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A importância do Ômega-3 na alimentação

1º-Generalidades:

A importância dos ácidos graxos essenciais na dieta humana foi assunto de grande interesse nas
décadas passadas.Alimentação balanceada é de fundamental importância na prevenção e no
tratamento de doenças. Por isso, existem várias pesquisas mostrando os efeitos benéficos que os
alimentos trazem para o ser humano. O ômega 3 é um tipo de gordura muito benéfica para a
circulação, cujos benefícios vem sendo pesquisados desde a década de 70, e hoje já são fatos
confirmados.Essa gordura não é produzida pelo organismo humano portanto, deve ser fornecida
através da alimentação. O consumo freqüente de alimentos ricos em ômega 3 reduzem os níveis
de colesterol e triglicerídios no sangue, e também a pressão arterial. Estes ácidos que contém
duas ou mais insaturações são chamados poliinsaturados e representados por símbolos
numéricos, como C18:2 (9,12) que representa o ácido linoléico e o C18:3 (9,12,15), o ácido ?-
linolênico, sendo que o número justaposto ao símbolo C indica o número de átomos de carbono e o
segundo número, a quantidade de duplas ligações. A posição da ligação dupla na cadeia
hidrocarbonada é indicada entre parênteses, pela identificação do átomo de carbono mais próximo
da carboxila implicado na respectiva insaturação. Os ácidos graxos também podem ser divididos
em famílias ou séries, dependendo da localização da última ligação dupla em relação ao seu
grupamento metílico terminal: família ômega-6 (?6) representada pelo ácido linoléico e a família
ômega-3 (?3), pelo ácido ?-linolênico.Esses dois tipos de ácidos graxos são chamados essenciais
porque não podem ser sintetizados pelo organismo humano e devem ser fornecidos através da
dieta. Após a ingestão, os ácidos graxos, uma vez absorvidos por células e tecidos, podem ser
dessaturados e alongados a outros ácidos poliinsaturados de cadeia longa. Os processos de
alongação e dessaturação do ácidos linoléico e ?-linolênico ocorrem nos animais e,
vagarosamente, nos homens originando diversos metabólitos. As experiências e descobertas
recentes acerca dos ácidos graxos poliinsaturados, tiveram início em 1918, quando cientistas
descobriram a partir de experiências com animais, que algumas gorduras podem ser essenciais a
um crescimento saudável. Na década de 20 o principio ativo dessa gordura foi classificado como
uma vitamina, a "vitamina F", e na década de 30 pela primeira vez, os cientistas começaram a
pesquisar grupos de esquimós que habitavam a região da antártica. Neles foi constatada a
ausência de casos de arteriosclerose. Paralelamente a novas descobertas envolvendo os
componentes ativos dos ácidos graxos de vegetais e peixes(ácido eicosapentaenóico,EPA e o
ácido docosahexaenóico - DHA), a relação entre hábitos alimentares e condições de saúde dos
povos esquimós continuou a ser estudada. Ela ajudaria a comprovar que a cultura alimentar de um
povo é tão importante quanto o fator genético para o surgimento ou não de determinadas doenças.
O efeito protetor contra processos envolvidos na aterosclerose pode estar relacionado ao efeito
inibitório de antioxidantes sobre a síntese de prostaglandinas e leucotrienos, reduzindo assim a
agregação plaquetária e tendência trombótica. Os ácidos graxos poliinsaturados atuam na redução
da coagulação sangüínea ; na redução da pressão sangüínea. Atualmente foram lançadas RDA-
orientando que pequenas quantidades de acido linoléico devem estar presentes na dieta para
manter a saúde e em futuro próximo deverá ser considerada uma recomendação de estimativa de
ingestão diária para ácidos ômega 3. O estado de estresse oxidativo na camada intima da artéria é
determinado pelo balanço dinâmico entre a formação de oxidantes, e a efetividade e
disponibilidade dos vários sistemas antioxidantes. Os ácidos graxos essenciais tem como função a
modulação da estrutura da membranas, formação de eicosamoides que vão funcionar como
hormônios locais, controle da impermeabilidade de diversos tecidos celulares à água e a regulação
do transporte de colesterol. Estudos clínicos de diversas partes do mundo demonstraram a
importância do ômega 3 na reduçãodos níveis de triglicérides e colesterol do sangue. Além disso o
DHA mostrou-se essencial no desenvolvimento do cérebro e da retina do recém nascidos, daí sua
importância também na dieta infantil. O consumo de compostos antioxidantes presente nos
alimentos é um fator importante na prevenção de doenças cardiovasculares e crônico ,
degenerativas . A degeneração funcional das células do corpo durante o envelhecimento
parece,contribuir para estas doenças.O efeito protetor contra processos envolvidos na
aterosclerose pode estar relacionado ao efeito inibitório de antioxidantes sobre a síntese de
prostaglandinas e leucotrienos, reduzindo assim a agregação plaquetária e tendência trombótica.O
ômega 3 possui papel significativo contra os agressores das macromoléculas como DNA,
proteínas, lipídeos e lipoproteínas.A revisão da literatura pertinente sugerem que o manuseio da
inflamação intestinal com nutrientes com ômega 3, apresenta perspectivas interessantes e
promissoras. Os dados iniciais sugerem que a provisão parenteral de ômega 3 seria indicação
melhor nas colites agudas do que o suprimento enteral para impedir a reativação de doença
quiescente. Nas investigações atuais, pode-se concluir que o ômega 3, modifica as manifestações
inflamatórias da colite. Por outro lado, o Omega 3 associado com o ômega 6, determina grande
impacto benéfico, atenuando as conseqüências morfológicas e inflamatórias e diminuindo as
concentrações teciduais de eicosanóides pró-inflamatórios. Pesquisas recentes tem demonstrado o
efeito antiinflamatório do Omega 3 principalmente por inibir as prostaglandinas e os leucotrienos,
principalmente o B4, que estimula a formação de radicais livres nas articulações comprometidas. A
utilização do ômega 3 em uma dieta balanceada é eficiente e com excelentes resultados em
patologia como: artrite reumatóidea, psoriase, colesterolemia e em diversos quadros inflamatórios.
A aterosclerose é uma doença a nível arterial caracterizada pelo espessamento da camada intima,
ou seja a camada mais interna desse vaso, onde a hiperplasia ocorre devido aos fatores de
crescimento derivados das plaquetas e de outras células das paredes arteriais. A aterogênese está
relacionada com células que se alteram pela internalização de lipídeos provenientes das
lipoproteínas. A incorporação dos lipídeos de forma excessiva pelas células, ocorre devido a uma
via alternativa de captação, uma vez que os receptores para lipoproteínas na superfície celular
possuem um mecanismo de controle da entrada de lipoproteínas. O ômega 3 como provoca a
diminuição do colesterol LDL (colesterol ruim) e aumento de HDL (colesterol bom) com certeza terá
um efeito benéfico na presenção de doenças arteriais.A homocisteina é uma substancia que
provoca microlesões na luz dos vasos arteriais, que facilita o deposito de gorduras circulantes,
formando a placa de gordura que após receber o cálcio se transforma em uma placa
arterioesclerótica. A homocisteina é tão importante para o sistema circulatório que podemos dosar
a homocisteína para checar o risco de doenças arteriais. O ômega 3 tem uma ação na redução da
homocisteina diminuindo desta maneira os riscos vasculares. A credita-se que o efeito protetor seja
a nível das prostaglandinas, que promoveriam a diminuição dos tromboxanos que são os
estimuladores da coagulação sangüínea. Quanto ao mal de Alzheimer, existem realmente alguns
trabalhos em andamento que utilizam o Omega 3 associado com vitamina E e dietoterapia.Evitam
doenças cardiovasculares, evitam psoriase, hipertensão arterial, indicado no tratamento de artrite e
outras doenças de pele, no reforço imunológico,etc.

