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PLANEJAMENTO EDUCACIONAL
AUTORIA:
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Copyright © 2014, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil
Módulo de: Planejamento Educacional
Autoria: Ana Maria Furtado
Várias marcas registradas são citadas no conteúdo deste módulo. Mais do que simplesmente listar esses nomes
e informar quem possui seus direitos de exploração ou ainda imprimir logotipos, o autor declara estar utilizando
tais nomes apenas para fins editoriais acadêmicos.
Declara ainda, que sua utilização tem como objetivo, exclusivamente a aplicação didática, beneficiando e
divulgando a marca do detentor, sem a intenção de infringir as regras básicas de autenticidade de sua utilização
e direitos autorais.
E por fim, declara estar utilizando parte de alguns circuitos eletrônicos, os quais foram analisados em pesquisas
de laboratório e de literaturas já editadas, que se encontram expostas ao comércio livre editorial.
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A presentação
Uma mudança fundamental está ocorrendo no meio ambiente e no âmbito interno das
organizações empresariais em escala mundial. Esta mudança tem provocado inúmeras
renovações do modelo de gestão das organizações em face da necessidade de sua
sobrevivência no ambiente em que atuam.
O Planejamento Educacional não pode ficar fora destas mudanças, até porque estamos
frente a vários empreendimentos educacionais.
Planejar e administrar uma instituição de ensino é uma das tarefas mais ricas no meio
empresarial. Trabalhamos com previsões, objetivos e metas vislumbrando o futuro o
observando atentamente o comportamento do mercado no presente.
Para tanto o módulo tem uma visão empresarial sem perder os objetivos educacionais
próprios da educação – quando realmente age em função do enriquecimento social.
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O bjetivo
E menta
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S obre o Autor
Mestre em Teologia com especialização em divindade pela Shalom Bíble College and
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S UMÁRIO
UNIDADE 1 ........................................................................................................ 9
Conceito de Planejamento ............................................................................... 9
UNIDADE 2 ...................................................................................................... 13
Princípios do Planejamento ........................................................................... 13
UNIDADE 3 ...................................................................................................... 17
Filosofia do Planejamento.............................................................................. 17
UNIDADE 4 ...................................................................................................... 21
Partes e tipos de Planejamento ..................................................................... 21
UNIDADE 5 ...................................................................................................... 25
Empresa como Sistema ................................................................................. 25
UNIDADE 6 ...................................................................................................... 30
Planejamento Estratégico nas Empresas – Fases de elaboração ................. 30
UNIDADE 7 ...................................................................................................... 35
O Ambiente da Empresa ............................................................................... 35
UNIDADE 8 ...................................................................................................... 39
Os Fatores Fortes, Fracos e Neutros da Empresa......................................... 39
UNIDADE 9 ...................................................................................................... 44
O Processo Estratégico ................................................................................. 44
UNIDADE 10 .................................................................................................... 50
Níveis de Planejamento ................................................................................. 50
UNIDADE 11 .................................................................................................... 54
Princípios Ideais do Planejamento Estratégico .............................................. 54
UNIDADE 12 .................................................................................................... 59
Flexibilidade Organizacional .......................................................................... 59
UNIDADE 13 .................................................................................................... 65
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A Missão........................................................................................................ 65
UNIDADE 14 .................................................................................................... 69
Postura Estratégica da Empresa ................................................................... 69
UNIDADE 15 .................................................................................................... 73
Ainda Falaremos sobre Visão de Futuro ........................................................ 73
UNIDADE 16 .................................................................................................... 78
Diagnóstico Estratégico Interno ..................................................................... 78
UNIDADE 17 .................................................................................................... 84
Perfil da Empresa e Avaliação ....................................................................... 84
UNIDADE 18 .................................................................................................... 90
Planejamento e Políticas de Educação no Brasil ........................................... 90
UNIDADE 19 .................................................................................................... 95
Planejamento Educacional ............................................................................ 95
UNIDADE 20 .................................................................................................... 99
Planejamento Curricular ................................................................................ 99
UNIDADE 21 .................................................................................................. 103
Plano de Sala de Aula ................................................................................. 103
UNIDADE 22 .................................................................................................. 108
Plano de Sala de Aula ................................................................................. 108
UNIDADE 23 .................................................................................................. 113
Marco Referencial ....................................................................................... 113
UNIDADE 24 .................................................................................................. 122
Elaboração de Instrumentos ........................................................................ 122
UNIDADE 25 .................................................................................................. 126
Projeto Político Pedagógico ......................................................................... 126
UNIDADE 26 .................................................................................................. 130
O Processo de construção do Projeto Político Pedagógico ......................... 130
UNIDADE 27 .................................................................................................. 134
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Estratégias para Elaboração do Projeto Político Pedagógico ...................... 134
UNIDADE 28 .................................................................................................. 138
Alguns Tipos de Planejamento .................................................................... 138
UNIDADE 29 .................................................................................................. 141
Planejamento de Aulas ................................................................................ 141
UNIDADE 30 .................................................................................................. 144
O Planejando Uma Educação Inclusiva ....................................................... 144
GLOSSÁRIO .................................................................................................. 148
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 149
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U NIDADE 1
Objetivo: Conhecer os principais conceitos de planejamento e a as dimensões
correspondentes a sua aplicabilidade.
Conceito de Planejamento
Outra dimensão corresponde aos elementos do planejamento, entre os quais podem ser
citados propósitos, objetivos, estratégias, políticas, programas, orçamentos, normas e
procedimentos, entre outros.
Uma terceira dimensão corresponde à dimensão de tempo do planejamento, que pode ser,
por exemplo, de longo, médio ou curto prazo.
Previsão: corresponde ao esforço para verificar quais serão os eventos que poderão
ocorrer, com base no registro de uma série de probabilidades.
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O processo de planejar envolve, portanto, um modo de pensar; e um salutar modo de pensar
envolve indagações; e indagações envolvem questionamentos sobre o que fazer, como,
quando, quanto, para quem, por que, por quem e onde.
Toda atividade de planejamento nas empresas, por sua natureza, deverá resultar de
decisões presentes, tomadas a partir do exame do impacto das mesmas ações futuras, o que
lhe proporciona uma dimensão temporal de alto significado.
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Esse processo contínuo, composto de várias etapas, funciona de forma não linear na
decorrência de haver variabilidade nas empresas. Essa variabilidade é devida às pressões
ambientais que a empresa tem que suportar e que são resultantes de forças externas,
continuamente em alterações com diferentes níveis de intensidade de influência, bem como
das pressões internas, resultantes dos vários fatores integrantes da empresa.
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U NIDADE 2
Objetivo: Conhecer os princípios gerais de planejamento para que possam ser aplicados
dentro dos propósitos operacionais.
Princípios do Planejamento
O planejamento dentro de uma empresa deve respeitar alguns princípios para que os
resultados de sua operacionalização sejam os esperados. Podem-se separar esses
princípios em gerais e específicos.
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As modificações provocadas nas pessoas podem corresponder às necessidades de
treinamento, substituições, transferências, funções, avaliações, etc.; na tecnologia as
modificações podem ser apresentadas pela evolução dos conhecimentos, pelas novas
maneiras de fazer os trabalhos etc.; e nos sistemas podem ocorrer alterações nas
responsabilidades estabelecidas, nos níveis de autoridade, descentralização,
comunicações, procedimentos, instruções etc.
Eficiência é:
Resolver problemas,
Reduzir custos.
Eficácia é:
Obter resultados;
Aumentar o lucro.
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Efetividade é:
Manter-se no mercado.
Portanto, para que a empresa seja efetiva, é necessário que ela, também seja eficiente e
eficaz. A eficiência, eficácia e efetividade são algumas das principais medidas para avaliar
uma boa administração, pois normalmente, os recursos com os quais o executivo trabalha
são escassos e limitados.
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ser planejado eficientemente, se o for de maneira independente de qualquer outra
parte ou aspecto da empresa.
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U NIDADE 3
Objetivo: Conhecer a filosofia do planejamento para que possa utilizar com objetividade
dentro das mais diferenciadas empresas, buscando o perfil mais adequado para a sua
aplicabilidade.
Filosofia do Planejamento
Filosofia da Satisfação
É a filosofia que designa os esforços para alcançar o mínimo de satisfação, mas não
necessariamente para excedê-lo. Para Ackoff, satisfazer é fazer “suficientemente bem”, mas
não necessariamente “tão bem quanto possível”. O nível que define a satisfação é o que o
tomador de decisões esta disposto a fixar e, frequentemente, é o mínimo necessário.
Esta é uma filosofia onde as estruturas não são alteradas porque podem ser encontradas
muitas resistências e, em consequência, os planos serão tímidos em termos de recursos.
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Assim, não serão procuradas alternativas, isto é, muitas oportunidades deixam de ser
exploradas.
Esta filosofia preocupa-se basicamente com o aspecto financeiro, sendo aplicada grande
ênfase ao orçamento e as suas projeções. Os planejamentos de recursos humanos,
equipamentos, materiais, serviços etc. são deixados de lado, pois está subentendido que,
com suficiente quantidade de recursos monetários, o restante pode ser obtido; e
normalmente, é feita apenas uma projeção para o futuro e ignoram-se outras possibilidades.
Vantagem: O processo de planejar pode ser executado em pouco tempo, custa pouco e
exige menor quantidade de capacidade técnica. Nesse sentido, essa filosofia pode ser muito
útil quando a empresa inicia o aprendizado do processo de planejar.
Filosofia da Otimização
Esta filosofia significa que o planejamento não é feito apenas para realizar algo
suficientemente bem, mas para fazê-lo tão bem quanto possível. Caracteriza-se pela
utilização de técnicas matemáticas e estatísticas, de modelos de simulação e de pesquisa
operacional.
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Esta filosofia é amplamente divulgada com o desenvolvimento da informática e da tecnologia
da informação, bem como de modelos de organização que foram elaborados na área de
pesquisa operacional e outras áreas.
Isto ocorre porque os modelos são aplicáveis somente a algumas partes da empresa e não
solucionam todo problema. O planejador tende a ignorar os aspectos que ele não pode
modelar, tais como os inerentes a recursos humanos e à estrutura organizacional da
empresa. Entretanto foram desenvolvidos modelos úteis para as decisões nas empresas, tais
como tamanho e localização da fábrica, distribuição de produtos, substituição de
equipamentos etc.
