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Jackeline Ferreira Alencar

Ser Biopsicossocial

◼ O homem é um ser dinâmico,


instituído por uma esfera
biológica que lhe garante o
funcionamento vital; funções e
estruturas psíquicas e
constante interação com o
meio social através de
relações.
◼ Sendo assim a condição de
saúde não compreende apenas
ausência de doença e sim
bem-estar biopsicossocial do
ser humano.
DOENÇA CRÔNICA

◼ avanço tecnológico, o desenvolvimento


das medicações e dos recursos de
tratamento provocaram o aumento do
número de casos de doença crônica
(Tetelbom, Falceto, Gazal, Shansis,
Wolf, 1993).
◼ As novas possibilidades garantem ao
indivíduo doente maiores chances de
sobreviver, além de melhorar a
qualidade de vida.
◼ A doença crônica é caracterizada por
sua longa duração e por ser incurável
(Lorga Jr., Limp, Silveira, Camargo Jr.,
1982; Santos e Sebastiani, 2001).
DOENÇA CRÔNICA
◼ As doenças crônicas podem ter:
- Caráter hereditário,
- Congênitas ou
- Adquiridas.
◼ O portador necessita aderir ao
tratamento e fazê-lo até o fim da
vida.
◼ A doença significa a perda da
homeostase, levando o indivíduo a
buscar um novo equilíbrio.
Família
◼ A família é o primeiro grupo ao
qual o homem está inserido,
ou seja, é a rede inicial de
relações de um indivíduo.
◼ Funciona como uma matriz de
identidade, dando a
possibilidade de pertença a
um grupo específico e
também de ser separado e ter
participação em subsistemas
e grupos sociais externos.
Família

◼ A noção de saúde da
família depende dos
recursos de cada membro e
da família como unidade,
para superação de crises e
conflitos, evidenciando a
busca por normalizar o seu
funcionamento através do
cuidado e do estar-com o
outro (Gomes,1999).
Família

◼ Segundo Contim (2001), a família é


considerada uma unidade primária
de cuidado, pois ela é o espaço
social onde seus membros
interagem, trocam informações,
apóiam-se mutuamente, buscam e
mediam esforços, para amenizar e
solucionar problemas. A família
deve ser entendida como um grupo
dinâmico, variando de acordo com
a cultura e o momento histórico,
econômico, cultural e social que
está vivenciando (p. 5).
Doença e Família

◼ Ao enxergar a família como


unidade de cuidados,
podemos propor que sua
estrutura seja de extrema
ajuda ao paciente doente. A
interação entre os membros
visa garantir a continuidade
do sistema ligado
afetivamente, amenizando o
sofrimento causado pelo
adoecer. A tendência é a
busca de um equilíbrio para
adaptar o sistema.
Doença e Família

◼ O adoecimento gera crises e


momentos de desestruturação
para o paciente e também sua
família pois é o primeiro grupo
de relações em que o indivíduo
está inserido.
◼ Na maioria das vezes são os
familiares as pessoas mais
próximas das vivências do
paciente.
Mudanças na Rotina
do paciente

◼ Muitas mudanças ocorrem na vida do


doente, levando-o a se deparar com
limitações, frustrações e perdas.
◼ Essas mudanças serão definidas
pelo tipo de doença, maneira que se
manifesta e como segue o seu curso,
além do significado que o paciente e
família atribuem ao evento.
◼ As doenças crônicas, consideradas
incuráveis e permanentes, exigem
que o indivíduo ressignifique sua
existência, adaptando-se às
limitações e novas condições
geradas.
◼ É necessário estabelecer uma nova
relação com a vida.
DOENÇA CRÔNICA X
MUDANÇAS FAMILIARES

◼ A família necessita se reorganizar e


também se adaptar pois o paciente
pode precisar de cuidados.
◼ As limitações impostas pela doença
crônica afetam também a família que
precisa se adaptar às necessidades do
membro doente, para isso utilizando de
novos recursos de enfrentamento.
◼ Segundo Romano (1999), há uma
quebra do equilíbrio dinâmico familiar
diante do novo evento.
◼ As mudanças que ele acarretará e as
adaptações que essa família realizará
depende dos recursos que dispõe, de
como o evento (no caso a doença)
começou e o significado que atribui ao
acontecimento. O equilíbrio é buscado
através das novas adaptações.
DOENÇA CRÔNICA X
MUDANÇAS
FAMILIARES

◼ Os papéis e funções devem


ser repensados e
distribuídos de forma que
auxilie o paciente na
elaboração de sentimentos
confusos e dolorosos
ocasionados pelo processo
de adoecer.
◼ Hospitalização...
Reações da Família

◼ Santos e Sebastiani (2001),


relatam três tipos de
reações da família frente à
situação de crise
ocasionada pela doença e
pelas limitações causadas:
◼ Sistema mobiliza-se com o
intuito de resgate de seu
estado anterior
◼ Paralisação frente ao
impacto da crise.
◼ O sistema identifica
Um estudo da hipertensão arterial
no sistema familiar (Araújo, Maciel,
Maciel e Silva, 1998)

◼ As principais necessidades da famílias com


tais pacientes cronicamente afetados são:
- o alívio da ansiedade,
- a provisão de informações e apoio,
- a proximidade do paciente e
- um sentimento de solidariedade para com
eles.
◼ Foram notados alguns comportamentos que
caracterizaram alteração no sistema familiar
como :
- Incapacidade da família para adaptar-se às
mudanças ou para lidar construtivamente
com experiência traumática,
- rigidez nas funções e nos papéis,
- processo de decisão insatisfatório da família
e
- inabilidade para aceitar ou receber ajuda.
Tipologia Psicossocial
da doença
Rolland (1998)

◼ o início da doença pode ser


agudo,
◼ curso é constante
◼ A expectativa em relação à
doença
◼ O grau de incapacitação
que a doença gera
Fase de
desenvolvimento da
doença

◼ A fase inicial, que é a fase


de crise, inclui desde o
aparecimento de sintomas
indicando que algo não vai
bem, até o estabelecimento
de um plano de tratamento
e possíveis internações.
◼ A fase crônica é
imprevisível, pois pode
ocorrer de forma estável,
com progressões ou
mudanças súbitas. É a fase
que vai desde o diagnóstico
Guterman e Levcovitz (1998), realizaram
um estudo sobre o impacto da doença de
Alzheimer na família.

◼ Comprovaram que o sistema


emocional da família se abala,
frente à doença progressiva,
sofrendo muitas modificações e
privações para atender ao
membro doente.
◼ Os familiares se desgastam
com os cuidados e necessitam
de apoio para lidar com as
alterações definitivas da doença
e para decidir o momento ideal
de internação.
◼ Além disso a família se vê
diante de alterações bruscas de
comportamento do doente
provocadas pelas alterações
das funções intelectuais de
base, não reconhecendo a
Atendimento psicológico
aos Familiares

◼ Conscientizar a família da real


situação do doente e da
necessidade de tratamento e
hospitalização.
◼ Fazer esclarecimento e
clarificação da fala médica,
◼ A ponte de ligação entre o
hospital, a eqipe de
profissionais e a família.
◼ Apoio psicológico,
◼ Orientação,
◼ Incentivar os familiares a fazer
perguntas,

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