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Índice

1. Introdução........................................................................................................................3
1.1. Objectivos gerais..........................................................................................................3
1.2. Específicos...................................................................................................................3
1.3. Metodologia.................................................................................................................4
2. USO E APROVEITAMENTO DOS RECURSOS VEGETAIS: MEDIDAS DE
CONSERVACAO....................................................................................................................5
2.1. Vegetação.....................................................................................................................5
2.2. Disponibilidade temporal das plantas...........................................................................6
2.3. As plantas comestíveis.................................................................................................6
2.4. USO E CONSERVAÇÃO DE RECURSOS VEGETAIS............................................7
2.5. Plantas que fornecem madeira e forragem..................................................................11
2.6. RECURSOS NATURAIS..........................................................................................12
2.7. O que são recursos?....................................................................................................12
2.8. Recursos naturais de origem animal e vegetal............................................................13
2.9. Anatomia vegetal........................................................................................................13
3. Órgãos Vegetativos........................................................................................................14
3.1. Raiz............................................................................................................................14
3.2. Caule..........................................................................................................................14
3.3. Folha...........................................................................................................................15
3.4. Órgãos Reprodutivos..................................................................................................15
3.5. Flor.............................................................................................................................15
3.6. Fruto...........................................................................................................................16
3.7. Semente......................................................................................................................16
Conclusões.............................................................................................................................17
Bibliografia............................................................................................................................18

1. Introdução
Neste presente trabalho iremos abordar acerca da matéria atinente ao uso e
aproveitamento dos recursos vegetais: medidas de conservação. A vegetação, que cobre
uma vasta área da região, é caracterizada pela deficiência hídrica originada da baixa
pluviosidade, da alta evapotranspiração potencial e da distribuição irregular das chuvas
(Rodal et al., 1992; Sampaio, 1995). Segundo Sampaio (1995) a flora é ainda pouco
conhecida, incluindo aproximadamente 339 espécies de árvores e arbustos, sendo as
famílias com o maior número de espécies Leguminosae, Euphorbiaceae e Cactaceae. A
vegetação não forma um conjunto estrutural e florístico homogéneo, mas varia em
função de factores como solo, índice xerotérmico, fisionomia e géneros característicos,
a saber: Tabebuia, Aspidosperma, Astronium, Cavanillesia, Schinopsis, Caesalpinia,
Mimosa, Syagrus, Spondias, Cereus, Pilosocereus, Jatropha, Piptadenia, etc. (Sampaio,
1995).

Na área de estudo, a agropecuária e o comércio são os dois principais sectores


económicos. A agricultura é baseada no cultivo de feijão, mandioca, milho e goiaba. A
comunidade rural, com 5793 habitantes dos 12522 habitantes do total (FIDEM, 2001),
apresenta muitas unidades familiares caracterizadas por uma economia de subsistência
cultivando plantas como mandioca, milho, goiaba e pinha, e criando bovinos e/ou
caprinos. Extensas áreas de vegetação são convertidas em pastagens ou derrubadas para
produção de madeira e carvão. As pequenas propriedades da zona rural são física e
estruturalmente muito semelhantes e a grande maioria apresenta parte de sua área
cultivada com Opuntia spp., usada como forragem. Pode-se observar na região um
sistema de manejo dos recursos naturais caracterizado basicamente por ser um
bioextrativismo, notadamente de fruteiras nativas como o umbu.

1.1. Objectivos gerais

 Dissecar sobre a matéria atinente ao uso e aproveitamento dos recursos vegetais:


medidas de conservação.

1.2. Específicos

 Conceptualizar a matéria atinente a recursos vegetais: medidas de conservação;


 Explicar o papel do uso e aproveitamento dos recursos vegetais: medidas de
conservação. Identificar o papel do estado nas formas de organização das
empresas e no pensamento económico.

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 Identificar os factores do uso e aproveitamento dos recursos vegetais: medidas
de conservação.

1.3. Metodologia

Para a efectivação desse trabalho será usada a seguinte metodologia:


 Consulta bibliográfica – que consistiu na colecta de informações em livros
especializados para sustentar teoricamente os temas. Esta pesquisa foi desenvolvida
com base em materiais já escritos, constituídos principalmente por livros e artigos
científicos já publicados oficialmente.