2º- Trabalhos de pesquisa :

1º-Estudos comprovam efeitos benéficos dos peixes para o coração Chicago (EUA)-
Pessoas que sofrem de doenças do coração podem reduzir o risco de um ataque cardíaco fatal
comendo uma porção diária de salmão ou outro peixe de carne oleosa, ou ainda ingerindo um
suplemento diário de óleo de peixe, recomendaram autoridades em cardiologia.As recomendações
da Associação Americana do Coração, divulgadas no encontro anual da instituição, em Chicago,
se constituem na primeira vez em que o grupo apóia o uso de um suplemento nutricional como
forma de melhorar a saúde do coração. Estudos atuais sugerem que os componentes do óleo de
peixe, os chamados ácidos gordurosos ômega-3, podem salvar as vidas de pessoas que sofrem do
coração.
Temos evidências de que, se pacientes cardiopatas consumirem cerca de um grama da substância
por dia, os seus índices de sobrevivência melhoram e eles têm menos ataques cardíacos, afirma
Penny Kris-Etherton, da Universidade do Estado da Pensilvânia, a principal autora do relatório da
Associação Americana do Coração. O organismo de certas pessoas não aceita peixe, outras não
gostam desse alimento e há ainda aqueles indivíduos que moram em regiões onde não é possível
encontrar pescados, diz ela. Essas pessoas deveriam pensar em ingerir um suplemento de acordo
com orientações médicas.A Associação Americana do Coração também mencionou pesquisas
recentes que indicam que até mesmo aqueles indivíduos que possuem corações sadios podem se
beneficiar de uma dieta rica em peixes como salmão, enchova, cavala e espadarte. Um estudo
conduzido com 22.071 médicos, o chamado de Estudo da Saúde dos Médicos, sugeriu que o
consumo de peixe pode reduzir o risco de um indivíduo sofrer um ataque cardíaco em 80%. Um
estudo paralelo, o Estudo da Saúde das Enfermeiras, revelou que os ácidos gordurosos ômega-3
podem reduzir o risco de as mulheres morrerem do coração em 33% .Peixes gordurosos podem
conter níveis significativos de mercúrio, o que não representa risco para a maioria dos adultos que
têm uma dieta balanceada, mas o governo recomenda que algumas mulheres tomem precauções.
Mulheres que estão ou podem ficar grávidas devem evitar comer mais do que 170 gramas de peixe
por semana. Mulheres grávidas ou que estão amamentando, assim como bebês, não devem comer
cação (tubarão), espadarte, cavala ou pargo.

2º-Óleo de peixe poderia reduzir risco de morte para cardíacos-


Um estudo italiano sugere que suplementos de óleo de peixe podem reduzir significativamente o
risco de morte súbita em sobreviventes de enfarte.
"Não podemos fazer uma afirmação segura com base em apenas um trabalho", disse Alice H.
Lichtenstein, uma professora de nutrição da Tufts University e vice-presidente da comissão de
nutrição da American Heart Association. "No entanto, é certamente uma grande contribuição para o
conjunto de informações disponíveis atualmente". As conclusões da pesquisa foram publicadas na
edição desta terça-feira da Circulation, uma revista da American Heart Association. Seus autores
afirmam que um grama diário de ácidos gordos omega-3 reduz o risco de morte súbita ou morte de
forma geral para pessoas que já sofreram um ataque cardíaco.
O estudo acompanhou mais de 11.000 pessoas; um quarto delas recebeu um grama por dia de
ácidos gordos omega-3.
Um segundo grupo recebeu diariamente 300 miligramas de vitamina E. Outros participantes
consumiram ambos os suplementos e um quarto grupo ingeriu placebo.
Apesar de os participantes da pesquisa já se beneficiarem de uma dieta rica em frutas, vegetais,
azeite e peixe, os cientistas observaram que os integrantes do grupo que recebeu os suplementos
registraram menos mortes do que os outros.
Os ácidos gordos são encontrados em peixes como salmão, atum, cavalinha, truta e sardinhas.
Especialistas afirmaram acreditar que os ácidos graxos ajudam a reduzir os episódios de arritmia,
que são uma das principais causas de morte por doença coronariana.
Apesar dos resultados promissores,a American Heart Association ainda não endossa os
suplementos de óleos de peixe, enfatizando que ainda são necessárias mais evidências de seus
benefícios. Lichtenstein concorda. "Eu ainda não diria que os suplementos são um bom substituto
do peixe", afirmou. As associações de cardiologistas normalmente incentivam a adoção de uma
dieta saudável que inclua peixes.
"Como cardiologista, eu geralmente recomendo comer peixe pelo menos de uma a duas vezes por
semana", disse o doutor Ramin Farshi, de Los Angeles, na Califórnia. "E, claro, aconselho ingerir
pouca gordura".

3º-Óleo de peixe previne morte súbita-


Já se sabia que suplementos à base de óleo de peixe reduzem a probabilidade de ocorrer um
segundo enfarto ou derrame em pacientes que tiveram problema cardíaco recente. Mas, uma nova
pesquisa realizada pelo Consorzio Mario Negri Sud (e divulgada na revista da Associação
Americana do Coração) revelou que esse suplemento nutricional também pode diminuir a chance
de morte súbita. A equipe de pesquisadores foi coordenada pelo cientista Roberto Marchioli. O
estudo incluiu 11.323 pacientes que haviam sofrido enfarto nos três meses anteriores. Todos os
voluntários receberam os mesmos cuidados preventivos e fizeram uma dieta rica em frutas,
vegetais, azeite de oliva e peixe. Entre os pacientes, alguns também consumiram diariamente um
grama de suplementos de óleo de peixe.
Os voluntários foram acompanhados durante 3 anos e meio. Durante esse período, 1.031 pessoas
morreram. Após apenas três meses de tratamento, os pacientes que usaram os suplementos de
óleo de peixe pareceram apresentar risco 41% menor de morrer por qualquer causa, de acordo
com o estudo. Já quatro meses de terapia, esses mesmos voluntários também mostraram redução
significativa de sofrer morte cardíaca súbita. Ao final do período de estudo, os pacientes tratados
com suplementos de óleo de peixe apresentaram probabilidade 41% menor de ter morte súbita por
causas relacionadas ao coração.
Os resultados do trabalho reforçam a hitótese de que a associação dos ácidos graxos
poliinsaturados n-3 (conhecidos pela sigla em inglês PUFAs), geralmente encontrados no peixe e
no óleo de peixe, com uma dieta saudável pode baixar a possibilidade de arritmia fatal. A
frequência cardíaca irregular, em casos gravos, pode provocar a parada do coração. A pesquisa de
Roberto Marchioli mostrou que uma mudança simples e segura na dieta pode produzir um grande
benefício em termos de saúde pública. A associação Americana do Coração aconselha comer
peixes gordurosos duas ou mais vezes por semana - ou usar diariamente cápsulas de um
suplemento de óleo de peixe -, principalmente à pessoas com doença coronariana conhecida ou
com história familiar do distúrbio entre parentes próximos.

