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TGD
10/02/11
Providenciar:
LIVRO DE DOUTRINA
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil. V.1. RJ: Forense
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Rafael Barreto Ramos
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11/02/11
Unidade I - Relação e Situações Jurídicas
1. A norma jurídica
2. Relação Jurídica
Utilidade.
Vínculo entre dois ou mais sujeitos, tendo em vista um objeto que produz
consequências jurídicas.
Elementos
a. Sujeito ativo
b. Sujeito passivo
c. Objeto
d. Vínculo
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Rafael Barreto Ramos
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A norma jurídica pode ser vista também como uma cadeia de autorizações.
Nós também temos competências para criar normas (Ex: contrato de locação), porém há
limitações (ex: crianças não podem criar normas).
I. Constituição
Lei Complementar: difere da lei ordinária em relação ao processo de aprovação, por ser mais
burocrático.
A norma tem sempre uma previsão abstrata de uma realidade. Exemplo: a norma de um
homícidio tem a previsão de que alguém cometerá um assassinato. Por isso, a norma sempre
apresenta um suporte fático. Exemplo: alguém tem que ser uma pessoa. esse alguém tem que
acabar com a vida de outra...
Às vezes a norma tem um suporte fático completo, outras vezes não, sendo necessária a
leitura de outras normas para que haja um conceito definido do suporte fático. Exemplo:
casamento do ponto de vista jurídico.
Elementos nucleares do suporte fáticos são aqueles que determinam a prórpia existência do
fato jurídico. Mudou o elemento nuclear, mudou o próprio fato. Exemplo: é necessário, para
que haja compra e venda, um comprador e um devedor. Já o suporte fático de um testamento
não exige duas pessoas. Já o suporte fático de uma compra e tem como núcleo o preço. Afeta
a existência.
Elementos complementares são aqueles que não afetam o fato, mas sim a sua validade.
Exemplo: Um fato de compra e venda em que o objeto em questão seja a maconha, que, por
ser ilícita, invalidaria o fato jurídico. Casamento entre duas pessoas do mesmo sexo. Afeta a
validade.
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Elementos integrativos são aqueles que regulam os efeitos de alguns fatos jurídicos. Exemplo:
Colocar uma condição para que um contrato se inicie. "Se eu for promovido, eu lhe vendo meu
apartamento". Significa que o contrato existe, é válido, porém os efeitos ficarão suspensos
enquanto as condições forem supridas. Afeta a eficácia
Quanto tratamos de ordenamentos jurídico, nos referimos não só a normas expressas, como
também à normas implícitas, normas extraídas da leitura de outras. Geralmente são princípios,
que podem vir explícitos como também implícitos.
Quando dois princípios conflitam, nenhum revoga o outro. Um afasta o outro no caso em
específico, porém, nos outros, sua validade permanece intacta. Exemplo: "na Alemanha, um
preso, nas vésperas de ser libertado, uma emissora de TV noticiou que passaria um
documentário sobre sua vida. O preso pediu para que este documentário não fosse exibido,
pois feriria sua dignidade. O prograva foi proibido e o preso conseguiu se ressocializar."
Este fato não quer dizer que o princípio de liberdade de expressão foi abolido na Alemanha,
porém neste caso, o direito de o preso se ressocializar prevaleceu.
Esta se baseou na "Corpus Iuris Civilis", principal fonte do direito romano, criada no século VI,
na decadência do império romano.
Concepção Personalista
Define que Sujeito ativo é aquele que tem direitos em uma relação jurídica.
Exemplo: uma pessoa que tem seu carro batido por outra é o sujeito passivo e a pessoa que
bate é o sujeito ativo.
Já num contrato de compra e venda de um carro, os sujeitos passivo e ativo variam de acordo
com a perspectiva, pois em relação ao carro, quem vai recebê-lo é sujeito ativo e, em relação
ao dinheiro, quem vai recebê-lo é que é o sujeito ativo.
A B
Triângulo
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* Comodato é um empréstimo em que a pessoa deve devolver o mesmo bem. Ex: pegar um
livro na biblioteca. Uma relação juridica simples.