2. USO E APROVEITAMENTO DOS RECURSOS VEGETAIS: MEDIDAS


DE CONSERVACAO

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Os vegetais mais citados em Vargem Grande como milho, feijão, mandioca, banana,
cana-de-açúcar, também são os mesmos para o grupo de Puruba e Guaricanga. Dentre
os vegetais menos citados, destacam-se: agrião d'água, batata d'angola, beterraba, jaca,
moranga, noz- moscada, salsa. Tanto os vegetais mais citados quanto os menos citados
são exóticos

2.1. Vegetação

Vegetação é um tipo de vida vegetal fixada ao solo, que pode variar de acordo com a
região e suas particularidades, como clima, luminosidade, relevo, solo, entre outros. Ela
pode ser definida também como um conjunto de plantas de uma região; é o elemento da
paisagem que mais se destaca.

Em áreas próximas à Linha do Equador há maior diversidade vegetativa em razão da


intensa luz solar que incide nessa parte do planeta e por apresentar elevadas
temperaturas e humidade, elementos fundamentais para a proliferação de inúmeras
espécies de plantas, uma vez que desenvolve uma grande decomposição de restos
vegetais que fertilizam naturalmente os solos. Por outro lado, na medida em que se
afasta da Linha Equador, a diversidade de vida vegetal diminui.

As principais características vegetativas são: florestas Tropicais (Cerrado, Mata


Atlântica e Savanas), florestas Equatoriais, florestas Temperadas (coníferas e
caducifólias), Estepe, Tundra e Pradarias.

Todos os tipos de vegetações identificadas resultam da interdependência de factores


naturais, tais como luz, calor, humidade, solo e hidrografia. Desse modo, conforme a
combinação desses elementos, a vegetação exibirá uma configuração específica. Assim,
os vegetais se diferem também de acordo com a quantidade de água necessária à
sobrevivência, por isso são classificadas em higrófilas, plantas adaptadas a ambientes
extremamente húmidos; as hidrófilas, vegetais que vivem especificamente em
ambientes aquáticos; e as xerófilas, plantas que sobrevivem em ambientes que contam
com restrita humidade, ou seja, adaptada à escassez de água.

2.2. Disponibilidade temporal das plantas

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As informações sobre a disponibilidade temporal das plantas com os principais usos
detectados (medicinais e alimentícios), excluindo-se as plantas que só ocorrem sob
cultivo. Ao analisar a disponibilidade das plantas medicinais usadas na comunidade,
observa-se que as mais importantes são as que geralmente oferecem seus produtos
continuamente. Notadamente, estas plantas são as que fornecem a casca do caule, com a
excepção das espécies que ofertam seus produtos também de forma contínua variando,
algumas vezes, a intensidade dessa oferta, como C. spinosa e S. paniculatum. As plantas
que têm seus produtos oferecidos durante poucos meses, principalmente naqueles onde
ocorreram chuvas, mesmo que esparsas, são geralmente ervas ou subarbustos que
ofertam folhas ou flores para consumo, como P. foetida, E. viscosa e B. difusa.
Normalmente entre os meses de Maio e Agosto, com a presença das chuvas, existe uma
grande oferta de ervas ruderais que se desenvolvem abundantemente na região. Seu
aproveitamento é conhecido, mas existe uma preferência da comunidade em utilizar os
recursos silvestres arbóreos, cuja colecta requer, algumas vezes, longas caminhadas em
busca dos produtos desejados.

2.3. As plantas comestíveis

As plantas comestíveis silvestres são utilizadas em menor número e o seu consumo é


ocasional, não estando presentes na comunidade como elementos de complementaridade
dietética. São consumidos quando ofertados pelo ambiente e mesmo nessas situações,
alguns recursos não são procurados. Observa-se que a maioria desses recursos é
oferecida por poucos meses. Algumas espécies como S. obtusifolium têm frutos
pequenos, e os poucos indivíduos apresentam uma distribuição muito dispersa. Outras
espécies, como C. jacobina e, ofertam frutos durante um período maior e de colecta
grandemente facilitada por ser uma planta de pequeno porte e de frutos grandes.