Filosofia da adaptação
Baseia-se na suposição de que o principal valor do planejamento não está nos planos
elaborados, mas no processo de elaboração desses planos.
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A empresa pode adotar nesta situação, diferentes respostas aos estímulos externos. A
resposta pode ser passiva, em que o sistema muda seu comportamento de modo defasado,
adotando as soluções normais para o estímulo, tais como economia de material, dispensa de
pessoal etc.
Ainda pode haver a resposta antecipatória ou adaptativa, quando há preocupação por parte
da empresa em procurar antecipar as mudanças do meio ou adaptar-se a esses novos
estados.
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U NIDADE 4
Objetivo: Conhecer as partes e os tipos de planejamento para que possa viabilizá-lo com
sucesso na aplicabilidade tanto educacional quanto empresarial.
Planejamento dos fins: especificação do estado futuro desejado, ou seja, a visão, a missão,
os propósitos, os objetivos, os objetivos setoriais, os desafios e metas.
Planejamento dos meios: proposição de caminhos para a empresa chegar ao estado futuro
desejado, por exemplo, pela expansão da capacidade produtiva de uma unidade ou
diversificação de produtos. Aqui se tem a escolha de macroestratégias, macropolíticas,
estratégias, políticas, procedimentos e processos.
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Devem-se ressaltar alguns aspectos:
O processo é interativo, ou seja, sua ação se exerce mutuamente entre duas ou mais
partes do todo; e
Tipos de Planejamento
Planejamento Estratégico
Planejamento Tático
Planejamento Operacional
1 Nível
Estratégico
2 Nível Tático
3 Nível
3 Operacional
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O planejamento estratégico relaciona-se com objetivos de longo prazo e com estratégias e
ações para alcançá-los que afetam a empresa como um todo, enquanto o planejamento
tático relaciona-se aos objetivos de mais curto prazo e com estratégias e ações que
geralmente, afetam somente parte da empresa.
Este planejamento é de responsabilidade dos níveis mais altos da empresa e diz respeito
tanto à formulação de objetivos quanto à seleção dos cursos de ação a serem seguidos para
a sua consecução esperada. Também considera as premissas básicas que a empresa, como
um todo, deve respeitar para que o processo estratégico tenha coerência e sustentação
decisória.
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Planejamento Operacional: é a formalização das metodologias de desenvolvimento e
implantação de resultados específicos a serem alcançados pelas áreas funcionais da
empresa. Nesta situação tem-se basicamente, os planos de ação ou planos operacionais.
Os prazos estabelecidos;
Dica de Leitura: “Plano de Curso, Plano de Ensino ou Plano de Aula, que Planejamento é
este?” – Artigo Científico
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U NIDADE 5
Objetivo: Conceituar e conhecer a empresa como um sistema e alguns aspectos da teoria
que favoreçam a melhoria de resultados bem como a sua aplicabilidade.
Como o planejamento estratégico trata de toda empresa perante seu ambiente, é importante
a conceituação de alguns aspectos da Teoria de sistemas que facilitam ao executivo
trabalhar melhor com esse assunto.
Os objetivos – que se referem tanto aos objetivos dos usuários quanto aos próprios
objetivos da do próprio sistema.
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Os controles e as avaliações do sistema principalmente para verificar se as saídas
estão coerentes com os objetivos estabelecidos.
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Ambiente é o conjunto de todos os fatores que, dentro de
um limite específico, se possa conceber como tendo
alguma influência sobre a operação do sistema – o qual
corresponde ao foco do estudo.
Os níveis considerados têm sempre importância para o planejamento estratégico, pois neste
caso existe uma premissa; o sistema é sempre a empresa como um todo.
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As empresas que estão em permanente intercâmbio com o seu ambiente e caracterizam-se
por equilíbrio dinâmico são considerados sistemas abertos.
A mudança pode ser interna (dentro do sistema) ou externa (em seu ambiente). E essa
situação é importante quando se consideram o planejamento estratégico e a forma de
adequação da empresa ao ambiente.
Entretanto um sistema pode sair de uma homeostase para outra bastante diferente. Esse
processo, que se denomina heterostase, pode explicar para os sistemas empresariais os
processos de crescimento, diversificação, entropia negativa e outros. Nesse caso, como
novos níveis de equilíbrio são estabelecidos consequentemente a empresa passará a ter
novos objetivos.
As transações que a empresa mantém com o ambiente ocorrem com o intercâmbio de poder
e influência. Fleury configura quatro alternativas em função do controle exercido:
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Como exemplo tem-se a situação de benefícios para a indústria aeronáutica, na disputa entre
Brasil e Canadá pelo mercado de aviões médios.
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U NIDADE 6
Objetivo: Conhecer as fases de elaboração do planejamento estratégico nas empresas para
que sua aplicabilidade seja eficaz e eficiente.
Naturalmente, pode-se considerar uma terceira possibilidade, que é definir “aonde se quer
chegar” juntamente com “como se está para chegar lá”.
Cada uma dessas possibilidades tem a sua principal vantagem. No primeiro caso, é a
possibilidade de maior criatividade no processo pela não existência de grandes restrições. A
segunda possibilidade apresenta a grande vantagem de colocar o executivo com o pé no
chão quando inicia o processo de planejamento estratégico.
Alguns autores afirmam que os primeiros passos para o diagnóstico estratégico ou “como se
está” apresentam os seguintes motivos:
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Muitas empresas iniciam suas atividades porque reconhecem uma oportunidade
importante;
Muitas empresas não têm objetivos estabelecidos, pois é difícil para elas determinar o
que realmente desejam, mas mesmo assim reconhecem as boas oportunidades;
Muitas empresas dão inicio às suas atividades com o objetivo dominante de obter
grandes lucros e procuram as oportunidades que lhes permitam alcançar este
objetivo.
Algumas vezes a visão pode se configurar com uma situação irrealista quanto aos destinos
da empresa. Entretanto, essa situação não é preocupante, pois ocorrerá, posteriormente,
uma análise interativa da empresa diante das oportunidades e ameaças ambientais.
Portanto, a adequada identificação, debate e disseminação dos valores de uma empresa têm
elevada influência na qualidade do desenvolvimento e operacionalização do planejamento
estratégico.
Análise externa: nesta etapa verificam-se as oportunidades que estão no meio ambiente da
empresa e as melhores maneiras de evitar ou usufruir dessas situações. A empresa deve
olhar para fora de si, para o ambiente onde estão as oportunidades e ameaças.
Essa análise deve ser efetuada pela empresa como um todo, considerando uma série de
assuntos, entre os quais se podem destacar:
Mercado internacional;
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Evolução tecnológica;
Fornecedores;
Mercado financeiro;
Aspectos políticos;
Entidades de classe;
Órgãos governamentais;
Concorrentes.
A chave das oportunidades de uma empresa repousa sobre a questão de se poder fazer
mais por essa oportunidade ambiental do que os seus concorrentes, pois:
Toda empresa tem características especiais, isto é coisas que sabe fazer
especialmente bem;
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O executivo deve identificar todas as oportunidades, e cada uma é analisada em termos de
sua contribuição efetiva para a empresa, em seguida escolhe-se um grupo das melhores
oportunidades para a formação de uma “carteira estratégica” de oportunidades.
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U NIDADE 7
Objetivo: Conhecer os ambientes e as suas diversidades e considerar como influenciam a
empresa e o comportamento como um todo.
O Ambiente da Empresa
Ambiente direto:
Representa o conjunto de fatores através dos quais a empresa tem condições não só
de identificar, mas também de avaliar ou medir, de forma mais efetiva e adequada, o
grau de influência recebido e/ou proporcionado.
Ambiente indireto:
Representa o conjunto de fatores através dos quais a empresa identificou, mas não
tem condições, no momento, de avaliar ou medir o grau de influência entre as partes.
Pode ser, por exemplo, o caso de algumas variáveis culturais, demográficas ou
sociais.
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Esta divisão ocorre apenas para facilitar a manipulação das variáveis externas que
apresentam, naquele momento, maior facilidade de mensuração da interação de influências
entre a empresa e o seu ambiente.
O ambiente está fora de controle da empresa, mas afeta seu comportamento e vice-versa. O
executivo deve atentar para as falhas mais frequentes na consideração do ambiente de uma
empresa, que são:
De cada segmento da
População.
(Organização,
participação
(Ideologias).
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(organização,
participação
(E ideologias)
Municipal
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Estrutura Área Transferência desta Legislação existente
educacional criminalista tecnologia pelo país
(estrutura, níveis de
audiência e).
(de concentração)
Tecnológicas
Nível de incentivos
governamentais
O principal cuidado que se deve ter no tratamento dos fatores e variáveis ambientais é a
questão da prioridade, a qual pode ser analisada pelo sistema: Gravidade, Urgência e
Tendência.
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U NIDADE 8
Objetivo: Conhecer as principais capacidades de uma empresa e saber estrategicamente
utilizar seus pontos fortes, neutros e fracos.
A empresa, no entanto não deve abandonar atividades nas áreas em que não está
devidamente capacitada. Quando a empresa realiza atividades em áreas em que não haja
pontos fortes, o reconhecimento desta fraqueza torna mais fácil o processo corretivo.
A análise dos pontos fortes, fracos e neutros deve envolver também a preparação de um
estudo dos principais concorrentes na relação produtos versus mercados, para facilitar o
estabelecimento de estratégias da empresa no mercado.
Os pontos neutros devem ser considerados na análise interna, pois, muitas vezes não há
condições de estabelecer se determinada atividade ou aspecto está beneficiando ou
prejudicando a empresa. Como a empresa é um sistema e, não se pode deixar de considerar
qualquer de suas partes, uma ideia é considerar, sempre que necessário por determinado
período de tempo, seus pontos neutros.
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Outra análise realizada nesse momento é a do potencial da empresa, que se destina a
determinar as possibilidades de crescimento disponíveis dentro da indústria ou setor de
atuação, para uma empresa que pretende e é capaz de realizar um esforço máximo no
sentido de tirar proveito delas.
Promoção;
Imagem institucional;
Comercialização;
Sistema de informações;
Estrutura organizacional;
Tecnologia;
Suprimentos;
Parque industrial;
Recursos humanos;
Estilo de administração;
Resultados empresariais;
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Recursos financeiros/finanças e
Controle e avaliação.