4º-Ácido graxo de peixe contra arritmia cardíaca- Bibliomed-


O consumo de salmão, atum e outros peixes com alto índice de ácidos graxos, pelo menos duas
vezes por semana, é a melhor defesa contra a arritmia cardíaca. A conclusão é de um estudo
publicado no último número da revista Circulation, da American Heart Association.
Os benefícios do consumo de peixes ricos em ômega-3 (n-3) para a diminuição do risco de
doenças cardíacas e derrames, já eram conhecidos. No entanto, só agora foi relatada uma
justificativa científica sobre o efeito deste óleo de peixe.
De acordo com Alexander Leaf, professor de medicina clínica da Faculdade de Medicina da
Universidade de Harvard, as experiências com animais demonstram que os ácidos graxos do
ômega-3 se acumulam nas membranas celulares das células cardíacas e podem prevenir as
interrupções cardíacas ou uma arritmia fatal. Leaf afirma que estudos de cada célula mostraram
que os ácidos graxos bloqueiam diretamente as correntes excessivas de sódio e cálcio, evitando
descargas e mudanças do ritmo cardíaco.
O primeiro estudo sobre a influência deste tipo de óleo de peixe no ritmo cardíaco foi realizada em
1989. Vários outros estudos se seguiram, chegando à mesma conclusão: uma dieta farta de peixes
com alto conteúdo de graxo reduz os infartos agudos fulminantes do miocárdio.
O grupo de pesquisadores da Faculdade de Medicina de Harvard cultivou células cardíacas
neonatais de ratos nas quais verificaram os efeitos tóxicos de diversos agentes. Os cientistas
descobriram que ao acrescentar n-3 impediam as arritmias induzidas nas células.
Leaf sugere que o consumo de peixes frescos ou congelados é a melhor maneira de proteger o
coração contra arritmias, responsáveis por pelo menos metade dos ataques cardíacos.

5º-Ácidos graxos polinsaturados de cadeia longa ômega-3 -Vários levantamentos feitos com base
em várias populações sugeriram que um consumo regular de peixe gorduroso resulta em uma
redução acentuada de mortes devido a infarto do miocárdio (Kromhout, 1998; Dolocek, 1991;
Siscovick, 1995). Parece provável que esta redução deva-se a uma queda significativa da
incidência de fibrilação ventricular sustentada, arritmia cardíaca e morte súbita (Kang, 1996, Albert,
1998). Este efeito foi atribuído aos ácidos graxos polinsaturados de cadeia longa, ácido
eicosapentaenóico (EPA) e ácido docosahexaenóico (DHA). Intervenções-Um ensaio englobando
dieta e re-infarto (Burr, 1989) demonstrou que doses relativamente baixas de ômega-3 (2,3 g / por
semana) reduziram a mortalidade da doença cardiovascular em um grupo de pessoas que
sobreviveram a infarto do miocárdio.Um estudo prospectivo recente, com pacientes apresentando
infarto agudo do miocárdio, demonstrou que a complementação com uma dose baixa de óleo de
peixe (1,08 g/dia de ômega-3) e óleo de semente de mostarda [2,9 g/dia de ácido alfa-linoléico
(ALA)] por 1 ano foi associado a uma redução significativa na incidência de eventos cardíacos
(Singh, 1997). Neste estudo, o número total de mortes cardíacas foi significativamente reduzido
pelo óleo de peixe mas não pelo suplemento de óleo de semente de mostarda, ilustrando, assim,
que o e o de cadeia longa ômega-3 têm níveis diferentes de eficácia nutricional.Em um estudo
GISSI recentemente publicado (Marchioli, 1999), mais de 10.000 sobreviventes de infarto do
miocárdio foram tratados durante 3,5 anos, em média, com 1g/dia de + . Os pacientes que
receberam o óleo de peixe apresentaram uma redução marcante, de morte cardíaca e súbita, de
45% (relativa) e 1,6% (absoluta).Modificação do fator de riscoA doença cardiovascular tem uma
etiologia de fatores múltiplos, como ilustrado pela existência de numerosos indicadores de risco. O
que se segue pode ser modificado, de maneira benéfica, pelo ômega-3.Há uma relação funcional
entre a ingestão de ômega-3 e as concentrações de triacilglicerol no plasma (TAG). Nos seres
humanos, o ômega-3 exerce um efeito hipotrigliceridêmico consistente, que depende da dose e é
persistente. Em uma análise recente de setenta e dois estudos, controlados por placebo, com os
pacientes recebendo complementos de e em quantidades variando de 1,0 - 7,0 g/dia por, pelo
menos 2 semanas, as concentrações de TAG no plasma foram consistentemente reduzidas em 25-
30% (Harris, 1996). Colesterol LDL E HDL -O efeito do ômega-3 nos níveis totais de colesterol,
bem como no colesterol LDL e HDL, entretanto, é mínimo (Harris, 1996). Pressão sanguínea
elevada - A ingestão de ômega-3 marinho reduz a pressão sanguínea em pessoas hipertensas e,
com menor freqüência, em pessoas com pressão normal (Appel, 1993; Morris 1993). Trombose
arterial -A trombose arterial, incluindo as plaquetas, funções dos eritrócitos e do endotélio,
coagulação e fibrinólise, contribui para causar CVD (doença cardiovascular) e
complicações.Plaquetas A ingestão prolongada de ômega-3 inibe a agregação de plaquetas
(Tremoli, 1995). Eritrócitos
O ômega-3 demonstrou aumentar a deformabilidade das células vermelhas do sangue e a reduzir
a agregação (Ernst, 1989), reduzindo, assim, a viscosidade do sangue. Função Endotelial -O
ômega-3 modula a resposta da célula do endotélio para as citocinas (De Caterina, 1995) e restaura
a função endotelial deficiente [complacência dos vasos (Chin, 1994)]. Estes conceitos oferecem
uma explicação altamente plausível para os efeitos do ômega-3 nas fases iniciais da aterosclerose.
Coagulação O ômega-3 reduz a tendência trombótica através da diminuição dos níveis de
fibrinogênio no plasma (Saynor, 1995). Concluindo, o ômega-3 é reconhecido como sendo um
nutriente cardioprotetor. Os efeitos cardioprotetores do ômega-3 parecem dever-se, principalmente,
a uma combinação de efeitos nos seguintes parâmetros de risco à saúde
cardiovascular:diminuição do triglicéridos no sangue, prevenção de batimento cardíaco irregular
(antiarritmia), diminuição da pressão sanguínea,
redução da agregação das plaquetas e aumento da fluidez do sangue.