18/02/11
Relação Jurídica de direito absoluto
Relação jurídica é o liame (elo) estabelecido entre pessoas, pessoa e coisa ou pessoa e
lugar.
Os direito considerados pelos personalistas como absolutos não têm sujeito passivo
indeterminado, mas são relações ente pessoa e objeto.
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Por meio de uma perspectiva mais moderna, o direito subjetivo é a situação jurídica
que concede a seu titular um poder de atuação para que este exija de outrem
determinado comportamento ou para que atue sobre certo objetivo. Há uma
pretensão que surge da violação de tal direito.
Dever Jurídico é o lado passo do Direito Subjetivo, pelo qual alguém deve
desempenhar certo comportamento.
Concepção Personalista
Relativos: É aquele que pode ser exercido contra um sujeito determinado. São
relativos a uma pessoa determinada. Só tem efeito entre partes. Exemplo: numa
relação jurídica que tem por objeto um crédito. Temos, por um lado, o devedor e por
outro o credor.
Exemplo: somos vinculados ao Obama/Bin Laden, etc. somente por possuirmos uma
propriedade e eles, como cidadãos, está no dever de respeitá-la.
Concepção Objetivista
Atribui-se como relação jurídica tudo aquilo que gera consequência jurídica.
Para a concepção objetivista o que importa é consequência jurídica que se atribui a uma
determinada conexão.
Se o ordenamento jurídico atribui consequências a uma conexão entre uma pessoa e um lugar,
então se define relação jurídica.
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Defende que não são necessários 2 sujeitos para que a relação jurídica seja definida.
Crise
No século XVII, XVIII, a relação jurídica definia relações de opressor/oprimido. Quem estava do
lado passivo, não tinha direitos.
A relação jurídica não exige necessariamente que o titular tenha um poder tirado sobre outra
pessoa.
__
Não se consegue explicar todas as situações jurídicas apenas com o conceito de relação
jurídica. Exemplos: apresentação de provas em relação a si mesmo.
A ideia de que os direitos podem ser representados por relações jurídicas é substituída pela
ideia de que o direito pode ser representado por situações jurídicas.
Além do mais, a ideia de situação jurídica pode ser relacionada à concepção personalista e
objetivista.
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24/02/11
a) Teoria da vontade: você atua através de sua vontade. Pretendia na época ( sec XIX)
afastar o poder do estado na esfera particular. Era uma forma de limitar o Estado, pois
este deveria respeitar a liberdade particular.
Embora tenha surgido para afastar o estado, acaba por privilegiar dentro do ordenamento
jurídico aquele que realmente pode realizar sua vontade, que é apenas uma parcela da
sociedade.
b) Teoria do interesse: diz que se explicamos o direito subjetivo sempre como direito da
vontade, como ficariam os direitos relacionados às crianças, deficientes mentais, etc.
os quais que não tem a sua “vontade” juridicamente reconhecida.
Exemplo: às vezes uma criança quer ficar com o pai, mas, nas devidas circunstâncias,
seria melhor a criança ficar com a mãe.
A crítica é que o fim não é suficiente para explicar o direito. O direito não
necessariamente deixa de ser direito caso o fim não seja alcançado.
Ponto em comum das duas teorias: As duas teorias tem um ponto muito importante, afirma
que da violação do direito subjetivo nasce a possibilidade do individuo de exigir o
cumprimento deste direito juridicamente. Pois, ao haver a violação deste direito, nasce a
pretensão. Acaba que o direito subjetivo sempre se volta a alguém para ser exercido. Exemplo:
ao comprar o bem, a pessoa tem o direito de receber este bem. Caso o vendedor não cumpra
com seu dever de entregar o bem, nasce então a pretensão, isto é, a possibilidade de o
comprador exigir juridicamente seu direito.
Direito potestativo é o poder de influir na esfera jurídica de outrem sem que este
possa fazer nada, senão se sujeitar.
Ao vender um imóvel locado, o vendedor deve oferecer primeiro ao locatário, caso isto não
ocorra, o locatário, ao depositar o valor do imóvel em cartório na conta do vendedor,
automaticamente compra o imóvel.