Esta etapa evidencia a necessidade de uma avaliação da qualidade da informação para uma
avaliação preliminar do nível de risco que a empresa está adotando.
O diagnóstico estratégico deve ser realista e envolve a visão, os valores a análise externa e
interna dos concorrentes.
Um dos aspectos de real importância da fase do diagnóstico estratégico é que o resumo das
sugestões deve ser tratado de tal forma que despersonalize as ideias individuais e
estabeleça as ideias da empresa, inclusive com suas contradições. Através de um debate
dirigido, deve proporcionar o bom senso e o consenso geral.
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Estabelecimento da postura estratégica
Postura estratégica – é a maneira mais adequada para a empresa alcançar seus propósitos
dentro da missão, respeitando suas situações internas e externas atual.
Estabelecimento de Macroestratégias
Correspondem às grandes ações ou caminhos que a empresa deverá adotar para melhor
interagir, usufruir e gerar vantagens competitivas no ambiente.
Macropolíticas
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Complementando
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U NIDADE 9
Objetivo: Conhecer e compreender o sistema da organização bem como seus objetivos e,
como os estabelece para que metas propostas sejam atingidas com eficácia.
O Processo Estratégico
“O planejamento não diz respeito a decisões futuras, mas às implicações futuras das
decisões presentes”.
(Peter Drucker)
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O Pensamento Estratégico
No mundo empresarial, a década de 1990 se caracterizou pela busca de meios para elevar a
produtividade e a eficiência das empresas, reduzindo custos.
Planejamento Estratégico
Para se materializar e dar forma ao que foi pensado estrategicamente é preciso utilizar uma
estrutura sistemática de procedimentos – o que se convencionou denominar planejamento
estratégico.
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por meio de uma retroalimentação organizada, medir o resultado dessas decisões em
confronto com as expectativas.”
O planejamento estratégico é uma atividade administrativa que tem como objetivo direcionar
os rumos da instituição e dar a ela sustentabilidade, mesmo sob condições de incertezas. O
planejamento estratégico deve produzir respostas consistentes a três questões
fundamentais.
a. Onde estamos?
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Partes do Planejamento Estratégico
Uma divisão didática do planejamento estratégico em cindo partes foi proposta pelo
professor Oliveira, com base em um modelo criado nos EUA por Russel Ackoff.
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Atividade Dissertativa
O Processo Estratégico
Você pode usar a sua criatividade ou sua experiência para realizar esta tarefa.
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Texto Reflexivo
Dentre os vários elementos que diferenciam um gestor com visão estratégica de um gestor
sem essa visão, o mais importante deles é sem dúvida, a capacidade de diferenciar a
percepção subjetiva da real, do que é concretamente real.
As pessoas se comportam e decidem de acordo com aquilo que percebem ser real, aquilo
que elas acreditam estar certo. No entanto, em muitas ocasiões os acontecimentos não são
exatamente de forma como o gestor os entende. Na prática da consultoria isso aparece com
muita frequência. Há casos em que o mantenedor nos diz “nossos alunos estão muito
satisfeitos com a qualidade do curso tal...” Quando vamos averiguar tecnicamente essa
satisfação, constatamos que ela está presente em não mais do que 50% dos alunos.
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U NIDADE 10
Objetivo: Conhecer e identificar os níveis de Planejamento e seus respectivos setores bem
como suas estratégias para melhor aplicabilidade.
Níveis de Planejamento
Concepção estratégica
Pensamento estratégico
Visão sistêmica
Pensamento complexo
Tomada de decisão
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Diagnóstico externo (ambiental)
Diagnóstico interno
Construção de cenários
Intenção estratégica
Declaração de missão
Visão de futuro
Planejamento
Elaboração de estratégias
Planejamento tático
Planos operacionais
Implementação
Técnicas de implementação
Redesenho organizacional
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Aprendizagem e clima organizacional
Avaliação
Além da complexidade, o planejamento estratégico é uma ação que não pode ser
“encomendada” pela empresa. Ele não pode vir de fora para dentro, pois seu elemento
fundamental é o próprio processo de planejar estrategicamente, desenvolvendo uma
mentalidade estratégica permanente que irá permear sua aplicação e suas constantes
revisões e alterações.
Antes de partir efetivamente para construção do planejamento estratégico, deve haver uma
etapa preliminar envolvendo um “acordo inicial”, feito com os lideres da instituição, deve
versar sobre:
A agenda de trabalho.
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Texto Informativo:
Atualmente, menos de 20% das IES privadas brasileiras elaboram seu planejamento
estratégico. Entre as IES particulares que já realizam o planejamento estratégico de forma
profissional e abrangente, podemos destacar: a Universidade Presbiteriana Mackenzie, a
PUC RS, a PUC-PR e a Universidade Anhembi Morumbi.
Antes de dar continuidades aos seus estudos é fundamental que você acesse sua
SALA DE AULA e faça a Atividade 1 no “link” ATIVIDADES.
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U NIDADE 11
Objetivo: conhecer os princípios ideais do planejamento estratégico para que as metas sejam
cumpridas com eficácia.
Priorização
Os objetivos estabelecidos precisam ser hierarquizados, com clara noção de prioridade entre
eles.
Otimização
O planejamento estratégico não é feito para atingir um resultado bom, mas sim para o
melhor resultado possível. Nesse caso, o bom é “inimigo” do ótimo.
Processo
O maior valor do planejamento estratégico não está nos planos e relatórios produzidos, mas
no processo de produzi-los.
Preparação
Preparo das pessoas da empresa para o impacto das alterações que virão e que poderão
resultar em necessidade de treinamento e capacitação, transferência de funções,
modificações de processos, entre outras.
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Participação
Integração
Integração dos planejamentos realizados nos mais diversos níveis e setores da organização.
Homeostase
Antecipação
Continuidade
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Quanto ao método de abordagem para desenvolver as etapas do processo de planejamento
estratégico, o modelo mais utilizado no Brasil é o da Escola do Design, que apresenta a
seguinte seqüência de procedimentos;
Visão Sistêmica
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Ter uma visão sistêmica significa ter a capacidade de perceber as conexões ocultas entre
fenômenos. Para isso, é preciso desenvolver uma forma de raciocínio que pense sempre em
termos de padrões, de redes, de relacionamentos, teias, etc.
A visão sistêmica proporciona uma maior compreensão das mudanças paradigmáticas que
atuam sobre a realidade de mercado na atualidade. A dinâmica dessas mudanças nos coloca
em um momento histórico ímpar, onde a velocidade da mudança é crescente e a
descontinuidade dos elementos macroambientais é um fator onipresente. Esses elementos
repercutem significativamente na dinâmica empresarial, afetando profundamente a estrutura
de planejamento estratégico das corporações, trazendo uma nova perspectiva de visão do
planejamento, que abrange, entre outras, as seguintes características:
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Variáveis macroambientais: econômicas, demográficas, sociais, políticas internas e
externas, legais, culturais, tecnológicas e naturais.
O fim da agonística
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U NIDADE 12
Objetivo: Conhecer as mudanças e as possíveis adaptações que devem ser realizadas de
forma organizada e eficácia dentro das empresas.
Flexibilidade Organizacional
Para que uma instituição atinja status de instituição flexível, sua estrutura organizacional
precisa estar fundamentada em processos, e não em cargos. Os funcionários precisam ter
funções que possam variar de acordo com as mudanças dos processos internos de
produção. Quando a divisão do organograma for por cargos, a tendência de rigidez na
percepção da necessidade de mudanças nos processos é muito grande.
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Inovação
Tomada de decisão
Incerteza
O significado de uma informação depende do contexto em que ela está inserida, de forma
que sua validade depende da percepção de quem irá utilizar a informação. Como sabemos
que a percepção pessoal é subjetiva e vinculada à própria visão de mundo de que percebe,
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não podemos falar em tomada de decisão baseada em informações absolutas, pois estas
sempre serão relativas, aumentando com isso o grau de incerteza da decisão.
A tomada de decisão estratégica por parte dos dirigentes de uma instituição é fator
determinante para o sucesso de um planejamento estratégico. Dentro desse contexto, a
abordagem ou modelo de planejamento estratégico a ser utilizado deve reconhecer a
importância da subjetividade dos decisores.
Nós não reagimos ao mundo, mas sim à nossa percepção de mundo. Do mesmo modo,
nossas decisões são tomadas em função de nossos modelos mentais, que em sua maior
parte, são inconscientes. Portanto, precisamos tornar nossos modelos mentais conscientes e
identificar sua influência em nossa tomada de decisão.
Competência decisória
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Intuição
A habilidade para lidar com as forças intangíveis que permeiam o processo de tomada de
decisão gerencial está diretamente relacionada à intuição. O planejamento estratégico não é
tudo; propicia as condições ideais de monitoramento da manutenção do foco da atuação,
baseado em dados e informações que auxiliam a tomada de decisão, porém esta é tomada
por pessoas, e as pessoas agem, na maioria das vezes intuitivamente.
Essencial
Observaremos alguns fatores que impedem a tomada de decisões por parte dos gestores
nas instituições de ensino particulares e públicas.
a. Falta de objetivos e metas definidos com clareza. Geralmente eles não são definidos,
e quando são apresentam-se de forma ambígua e inconsistente com a missão
educacional.
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c. A divisão de tarefas no modelo tradicional (direção, supervisão, orientação,
coordenação) fragmenta de tal forma os elementos processuais, que a tomada de
decisão poderá trazer benefícios localizados, mas dificilmente trará benefícios
sistêmicos.
“Quem decide pode errar; quem não decide já errou”. (Herbert Von Karajan)
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Anote para não esquecer: O filme Homens de Honra ( Robert de Niro e Cuba Gooding Jr.) -
nos mostra alguns conceitos:
Conceitos:
Planejamento de carreira
Avaliação de desempenho
Liderança
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U NIDADE 13
Objetivo: Conhecer as finalidades e as verdadeiras razões de uma empresa para que seus
objetivos sejam eficientes e consequentemente sofram melhorias.
A Missão
A missão define o negócio da instituição, sua razão de ser e seu papel na sociedade,
delimitando seu ambiente de atuação. Ela define uma causa pela qual todos na instituição
deverão estar dispostos a “lutar”.