As árvores e arbustos são a fonte primária de recursos em número total de espécies


(57), tendo as ervas e subarbustos uma menor proporção. De aproximadamente 21
espécies utilizam-se folhas, mas nem sempre este é o único produto oferecido pela
planta. Geralmente são as ervas e subarbustos os mais procurados para obtenção de
folhas. O restante das plantas têm seus frutos, raízes ou caules procurados para as mais
diversas finalidades. Um outro detalhe importante é que as ervas são procuradas para
obtenção de raízes. O número mais elevado de árvores como fonte de recursos, e por

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oferecerem produtos disponíveis por um grande período de tempo, permite formular a
hipótese de que comunidades que habitam ou vivem no entorno de florestas secas
dependem mais das árvores e caules como fonte de produtos úteis. Partindo-se da
premissa que o conhecimento botânico tradicional, apreendido das relações e
observações dos fenómenos naturais, é produto do intelecto humano como resposta
directa às suas necessidades reais frente a estímulos de natureza diversa (Albuquerque,
1997), tal hipótese encontra aí seus fundamentos. No ecossistema o estrato herbáceo é
muito efémero, surgindo com vigor apenas no período das chuvas. Todas as ervas e
subarbustos nativos ou espontâneos situaram-se na faixa de uso entre 5-15%. Isso pode
ser justificado pelo facto que essas plantas só se encontram disponíveis no curto período
das chuvas.

2.4. USO E CONSERVAÇÃO DE RECURSOS VEGETAIS

Estudos etnobotânicos no semi-árido são ainda muito escassos, o que reflecte a grande
falta de interesse pelas florestas secas, consideradas por Janzen (1997) como um dos
mais ameaçados ecossistemas do planeta. As actuais formas de uso e aproveitamento da
terra são extremamente precárias e não respeitam a complexidade desses delicados
ecossistemas. Uma das alternativas que têm sido apontadas para solucionar esse
problema seria o estudo sobre o conhecimento e uso que as populações locais fazem dos
recursos naturais e a análise detalhada do impacto de suas práticas sobre a
biodiversidade (Albuquerque, 1997, 1999; Toledo et al., 1995).

As rápidas mudanças sociais e os processos de aculturação económica e cultural


afetam fortemente o conhecimento local sobre o uso de recursos naturais (Amorozo e
Gély, 1988; Caniago e Siebert, 1998; Benz et al., 2000). Os problemas decorrentes
dessa perda cultural são irreversíveis e, com ela, as possibilidades de desenvolver
sustentavelmente uma região com base na experiência local são reduzidas. Quando se
fala em desenvolvimento sustentável, deve-se garantir os meios de sobrevivência para
as comunidades locais antes de qualquer outra coisa. Na verdade, todos esses aspectos
já vêm sendo discutidos por diversos autores (Diegues, 1994; Begossi, 1998; Rêgo,
1999; Albuquerque, 1999).

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A vegetação, que cobre uma vasta área da região, é caracterizada pela deficiência
hídrica originada da baixa pluviosidade, da alta evapotranspiração potencial e da
distribuição irregular das chuvas (Rodal et al., 1992; Sampaio, 1995). Segundo Sampaio
(1995) a flora é ainda pouco conhecida, incluindo aproximadamente 339 espécies de
árvores e arbustos, sendo as famílias com o maior número de espécies Leguminosae,
Euphorbiaceae e Cactaceae. A vegetação não forma um conjunto estrutural e florístico
homogéneo, mas varia em função de factores como solo, índice xerotérmico, fisionomia
e géneros característicos, a saber: Tabebuia, Aspidosperma, Astronium, Cavanillesia,
Schinopsis, Caesalpinia, Mimosa, Syagrus, Spondias, Cereus, Pilosocereus, Jatropha,
Piptadenia, etc. (Sampaio, 1995).