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6. Faculdade
7. Interesse Legítimo
Os direitos subjetivos podem conter interesses, todavia podemos ver interesses como
situações isoladas.
Difuso: afeta pessoas que não tenham relações jurídicas entre si.
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25/02/11
8. Poder
Expressão de uma competência ou atribuição conferida a uma pessoa, sem que exista
propriamente uma pretensão ou obrigação correlatadas, nem o exercício de uma
faculdade.
9. Ônus
Augusto Teixeira de Freitas: A consolidação das Leis Civis (1858) e o Esboço (1859-
1865)
Projetos posteriores
1969: Miguel Reale é nomeado para presidir uma nova comissão de elaboração do
Projeto
Tramitação no Congresso
A Constituição de 1988
Características
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Estrutura
8. Poder
Como se exerce em função de outrem não pode ser direito subjetivo ou potestativo porque o
beneficiário é outra pessoa e o poder é bastante limitado.
9. Ônus
O ônus é uma obrigação que, caso seja descumprida, somente o individuo será prejudicado. É
um ato que é colocado para se atingir um direito próprio.
A prova não é um direito. Não é um dever. Se eu não faço prova, somente sou prejudicado.
A situação de ter que fazer algo que complemente meu próprio interesse não é algo que tenha
uma correspondência com um dever de outro, direito de outro. Por isso que a situação jurídica
passa a ser tão importante, porque a situação jurídica pode ser vista individualmente, como
poder, ônus, etc.
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03/03/11
Unidade II – Dos Sujeitos das Situações Jurídicas
1. Personalidade
Atributo que permite que um ente seja sujeito em situações jurídicas; titularize direitos
e deveres.
Pessoa
Natural ou física
Jurídica
As incertezas do art. 2º
a) Teoria Natalista
b) Teoria Concepcionista
1. Personalidade
Somente as pessoas, em princípio, podem fazer parte das situações jurídicas. O ordenamento
jurídico hoje inclui também as pessoas jurídicas (fundações, sociedades, etc.). Se não for
Quem é pessoa pode participar de um número indiscriminado de situações jurídicas. Por isso
dizemos que é uma aptidão genérica.
Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo,
desde a concepção, os direitos do nascituro.
Nascituro, pelo ordenamento jurídico brasileiro, é o ser humano que já foi concebido, porém
que está em desenvolvimento no útero materno.
Embrião são seres humanos concebidos que não estão em desenvolvimento. Fala-se de
embrião congelado e não de nascituro congelado.
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Problemática:
Como um nascituro pode ter direitos? Para ter direitos, deve ser pessoa. Então, o nascituro é
pessoa?
Em razão desta dúvida, alguns acreditam que o próprio código civil, em outras passagens,
demonstra que o nascituro teria direitos. Por isso, o início do direito no Brasil não é ao
nascimento.
Existem 3 pessoas:
Caso 1: Um bebê nasce, respira. Neste meio tempo, o pai morre no trajeto ao hospital. O bebê,
estando vivo, herda 50% dos bens do pai e a mãe herda os outros 50. Depois de alguns
momentos, o bebê falece. Então, a mãe herda os outros 50%, ficando assim, com 100% dos
bens do pai.
Caso 2: Nasce um natimorto. Logo após, o pai morre no trajeto ao hospital. Como não há
descendentes, os bens do pai são divididos entre o cônjuge e seus pais, ou seja, a mãe fica com
apenas 1/3 dos bens do pai da criança.
Morte real: É aquela que pode ser diagnosticada através da análise do próprio corpo.
Código Civil
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Art. 6º: A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos
ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
Morte presumida: É aquela onde há fortes indícios de que a pessoa morreu na ausência do
corpo. Deve-se haver todo um estudo de comprovação da suposta morte da pessoa. É sempre
decretada judicialmente. O indício da morte é o tempo de desaparecimento da mesma.
Exemplo: desmoronamentos, eventos naturais, acidentes, etc.
Código Civil
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois
anos após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser
requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data
provável do falecimento.