Quando a instituição responde a estas perguntas, acaba por definir em que áreas serão,
prioritariamente, aplicados seus esforços e recursos disponíveis. “A missão da empresa
exerce a função orientadora e delimitadora da ação empresarial, e isto dentro de um período
de tempo, normalmente longo, em que ficam comprometidos valores, crenças, expectativas,
conceitos e recursos”.
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Para ser eficaz, a missão precisa definir uma individualidade para a instituição. Também
precisa descrever com precisão o DNA da empresa e ser inspiradora, para que seja
compartilhada com todos da organização.
Em alguns casos, cabe também estender a declaração da missão, delimitando seu universo
de atuação.
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A formalização da missão, a sua colocação por escrito, a torna muito mais poderosa, e
permite que esteja viva, faça-se presente nas decisões da direção e dos empregados; oriente
a ação da organização para os rumos almejados e evite dispersões improdutivas.
Propósitos são compromissos que a empresa se impõe no sentido de cumprir sua missão.
Representam grandes áreas de atuação selecionadas no contexto da missão estabelecida.
Correspondem à explicitação de posições ou áreas de atuação planejadas para toda a
empresa, devidamente aceitas por seus acionistas e executivos como desejáveis e
possíveis.
A missão deve ser entendida como uma identificação a ser seguida, mas nunca algo
específico a ser alcançado.
A bússola vai permitir que o navio faça sua viagem de maneira planejada. O navio pode
precisar desviar a rota para fugir de uma tempestade, diminuir a marcha num nevoeiro ou,
mesmo parar diante de um terrível furacão.
A Empresa pode precisar desviar seu rumo provocado por ameaças ambientais, diminuir seu
ritmo de avanço a um resultado devido a determinados pontos fracos, ou mesmo parar de
atuar num mercado em virtude de uma ação do mercado consumidor.
O navio pode ter que parar em um novo porto para vender a sua carga no meio do percurso
ou, mesmo, por causa de defeito em suas máquinas. A empresa pode usufruir de
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oportunidades que aparecem inesperadamente ou, ainda apresentar um problema grave em
alguma área funcional (produção, recursos humanos, finanças, marketing).
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U NIDADE 14
Objetivo: Identificar os caminhos e as ações que nos levam a cumprir a missão da empresa.
A Postura estratégica é estabelecida por uma escolha consciente de uma das alternativas de
caminho e ação para cumprir sua missão.
1. A missão da empresa;
3. A relação positiva ou negativa – entre os pontos fortes e fracos que ela possui para
fazer frente às oportunidades e ameaças do ambiente.
Outro aspecto que pode influenciar a postura da empresa é o elemento psicológico que
envolve valores, atitudes, motivações e anseios dos proprietários, bem como dos executivos
que têm poder de decisão na empresa.
Para fazer frente à situação apresentada, a empresa pode escolher estar em uma das
posturas estratégicas:
A sobrevivência;
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A manutenção;
O crescimento;
O desenvolvimento.
Na realidade, a escolha pode ser uma combinação dessas posturas, efetivando-se de acordo
com as necessidades da empresa.
Teia multidimensional
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Avaliar a interferência da intuição na tomada de decisão gerencial é importante para a
compreensão dos mecanismos da gestão, uma vez que, na prática, a intuição e o feeling são
componentes sempre presentes no processo decisório. No entanto, devemos lembrar que
intuição não combina com ciência. Quanto maior a nossa compreensão das forças
intangíveis que afetam o processo da gestão, menor será a necessidade da intuição em
nossas decisões.
Visão de Futuro
Visão é o sonho acalentado pela instituição. Refere-se ao que ela gostaria de ser no futuro. A
visão deve ser: inspiradora; motivadora, ter foco; dar direção ao negócio e ser descritiva, isto
é, ela deve descrever claramente o “estado de futuro” em que pretende estar dentro de um
determinado período de tempo.
Mesmo sendo um desejo, um sonho, a visão deve partir de premissas sólidas, com muita
aderência aos fatos reais. Além disso, precisa buscar um ponto de equilíbrio entre os
diferentes desejos de todos os stakeholders.
A visão, ao explicar as inspirações da empresa com relação ao seu futuro, revela a essência
de seus propósitos e servirá de elemento norteador para que se possa auferir o desempenho
da empresa ao longo do tempo.
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Compartilhar a missão e da visão de futuro com todos na instituição é fator chave para o
sucesso do desempenho organizacional. A missão e a visão precisam estar estampadas em
todas as publicações da empresa e precisam ser lembradas e postas em prática o tempo
todo.
Diversos estudiosos já demonstraram que os líderes muito bem sucedidos em conduzir suas
empresas, quase sempre conseguiram oferecer aos seus liderados uma visão clara,
coerente e sustentada de onde a empresa queria chegar.
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U NIDADE 15
Ainda Falaremos sobre Visão de Futuro
Que clientes são atendidos hoje? Que clientes serão atendidos amanhã?
Quais são os canais utilizados hoje? Que canais serão utilizados amanhã?
Quais são seus concorrentes hoje? Quais serão seus concorrentes amanhã?
Que habilidades tornam única a sua Que habilidades tornarão sua escola única
escola? amanhã?
Juntas, missão e visão devem ser capazes de dar uma noção clara de posicionamento
estratégico da instituição, ou seja, devem possibilitar que a instituição se posicione diante do
sem ambiente competitivo.
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A visão de futuro será eficaz, quando definir objetivos claros e explícitos a serem alcançados
ao longo do tempo. Antes de tudo, a instituição precisa saber para onde quer ir (objetivos)
para poder definir como irá chegar lá (estratégias).
Desenvolver conhecimento.
Formar cidadãos.
Formar profissionais.
Desenvolver habilidades que lhe sejam úteis, bem como ser úteis à sociedade.
Conhecimento
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Confessionais
Área de abrangência
As instituições que delimitam uma região de atuação na sua declaração de missão estão
definindo uma área de abrangência para o seu negócio, deixando claro que não terão
interesse em expandir-se para além de suas fronteiras.
Propósitos
A Escola Católica de Brasília tem por missão atuar solidária e efetivamente para o
desenvolvimento integral da pessoa humana e da sociedade, por meio da geração e da
comunhão do saber comprometida com a qualidade e os valores cristãos, na busca da
verdade.
A Escola Ibero Americana tem por missão promover o desenvolvimento humano conectado a
uma nova era de informação e do conhecimento.
O Centro Educacional São Camilo SP - tem por missão promover a saúde, através da
formação e aperfeiçoamento de profissionais éticos e competentes, da produção de
conhecimento e da prestação de serviços relevantes a sociedade.
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Instituto Educacional Metodista tem por missão a formação de pessoas, exercendo poder de
influência e contribuindo para a melhoria da sua qualidade de vida, baseada em
conhecimento e valores éticos.
E o lucro?
O objetivo de máximo lucro é o mais citado objetivo das empresas, sobretudo pelos
economistas. Mas este objetivo tem sofrido considerável questionamento de diferentes áreas
ligadas ao estudo da teoria da administração. Na realidade a empresa necessita de lucro. O
mesmo ocorre com as Escolas Particulares.
O lucro bem como seus equivalentes, como rentabilidade – lucro sobre o patrimônio – ou a
lucratividade – lucro sobre vendas – é a medida de sucesso da empresa perfeitamente
reconhecida pela comunidade empresarial. O lucro não pode ser o único motivo a ser
considerado na análise do comportamento econômico das empresas.
Peter Drucker, um dos gurus da administração afirmou: “só existe uma definição válida de
objetivo empresarial: criar clientes; afinal, quem é que paga as contas?”.
Com o resultante desta questão pode-se considerar que o ideal estratégico é colocar o valor
dos produtos e dos serviços em primeiro lugar; e o lucro depois; e, talvez nunca a simples
maximização dos lucros. Um aspecto a ser reforçado é que o executivo deve evitar o lucro
como objetivo máximo da empresa, pois é uma possível desmotivação dos funcionários em
busca de uma situação que, basicamente, beneficia de forma direta apenas os proprietários
da empresa.
“Na empresa escola vendemos algo que o cliente não recebe imediatamente. E o que
vendemos não é e nem será propriedade exclusiva de quem comprou.
Vendemos algo complexo que poderá mudar ou não os rumos da sociedade na qual estamos
inseridos. Além do ensino acadêmico, vendemos a nossa própria postura, nossa ética e a
nossa integridade. Os valores absolutos aos quais estamos ligados e, que nos sustentam
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são observados o tempo todo. Como educadores, então educamos e vendemos. Na venda
há uma troca: damos a quem nos paga um objeto e ela nos dá o dinheiro, o valor por aquilo
que quer.
Na educação ocorre algo parecido. Só que não trocamos. Somos referência de mudança
constante. Temos que fazer valer a pena o que se vende na escola – o conhecimento.
Temos que fazer valer o que se constroi na escola: os relacionamentos. Temos que fazer
valer o tempo que passamos dentro dos muros da escola: saudade. E, finalmente temos que
aprender na escola que o valor das pessoas está muito além do poder. Porque o poder cega
e nos faz egoístas. Quando se percebe que a maioria das coisas são comuns a todos... e
que nossas atitudes atingem a quem compartilha o mesmo espaço conosco, fica muito fácil
entender sobre respeito ao “ecossistema”. Então construímos uma aprendizagem que pode
mudar para melhor desde as ciências sociais até o capital interno do país. Aprender a
pertencer. E pertencendo aprender a compartilhar. E ao compartilhar crescer. Crescendo
para deixar um legado social.” Professora Ana Maria Furtado.
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U NIDADE 16
Objetivo: Conhecer as especificidades do diagnóstico estratégico interno bem como a sua
utilização frente as demandas necessárias.
(Maquiavel)
Nem sempre é fácil coletar, de uma só vez todas as informações necessárias ao diagnóstico
estratégico. As informações estratégicas são complexas e dinâmicas. Algumas delas, como
as da concorrência, por exemplo, podem ser de difícil acesso. Dessa forma, o melhor que a
instituição tem a fazer é manter um sistema de informação mercadológica – SIM
pemanentemente ativo, coletando e atualizando informações, e gerando relatórios que serão
muito úteis para a tomada de decisão gerencial.
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Em muitas empresas, o sistema de informação mercadológica – SIM é denominado “centro
de inteligência competitiva” ou somente CI – Competitive Intelligence, e refere-se a todos os
mecanismos integrados de localização, busca captura e análise da informação sobre a
concorrência.