Na área de estudo, a agropecuária e o comércio são os dois principais sectores


económicos. A agricultura é baseada no cultivo de feijão, mandioca, milho e goiaba. A
comunidade rural, com 5793 habitantes dos 12522 habitantes do total (FIDEM, 2001),
apresenta muitas unidades familiares caracterizadas por uma economia de subsistência
cultivando plantas como mandioca, milho, goiaba e pinha, e criando bovinos e/ou
caprinos. Extensas áreas de vegetação são convertidas em pastagens ou derrubadas para
produção de madeira e carvão. As pequenas propriedades da zona rural são física e
estruturalmente muito semelhantes e a grande maioria apresenta parte de sua área
cultivada com Opuntia spp., usada como forragem. Pode-se observar na região um
sistema de manejo dos recursos naturais caracterizado basicamente por ser um
bioextrativismo, notadamente de fruteiras nativas como o umbu.

As plantas comestíveis silvestres são utilizadas em menor número e o seu consumo


é ocasional, não estando presentes na comunidade como elementos de
complementaridade dietética. São consumidos quando ofertados pelo ambiente e mesmo
nessas situações, alguns recursos não são procurados. Observa-se que a maioria desses
recursos é oferecida por poucos meses. Algumas espécies como S. obtusifolium têm
frutos pequenos, e os poucos indivíduos apresentam uma distribuição muito dispersa.
Outras espécies, como C. jacobina e, ofertam frutos durante um período maior e de
colecta grandemente facilitada por ser uma planta de pequeno porte e de frutos grandes,
não tão apreciados pela comunidade.

As árvores e arbustos são a fonte primária de recursos em número total de espécies (57),
tendo as ervas e subarbustos uma menor proporção (18). De aproximadamente 21

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espécies utilizam-se folhas, mas nem sempre este é o único produto oferecido pela
planta. Geralmente são as ervas e subarbustos os mais procurados para obtenção de
folhas. O restante das plantas têm seus frutos, raízes ou caules procurados para as mais
diversas finalidades. Um outro detalhe importante é que as ervas são procuradas para
obtenção de raízes. O número mais elevado de árvores como fonte de recursos, e por
oferecerem produtos disponíveis por um grande período de tempo, permite formular a
hipótese de que comunidades que habitam ou vivem no entorno de florestas secas
dependem mais das árvores e caules como fonte de produtos úteis. Partindo-se da
premissa que o conhecimento botânico tradicional, apreendido das relações e
observações dos fenómenos naturais, é produto do intelecto humano como resposta
directa às suas necessidades reais frente a estímulos de natureza diversa (Albuquerque,
1997), tal hipótese encontra aí seus fundamentos.

No ecossistema o estrato herbáceo é muito efémero, surgindo com vigor apenas


no período das chuvas. Todas as ervas e subarbustos nativos ou espontâneos situaram-se
na faixa de uso entre 5-15%. Isso pode ser justificado pelo fato que essas plantas só se
encontram disponíveis no curto período das chuvas. As espécies mais importantes,
segundo a prioridade de uso, são (Tabela I): S. tuberosa (100%), A. occidentale (70%),
A. cearensis (65%), S. obtusifolium (75%), L. alba (65%), O. ficus-indica (65%), A.
colubrina var. cebil (59,9%), M. urundeuva (59,9%), P. guajava (50%) e H. courbaril
(49,98%). No cômputo geral as espécies nativas são as mais importantes, exceptuando-
se algumas ervas usadas para fins medicinais como o C. citratus (40%) e R. graveolens
(30%), espécies comummente mencionadas em levantamentos etnobotânicos
(Figueiredo et al., 1993; Begossi et al., 1993).

Basicamente, as plantas consumidas são preferidas por seus frutos e folhas, usados
quando ofertados pelo ambiente. Não há iniciativas de armazenamento, principalmente
das espécies que aparecem em abundância no período das chuvas. Duas espécies são
consumidas como verdura, A. spinosus e A. viridis, com as quais se prepara um guisado
muito apreciado. Espécies de Amaranthus são muito importantes para algumas
comunidades humanas, fornecendo sementes usadas como pseudocereais e folhas
comestíveis (Mapes et al., 1996, 1997). As folhas têm um alto valor nutritivo e o grão
apresenta uma grande percentagem de conteúdo protéico (Castro et al., 1992). No
entanto, na região, é um recurso disponível apenas na estação chuvosa, mas não durante
toda ela, que sem dúvida poderia ser melhor aproveitado pela comunidade e até mesmo

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cultivado e empregado como um complemento na dieta. Um facto observado, é que
muito embora nos meses mais produtivos do ano o ambiente ofereça uma grande
variedade de recursos que poderiam ser utilizados como complementos alimentares,
como é o caso das duas espécies de Amaranthaceae, a comunidade de modo geral os
desconhece.

