LED. Ensaios realizados na Suíça indicam tratar-


se de um LED perfeitamente normal [7]. No comércio existe
atualmente um sortimento de lâmpadas que imitam as
características das incandescentes, porém, cuja eficiência alcança,
com certeza, valores próximos de 100 lm/W.

Fig. 2 – Dimerização em quatro estágios de uma LFC dimerizável


de 23 W (Megaman)

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Fig. 3 – Imitação de uma lâmpada incandescente com filamento


de carvão, em versão altamente econômica

Ensaios também mostraram que, em princípio, mesmo lâmpadas


apresentadas como não dimerizáveis funcionaram com um antigo
dimmer com controle por ângulo de fase. Quando não funcionaram,
foi devido à carga abaixo do valor mínimo. Pode-se, portanto,
assumir que basta conectar um número suficiente de lâmpadas para
que a dimerização funcione também com esse dimmer, ainda que
inadequado para tal tipo de carga.

Efeito para rede

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Fig. 4 – Características de uma lâmpada de 5,5 W (Vosla) com


dimmer convencional para lâmpadas incandescentes. A carga
adicional com lâmpada incandescente necessária para que o
dimmer funcione foi excluída da medição

A dimerização de lâmpadas incandescentes causa de fato intensas


harmônicas (figura 5), mas as curvas senoidais deformadas são de
certo modo “lisas”. Isso também pode ocorrer com lâmpadas LED
(figura 6), mas não necessariamente.

Recentemente foi realizada na Suíça uma extensa série de testes,


nos quais um total de dez pequenas lâmpadas LED dimerizáveis
foram ensaiadas com cinco dimmers diversos. Constatou-se que —
em parte devido à própria lâmpada, em parte devido ao dimmer, ou
ainda devido à interação de ambos — as curvas se tornaram
“ásperas como um ralador” (figuras 7 e 8).

As distorções causadas na rede pela lâmpada da figura 3 se mantêm


dentro de certos limites. A lâmpada de 5,5 W sem dimmer absorve,
computando-se a energia reativa da frequência fundamental e da
distorção, cerca de 7,5 VA. Em contraste, com o dimmer, o
conteúdo harmônico cresce tanto que a potência aparente aumenta
com a absorção da energia ativa. É possível identificar isso também
pelo incremento das principais correntes harmônicas (figura 4).

Iluminação a LED na indústria e no comércio

Enquanto nas residências o consumo de energia elétrica para


iluminação não chega a 10% [9], pode-se considerar num escritório,
a grosso modo, um terço para iluminação, um terço para
equipamentos de TI, e um terço para o restante, pois é sabido que
um escritório tem uma iluminação muito mais clara que uma
residência. As lâmpadas empregadas, portanto, em geral
ultrapassam a potência de 25 W.

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Fig. 5 – Dimerização de uma lâmpada incandescente halógena de


40 W por meio de dimmer universal com reconhecimento
automático de carga. Em lâmpadas incandescentes aplica-se o
controle de ângulo de fase

Fig. 6 – Lâmpada LED (Megaman) com dimmer (Hager) ajustado


na potência máxima

Nesse caso deve ser considerado, por exemplo, que não


necessariamente todas as lâmpadas utilizadas sejam iguais. Vamos
admitir que, numa instalação existente, as lâmpadas fluorescentes

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de 58 W com reatores convencionais sejam gradativamente


substituídas por lâmpadas LED tubulares. Estas consomem
aproximadamente a metade da energia ativa. Em compensação,
elas iluminam apenas a mesa de trabalho e deixam no escuro o
restante do escritório [10], e isso pode emperrar o plano de
reforma. No sentido eletrotécnico do termo “consumo de energia”,
tomado literalmente, a redução é ainda maior que a metade, porque
o fator de potência da lâmpada LED tubular é mais alto. Mas ainda
podemos estar longe de uma distribuição simétrica da carga, caso,
por hipótese, os grupos LED recaírem sobre um condutor de fase
diverso daquele que alimenta as lâmpadas fluorescentes
remanescentes.

Fig 7 – Lâmpada (Megaman) com dimmer (Eltako), ajustado na


potência mínima

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Fig. 8 – Lâmpada LED (Megaman) com dimmer (Eltako) ajustado


na potência máxima

As distorções admitidas pela norma na forma de onda da corrente


continuam também contribuindo, apesar da melhoria no fator de
potência, quando se combinam, por exemplo, duas lâmpadas LED
tubulares de potências distintas (aqui, 25 W e 30 W), de fabricantes
diversos, com uma lâmpada fluorescente: a corrente do neutro é
fortemente influenciada pela lâmpada fluorescente — e mais ainda
pelo capacitor de compensação paralelo do que pela própria
lâmpada (figura 9). O perfil dessa corrente é típico de um capacitor
diretamente ligado a uma tensão real com as características
atualmente prevalecentes.