Para enfrentar essa situação ambiental, a empresa deverá ter pleno conhecimento de
seus pontos fortes e fracos.
Esse processo de análise interna e externa deverá ser integrado, contínuo e sistêmico.
Pontos Fracos: são características internas da instituição que lhe imputam uma condição
desfavorável no processo competitivo ou frente ao ambiente onde ela se insere. São
exemplos de pontos fracos: falta de foco no negócio; precariedade nas instalações,
problemas operacionais internos; estratégias de marketing e comunicação deficitárias; baixa
qualificação de professores e funcionários; falta de recursos para investimentos; entre outros.
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Pontos Fortes: são características internas da instituição que lhe propiciam uma condição
favorável no processo competitivo ou frente ao ambiente onde ela se insere. São exemplos
de pontos fortes: competências básicas em áreas-chave; imagem de qualidade no mercado;
qualificação do corpo docente e dos funcionários; gestão profissional; recursos financeiros
para investimentos; instalações adequadas e modernas; uso da tecnologia a serviço da
redução de custos, entre outros.
Algumas empresas, mais afeitas ao processo de gestão, chegam a criar uma carteira de
projetos de diversificação com base na relação de oportunidades encontradas no diagnóstico
externo.
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Análise Interna
A coleta de informações para o diagnóstico interno pode e deve ser efetuada por diversas
vias, sempre considerando a opinião de todos os envolvidos, e não apenas a do dirigente da
instituição. No mínimo, a opinião dos seguintes públicos precisa ser conhecida pela
instituição:
Alunos iniciantes.
Alunos veteranos.
Ex-alunos.
Professores.
Funcionários.
Dirigentes.
Comunidade.
Imprensa.
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Devem ser utilizados diversos instrumentos para coleta de informações visando a análise
interna, entre eles:
Observação pessoal.
Questionário padronizado.
Conversas pessoais.
Reuniões.
O Lider do Futuro
John Naisbitt
Sextante
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Dica de um bom filme:
(Tom Hanks)
Conceitos:
Liderança
Logística
Planejamento corporativo
Estratégia
Trabalho em Equipe.
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U NIDADE 17
Objetivo: Apropriar-se das informações.
a. Local de residência.
b. Renda familiar.
c. Faixa etária.
d. Colégio de procedência.
h. Aspirações futuras.
b. Qualificação e titulação.
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d. Remuneração.
a. Salas de aula.
b. Auditório.
c. Biblioteca.
d. Laboratório.
a. Agência de publicidade.
c. Agência de web-marketing.
e. Serviços de segurança.
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5. Avaliação da condição financeira
b. Grau de inadimplência.
h. Rentabilidade da Instituição.
i. Endividamento.
j. Lucratividade.
k. Liquidez.
e. Plano de benefícios.
f. Treinamento e capacitação.
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7. Avaliação da estrutura de marketing da Instituição Educacional
k. Verba publicitária.
r. Tipos de brinde.
s. Existência de grife.
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t. Veículos de comunicação interna e externa (boletins, jornais, revistas,
newsletters, etc.).
u. Assessoria de imprensa.
a. Equipamentos.
b. Rede.
c. Softwares/sistemas.
d. Acadêmico.
e. Gestão.
f. Biblioteca.
g. RH.
h. Financeiro.
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10. Organização interna
c. Departamento de compras.
d. Secretaria acadêmica.
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U NIDADE 18
Objetivo: Conhecer o perfil histórico do planejamento, bem como as políticas educacionais
brasileiras e, situá-las historicamente no atual perfil educacional.
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de ser temas isolados para se tornarem um problema nacional. Várias tentativas de reforma
ocorreram em vários estados; iniciou-se uma efetiva profissionalização do magistério e novos
modelos pedagógicos começaram a ser discutidos e introduzidos na escola.
Neste processo de planejamento convém distinguir três fases: a decisão de planejar; o plano
em si; e a implantação do plano. A primeira e a última fase são políticas e a segunda é um
assunto estritamente técnico.
O manifesto era ao mesmo tempo uma denúncia uma exigência de uma política educacional
consistente e, um plano científico para executá-la, livrando a ação educativa do empirismo e
da descontinuidade. O mesmo teve tanta repercussão e motivou uma campanha que
repercutiu na Assembleia Constituinte de 1934.
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Sendo assim, mesmo que a ideia de plano nacional de educação fosse um fruto do manifesto
e das campanhas que se seguiram, o Plano 37 era uma negação das teses defendidas pelos
educadores ligados àqueles movimentos. Totalmente centralizador, o mesmo pretendia
ordenar em minúcias toda a educação nacional. Tudo estava regulamentado ao plano, desde
o ensino pré-primário ao ensino superior; os currículos eram estabelecidos e até mesmo o
número de provas e os critérios de avaliação.
No entanto, os dois primeiros artigos dos 504 que compuseram o Plano de 37, chamam
atenção, no que se refere ao Planejamento Educacional a nível nacional, atualmente:
Art. 2°- Este Plano só poderá ser revisto após vigência de dez anos.
Nesses artigos, há três pontos os quais convém destacar, pois repercutiram e persistiram em
parte, em iniciativas e leis posteriores:
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Nacional governamental. No entanto, no Plano de Metas de Kubitschek, a educação era a
meta número 30.
A primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) acabou surgindo com a Lei
n° 4.024 de 1961, no entanto, vale ressaltar a concepção do que deveria ser uma LDB.
Segundo o Relatório Geral da Comissão:
Após a iniciativa pioneira de 1962 e suas revisões, sucedem-se, em trinta anos, cerca de dez
planos. Em um estudo realizado nessa área até 1989, conclui-se que essa sucessão de
planos que são elaboradas, parcialmente executadas, revista e abandonada, refletem os
males gerais da administração pública brasileira. A educação, realmente não era prioritária
para os governos. As coordenadas da ação governamental no setor ficavam bloqueadas ou
dificultadas pela falta de uma integração ministerial.
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que, fez dessa experiência um conjunto fragmentado de incoerentes iniciativas
governamentais que nunca foram mais do que esquemas distributivos de recursos.
Com esta visão podemos compreender o “porquê” do caos educacional em nosso país.
Desde há muito a educação foi relegada ao final das filas. O povo foi passando de governo
em governo sem perceber as perdas que lhe trariam o atraso educacional.
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U NIDADE 19
Objetivo: Conhecer os métodos e técnicas do Planejamento Educacional, bem como a sua
real aplicação no contexto escola.
Planejamento Educacional
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Quadro 1
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Quadro 2
CONCEPÇÕES CARACTERÍSTICAS
(DO
CONSENSO/POSITIVISTA/EVOLUCIONISTA)
(CONFLITO/TEORIAS CRÍTICAS E
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LIBERTÁRIAS)
ENFOQUES CARACTERÍSTICAS
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U NIDADE 20
Objetivo: Conhecer e se apropriar do instrumento que orienta a educação escolar enquanto
gerador de novas propostas e experimentações no campo da aprendizagem.
Planejamento Curricular
Fundamentos da disciplina
Área de estudo
Desafios Pedagógicos
Encaminhamento Metodológico
Propostas de Conteúdos
Processos de Avaliação
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Planejamento de Ensino
Planejamento Escolar
O Planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades
didáticas em termos da sua organização e coordenação em face dos objetivos propostos,
quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino. É um processo de
racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar
e a problemática do contexto social.
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Planejamento Participativo
Planejamento de aulas
Temas
Conteúdos
Metodologia
Recursos didáticos
Avaliação.
Antes, porém de se planejar a aula propriamente dita deve ser executado um planejamento
de curso para o ano todo. E este deve ser subdividido em semestre para que possa ser
visualizado com mais clareza e objetividade.
Dentro destes Planos anuais podem ser inseridas as unidades temáticas, temas transversais
que ocorrerão com o desenvolvimento do Plano bimestral ou trimestral. Estes são os marcos
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para que o professor e toda a equipe da escola não se percam dentro de conteúdos extensos
e, deixem de ministrar em cada momento a essência, o significativo para que o aluno possa
prosseguir seu conhecimento e transformá-lo em aprendizagem.
O centro do processo educativo não deve ser o conteúdo preestabelecido como se tem feito
nas escolas ainda hoje. Qualquer professor estaria de acordo em dizer que o centro do
processo não é o conteúdo, mas em sua prática, a grande maioria faz dele todo o processo.
Muitas vezes, isso acontece até contra a sua vontade. É que há uma cultura dentro da
escola, junto com os pais dos alunos e em todo senso comum social, de que se vai para a
Escola para memorizar alguma informação, normalmente até consideradas inúteis até pelas
mesmas pessoas que as exigem.
O centro do processo educativo também não pode ser o aluno. Este desastre é tão
conservador como centrar o trabalho no conteúdo. È que quando centramos o processo
educativo somente no aluno convertemos todo o processo em um egoísmo e em um
individualismo onde uns dominam os outro.
Então qual seria o centro do processo educativo no qual deveríamos preparar as nossas
aulas?
Antes de dar continuidades aos seus estudos é fundamental que você acesse sua
SALA DE AULA e faça a Atividade 2 no “link” ATIVIDADES.
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U NIDADE 21
Objetivo: Conhecer o real objetivo do Plano de sala de aula que nos leva além da
apropriação acadêmica.
O centro do processo educativo escolar deve ser sempre um projeto político pedagógico.
Embora isso passe despercebido para a maioria das pessoas que trabalham em uma escola,
apresenta-se muito claro e definido em dois sentidos.
No sentido filosófico, é o dever-ser que precisa ser indicado; todo esforço educacional
deve propor um futuro humano – deve ser explícito para que tal projeto guie todo o
trabalho que se realize.
A grande descoberta é que não há exemplos prontos e fechados para seguir. O que há é um
horizonte social que inclui não uma forma acabada de estruturas sociais, mas um conjunto
de princípios que servem de rumo dentro de uma realidade determinada e uma proposta
metodológica que torne possível a aproximação deste horizonte.
E tudo isso decidido pelo grupo que está envolvido numa mesma empreitada. Deve haver,
também, um conjunto de ferramentas capaz de facilitar, para o grupo a elaboração de tal
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horizonte, a compreensão da prática e a decisão sobre os caminhos para aproximação de tal
caminho.