Das 30 espécies utilizadas como alimento (Tabela I), 14 são cultivadas nas unidades
produtivas. As demais são encontradas em habitates naturais ou antropogênicos. Entre
as espécies cultivadas encontram-se a manga (M. indica), a ciriguela (S. purpurea), a
pinha (A. squamosa), a graviola (A. muricata L.), a palma (O. ficus-indica), o mamão
(C. papaya), o feijão guandu (C. cajan), a acerola (M. glabra), a pitanga (E. uniflora), a
goiaba (P. guajava), a jabuticaba (M. cauliflora), a laranja (C. aurantium), a pitomba (T.
esculenta) e o caju (A. occidentale).

Com excepção de S. tuberosa, as demais espécies silvestres são unicamente


colectadas na natureza. Entre estas plantas pode-se encontrar diversas formas de
manejo, desde a simples coleta em populações naturais, à tolerância em campos e em
áreas próximas as unidades produtivas e ao cultivo incipiente em jardins domésticos ou
campos de proporções modestas. S. tuberosa é uma espécie importante que floresce e
frutifica na estação seca e início da chuvosa. Fornece frutos com os quais se preparam
doces, sucos, além de serem consumidos in natura; dos seus tubérculos são preparados
doces comercializados em mercados populares e feiras livres.

Uma outra planta importante, que fornece frutos muito apreciados na comunidade é a
palma. Os frutos são consumidos in natura e complementam a dieta habitual, mas
também só estão disponíveis por um curto período (Figura 3). Durante as observações,
uma das informantes colectou 15 baldes com capacidade de 20 litros de frutos somente
em cultivos próximos à sua unidade produtiva. Os frutos desta espécie também são
usados na Etiópia como um doce, e as flores no tratamento de lepra (Wilson e Mariam,
1979).

A palma é uma planta importante por fornecer forragem durante todo o ano.
Todavia, a potencialidade da espécie é subestimada em toda a região do semi-árido do
estado de Pernambuco, pois é uma planta que produz frutos de valor comercial, além de
mostrar-se perfeitamente adaptada a sistemas de agricultura extensiva e intensiva
(Barbera et al., 1992). Outras cactáceas menos importantes quanto aos frutos são o

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mandacaru (C. jamacaru) e a coroa-de-frade (M. zehntneri). No geral, as demais plantas
citadas como alimento são coletadas pelas crianças e consumidas ocasionalmente ou
como "divertimento", segundo os próprios informantes. Outras plantas eram utilizadas
na alimentação em períodos de secas prolongadas. Um bom exemplo é o de D.
grandiflora cujos frutos, no passado, eram consumidos na forma de uma farinha cozida,
o que não se faz mais hoje, evidenciando que na caatinga as pressões ambientais
também podem determinar o padrão de uso de plantas por uma dada comunidade e em
uma dada circunstância.

As plantas usadas como medicinais na comunidade podem ser organizadas em quatro


grupos de acordo com a fonte de onde são obtidas:

 Plantas domesticadas cultivadas em jardins residenciais;


 Plantas de áreas perturbadas, margens de estradas, próximo às habitações;
 Plantas nativas toleradas ou promovidas na área das unidades produtivas;
 Plantas encontradas na vegetação natural. Essas fontes, com algumas
modificações, também foram reconhecidas por Sequeira (1994). Apenas uma
pequena proporção das plantas citadas (29,16%) são cultivadas em jardins
domésticos, no entanto são recursos disponíveis apenas na estação chuvosa. Em
contrapartida, são as plantas nativas das quais se utiliza a casca do caule, uma
fonte de recursos disponíveis durante todo o ano. Menos importantes são as
plantas efêmeras que crescem próximas às habitações ou que medram em áreas
perturbadas, terrenos cultivados, cultivos abandonados ou em margens de
estradas. Um fato curioso é o de não terem sido citadas plantas ou doenças com
referências "mágico-religiosas", já que muitas pesquisas documentaram o uso de
plantas para combater doenças de conotações espirituais (Wilson e Mariam,
1979; Bhat et al., 1990; Bye, 1986; Sequeira, 1994).