6º-Ácidos graxos de óleo de peixe combatem morte súbita devido às arritmias -American Heart
Association-
Suplementos diários de ácidos graxos encontrados no óleo de peixe diminuem pela metade o risco
de morte súbita em sobreviventes de ataque cardíaco, afirma artigo publicado na edição de 9 de
abril da revista Circulation: periódico da American Heart Association (Associação Americana do
Coração). Pesquisas anteriores encontraram que a ingetão de peixes ricos em óleo, como a tuna e
o salmão, podem reduzir o risco de parada cardíaca súbita causada por um tipo particular de
arritmia. Esse estudo sugere que suplementos de óleo de peixe, ainda mais que a injesta dietética
de peixe, poderia ser uma terapia sem efeitos colaterais para pacientes cardiopatas. O achado vem
de analises dos dados do estudo GISSI-Prevenzionel. Este estudo encontrou que 1 grama diário
de ácidos graxos poliinsaturado n-3 (PUFA) - encontrado em óleo de peixe e também conhecido
como ômega-3 - reduziu significantemente o risco global de morte e morte súbita em pessoas que
sofreram ataques cardíacos. Os benefícios não foram devidos a alterações nos níveis de colesterol
ou por reduzir a coagulação sanguínea potencialmente fatal. A nova análise revela que o indíce de
mortalidade mais baixo para os pacientes PUFA n-3, comparados com pacientes que receberam
placebo, resultaram grandemente da redução de 42 % da morte súbita do coração, em um
acompanhamento de 3 meses. "Foi surpresa, " diz autor Roberto Marchioli, M.D., chefe do
laboratório de epidemiologia clínica no Consorzio Mario Negri Sud, um intituto de pesquisa
agradecendo ao instituto Santa Maria Imbaro, Itália. "O risco de morte, e morte súbita, é maior nos
primeiros mêses após o ataque cardíaco. É exatamente neste período que o efeito sobre morte
súbita foi notado." A análise também mostra que os benefícios preventivos do n-3 PUFA é
provavelmente devido a redução dos episódios de batimentos irregulares potencialmente fatais,
chamados de arritmias. Cerca de 250.00 pessoas nos Estados Unidos morrem a cada ano
doenças coronarianas sem chegarem vivas aos hospitais. Muitas dessas mortes são devidas a
morte súbita causada por uma arritmia. "Esse estudo é importante porque não há realmente uma
terapia efetiva para as arritmias," disse Alexander Leaf, médico, professor na Escola Médica de
Harvard em Boston, que escreveu um editorial sobre os novos achados.
Os pesquisadores italianos assinalam que os participantes do estudo alimentam-se de uma dieta
típica mediterrânea - rica em frutas, vegetais, azeite de oliva e peixe. Ainda, à despeito da mesma
dieta saudável, aquele grupo que recebeu suplementos de n-3 PUFA teve menor ocorrência de
morte súbita do que aquele que não recebeu a suplementação. N-3 PUFA são ácidos graxos
essenciais - o organismo precisa deles para funcionar corretamente, mas não os fabrica. Seres
humanos precisam obtê-los da dieta, que no caso do N-3 PUFA significa comer peixe, como
salmão ou tuna. No estudo GISSI-Prevenzione, os pesquisadores listaram 11.323 pacientes
através da Itália que tinham sofrido ataque cardíaco recente e diviram-nos aleatóriamente em 4
grupos. Além do tratamento médico padrão e do aconselhamento para um estilo de vida
compatível com sua condição, 2.835 participantes receberam 1 grama de n-3 PUFA diariamente
(equivalente a uma refeição de peixe gordo), 2.830 tomaram 300 mg de vitamina E por dia, outros
2.830 receberam os dois e os restantes 2.838 pacientes receberam placebo (medicação
fantasia).Nesta nova análise, Marchioli e seus colegas encontraram que em 3 meses, pacientes
tratados com n-3 PUFA tiveram significantemente menos mortalidade que aqueles que não
tomaram o suplemento (1,1% vs 1,6%). No final do estudo em 42 meses de acompanhamento, a
mortalidade era de 8,4% para aqueles que receberam n-3 PUFA e 9,8% para aqueles que não
receberam.A redução no risco de morte súbita com o tratamento de n-3 PUFA foi quase
significante em 3 meses (0,5% contra 0,7% daqueles que não receberam o suplemento). No final
do estudo aos 42 meses, o risco de morte súbita era de 2% para aquelas pessoas que receberam
n-3 PUFA, contra 2.7% para os que não receberam.Como o n-3 PUFA protege o coração ainda
não é sabido. Contudo, Leaf e seus colegas mostraram que os ácidos graxos desempenham
importante papel na regulação da atividade elétrica das células do coração. "Eles estabilizam estas
células de forma que elas tornam-se muito resistentes às arritmias," diz ele. Leaf também destaca
que esses achados suportam a teoria de que um desequilíbrio no n-3 PUFA e ácidos graxos n-6
PUFA promove arritmias. Ele sugere que adicionando n-3 PUFA à uma dieta já saudável, enquanto
se reduz o n-6 PUFA (que é abundante em óleos vegetais de cozinhar, como óleos de milho,
girassol e cânola), melhora a proporção dos dois tipos de ácidos graxos, e assim, reduz o risco de
morte súbita. Marchioli enfatiza que os achados deste estudo precisam ser confirmados. A
Associação Americana do Coração não recomenda suplementos de óleo de peixe (cápsulas) e não
recomendará até que haja evidências fortes de que eles beneficiem a saúde cardiovascular de uma
forma geral.Ao invés, esta associação recomenda o consumo de duas porções de peixe duas
vezes por semana. Peixe é uma boa fonte de proteínas sem o excesso de gordura saturada
encontrada em outras carnes.

7º-Efeitos dos Ácidos Docosa-hexaenóico (DHA) e Eicosapentaenóico (EPA) em Leucócitos-