Esta hierarquia não pode ser construída por alguns iluminados, mas precisa ser obra de
todos ou, pelo menos de muitos, porque todos nós podemos trazer nosso saber, nossa
emoção, nossas opções para tal construção. Isso não é assim porque alguns queiram que
seja assim: é assim porque não será mais possível a aceitação de uma hierarquia de valores
que venha da ação de apenas um pequeno grupo.
Para que ocorra este tipo de mudança serão necessárias mudanças em todos os campos.
Os professores de escola em geral não podem falar na transformação do mundo, na
construção de uma nova sociedade, sem mudar o que estão fazendo na sala de aula e no
restante de suas atividades.
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proposta: diz-se que, se as pessoas se convertem, elas transformarão as estruturas. Com
isso se evita qualquer discussão sobre o poder e sobre o domínio que uns exercem sobre os
outros.
Para que haja eficiência e eficácia na mudança das estruturas da educação e da sociedade,
é preciso dispor de instrumentos adequados que representem, eles mesmos uma
transformação estrutural. Por isso temos que propor em sala de aula a corrente de
planejamento que já se consagrou em outras atividades, chamada: planejamento
participativo.
Português e informática
Objetivos específicos:
Utilizar ferramentas do site que são comuns a outros softwares, tais como: arrastar,
selecionar, trazer uma imagem para frente ou para trás, fazer flip na figura, alterar tamanho
da figura, baixar imagem de um arquivo, digitar texto.
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Conteúdos
Estratégias
2 - O professor leva para a classe um livro, um jornal, um folheto. Pede que os alunos
levantem as características que os gibis apresentam em comum e no que difere dos demais
gêneros.
3 - A professora pede a alguns alunos que leiam em voz alta uma pequena história de um
dos gibis. Assim, é fácil caracterizar a linguagem utilizada.
4 - A professora pede então que os alunos elaborem individualmente uma tirinha de gibi.
Estas tirinhas podem conter: o balão, personagens, plano de fundo, onomatopeias. Deve ter
no máximo 3 paineis (quadrinhos).
5 - Uma vez elaborada a tirinha, na sala de informática os alunos são apresentados para o
site www.toondoo.com
7 - A professora mostra como utilizar as ferramentas, para que então o aluno crie sua tirinha
(que já foi planejada na sala de aula).
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Plano é um documento que registra o que se pensa fazer, como fazer, quando fazer,
com o que fazer e com quem fazer. Para que exista o plano é necessário que um
grupo tenha antes se reunido e, com base nos objetivos a serem alcançados, tenha
confrontado os objetivos com os recursos humanos e financeiros disponíveis. Tem
que ter sido definido o período das realizações e ações, enfim tenha organizado o
conjunto de ações e recursos, O plano evita o imediatismo, a ausência de
perspectivas, pois ele antecipa, ele prevê. (Sobrinho)
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U NIDADE 22
Continuaremos com o assunto:
O Plano de sala de aula é aquele que o professor precisa elaborar para desimcumbir-se de
seu trabalho cotidiano, faz parte de um conjunto - o processo de Planejamento da escola.
Em uma escola que vive o processo de planejamento, havendo planos globais – de médio e
de curtos prazos – que se referem a toda instituição, e planos de cada um dos setores, isto é,
de cada uma de suas partes como, por exemplo, da direção, da orientação educacional, da
coordenação pedagógica.
São também setores da escola cada uma das turmas de alunos. Cada uma delas deve ter
um plano profundamente conectado com o plano global da escola, porque dele retira as
ideias básicas de sua filosofia.
Nesse sentido, cada plano de sala de aula é parte do esforço geral que a escola empreende.
Aquilo que a escola, como instituição social, quer alcançar e que está expresso em seu
marco referencial, guiará o trabalho de cada professor e de cada turma de alunos.
Se assim não for é bem provável que cada professor e cada grupo de alunos, mesmo
tentando fazer o máximo, trabalham segundo seu senso comum pessoal e, até segundo o
humor de cada momento. A escola não terá, nesse caso, uma identidade ideal e clara, que é
uma condição básica para que se estabeleça um processo de ajuda eficaz ao educar-se das
pessoas que dela participam, e para que se estabeleça uma presença social construtora.
A escola deve ter um plano que se comporá da forma indicada no modelo a seguir:
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Os livros que tratam de planos de sala de aula falam em objetivos gerais que, quase sempre
estão se referindo à realidade global desejada (marco ou projeto político) e à realidade
educacional e escolar desejada (marco ou projeto pedagógico).
Por isso estabelecem a confusão: como não pensam em um plano global de escola do tipo
apresentado pelo modelo acima, sugerem que cada professor defina estes tais objetivos
gerais, o que, se fosse viável, traria direções divergentes ao esforço global de educação
daquela escola.
O que falta nas colocações dos livros é clareza sobre a distinção entre projeto político
pedagógico da escola, marco operativo da disciplina ou área de estudo e objetivos da prática
diária; falta também clareza que esses elementos têm entre si. Assim falando em grandes
objetivos, em cultura, em realidade, em história e, na página seguinte prendem-se aos
conteúdos preestabelecidos, chegando a exemplificar assim: identificar as regras
gramaticais.
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O plano de sala de aula organiza-se com os elementos do modelo a seguir.
Referencial Natureza da
do Plano da Disciplina,
Escola Área, Ciclo,
Série
Marco
Operativo
Diagnóstico
Necessidades
Programação
Objetivos
Estratégias
Normas
Atividades
permanentes
Frente a este esquema fica claro que cada disciplina, área de estudo, ciclos, série, conjunto
de séries, cursos ou habilitação não precisam dar conta de todo horizonte que a escola
vislumbra, mas deve nele inserir-se como parte de uma caravana que tem um rumo e uma
história a construir. Por isso, a indicação no quadro do “Referencial do plano da escola” e da
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“Natureza da disciplina etc., como fontes principais para a elaboração do marco operativo
das disciplinas, ciclos, etc.
Mais complexos são os planos que envolvem uma realidade maior, mais simples os que se
realizam para uma realidade menos abrangente. Para todos, porém, estarão presentes os
três momentos indicados acima. Planejar é de fato, definir o que queremos alcançar, verificar
a distância que estamos do ideal e, decidir o que vamos fazer para encurtar essa distância.
Planejar é:
Propor ações, modos de agir, regras e rotinas, para construir a casa de modo que ela
fique o mais próxima possível da realidade desejada expressa pela planta.
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Dica de leitura:
Sempre Em Frente
Roberto Shinyashiki
Editora Gente
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U NIDADE 23
OBJETIVO: Conhecer as reais metas de um processo de planejamento para buscar
afinidade com as propostas aqui apresentadas.
Marco Referencial
Um grupo que planeja, tem que definir e expressar sua identidade, respondendo as
seguintes questões:
O que é a instituição?
Os enfoques que esta busca de identidade deve levar em consideração são os aspectos
sociológicos, filosóficos, psicológicos e pedagógicos. O marco referencial é o norte que vai
indicar as várias direções e está dividido em: Marco Situacional; Marco Doutrinal e Marco
Operativo como verão a seguir.
Marco Situacional
O Marco situacional procura descrever e julgar o mundo nos aspectos sociais, econômico,
político, cultural, religioso, educacional. Os pontos que terão mais destaque serão os que o
grupo julgar que merecem. De qualquer maneira, para um plano educacional, são de suma
importância a compreensão e descrição socioeconômica, político-cultural no seu contexto
atual, porque é neste todo que está situada a Educação. A pergunta chave a ser respondida
será: como está o mundo em que estamos inseridos? Vale salientar que, a situação descrita
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será valorizada de acordo com o posicionamento do grupo que vai tomando fôlego em seu
embasamento.
Marco Doutrinal
Neste momento o grupo expressará seus ideais. Os mesmos podem variar amplamente,
conforme a realidade planejada. O importante neste marco é a presença da teoria, ou seja,
os fundamentos teóricos que irão dar total embasamento ao planejamento, e também,
porque a teoria adotada para a ação se constitui em doutrina.
A doutrina (ideal) deve ser enunciada a respeito do homem e da sociedade, pelo menos
quando se trata de planejamento no campo social. Basicamente, é preciso ter clareza sobre
o que se pretende com o esforço que se faz. Por isso, a descrição de uma sociedade ideal e
de um homem ideal, não existente, é fundamental, porque, a partir daí, todo o esforço terá
uma direção clara.
Marco Operativo
Designar um marco operativo num plano educacional significa propor (escolher ou compor)
um tipo de educação, traçar linhas gerais de organização da escola (governo,
participação...). Definir enfoques ou prioridades que serão sublinhados no período do plano,
tudo em coerência com o marco doutrinal e para realizar os ideais nele traçados. Trata-se de
um posicionamento pedagógico que inclua a descrição do tipo de educação que se supõe
adequada e coerente com os ideais de homem e de sociedade, descritos no marco doutrinal.
Diagnóstico
O diagnóstico é a parte do plano que profere um juízo sobre a instituição planejada em todos
ou em alguns aspectos tratados no marco operativo (que descreveu o modo ideal de ser, de
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se organizar, de agir da instituição), juízo este realizado com critérios retirados do próprio
marco operativo e, sobretudo, do marco doutrinal. É também matéria do diagnóstico o juízo
circunstanciado que esclareça até que ponto a instituição está contribuindo para que
aconteça aquela sociedade e aquele homem que foram apresentados como ponto de
chegada de todo o esforço, no marco doutrinal. Assim, o diagnóstico é o resultado da
comparação entre o que se traçou como ponto de chegada (marco referencial) e a descrição
da realidade da instituição como ela se apresenta.
Pesquisa
Tem a função de conseguir os dados com os quais se possa fazer uma descrição da
realidade. Os passos da pesquisa são:
Definição da pesquisa;
Elaboração de instrumentos;
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Tabulação dos dados;
Esta etapa compõe-se de três tarefas: estabelecer os temas /áreas que se vai pesquisar;
definir o objetivo da pesquisa em cada uma das áreas e determinar os indicadores para cada
uma delas.