Fig 9 Duas lâmpadas LED tubuladores diferentes e uma

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fluorescente com reator convencional e compensação paralela


distribuídas nas três fases; a corrente de neutro é mostrada

Fig. 10 Duas lâmpadas LED tubulares diferentes e uma


fluorescente com reator convencional sem compensação,
distribuídas nas três fases; a corrente de neutro é mostrada

Para fazer a prova neste exemplo basta remover o capacitor (figura


10), e então a corrente do reator convencional volta a ser lisa e
arredondada, mas, em função do componente reativo
extremamente alto, ela é predominante sobre as demais. A
distribuição da corrente é quase tão assimétrica quanto seria se
apenas um condutor de fase estivesse carregado. Observa-se ainda
que as correntes das lâmpadas LED se mostram fortemente
serrilhadas, pois essas cargas também contêm capacitores! Todavia,
essa distorção será atenuada pela reforma, já que normalmente os
reatores das lâmpadas fluorescentes permanecem na luminária.

Essa característica se mantém válida também quando a carga é


equilibrada, com todas as fluorescentes substituídas pelo mesmo
tipo de lâmpadas LED tubulares, e a mesma quantidade ligada a
cada condutor de fase; como ilustra a figura 11, não se pode cogitar,
nem de longe, de condutor neutro livre de corrente.

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Consequências

O cenário de um condutor N ou PEN queimado, recorrente há


décadas, deveria ficar restrito a umas poucas situações extremas. A
partir do momento em que se tornou conhecido que a seção do
neutro não deve ser reduzida em relação à do condutor de fase, ou,
caso contrário, o neutro deve ser provido de um dispositivo de
supervisão adequado [11], esse perigo deveria ser considerado
afastado.

[N. da R.: No âmbito da ABNT, ver norma NBR 5410:2004, Seção


5.3.2.2 – Proteção do condutor neutro]

Na prática, o fator teórico Ö3 para calcular a corrente do neutro a


partir da corrente de fase dificilmente é alcançado. Tal fator poderia
se situar, no máximo, em torno de 1. Exceções podem ocorrer, por
exemplo, em instalações como data centers, com alta concentração
de cargas tipicamente não lineares. Uma instalação comum, porém,
não alimenta exclusivamente lâmpadas LED do tipo analisado neste
artigo.

Cabos sobrecarregados?

Convém lembrar que a capacidade de condução de corrente dos


cabos indicada das normas [12] prevê no máximo três condutores
carregados. Essas tabelas não consideram o fato de que, com cargas
contendo harmônicas, pode haver quatro condutores
simultaneamente carregados. O Suplemento 3 da citada norma
alemã procura sanar essa lacuna, indicando valores de referência
para as situações encontradas na prática.

[N. da R.: A norma ABNT NBR 5410:2004, Seção 6.2.5.6,


prescreve um fator de correção de 0,86, a ser aplicado sobre a
capacidade de condução de corrente dos condutores de circuitos
trifásicos com neutro, quando a corrente nos condutores de fase
contém componentes harmônicas de terceira ordem e seus
múltiplos com taxa superior a 15%. O fator se aplica às
capacidades de condução de corrente válidas para três condutores
carregados, seja qual for o método de instalação, e sem prejuízo de

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outros fatores eventualmente aplicáveis. Sobre o


dimensionamento do condutor neutro quando o conteúdo
harmônico das correntes de fase for superior a 33%, ver Anexo F
da referida norma]

Uma das dificuldades neste caso é a morosidade do processo de


normalização, frequentemente ultrapassado pelo desenvolvimento
tecnológico. Antes de serem feitas as últimas correções, por
exemplo, o aparelho multifuncional (copiadora, impressora, fax) —
exaustivamente ensaiado como carga típica para determinar novos
valores de referência — já foi substituído por um novo modelo,
provido de uma função economizadora de energia muito melhor.
Isso pode ou não ter influência sobre as harmônicas, mas ainda não
se sabe.

Os riscos espreitamem outro lugar

Fig. 11 – Três lâmpadas LED tubulares de 30 W, sem reator,


distribuídas nas três fases por simulação numérica. Os mesmos
parâmetros medidos com + e – 120°, exibidos com a corrente de
neutro obtida pela soma das três correntes de fase

A substituição de lâmpadas incandescentes com fator de potência 1,


inicialmente por LFC, e agora por lâmpadas LED com fator de

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potência em torno de 0,5, reduziu a potência absorvida pela


iluminação em 75%. Com isto, o valor eficaz verdadeiro da corrente
no condutor de fase, apesar da forte distorção, caiu pela metade.
Em caso de falta de uma fase, a corrente no condutor neutro
também é um pouco menor (Ö3/Ö2) do que com lâmpadas
incandescentes. Logo, se não havia sinal de fumaça antes, menos
ainda ele deve ser esperado após a reforma.

Não, os riscos e os efeitos colaterais si tuam-se num outro plano,


especificamente, na configuração da rede. As correntes de neutro
em regime normal, que apesar de tudo aumentaram, devem ser
conduzidas corretamente para o ponto estrela da fonte de
alimentação; quer dizer, sem desvios erráticos através do prédio!

Em detalhes, isso significa:

Indispensável e mais importante do que nunca é a construção de


um sistema TN-S, como é exigido pelas normas para instalações
novas, e também recomendado para reforma de instalações
existentes [13].