O óleo de peixe vem sendo recomendado no tratamento de doenças cardiovasculares, autoimunes
e reações inflamatórias (KREMER, 1991; SOYLAND, 1993; POMPÉIA et al., 1999). Geralmente os
efeitos benéficos da suplementação com o óleo de peixe são atribuídos aos ácidos graxos n-3,
sendo o EPA e DHA os principais constituintes desta classe. Contudo, em trabalhos recentes foram
demonstrados diferentes respostas celulares quando os experimentos são realizados com DHA e
EPA isoladamente. Hung et al. (1999) comparam o efeito de duas preparações de óleo de peixe,
contendo diferentes concentrações destes dois ácidos graxos, na produção de imunoglobulinas em
linfócitos. Os autores observaram que o EPA tem uma atividade anti-alérgica maior que o DHA.
Outros estudos têm sido realizados alterando a razão EPA/DHA. Nesses, foi evidenciado que o
EPA é mais efetivo na supressão da resposta inflamatória em relação ao DHA (SASAKI et al.,
1999; VOLKER et al., 2000). Efeitos dos ácidos graxos na expressão gênica têm recebido
considerável atenção, pois representa um mecanismo adicional para a regulação de certas funções
celulares (DUPLUS et al., 2000). Há evidências de que os ácidos graxos regulam a expressão de
genes em leucócitos (OTTON et al., 1998; VERLENGIA et al., 2003). Em vista disso, estamos
avaliando os efeitos de EPA e DHA sobre a expressão pleiotrópica de genes em linfócitos. Além
disso, estamos estudando os efeitos do óleo de peixe rico em DHA em indivíduos saudáveis. Os
dados obtidos são comparados com os descritos para o tratamento com óleo de peixe rico em
EPA.
Efeitos dos ácidos ácidos docosa-hexaenóico (DHA) e eicosapentaenóico (EPA) em células Jurkat
(Linfócitos T) e Raji (Linfócitos B) Os efeitos comparativos dos ácidos docosa-hexaenóico (DHA) e
eicosapentaenóico (EPA) sobre a expressão de genes pleiotrópicos de células Jurkat (linfócitos T)
e Raji (Linfócitos B) foram avaliados através da técnica de "macroarray" seguido por confirmação
por RT-PCR.
Células Jurkat-As células Jurkat foram tratadas por um período de 24 horas com 12.5 m M dos
ácidos dosahexaenóico e eicosapentaenóico, respectivamente. Essas concentrações utilizadas
não causaram perda de integridade da membrana celular ou fragmentação do DNA, conforme
demonstrado nos estudos de toxicidade realizados previamente através de citometria de fluxo
(Lima et al, 2002). Dessa forma, as alterações observadas ocorreram em função do ácido graxo,
não sendo resultante de apoptose ou necrose celular. O DHA aumentou a expressão de 24 genes
e reduziu a de apenas um gene em células Jurkat. Com relação ao EPA, observou-se aumento na
expressão de 13 genes e diminuição de 9. DHA aumentou a expressão de citocinas e receptores
relacionados (receptor do fator de necrose tumoral beta), proteínas relacionadas com vias de
transdução de sinal (map quinase quinase 1, 3, 4, 6 e fosfolipase A2), ciclo celular (CDK10 -
"cyclin-dependent kinase 10", CDK4I -"cyclin-dependent kinase 4 inhibitor 2", ciclina G1/S-
específica E), defesa e reparo (GADD45 -"growth arrest and DNA damage-inducible protein",
glutationa redutase, glutationa S-transferase A1), apoptose (bbc6 - "bcl2-binding component 6" e
BRCA2 - "breast cancer type 2 susceptibility protein"), fibronectina e receptor de insulina. Alguns
genes tiveram a expressão aumentada por ambos os genes: receptor de TNF-beta, map quinase
quinase 1, GADD45 e TRADD - "TNF receptor-associated death domain protein". Por outro lado, o
EPA aumentou a expressão de fatores de transcrição (myc proto-oncogene, c-jun proto-oncogene),
proteínas relacionadas com vias de transdução de sinal (PKC-beta, proteína quinase tipo II
dependente de AMPc), apoptose (p53, BAX, BIK). Este ácido graxo também diminuiu a expressão
de genes relacionados com defesa e reparo (glutationa S-transferase-1 microsomal, glutationa S-
transferase pi, glutationa S-transferase A1). Células Raji- As células Raji foram tratadas com 25 m
M de cada ácido graxo. O DHA aumentou a expressão de 7 genes e o EPA de 20 genes e diminuiu
de 2. A expressão de vários genes relacionados com fatores de transcrição (erbB3 proto-
oncogene, NFk B3, myc proto-oncogene) e trandução de sinal (map quinase quinase 3 e PLA2) foi
aumentada pelo EPA. DHA aumentou a expressão de c-jun N-terminal Kinase 1, NFKB3, PI3
quinase e map quinase quinase 6. Diferenças marcantes entre os efeitos do DHA e EPA em
linfócitos foram observadas, demostrando que não se pode generalizar os efeitos do óleo de peixe
considerando apenas que são ricos em ácidos graxos n-3 sem considerar a proporção de EPA e
DHA. Efeito de um óleo de peixe rico em DHA em indivíduos saudáveis A coleta de sangue de 10
indivíduos saudáveis, do sexo masculino, foi realizada antes, ao final de dois meses da
suplementação com 3 g/dia de óleo de peixe rico em DHA (1,62 g DHA e 0,78 g de EPA) e dois
meses após o término da suplementação. Utilizando-se gradiente de densidade as células
mononucleares e neutrófilos foram obtidas. As análises bioquímicas e hematológicas foram
realizadas no laboratório de Análises Clínicas do Hospital Universitário. As concentrações de
triacilglicerol e VLDL diminuiram após a suplementação com o óleo de peixe e retornaram aos
valores iniciais depois de dois meses do término da suplementação. O efeito do óleo de peixe
sobre esses parâmetros foi mais evidente nos indíviduos que apresentavam valores mais elevados.
A atividade das enzimas fosfatase alcalina e aspartato aminotransferase também diminuiu
retornando aos valores iniciais posteriormente.O perfil de ácidos graxos no plasma, e em
neutrófilos, linfócitos e monócitos de indivíduos saudáveis, antes e após a suplementação foi
analisado por cromatografia líquida de alta performance (HPLC). Foi observada diminuição
significativa na porcentagem dos ácidos araquidônico e linoléico nas células analisadas e no
plasma. Por outro lado, a razão n-3/n-6 aumentou após os dois meses de suplementação com o
óleo de peixe. O óleo de peixe rico em DHA aumentou a atividade funcional de neutrófilos,
linfócitos e monócitos, ao contrário dos estudos descritos em que foi realizada suplementação com
óleo de peixe rico em EPA, razão DHA:EPA - 1:2 (). A atividade fagocítica de neutrófilos e
monócitos foi avaliada utilizando zimozan opsonizado com o componente C3b do complemento.
Observou-se aumento de 62,4 % da atividade fagocítica de neutrófilos e de 145 % em monócitos
dos indivíduos suplementados com óleo de peixe rico em DHA. Virella e cols (1989) observaram
diminuição da fagocitose por neutrófilos de voluntários normais que ingeriram 6 g/dia de óleo de
peixe rico em EPA durante um período de 6 semanas. Analisou-se a quimiotaxia de neutrófilos em
câmara de Boyden modificada, utilizando o componente C5a como agente quimioatrator. O óleo de
peixe promoveu aumento de 127,7% na quimiotaxia de neutrófilos. Esses dados são contrários aos
observados por Sperling e cols (1993) que realizaram a suplementação de indivíduos saudáveis
com óleo de peixe rico em EPA (dose diária 9,49 g de EPA e 5 g DHA). A produção de espécies
reativas de oxigênio (EROS) por neutrófilos ativados com PMA (forbol miristato acetato) foi
avaliada por citometria de fluxo após incubação com diidroetidina. Ocorreu aumento de 25%(antes)
para 72% (depois de dois meses de suplementação) na porcentagem de neutrófilos estimulados
que produziram EROS. Isto indica que ocorreu aumento da resposta destas células frente ao PMA.
Poulos et al (1991) relataram que EPA e DHA são potentes ativadores da produção de espécies
reativas de oxigênio por neutrófilos humanos, fato que pode ser confirmado em nossos estudos.A
capacidade proliferativa de linfócitos estimulados com Concanavalina A foi avaliada através da
incorporação de [2-14C]-timidina (0,02 µCi - 0,3 µM/escavação) durante um período de 18 horas de
incubação. Foi observado aumento de 40,3 % da capacidade proliferativa de linfócitos após a
suplementação com o óleo de peixe rico em DHA. Em outros estudos foi observada diminuição da
proliferação de linfócitos em homens suplementados com 1,2 g por dia de óleo de peixe rico em
EPA (THIES et al, 2001b; MOLVIG et al, 1991, ). Analisou-se a produção das citocinas interleucina-
2 (IL-2), IL-4, IL-10, fator de necrose tumoral alfa (TNF-a ) e interferon-g (INF-g ) pelas células
mononucleares. Observou-se diminuição na produção de IL-2, mas não houve diferença
significativa na produção de IL-4. Por outro lado, ocorreu aumento de IL-10, TNF-a e INF-g antes e
após a suplementação com o óleo de peixe rico em DHA. Alterações na fragilidade osmótica dos
eritrócitos, foram também avaliados pela análise da resistência das hemácias frente a diferentes
concentrações de NaCl. Os resultados foram apresentados para a concentração de 0,4 % de NaCl.
A porcentagem de hemólise reduziu de 94,5 ± 1,7 % para 66,6 ± 3,5 % no grupo suplementado.
Isto indica aumento da resistência das hemácias em condições hipotônicas. Estes resultados
mostram que dietas ricas em DHA alteram a composição dos fosfolípides de membrana de
eritrócitos modificando a sua resistência. Os resultados obtidos são indicativos de que os efeitos
dos ácidos graxos não devem ser generalizados pela classe a que pertencem. Os ácidos graxos
ativaram genes distintos e portanto regulam diferentes funções celulares. O conhecimento desses
mecanismos contribuirá para o emprego mais adequado dos ácidos graxos (e dos óleos) no
tratamento e prevenção de doenças.

8º-Óleo de peixe pode ajudar pacientes com câncer-Revista medica Gut.