2.5. Plantas que fornecem madeira e forragem

Não há dúvidas de que as florestas secas fornecem uma grande diversidade de recursos
madeireiros, o que resulta na rápida desflorestação e na conversão de grandes áreas em
propriedades para criação de animais. As espécies que fornecem madeiras.

2.6. RECURSOS NATURAIS

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Os recursos naturais são essenciais para a manutenção da vida, pois suprem as
necessidades humanas. Encontrados na natureza, esses recursos podem ser ou não
renováveis.

Os recursos naturais são elementos essenciais à existência do ser humano e à


manutenção da vida. Nós, diariamente, buscamos satisfazer nossas necessidades e para
isso recorremos ao meio ambiente e ao que ele nos fornece.

Contudo, ao longo dos anos, os recursos naturais passaram a ser explorados e


utilizados de maneira irracional e sem o cuidado necessário para a manutenção deles.
Entretanto, actualmente, há uma grande preocupação por parte da sociedade,
governantes e da comunidade científica a respeito da preservação dos recursos naturais.
É necessário buscar uma forma de suprir as necessidades e promover o desenvolvimento
das sociedades de forma sustentável.

Os recursos naturais podem ser:

Biológicos: vegetais, animais e florestas;

Hídricos: lagos, rios, mares, oceanos;

Minerais: minérios, rochas, areia, argila, carvão;

Energéticos: luz solar, vento, água.

2.7. O que são recursos?

Os recursos naturais são os elementos retirados da natureza para suprir as necessidades


dos seres vivos. Esses elementos são úteis no dia-a-dia, fornecem alimento, energia e
garantem o desenvolvimento da sociedade e das diversas actividades exercidas pelo
homem em seu quotidiano.

É importante dizer que esses recursos não estão distribuídos de forma homogénea no
planeta, portanto, há lugares com maior ou menor disponibilidade de determinado
elemento. Assim, determinadas áreas podem apresentar insuficiência de recursos
naturais para suprir as necessidades da população, gerando conflitos entre os indivíduos,
como é o caso do petróleo.

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Os recursos naturais são também fundamentais para o desenvolvimento económico,
visto que muitos apresentam viabilidade económica. Contudo, nem todos esses
elementos podem ser utilizados na forma que são retirados da natureza, precisando,
portanto, passar por um processo de transformação e beneficiamento para que seja
utilizado.

2.8. Recursos naturais de origem animal e vegetal

Os animais e os vegetais são considerados recursos naturais, visto que nós, seres
humanos, nos apropriamos deles para suprir nossas necessidades. Diversas espécies de
animais que compõem a fauna estão presentes não só na nossa alimentação diária, mas
também servindo como meio de locomoção e no fornecimento de matéria-prima para
diversas indústrias, como as têxteis. O sector agro-pecuário é actualmente um dos mais
representativos do mundo em diversas regiões.

O mesmo acontece com os vegetais. Diversas espécies são utilizadas não só para a
alimentação, como também para fornecer matéria-prima para indústrias de
transformação, têxtil e indústrias farmacêuticas que desenvolvem medicamentos por
meio das substâncias fornecidas pelo vegetal. A madeira, por exemplo, é bastante
utilizada para a fabricação de móveis e moradias; as fibras são utilizadas como matéria-
prima para o artesanato; os óleos essenciais para a fabricação de produtos de beleza,
entre outras utilidades.

2.9. Anatomia vegetal

Assim como no homem e nos animais, os vegetais também apresentam células, tecidos
e estruturas organizadas, e a Anatomia Vegetal estuda todo o funcionamento e
organização dessas estruturas. Ela vai estudar tanto estruturas internas como externas, e
sua origem se confunde com a descoberta das células por Hook em 1663.