Os gráficos a seguir mostram um exemplo do resultado a que chegou uma escola no seu
trabalho de definição de pesquisa:
Gráficos da Tabela 1
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Os dados aqui apresentados demonstram que 55% dos alunos pesquisados gostam de
estudar na escola Adão Pereira Nunes; contra cerca dos 43% dos alunos que afirmaram não
apreciar o estudo naquela escola; cerca dos 1,6% se abstiveram desta resposta. Apesar de a
maioria afirmar que gosta de estudar na escola, pode-se destacar que o índice dos
insatisfeitos também é alto. Os motivos tanto da satisfação quando da insatisfação se
mostraram no percurso desta pesquisa (TABELA 1).
Gráfico da Tabela 2
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Quanto às aulas dos professores, mais do que o triplo dos alunos pesquisados afirmaram
gostar das aulas de seus professores; cerca dos 73% gostam das aulas de seus professores,
contra cerca dos 19,4% de alunos insatisfeitos; mais do que o triplo destes alunos
insatisfeitos pesquisados afirmou gostar das aulas aplicadas pelos professores da escola,
sendo que 6.6% omitiram sua opinião (TABELA 2).
Observe algumas mudanças ocorridas após a pesquisa e efetivamente após algumas ações:
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Gráfico da Tabela 3
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Observação: após pesquisa e ações efetivas como treinamento, simpósios e participação em
congressos ocorreram mudanças e desapareceu o item classificado como “ruim e péssimo”.
Gráfico da Tabela 4
Identificou-se que parte da insatisfação dos alunos com a escola também está relacionada à
carência, por eles apontada, de materiais esportivos (bolas de futebol, redes), à preocupação
com descuido dos locais das atividades esportivas (campo de futebol). Os índices mostraram
que 53,30% dos alunos estão insatisfeitos com os locais onde estão sendo realizadas as
práticas esportivas, já 37,20% estão insatisfeitos com as condições do local e com as
modalidades esportivas. Além disso, 9,20% disseram que faltam materiais esportivos, nas
aulas. (TABELA 4).
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Após a pesquisa e efetivas ações:
Tabela 4
Estes são alguns exemplos de mudanças eficazes alcançadas, após estabelecidas as três
tarefas: estabelecer os temas /áreas que se vai pesquisar; definir o objetivo da pesquisa em
cada uma das áreas e determinar os indicadores para cada uma delas.
“Tudo o que você deseja está lá esperando por você. Tudo que você deseja
também o deseja. Mas você tem de entrar em ação para conseguir.” Jack
Canfield
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U NIDADE 24
Objetivos: Conhecer os procedimentos e os roteiros para se elaborar instrumentos eficientes
e eficazes que venham a sustentar o processo de planejamento.
Elaboração de Instrumentos
Todo instrumento deve ser apresentado a quem conhece bem o tema de que ele trata,
ou seja, para que haja uma validação teórica do mesmo;
Todo instrumento deve ser aplicado a uma amostra da população alvo, a fim de
verificar se as perguntas estão sendo compreendidas do mesmo jeito por todos que
irão responder, isto é, deve ser feito um pré-teste.
Direcionar os instrumentos àquelas pessoas que conhecem a realidade que se quer abordar,
ou seja, definir com objetividade, quem será o público alvo dessa pesquisa e aplicá-los de
forma coerente, explicitando a todos a sua real importância.
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Tabulação dos dados
Consiste na leitura neutra dos resultados, sem emissão de julgamento próprio, fazendo
assim uma descrição da realidade pesquisada.
O Juízo
Definição de Pesquisa
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Programação e Execução
Objetivos
Os objetivos são propostas de ações concretas que devem ser executadas em um tempo
específico e servem para aproximar a realidade atual da ideal ou preparar condições a fim de
que essa aproximação possa acontecer. Os critérios básicos na fixação dos objetivos são:
sua necessidade e sua execução no tempo de duração do plano, assim como as
circunstâncias existentes e recursos disponíveis.
Políticas e Estratégias
As estratégias dão sentido às políticas. São definidas a partir de cada uma delas adotadas.
As mesmas são modos concretos de realizar, naquela realidade, o princípio expresso pela
política. O número de estratégias pode ser variado para cada política: o que definirá isso
será o encontro do marco operativo e do diagnóstico.
Se há algumas décadas a escola se questionava apenas sobre seus métodos, hoje ela se
questionava sobre seus fins. Até muito recentemente a questão da escola limitava-se a uma
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escolha entre ser tradicional e ser moderna. Essa tipologia não desapareceu, mas não
responde a todas as questões atuais da escola. Muito menos à questão do seu projeto. A
crise paradigmática também atinge a escola e ela se pergunta sobre si mesma, sobre seu
papel como instituição numa sociedade pós-moderna e pós-industrial caracterizada pela
globalização da economia e das comunicações, pelo pluralismo político, pela autonomia
contra toda forma de uniformização e o desejo de afirmação da singularidade de cada região,
de cada língua etc. A multiculturalidade é a marca mais significativa do nosso tempo.
Autor desconhecido
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U NIDADE 25
Objetivo: Conhecer os propósitos e a construção de um projeto político pedagógico e a sua
finalidade.
Frequentemente se confunde projeto com plano. Certamente o plano diretor da escola como
conjunto de objetivos, metas e procedimentos – faz parte do seu projeto, mas não é todo o
seu projeto. Isso não significa que objetivos metas e procedimentos não sejam necessários.
Mas eles são insuficientes, pois, em geral, o plano fica no campo do instituído, ou melhor, no
cumprimento mais eficaz do instituído, como defende hoje todo esse discurso oficial em torno
da qualidade e em particular da “qualidade total”. Um projeto necessita sempre rever o
instituído para, a partir dele, instituir outra coisa.
Instituir-se. Um projeto político pedagógico o instituído da escola que é a sua história, que é o
conjunto dos seus currículos, dos seus métodos, o conjunto dos seus atores internos e
externos e o seu modo de vida. Um projeto sempre confronta esse instituído com o
instituinte. Por exemplo, hoje a escola pública burocrática se confronta com as novas
exigências da cidadania e busca de nova identidade de cada escola, pautas de uma
sociedade cada vez mais pluralista.
Não se constroi um projeto sem uma direção política, sem um rumo. Por isso todo projeto
pedagógico é também político. O projeto pedagógico é sempre um processo inconcluso, uma
etapa em direção a uma finalidade que permanece como horizonte da escola.
Não se entende, portanto, uma escola sem autonomia para estabelecer o seu projeto e
autonomia para executá-lo e avaliá-lo A autonomia e a gestão democrática da escola fazem
parte da própria natureza do ato pedagógico. A gestão democrática da escola é, portanto
uma exigência de seu projeto político pedagógico.
Primeiro a escola deve formar para a cidadania e, para isso, ela deve dar o exemplo.
A gestão democrática da escola é um passo importante no aprendizado da
democracia. A escola não tem um fim em si mesma. Ela está a serviço da
comunidade.
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Segundo porque a gestão democrática pode melhorar o que é específico da escola,
isto é, o seu ensino. A participação na gestão da escola proporcionará um melhor
conhecimento do funcionamento da escola e de todos os seus atores. Proporcionará
um contato permanente entre professores e alunos, o que leva ao conhecimento
mútuo e, em consequência, aproximará também as necessidades dos alunos dos
conteúdos ensinados pelos professores.
O aluno aprende apenas quando ele se torna sujeito da sua própria aprendizagem. E para
ele tornar-se sujeito da sua aprendizagem ele precisa participar das decisões que dizem
respeito ao projeto da escola que faz parte também do projeto de sua vida.
Passamos muito tempo da escola, para sermos meros clientes dela. Não há educação e
aprendizagem sem sujeito da educação e da aprendizagem. A participação pertence à
própria natureza do ato pedagógico.
A gestão democrática deve estar impregnada por certa atmosfera que se respira na escola,
na circulação das informações, na divisão do trabalho, no estabelecimento do calendário
escolar, na distribuição das aulas, no processo de elaboração ou de criação de novos cursos
ou de novas disciplinas, na formação de grupos de trabalho, na capacitação dos recursos
humanos, etc.
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“Todo projeto supõe ruptura com o presente e promessas para o futuro. Projetar
significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um
período de instabilidade e buscar uma estabilidade em função de promessa que
cada projeto contém de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo
pode ser tomado como promessa frente determinadas rupturas. As promessas
tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e
autores.”
Gadotti
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U NIDADE 26
Objetivo: Apropriar-se das informações e conhecer o processo de construção do PPP.
Celso Vasconcelos cita uma comparação muito interessante feita por Wright Mills onde ele
compara a situação dos educadores à de remadores no porão de uma galera. Todos estão
suados de tanto remar e se congratulam uns com os outros pela velocidade que conseguem
imprimir ao barco. Há apenas um problema: ninguém sabe para onde o barco está indo e,
muitas evitam a pergunta alegando que este problema está fora da alçada de sua
competência.
O projeto político pedagógico da escola pode ser entendido como um processo de mudança
e definição de um rumo, que estabelece princípios, diretrizes e propostas de ação para
melhor organizar, sistematizar e significar as atividades desenvolvidas pela escola como um
todo. Sua dimensão política pedagógica pressupõe uma construção participativa que envolve
ativamente os diversos segmentos escolares e a própria comunidade onde a escola se
insere.
Para que o projeto seja impregnado por uma intencionalidade significadora, é necessário que
as partes envolvidas na prática educativa de uma escola estejam profundamente integradas
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na constituição e que haja vivencia dessa intencionalidade. A comunidade escolar então tem
que estar envolvida na construção e explicitação dessa mesma intencionalidade.
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escola, no sentido desta estar inserida em um contexto social e que procure atender às
exigências não só dos alunos, mas de toda a sociedade. Ainda coloca, nos artigos 13 e 14,
como tarefa de professores, supervisores e orientadores a responsabilidade de participar da
elaboração desse projeto. A construção do projeto político pedagógico numa perspectiva
emancipatória se constitui num processo de vivência democrática à medida que todos os
segmentos que compõem a comunidade escolar e acadêmica dele devam participar,
comprometidos com a integridade do seu planejamento, de modo que todos assumem o
compromisso com a totalidade do trabalho educativo.
Estratégia de Planejamento
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Outras dificuldades se colocam como entraves para que esse projeto, mesmo quando bem
formulado, possa cumprir as finalidades tão essenciais à concretização da concepção de
educação que expressa. Uma dessas dificuldades é a visão burocrática de planejamento,
bastante presente entre os educadores. Outra dificuldade esta relacionada à articulação do
projeto com o planejamento da ação em sala de aula.