Ômega 3 é encontrado em peixes como atum, cavala e salmão. Suplementos a base de óleo de
peixe podem melhorar consideravelmente a vida de pacientes com alguns tipos de câncer,
segundo cientistas britânicos.De acordo com o estudo da Enfermaria Real de Edinburgo, na
Escócia, o óleo de peixe pode prevenir a caquexia - estado de profunda desnutrição e perda de
peso - comum em alguns casos avançados de câncer.
A caquexia pode acelerar a morte de pacientes, por causa de seus efeitos no metabolismo e no
apetite.O estudo indicou que os óleos Ômega 3, encontrados em peixes como salmão, atum e
sardinha, ajudam a reverter a perda de peso.Os cientistas estudaram 200 pacientes com câncer no
pâncreas, que tendem a sofrer mais de caquexia. Eles foram divididos em dois grupos - 105
receberam um suplemento rico em calorias e proteínas e 95 tomaram um suplemento rico não só
em calorias e proteínas, mas também em Ômega 3 (2.2 gramas), vitaminas C e E. Durante oito
semanas, cada um deveria tomar duas latas por dia dos suplementos.Antes do início do estudo, os
pacientes já haviam perdido em média 17% de seu peso e emagreciam 3 quilos por mês.Após a
pesquisa, todos os que tomaram o suplemento com Ômega 3 pararam de perder peso.No entanto,
os cientistas descobriram que nem todos estavam tomando as duas latas por dia, mas uma média
de 1,5.Eles perceberam que os que tomaram os suplementos com mais regularidade e em maior
quantidade tiveram os melhores resultados.
Apesar de não viverem mais por causa dos óleos de peixe, os pacientes tiveram uma melhora
significativa na qualidade de vida.Os cientistas querem agora fazer mais estudos, para descobrir se
o Ômega 3 pode ajudar também pacientes com outros tipos de câncer, que não sofram de
caquexias tão severas.

9º-Óleo de peixe e vitamina E reduzem níveis de proteínas pró-inflamatórias na artrite reumatóide


-Journal of the American College of Nutrition-
Ao analisar os novos tratamentos potenciais para a artrite reumatóide na reunião do Colégio
Americano de Reumatologia, os cientistas não devem negligenciar uma abordagem nutricional em
potencial. Um estudo, conduzido por Jaya Venkatraman, Ph.D., professora associada do
Departamento de Terapia Física, Exercício e Ciências da Nutrição da Universidade de Búfalo,
indica que, em um modelo de camundongo, uma combinação de óleo de peixe e vitamina E
reduziu os níveis de citoquinas indutoras de inflamação, proteínas que causam o inchaço das
juntas, dor e rigidez característicos da doença. As descobertas foram publicadas na edição de
outubro de Journal of the American College of Nutrition. Os resultados obtidos com o uso dos
camundongos indicam que o óleo de peixe e a vitamina E são terapêuticos em potencial bastante
promissores para aqueles que sofrem de artrite reumatóide. "Esse modelo de camundongo para
artrite apresenta sintomas muito similares àqueles de humanos. A combinação do óleo de peixe,
com seus ácidos graxo ômega-3, à vitamina E parece restaurar o equilíbrio entre as citoquinas pró
e anti-inflamatórias. Provavelmente, não pode prevenir o desenvolvimento da doença, mas pode
postergar alguns sintomas e permitir a redução de outros medicamentos. Pessoas que
normalmente tomavam 10 aspirinas por dia, por exemplo, podem tomar apenas 5. A terapia
também parece melhorar a função", diz Venkatraman. No estudo, foram utilizados camundongos
que faziam a expressão excessiva do gene lpr, que causa envelhecimento rápido, anormalidades
imunológicas e induz o desenvolvimento de doenças autoimunes, incluindo-se a artrite reumatóide
e o lúpus. Essas doenças se caracterizam pela destruição da cartilagem, o que também é causada,
em parte, pela produção anormal de proteínas pró-inflamatórias que atuam como se as cartilagem
tivessem sido invadidas por proteínas exógenas, lutando para eliminá-las. Testes clínicos em
humanos e pesquisas de laboratório com animais indicaram que o suplemento da dieta com ácidos
graxos ômega-3, encontrados no óleo de peixe, traz benefícios significativos. Porém, o mecanismo
desta ação ainda é desconhecido. Com a alimentação destes camundongos geneticamente
alterados baseada em uma dieta que incluía o óleo de peixe e a vitamina E, Venkatraman foi capaz
de comparar a concentração das citoquinas pró e anti-inflamatórias no soro sangüíneo àquela de
camundongos geneticamente modificados em dieta normal. As análises indicaram que os
camundongos geneticamente modificados apresentavam níveis mais elevados de citoquinas pró-
inflamatórias no soro sangüíneo e aqueles que recebiam óleo de peixe e vitamina E apresentavam
níveis significativamente reduzidos destas proteínas indutoras de inflamação. "Essas observações
podem formar a base de estudos futuros sobre as intervenções nutricionais seletivas baseadas em
ácidos graxos específicos e em antioxidantes no atraso do progresso das doenças autoimunes,
particularmente em pacientes com artrite reumatóide", afirma a autora.

10º-Óleo de peixe reduz progressão de doença renal -Journal of the American Society of
Nephrology.
Uma dose diária de óleo de peixe diminui a progressão da IgA nefropatia, doença renal
relativamente comum com conseqüências potencialmente sérias. Um estudo anterior da Mayo
Clinic demonstrou que, após dois anos, pessoas que consumiram o óleo de peixe apresentavam
funções renais significativamente melhores, com a minoria dos indivíduos apresentando avanços
da disfunção renal. Um artigo recente do Journal of the American Society of Nephrology, indica que
tais benefícios continuam ao longo do tempo. Os pesquisadores acompanharam todos os 106
participantes, em média, por mais de 6 anos. O grupo que ingeriu óleo de peixe apresentou melhor
desempenho na função renal de produzir excreções e na função contra a deficiência dos rins.

11º-Óleo de peixe pode aliviar sintomas da depressão -Archives of General Psychiatry 2002;
Suplementos diários de ácido graxo ômega-3 -- encontrado no peixe e óleo de peixe -- podem
ajudar a aliviar os sintomas de depressão em pacientes que não respondem aos antidepressivos,
indica um novo estudo.Malcolm Peet, do Hospital Swallownest Court, em Sheffield (Inglaterra) e
um colega verificaram que pacientes deprimidos que receberam uma dose diária de 1 grama do
ácido graxo ômega-3, durante 12 semanas, tiveram redução de sintomas como tristeza, ansiedade
e problemas no sono.O único efeito colateral do tratamento pareceu ser problemas
gastrointestinais. Para Peet e David F. Horrobin, da empresa Laxdale Research, em Stirling
(Escócia), esses problemas foram "moderados".
Todos os pacientes experimentaram outros medicamentos antes da participação nesse estudo,
incluindo os inibidores seletivos de recaptação de serotonina, como Prozac, e um grupo de
remédios mais antigos, chamados antidepressivos tricíclicos. Os dois tipos são considerados
tratamentos-padrão para a depressão.Essa não é a primeira pesquisa a sugerir que os ácidos
graxos ômega-3, como o ácido eicosapentanóico (EPA) usado nesse experimento, podem ajudar
pacientes com distúrbios psiquiátricos.
Pesquisas anteriores indicaram que o equilíbrio dos ácidos graxos ômega-3 no cérebro poderia ser
perturbado em pessoas com depressão. Outros estudos demonstraram que suplementos com óleo
de peixe podem ajudar a aliviar os sintomas de esquizofrenia e distúrbio bipolar.Além disso,
pesquisadores verificaram que pessoas deprimidas ou afetadas por doenças cardiovasculares e
outros problemas relacionados à depressão têm níveis sanguíneos relativamente baixos de ácidos
graxos ômega-3.No novo estudo, publicado na edição de outubro do Archives of General
Psychiatry, a equipe pediu que 70 pacientes deprimidos não beneficiados por tratamentos
anteriores tomassem uma dose diária de 1, 2, ou 4 gramas de EPA ou placebo, durante 12
semanas.Os pesquisadores verificaram que o grupo que recebeu uma dose diária de 1 grama de
EPA apresentou melhora em todos os aspectos medidos da depressão, incluindo tristeza,
ansiedade, libido baixa e tendência suicida. No grupo tratado com dose de 1 grama diária, 69 por
cento dos pacientes tiveram uma redução de 50 por cento dos sintomas de depressão,
comparados a 25 por cento do grupo do placebo."O efeito da forma de EPA usada no estudo é
aplicado a todos os componentes importantes da síndrome depressiva, sendo verificado
igualmente na avaliação do paciente e do médico", observou a equipe.Peet e Horrobin não
observaram nenhuma melhora nos pacientes que receberam doses maiores de ácidos graxos,
comparados ao grupo do placebo. Eles acreditam que o resultado pode estar associado ao
pequeno número de pessoas no grupo de 2 ou 4 gramas diárias.
"Mesmo que tenha existido uma tendência significativa de eficácia no grupo da dose diária de 4
gramas, estudos maiores seriam necessários para elucidar possíveis efeitos benéficos de
dosagens maiores", observaram os autores.