A organização básica de um vegetal se constitui de Órgãos Vegetativos (raiz, caule e


folha) e Órgãos Reprodutivos (flor, fruto e semente).

3. Órgãos Vegetativos

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3.1. Raiz

Parte do vegetal que na grande maioria das espécies é subterrânea mas que em outras,
podem aparecer na superfície. Tem duas funções básicas: fixação ao substrato, e
absorção de água e sais minerais mas podem também apresentar as funções de
armazenamento e condução.

Em alguns casos especiais as raízes podem se adaptar e acabar exercendo outras


funções além das já citadas, como fotossíntese (caso de algumas Orquídeas), penetração
no tecido de hospedeiras (plantas parasitas), constrição – estrangulamento – do tronco
de árvores (algumas espécies de figueiras) ou suporte aéreo para tronco e/ou ramos.

Também encontramos alguns tipos de associações com outras espécies que são
importantes para os vegetais, como é o caso da Micorriza, associação entre a raiz e
fungos. Neste caso o fungo converte matéria orgânica em inorgânica e em troca a raiz
fornece aminoácidos e outros elementos produzidos pelo vegetal.

3.2. Caule

Estrutura de sustentação e condução dos vegetais. Juntamente com as folhas forma o


Sistema Caulinar que garante uma boa localização para que estas realizem a fotossíntese
de forma eficiente.

Todo material produzido nas folhas é conduzido para o vegetal através do sistema
vascular para as raízes, flores e frutos. Assim como todo material que é obtido pelas
raízes.

Além disso vamos encontrar estruturas denominadas gemas que são responsáveis
pelo crescimento do vegetal. Elas estão localizadas logo acima dos nós (de onde saem
as folhas).

Alguns caules também podem exercer outras funções, eles podem ser fotossintetizantes
(um exemplo é o Aspargo), podem armazenar água e carboidratos (cactos), podem se
enrolar em outras plantas e locais (plantas trepadeiras) ou podem proteger aquele
vegetal (formação de espinhos).

3.3. Folha

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Estrutura responsável pela fotossíntese e trocas gasosas. É formada basicamente por
pecíolo (base da folha), limbo ou lâmina (a folha em si) e bainha (que envolve o tronco
e fixa a folha).

Seus formatos e tamanhos dependem muito das condições do local em que aquele
vegetal vive. Disposição de água e exposição solar são factores fundamentais e
influenciam directamente neste aspecto.

Além da fotossíntese (produção de alimento), as folhas também são responsáveis pela


respiração e transpiração. Para isso conta com estruturas chamadas estômatos, que
funcionam como portinhas que permitem a entrada e saída de ar e água. Durante o dia
eles captam principalmente gás carbónico (elemento fundamental para a fotossíntese)
mas também captam oxigénio (usado na respiração). E a noite, captam apenas oxigénio.
A transpiração é a liberação do excesso de água da planta que durante o dia acaba por
evaporar mas a noite se acumula em gotículas pelas folhas, o famoso orvalho.

Assim como raízes e caules, as folhas também podem se adaptar para desempenhar
outras funções no vegetal, como defesa (com a formação de espinhos e produção de
substâncias tóxicas), armazenamento de água (plantas suculentas), para captura de
insectos (plantas carnívoras), fornecer abrigo para animais como formigas e pequenos
insectos, ou não existirem para evitar perda de água pelo vegetal.

3.4. Órgãos Reprodutivos

3.5. Flor

Principal órgão reprodutivo dos vegetais. Elas nascem das axilas das folhas e são
formadas pelo receptáculo e o pedicelo (haste da flor).

No receptáculo encontramos o perianto, o androceu e o gineceu. O perianto vai


apresentar as estruturas que mais conhecemos das flores, as pétalas (parte colorida) e
sépalas (pequenas “folhas verdes” na base das pétalas, além dos estames e carpelos
importantes na reprodução.

O Androceu é o órgão masculino das flores, onde encontramos os estames que


produzem o pólen, que ficam armazenadas em estruturas chamadas anteras. E o Gineceu
é o órgão feminino, onde são produzidos os óvulos e encontramos os carpelos. Os
carpelos são formados pelo ovário, estigma e estilete. O estilete é responsável por

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receber e seleccionar o pólen, o estigma liga o estilete ao ovário que, por sua vez,
produz e abriga os óvulos.