(Richard Dreyfuss)
Conceitos:
Mudança organizacional
Trabalho em equipe
Liderança
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U NIDADE 27
Objetivo: Conhecer o significado, as estratégias bem como as consequências na estratégia
de elaboração do PPP.
Para que possamos partir para a elaboração do projeto político pedagógico é necessário
mobilizar a comunidade escolar, discutir o seu significado e as consequências do projeto
para a transformação da escola, o que passa pro refletir a prática pedagógica escolar e
redefinir uma direção, pensar propostas concretas para atingir a intencionalidade da escola,
com a qual o grupo de se compromete. É preciso planejar e definir estratégias para a
elaboração de um projeto político pedagógico.
A partir da reflexão sobre estes elementos pode-se discutir a relação que eles têm no tempo
histórico, no sentido de perceber mudanças ocorridas na forma de vida das pessoas e da
comunidade. Analisar o que tem de comum e tentar fazer relação com outros espaços, com a
sociedade como um todo. Discutir como se vê a sociedade brasileira, quais são os valores
que estão presentes, como estes são manifestados, se as pessoas estão satisfeitas com
esta sociedade e o seu modo de organização.
Para delimitar o marco doutrinal do projeto político pedagógico propõe-se discutir: que tipo de
sociedade nós queremos construir, com que valores, o que significa ser sujeito nesta
sociedade, como a escola pode colaborar com a formação deste sujeito durante a sua vida.
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O documento produzido sobre o marco referencial deve ser lido por todos. Com base neste
documento deve-se elaborar um roteiro de discussão para comparar todos os elementos que
aparecem no documento com a prática social vivida, ou seja, discutir como de fato se dá a
relação entre escola e a comunidade, como ela trabalha com o s conhecimentos que os
alunos trazem da sua prática social, como os conteúdos são escolhidos, como os
professores planejam o seu trabalho pedagógico da escola, como e quando se avalia o
trabalho na sala de aula e o trabalho pedagógico da escola, quem participa desta avaliação,
como a escola tem definido a sua opção teórica no trabalho pedagógico, como se dão as
relações e a participação de alunos, professores, coordenadores, diretores, pais, funcionários
e comunidade na organização do trabalho pedagógico escolar.
Estes dados precisam ser sistematizados e discutidos por todos da equipe que elabora o
projeto. Com a finalização do diagnóstico da escola e de sua relação com a comunidade
pode-se definir um plano de ação e as grandes estratégias que devem ser perseguidas para
atingir a intencionalidade assumida no marco referencial.
Este é o momento em que se procura pensar estratégias, linhas de ação, normas, ações
concretas permanentes e temporárias para responder às necessidades apontadas a partir do
diagnóstico tendo por referência sempre à intencionalidade assumida. Assim, cada problema
constatado, cada necessidade apontada é preciso definir uma proposta de ação.
Esta proposta de ação pode ser pensada a partir de grandes metas. Para cada meta pode-se
definir ações permanentes, ações de curto, médio e longo prazo, normas e estratégias para
atingir a meta definida. Além disso, é preciso justificar cada meta, traçar seus objetivos, sua
metodologia, os recursos necessários, os responsáveis pela execução, o cronograma e
como será feita a avaliação.
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Com base nesses três momentos que devem estar dialeticamente articulados elabora-se o
projeto político pedagógico, o qual precisa também de forma coletiva ser executado, avaliado
e (re) planejado.
Filme:
Conceitos:
Ética
Gestão ambiental
Globalização
Inovação tecnológica.
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U NIDADE 28
Objetivo: Apropriar-se através das informações, sobre os tipos de planejamento bem como a
sua funcionalidade no contexto escolar.
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O planejamento curricular é que dá a espinha dorsal da escola, desde as séries iniciais até
as finais. A proposta curricular pode ter referência os seguintes elementos:
Desafios Pedagógicos,
Encaminhamento Metodológico,
Muitas vezes, as propostas curriculares são feitas em nível de sistema de educação estadual
ou rede municipal, dando origem aos chamados “Guia curriculares”.
O planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades
didáticas em termos da sua organização e coordenação em face dos objetivos propostos,
quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino. É um processo de
organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a
problemática do contexto social.
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O planejamento anual da escola consiste em elaborar a estratégia de ação para o prazo de
um ano (um pouco mais ou um pouco menos, conforme a realidade especifica de cada
escola). É o momento de tomar decisões sobre o que, para que, como e com que e tomar
decisões sobre o que se vai fazer/ trabalhar na escola durante este período, levando em
contas as linhas tiradas no plano global.
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U NIDADE 29
Objetivo: Conhecer e identificar de forma clara e precisa a elaboração de uma planejamento
de aulas, bem como apropriar-se de sua real objetividade.
Planejamento de Aulas
Plano é um documento que registra o que se pensa fazer; como fazer; quando fazer; com
que fazer e com quem fazer. Para que exista o Plano é necessário que um grupo tenha antes
se reunido e, com base nos dados e informações disponíveis, tenha definido os objetivos a
serem alcançados, tenha confrontado os objetivos com os recursos humanos e financeiros
disponíveis, tenha definido o período de realização das ações. O plano evita o improviso, o
imediatismo, a ausência de perspectivas, pois ele antecipa, ele prevê o que poderá
acontecer.
O plano curricular define e expressa a filosofia da ação da escola, seus objetivos e toda
dinâmica escolar, os quais se fundamentam, naturalmente, na filosofia da educação,
expressa nos planos nacionais e estaduais. É o ponto de partida para que seja planejada de
maneira sistemática e global, toda ação escolar.
Plano de curso é o planejamento geral para o ano ou semestre. É feito no inicio do ano
junto com o plano anual da escola.
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importantes, assim como a seleção dos melhores procedimentos e técnicas de ensino, como
também dos recursos humanos e materiais usados para um melhor ensino e aprendizagem.
Plano de ensino é a previsão dos objetivos e tarefas do trabalho docente para um ano ou
semestre: é um documento mais elaborado dividido por unidades sequenciais, no qual
aparecem objetivos específicos, conteúdos e desenvolvimento metodológico.
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Competências: Tem que ter verbos da compreensão e da aplicação.
Ação didática - Separada por momentos, descreve de maneira breve o que se vai
trabalhar na sala de aula. EX:
Primeiro momento, segundo momento, terceiro momento.
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U NIDADE 30
Objetivo: Conhecer as práticas que promovem, os paradigmas que impedem a educação de
romper com modelos tradicionais e, criar um sistema que favoreça a realização pessoal e
social de um povo.
“Se nossa sociedade e nossa escola não tivessem que responder à demanda dos
pobres, desses ’trabalhadores sem trabalho’, desses ’estudantes sem estudo’, desses
lavradores sem terra, desses que, com dificuldade, entram na emergência dos
’hospitais sem a esperança da saúde’, bastariam remendos leves na política
econômica, social e educacional. Mas pobres e miseráveis penetram na cidade, na
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escola, e sacodem o presente e nos fazem olhar o futuro, num exercício ousado de
institui o novo ou abdicar da democracia, da convivência, da própria humanidade”.
(Célia Linhares)
Pensar em uma política de inclusão no espaço escolar implica compreender a exclusão que
a escola produz e como esta se insere num projeto de sociedade. Os excluídos da sociedade
são sempre os mesmos excluídos historicamente no Brasil.
Então temos que nos interrogar sobre como podemos enfrentar esta realidade na área
educacional. O primeiro passo é a própria conscientização dos educadores que parecem
presos a modelos obsoletos e desconectados da realidade atual. É preciso nos investigar
sobre o nosso próprio espanto ao nos depararmos com um portador de necessidades
educativas especiais trabalhando como empacotador em uma rede de supermercados. É
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preciso perceber o sentimento de “pena” que nos ronda quando observamos um senhor de
idade “avançada” trabalhando como frentista em um posto de gasolina onde, ele não seja o
proprietário. É momento de nos perguntar como agentes de transformação social, via
educação, por que tentamos afastar aquele amigo de nosso filho somente por ele apresentar
um comportamento “efeminado”.
Temos que investigar em nós e nas escolas como se manifesta a exclusão que se dá na
globalidade da sociedade, a qual vai se espalhando por todos os espaços sociais,
provocando contraditoriamente conformismos e resistências, resultados de movimentos
sociais organizados e inconformados com a ação discriminadora e excludente que mantém o
status quo.
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Ao Planejarmos a Inclusão temos que primeiro reeducar os agentes responsáveis por esta
mudança. Conscientizar a comunidade próxima à escola da importância das mudanças para
todos os envolvidos.
É no dia a dia da sala de aula, da entrada e da saída da escola, na hora do recreio, nos
momentos dos conselhos de classe, das reuniões de pais e mães, nas festas e relações intra
e extra-escolares que vão se materializando sutilmente por vezes, acintosamente outras
vezes, o perverso processo de inclusão de uns e exclusão de outros. É ali que uns aprendem
ser capazes e terem todos os direitos e, outros aprendem a sua incapacidade internalizando
a responsabilidade por seu próprio fracasso. Dentro do universo escolar planejado por nós
educadores, que uns são preparados para serem vencedores, conhecedores da ética, de
seus próprios valores, da cidadania e construtores de seu próprio destino. Enquanto outros
aprendem sobre a sua incapacidade, internalizando sua responsabilidade de fracassado ou
culpando alguém por este dilema e, muitas vezes revoltando-se, perdem seus próprios
valores, negam aos padrões de ética e descumprem a regras sociais.
Assim o planejamento das ações de inclusão nas escolas é um projeto político pedagógico
de democratização e ampliação de horizontes para todos independente de etnia, credo, cor,
origem, sexualidade, comprometendo-se com a transformação político-social e não somente
com as ações das ciências acadêmicas.
Bons Estudos!
Antes de dar início à sua Prova Online é fundamental que você acesse sua SALA
DE AULA e faça a Atividade 3 no “link” ATIVIDADES.
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G LOSSÁRIO
Caso haja dúvidas sobre algum termo ou sigla utilizada, consulte o link Glossário em sua
sala de aula, no site da ESAB.
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B IBLIOGRAFIA
Caso haja dúvidas sobre algum termo ou sigla utilizada, consulte o link Bibliografia em sua
sala de aula, no site da ESAB.
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