12º-Substância de óleo de peixe pode prevenir diabete -Reuters Health-


Um ácido graxo ômega-3 encontrado no óleo de peixe parece melhorar a função da insulina em
pessoas acima do peso, que estão vulneráveis à diabete do tipo 2, disseram pesquisadores. Três
meses de suplementação diária com ácido docosahexaenoico (DHA) produziram uma melhora
"clinicamente significativa" na sensibilidade à insulina em participantes do estudo que estavam
acima do peso, de acordo com Yvonne Denkins, nutricionista do Instituto de Pesquisa Biomédica
Pennington, da Universidade Estadual de Louisiana, em Baton Rouge. Denkins apresentou as
descobertas durante a conferência anual de Biologia Experimental 2002, no sábado. Mais de nove
entre dez diabéticos têm o tipo 2 da doença, em que a incapacidade gradual do corpo de
responder à insulina pode fazer com que os níveis sanguíneos de açúcar atinjam índices
perigosos. Estudos populacionais anteriores indicam que o óleo de peixe pode ajudar a proteger
contra a diabete. "Foram feitos estudos epidemiológicos com os esquimós da Groenlândia, uma
população de pessoas que consome principalmente gordura de baleia", destacou Denkins. "Essas
são pessoas que estão acima do peso, que deveriam ter diabete e doenças cardíacas, mas não
têm. Os cientistas que os analisaram acreditavam que isso acontecia provavelmente devido à
alimentação e descobriram que era o ômega-3." No estudo, Denkins e sua equipe analisaram 12
homens e mulheres acima do peso, entre 40 e 70 anos, que consumiram 1,8 grama de DHA no
café da manhã por 12 semanas. Nenhum participante tinha diabete, mas todos sofriam de
resistência à insulina -- uma condição pré-diabética em que o corpo não consegue responder
adequadamente à insulina. Com o uso de exames de sangue no início e final do estudo, a equipe
avaliou mudanças na resistência à insulina em cada participante. "Observamos uma alteração na
sensibilidade à insulina, após 12 semanas com suplementação de DHA", disse Denkins à Reuters
Health. Um total de 70 por cento apresentou uma melhora na função da insulina, disse ela, "e em
50 por cento dos casos, foi uma mudança clinicamente significativa". Denkins ressaltou que o
pequeno número da amostra de estudo indica que os resultados ainda são preliminares e que os
diabéticos nunca devem substituir sua medicação por nenhum suplemento alimentar, incluindo óleo
de peixe. As pessoas que estão pensando em aumentar o consumo de óleo de peixe devem
consultar o médico antes, especialmente se estão sendo tratadas contra alguma doença
cardiovascular, acrescentou ela. O DHA produz um leve efeito para "afinar" o sangue. Especialistas
em nutrição recomendam uma ingestão diária de 0,6 grama de ácidos graxos ômega-3,
preferencialmente de peixes. De acordo com Denkins, isso equivale a cerca de duas porções de
peixe de águas frias - como halibute, arenque, cavala e salmão - por semana.

13º-Infusão de n-3 (omega-3) pode tratar dermatite atópica e psoríase- JPEN-A literatura científica
internacional vem apontando, há alguns anos, a participação dos ácidos graxos n-3 (ou ômega 3)
na mediação inflamatória de doenças de pele, entre elas a dermatite atópica e a psoríase. Estudos
em imunonutrição com administração oral de ácidos graxos n-3 mostraram resultados
contraditórios em dermatites. Pesquisadores alemães decidiram, então, investigar se a infusão
intravenosa desses lipídios poderia levar a melhores resultados e realizaram estudo prospectivo
em que fórmula parenteral com ácidos graxos n-3 ajudou a melhorar quadros agudos de dermatite
atópica em pacientes hospitalizados, embora os resultados não fossem duradouros. O trabalho
incluiu 22 pacientes internados por causa de dermatite grave ou moderada, com pelo menos 10%
da área total do corpo envolvida e que não estavam sob outro tratamento. Eles receberam
aleatoriamente 100 ml de emulsão lipídica n-3 derivada de óleo de peixe ou a emulsão lipídica
convencional n-6 derivada de óleo de soja, duas vezes ao dia, pela via intravenosa, por 10 dias. O
objetivo do estudo foi comparar a eficácia das duas fórmulas parenterais em melhorar os sintomas
agudos da dermatite atópica. Onze pacientes receberam a emulsão n-3 e nove doentes, a n-6. Os
pacientes que receberam ácidos graxos n-3 tiveram melhora clínica, dos eritemas e da
descamação significativa em todos os escores de avaliação (p < 0,01) em poucos dias (a única
exceção foi infiltração). Exames de sangue foram feitos no primeiro, sexto e décimo dia de
internação. Nesse período, os escores de gravidade do grupo n-3 foram significativamente
menores que os do n-6 (p < 0,05). Entre os pacientes n-3, 63,6% tiveram melhora de 50% na
gravidade da doença ao final do estudo, contra 11,1% no grupo n-6. "Quando comparamos os dois
grupos, encontramos uma resposta significativamente mais pronunciada e mais rápida no
tratamento da descamação, infiltração e eritema nos pacientes recebendo n-3", relatam os autores
do estudo. Após a alta, seguiu-se período de observação de quatro semanas, com duas visitas de
acompanhamento para investigar se haveria efeitos a longo prazo da terapia. Desta vez, os
pacientes do grupo n-6 levaram vantagem, pois os efeitos de melhora entre eles foram mais
constantes que no grupo n-3. Os pesquisadores explicam: "os doentes que receberam n-3 tiveram
melhora mais rápida, mas recidiva parcial foi notada entre eles quatro semanas após o término da
infusão. Curiosamente, os do grupo n-6 mantiveram o efeito benéfico duas semanas após.
Podemos dizer que a melhora foi até maior no grupo n-6, mas essa recuperação foi adquirida mais
lentamente. Esse benefício a longo prazo pode ser explicado pelos efeitos farmacocinéticos do alto
teor de ácido linoléico na fórmula com n-6, porém essa teoria precisaria ser testada com um grupo
controle recebendo placebo".

