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Licenciatura em Direito
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Modalidades / espécies de sucessão
3.2. Objecto da sucessão. O herdeiro e o legatário (continuação)
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3) Direito de acrescer
O direito de acrescer é conferido por lei aos herdeiros (herdeiros legais: art.
2137.º, n.º 2; herdeiros testamentários: art. 2301.º, n.º 1).Os legatários,
sucedendo em bens certos e determinados, só gozam do direito de acrescer
se tiverem sido nomeados em relação ao mesmo objeto (art. 2302.º). 8
Modalidades / espécies de sucessão
3.2. Objecto da sucessão. O herdeiro e o legatário (continuação)
4) Aponibilidade de termo
De acordo com o art. 2243.º não é possível o testador (ou o doador mortis causa, nos
casos em que são admitidos os pactos sucessórios) instituir um herdeiro a termo,
quer suspensivo quer resolutivo. Mas, já poderá nomear um legatário a termo inicial
ou suspensivo (n.º 1 do art. 2243.º), que apenas suspende a execução da disposição,
não impedindo que o nomeado adquira direito ao legado.
6) Outros efeitos:
– 2096.º (só os herdeiros estão sujeitos às sanções por sonegação dos bens da herança);
– 2058.º, n.º 1 (só os herdeiros gozam do direito de aceitar ou repudiar heranças de sucessíveis chamados sem a
haver aceitado ou repudiado - transmissão do direito de aceitar);
– 71.º, n.º 2 (só os herdeiros têm legitimidade para requerer providências face aos direitos de personalidade de
pessoas falecidas);
– 2171.º (é primeiramente sobre os herdeiros que, face aos legatários, são reduzidas as liberalidades
testamentárias inoficiosas);
– 2080.º (o cargo de cabeça-de-casal é atribuído, na falta de cônjuge sobrevivo ou testamenteiro, aos herdeiros, só9
sendo atribuído aos legatários no caso de herança distribuída em legados, nos termos do art. 2081.º), etc.
Modalidades / espécies de sucessão
A vida digital depois da morte
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4. O fenómeno sucessório
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O fenómeno sucessório
Introdução
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O fenómeno sucessório
4.1. A morte como pressuposto da sucessão
B) A morte presumida
A morte como pressuposto da sucessão é a morte física ou natural e, em
princípio, a morte certa. Mas pode também ser a chamada morte presumida (arts.
114.º e ss.), que tem lugar quando uma pessoa está ausente sem notícias
durante um certo período de tempo.
Antes de ser declarada a morte presumida podem ocorrer dois períodos, sendo
diverso o estatuto jurídico do ausente: a curadoria provisória e a curadoria
definitiva.
Curadoria provisória (art. 89.º): quando haja necessidade de prover acerca da
administração dos bens de quem desapareceu sem que dele se saiba parte e
sem ter deixado representante legal ou procurador, deve o tribunal nomear-lhe
curador provisório.
Curadoria definitiva (arts. 99.º a 113.º do Código Civil): decorridos 2 anos sem se
saber do ausente, se este não tiver deixado representante legal nem procurador
bastante, ou 5 anos, no caso contrário, pode o Ministério Público ou algum dos
interessados requerer a justificação de ausência, onde se estabelecerá a
curadoria definitiva. 16
O fenómeno sucessório
4.1. A morte como pressuposto da sucessão
C) A comoriência
Isto é, para alguém ser chamado à sucessão tem que ainda existir no
momento da morte do autor da sucessão.
CASO PRÁTICO
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O fenómeno sucessório
4.2. A designação sucessória
Em último lugar, surge a sucessão legítima. Nos termos do art. 2131.º, ela só
existirá se o autor da sucessão não tiver disposto dos seus bens por
testamento ou pacto sucessório (nos casos admitidos por lei), ou se essa
disposição não for válida ou eficaz ou se apenas tiver disposto em parte.
Dentro da sucessão legítima, o art. 2133.º fixa a hierarquia de sucessíveis
legítimos, definindo as classes de sucessíveis. 24
O fenómeno sucessório
4.2. A designação sucessória
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O fenómeno sucessório
4.3. A abertura da sucessão
Depois, para o cálculo da legítima. Art. 2162.º, n.º 1: dispõe que se tenha em
conta o valor dos bens existentes no património do autor da sucessão à data
da sua morte, no momento da abertura da sucessão.