Igualmente importante é a supervisão desse sistema mediante um


dispositivo supervisor de corrente diferencial-residual. Não se deve
esperar que a proteção DR (oxalá existente) interrompa a
alimentação, e sim receber um alarme antecipadamente. A
experiência demonstra que as correntes diferenciais (correntes no
condutor PE) raramente se manifestam de repente, mas, em geral,
aumentam lenta e gradativamente.

Numa instalação construída conforme os princípios de


compatibilidade eletromagnética (EMC, na sigla em inglês), os
condutores vivos — portanto, inclusive o neutro — devem ser
instalados justapostos, o mais próximo possível uns dos outros, e o
mais afastado possível dos condutores de proteção PE e de
equipotencialização, a fim de minimizar os acoplamentos indutivos,
uma vez que os acoplamentos galvânicos (sistema TN-C) foram
evitados. As correntes de alta frequência, injetadas na rede pelos
aparelhos eletrônicos atuais, acoplam nas partes condutivas
adjacentes tão mais fortemente quanto mais alta for a frequência.

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[N. da R.: Esse conceito aplica-se, por exemplo, em conjuntos de


manobra de BT, nos quais o barramento PEN deve ser
preferencialmente adjacente ao barramento geral das fases L1 a
L3, mas afastado do barramento PE, de modo a preservá-lo do
acoplamento de correntes de alta frequência. O leitor pode
consultar a respeito o artigo “Compatibilidade eletromagnética em
conjuntos de manobra de baixa tensão”, publicado por EM na
edição de outubro/2011, pág. 34-47, disponível também online.
Por outro lado, o conceito é conflitante com a exigência de instalar
o condutor PE sempre no mesmo cabo ou conduto que os
respectivos condutores de fase, para minimizar a impedância do
laço eletromagnético e assegurar a atuação das proteções contra
sobrecorrente. Ver ABNT NBR 5410:2004, Seção 6.4.3.5]

Paradoxalmente, os tópicos aqui elencados são válidos justamente


quando as “verdadeiras” causas de sobrecarga no condutor neutro,
ou seja, as harmônicas, foram substancialmente reduzidas por meio
da eletrônica que corrige o fator de potência (PFC, na sigla em
inglês). Essa mesma eletrônica traz consigo uma frequência de
chaveamento em geral muito mais alta, que acopla nos diversos
aparelhos com intensidade proporcionalmente mais forte, e se
dissemina pela rede (figura 5, na parte 1 deste artigo).

Conclusões

É chegada a hora de considerar a compatibilidade eletromagnética


mais como uma questão da rede do que dos aparelhos por ela
alimentados.

Não é aceitável que os avanços tecnológicos não possam ser


aproveitados, ou encontrem restrições para sua utilização, porque a
necessária infraestrutura permanece — ou ainda é instalada —
conforme os conceitos dos anos 60 do século passado.

Se os caminhos rudimentares de ontem não tivessem sido


transformados em ruas e autoestradas, deveríamos nos contentar
até hoje com os carros de boi e as carruagens do correio, e Carl Benz
teria trabalhado só para os museus!

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Referências

1. R. Kleger: Neue Kohlefadenlampe. ET Schweizer Zeitschrift für angewandte


Elektrotechnik, Sonderheft Licht 2014, S. 60.

2. www.vosla-shop.com/epages/64253153.sf/de _ DE/?ObjectPath=/Shops
/64253153/Categories/LED

3. Infografik Private Haushalte benötigen den meisten Strom für Prozesswärme.


Elektropraktiker, Berlin 67 (2013) 5, S. 317.

4. S. Fassbinder: Grundlagen, Vorteile und Beschränkungen der LED – Teil 3.


Elektropraktiker, Berlin 66 (2012) 12, S. 1029.

5. DIN VDE 0100-430 (VDE 0100-430):2010-09: Errichten von


Niederspannungsanlagen – Teil 4-43: Schutzmaßnahmen – Schutz bei
Überstrom; DIN VDE 0100-520 (VDE 0100520):2013-06: Errichten von
Niederspannun gsanlagen – Teil 5-52: Auswahl und Errichtung elektrischer
Betriebsmittel – Kabelund Leitungsanlagen.

6. DIN VDE 0298-4:2013-06: Verwendung von Kabeln und isolierten Leitungen


für Starkstromanlagen – Teil 4: Empfohlene Werte für die Strombelastbarkeit
von Kabeln und Leitungen für feste Verlegung in und an Gebäuden und von
flexiblen Leitungen.

7. DIN VDE 0100-444 (VDE 0100-444):2010-10: Errichten von


Niederspannungsanlagen–Teil 4-444: Schutzmaßnahmen – Schutz bei
Störspannungen und elektromagnetischen Störgrößen.

Artigo originalmente publicado na revista alemã "ep - Elektropraktiker", edição


2/2015. Copyright Huss-Medien, Berlim. Publicado por EM sob licença dos
editores. Tradução e adaptação de Celso Mendes.

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