14º-Ômega 3 reduz lesões por esforço -Unicamp-


Efeitos antiinflamatórios do ômega 3 em atletas. Suplementação alimentar pode reduzir lesões por
atividade física intensa. Uma suplementação diária de dieta com ômega 3 e vitamina E pode livrar
atletas das freqüentes lesões musculares, causadas por atividades físicas intensas. Ou, pelo
menos, amenizar as lesões de forma significativa, reduzindo o uso de fármacos antiinflamatórios,
que possuem vários efeitos colaterais potenciais. Este é um dos principais resultados de uma série
de pesquisas em Bioquímica Nutricional de Lípides, conduzidas na Faculdade de Engenharia de
Alimentos da Universidade Estadual de Campinas (FEA-Unicamp), sob orientação de Admar Costa
de Oliveira, engenheiro químico industrial, doutor e pós doutor em Bioquímica da Nutrição. As
pesquisas foram iniciadas em 1998 e contaram com a colaboração de dez atletas, velocistas
(competem com velocidade) e fundistas (buscam resistência), que concordaram em experimentar a
suplementação. Atualmente, a maioria destes atletas foi treinar no exterior, então os experimentos
passaram a ser feitos com ratos, submetidos a esforços semelhantes aos dos atletas, em tanques
e esteiras ergométricas, especialmente preparadas. "Ao ser submetido a esforços intensos, o
organismo, tanto dos ratos como dos homens, produz naturalmente uma série de substâncias e
compostos químicos e bioquímicos, relacionados às lesões, como protaglandinas, tromboxanos e
algumas enzimas", explica Oliveira. São substâncias mediadoras de processos inflamatórios, de
estrutura semelhante aos ácidos graxos poliinsaturados ômega 3. A diferença é que os ômega 3
não estimulam processos inflamatórios. Quando o atleta adota uma suplementação dietética,
portanto, o ômega 3 compete com os outros compostos na síntese bioquímica, mas sem produzir
as lesões. Tem sido usados, em especial, os ômega 3 conhecidos como eicosapentaenóico (EPA)
e docosahexaenóico (DHA). "O cuidado que devemos ter é com a oxidação, que resulta na
produção de radicais livres (associados ao envelhecimento), por isso estamos estudando a
suplementação de ômega 3 junto com vitamina E, que é o melhor antioxidante natural existente",
acrescenta o pesquisador. Ele ressalta, também, que a produção dos outros compostos -
genericamente chamados de série 2 ou ômega 6 - não deve ser totalmente inibida, pois são
substâncias importantes para outras funções do organismo, como controladores naturais da
pressão arterial e mediadores da dor.
"Na verdade, segundo a literatura, a relação entre os ômega 3 e os ômega 6 deve ser de 1 para 5,
conforme alguns autores, e até 1 para 10, segundo outros autores", observa Oliveira. As pesquisas
do seu grupo ainda não chegaram a uma dosagem dos suplementos para recomendação, mas ele
acredita que a ingestão diária de alimentos, já disponíveis no mercado, contendo ômega 3 e
vitamina E pode ser suficiente para os atletas.Nestes últimos 5 anos, o trabalho com lípides, na
Unicamp, resultou em 4 teses de mestrado (3 concluídas, uma em andamento) e 6 de doutorado (3
concluídas e 3 em andamento), uma das quais co-orientada pelo especialista em Ciência
Biomédicas, Roberto Carlos Burini, da Universidade Estadual Paulista (Unesp). O investimento em
pesquisa limitou-se, praticamente, às bolsas de mestrado e doutorado, do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (Capes), além do custeio de material de laboratório da própria Unicamp.

3º- Fontes de Omega 3:

Ômega 3 é um tipo de gordura encontrada em peixes marinhos , e em menores concentrações na


soja, castanha e óleo de canola. Essa gordura não é produzida pelo organismo humano portanto,
deve ser fornecida através da alimentação.
A fonte principal é o salmão, pois cada 30 g deste peixe fornecem 2400 miligramas de óleo de
peixe.O bacalhau contém aproximadamente 600 miligramas em cada 30g.O camarão contém
800miligramas em cada 30 g. O peixe espada contém em torno de 400mg em cada 30g e é
encontrada nos óleos de milho, de girassol, no espinafre, e em cereais integrais. O consumo de
ômega 3 e vitamina E,em quantidades devidamente balanceadas,
Todos os peixes tem ômega 3 e é até proibido pela ANVISA ressaltar uma propriedade inerente ao
produto na sua embalagem. Por exemplo é muito comum conter na embalagem "Esta sardinha
contem ômega 3", este rótulo, pela nova legislação, deverá ser modificado .

4º- Conclusão:

Os poliinsaturados existem em oleoginosas, algas e em alguns legumes, porem a fonte de


excelência é o óleo de peixe.
Não porque são óleos de estrutura molecular diferentes- Temos o ômega 3 que é encontrado no
óleo de peixe, Ômega 6 que é encontrado na flor de prímula e em oleoginosas e o ômega 9 que é
encontrado no óleo de oliva.
O alimento enriquecido é uma boa fonte quando ele faz parte de um plano alimentar balanceado.O
que não podemos é por exemplo tomar vários litros de leite com Omega 3 e achar que com isto só
terá benefícios. Necessitamos sempre alimentos construtores,reguladores e energéticos utilizados
de maneira simultânea .
Como disse anteriormente deverá ser utilizada com orientação médica e inserida em plano
alimentar.Em alguns pacientes tenho notado quadros de epistaxe e fragilidade capilar com o uso
abusivo. Devemos comprar as cápsulas em manipuladoras confiáveis e com registro na ANVISA,
evitar os de procedência duvidosa.Altas doses de óleo de peixe podem reduzir o tempo de
coagulação e provocar hemorragias.Devido a isto nunca se automedicar .
Devemos inserir a quantidade de Ômega 3, em uma dieta balanceada, respeitando as porções
indicadas. Obviamente o excesso poderá, provocar um aumento de ácidos graxos no sangue
acarretando efeitos prejudiciais ao organismo. O fígado é um órgão que utiliza ácidos graxos livres
circulantes. Quanto maior a concentração circulante de ácidos graxos, maior a captação
hepática.Os ácidos graxos no fígado podem ser convertidos em triglicerídeos e fosfolipídeos, ser
oxidados completamente para dióxido de carbono e água ou ser parcialmente oxidados em corpos
cetônicos (ácido acetoacético e beta-hidroxibutírico).
Os ácidos graxos que não são oxidados vão formar o triglicérides. Se a síntese de triglicérides
exceder a formação de lipoproteínas, o excesso de triglicerídeos é armazenada em gotículas de
gorduras dando origem ao fígado com esteatose.
Esses ácidos podem deixar o fígado e entrar em outros tecidos como o músculo cardíaco e os rins,
nos quais são usados como fonte de energia .
O consumo de compostos antioxidantes presente nos alimentos é um fator importante na
prevenção de doenças cardiovasculares e crônico , degenerativas . A degeneração funcional das
células do corpo durante o envelhecimento parece,contribuir para estas doenças.Devemos
introduzir na dieta dos nosso pacientes, a porção de ômega 3 diária, inserida em um plano
alimentar balanceado, sem excessos,para a prevenção de doenças crônico degenerativas e desta
forma proporcionar uma velhice com longevidade e qualidade de vida . No Brasil a produção de
peixe está crescendo de maneira extremamente organizada e elaborador com técnicas de PBF -
Boas Práticas de Fabricação , ou seja seguindo normas rígidas de qualidade e segurança
alimentar. Porém é sempre interessante observar o selo de qualidade SIF que vem na embalagem
do produto.Na compra devemos observar inicialmente a higiene dos manipuladores e do ambiente
de venda do alimento. E alem disso analisar se o peixe é ou não saudável ,observando:o brilho dos
olhos, a firmeza das escamas, a cor e consistência da carne, o odor não muito forte (características
organoléticas) e o mais importante a embalagem com selo de qualidade e procedência.

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