As pétalas que trazem o colorido das flores, são responsáveis por atrair os
polinizadores. Em alguns casos, os estames podem não produzir os pólens e passam a
produzir substâncias (néctares) para também atrair os polinizadores.

Podemos encontrar flores isoladas (como as rosas) ou em conjuntos chamados


inflorescências (como as flores do Flamboyant).

3.6. Fruto

É o desenvolvimento do ovário após a fertilização do óvulo e possui no seu interior a


semente. As funções básicas do fruto é proteger, conservar e garantir o desenvolvimento
das sementes.

Seu formato está intimamente ligado a sua forma de polinização, neste caso podemos ter
frutos que podem manter seu interior mais húmido para o desenvolvimento das
sementes, outros podem formar alas que irão se abrir e liberar as sementes para essas se
espalhem com o vento ou água.

3.7. Semente

É o óvulo fecundado. Basicamente formado pelo embrião e tecidos nutritivos


(endosperma e perisperma).

O embrião já possui estruturas jovens que darão origem ao novo vegetal, são elas
radícula (que dará origem a raiz), epicótilo (dará origem ao caule) e os cotilédones (que
darão origem as folhas).

Essa última estrutura é importante pois é parte fundamental da classificação das plantas
em monocotiledôneas ou eudicoticoledôneas.

Conclusões

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A presente pesquisa mostrou que a comunidade tem uma dependência relativa dos
recursos vegetais localmente disponíveis, especialmente de plantas medicinais. Os
frutos e os caules indicam ser os órgãos mais utilizados na área. Outras partes só
ocasionalmente são consumidas, como nos casos das sementes. A disponibilidade de
alguns recursos está ligada a factores temporais. Apenas uma pequena proporção de
plantas é cultivada e o sucesso do seu cultivo depende das raras e ocasionais chuvas. O
uso de recursos colectados de fruteiras é de grande importância para a economia de
subsistência da comunidade. O facto das plantas usadas na área apresentarem usos
distintos de outras comunidades revela possibilidades interessantes para indicar às
pessoas da comunidade alguns dos meios e acesso à sua segurança alimentar e adequada
assistência terapêutica com base nos recursos locais.

Os vegetais são considerados recursos naturais, visto que nós, seres humanos, nos
apropriamos deles para suprir nossas necessidades. Diversas espécies de animais que
compõem a fauna estão presentes não só na nossa alimentação diária, mas também
servindo como meio de locomoção e no fornecimento de matéria-prima para diversas
indústrias, como as têxteis. O sector agro-pecuário é actualmente um dos mais
representativos do mundo em diversas regiões.

O mesmo acontece com os vegetais. Diversas espécies são utilizadas não só para a
alimentação, como também para fornecer matéria-prima para indústrias de
transformação, têxtil e indústrias farmacêuticas que desenvolvem medicamentos por
meio das substâncias fornecidas pelo vegetal. A madeira, por exemplo, é bastante
utilizada para a fabricação de móveis e moradias; as fibras são utilizadas como matéria-
prima para o artesanato; os óleos essenciais para a fabricação de produtos de beleza,
entre outras utilidades.

Por fim gostaria de agradecer ao docente pelo trabalho recomendado, pois este trabalho
serviu para mim como uma fonte de pesquisa, aperfeiçoamento e melhoramento das
minhas capacidades.

Por fim gostaria de desejar ao docente para que tenha sucessos na vida no trabalho.

Bibliografia
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 Judd et al. 2009. Sistemática Vegetal: Um Enfoque Filogenético. 3ª ed.; Editora
ArtMed;
 Sano, P.T., Mori, L., Biologia: Botânica, Módulo 6, USP;
 Appezzato-da-Glória, B.; Carmello-Guerreiro, S. M.; 2006. Anatomia Vegetal.
2ª ed.; Editora UFV
 Raven, P. H., R. F. Evert; S. E. Eichhorn. 1992. Biologia Vegetal. 5ªed. Worth
Publishers

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