Lei 6015
Art. 88. Poderão os Juízes togados admitir justificação para o assento de óbito de pessoas
desaparecidas em naufrágio, inundação, incêndio, terremoto ou qualquer outra catástrofe,
quando estiver provada a sua presença no local do desastre e não for possível encontrar-se o
cadáver para exame. (Renumerado do art. 89 pela Lei nº 6.216, de 1975).
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04/03/11
2. Capacidade
Aptidão específica;
Diferença de personalidade.
Emancipação
a) Voluntária
b) Judicial
c) Legal
Para as pessoas naturais, este conceito de capacidade em direito é um pouco inútil, mas para
as pessoas jurídicas não. As pessoas jurídicas têm uma aptidão genérica.
Tem alguns entes que não são considerados como pessoas, mas o direito dá uma capacidade
muito específica de participação. Exemplo: O condomínio pode figurar como se fosse uma
pessoa em alguns casos específicos. Porém esta aptidão é limitada, por isso ele não é
considerado como pessoa. Alguns possuem até mesmo CNPJ, porém só podem usá-lo em
alguns casos específicos.
Capacidade de exercício:
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Absolutamente incapazes:
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. Exemplo: pessoa
que sofreu acidente e quebrou maxilar, pernas e braços.
Relativamente Capazes:
IV - os pródigos.**
Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial. (os índios são
tutelados pela FUNAE)
** Pródigos: Aquele que gasta sem fim. Não tem ideia do valor da ideia. É capaz de realizar os
atos jurídicos mais estranhos com o dinheiro. Exemplo: entrar num bar e pagar pra todo
mundo, trocar um livro num carro, etc. Não podem doar, renunciar direitos (herança, por ex.),
perdoar dívida. Atos de mera administração patrimonial são permitidos.
Todo incapaz que tenha menos de 18 anos é representado pelo tutor. Já os maiores de 18
anos que são absoluta ou relativamente incapazes têm como representante o curador.
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A tutela só existe na ausência do poder familiar, ausência dos pais, isto é, o pai não pode ser
um tutor.
Plenamente Capazes:
Maiores de 18 anos.
Uma pessoa plenamente capaz não pode fazer tudo. Exemplo: para se concorrer à presidência
da república é necessário ter, pelo menos, 35 anos.
Uma vez emancipado, não volta mais, salvo em casos onde há irregularidade no ato da
emancipação.
O tutor deve passar pela emancipação judicial. Não pode haver a emancipação voluntária.
Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os
pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil.
Art. 1.520. Excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil
(art. 1517), para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal (revogado no código penal) ou em
caso de gravidez.
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Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à
prática de todos os atos da vida civil.
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público,
independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o
menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
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10/03/11
2. Capacidade (continuação)
Emancipação
a) Voluntária
b) Judicial
c) Legal
Representação Legal
a) Pais
b) Tutor
c) Curador
4. Direito de Personalidade
Conceito e Distinções
Histórico
3. Representação
Qualquer pessoa pode ter um representante, porém os incapazes têm representantes legais.
Pais
Código Civil
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I - mulheres casadas;
III - aqueles que tiverem sob sua autoridade mais de três filhos;
Tutor é aquele que dá continuidade à vida estável do menor. Deve-se ocasionar o mínimo de
mudanças. Mudar a criança de cidade é algo que não deve ser feito.
Curador:
I - aqueles que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento
para os atos da vida civil;
II - aqueles que, por outra causa duradoura, não puderem exprimir a sua vontade;
V - os pródigos.
Representante sempre faz também em prol de alguém, por isso pode-se revogar a qualquer
momento caso a representação seja voluntária.
Código Civil
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Art. 116. A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes, produz
efeitos em relação ao representado.
Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o
representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.
Parágrafo único. Para esse efeito, tem-se como celebrado pelo representante o negócio
realizado por aquele em quem os poderes houverem sido subestabelecidos.
Art. 118. O representante é obrigado a provar às pessoas, com quem tratar em nome do
representado, a sua qualidade e a extensão de seus poderes, sob pena de, não o fazendo,
responder pelos atos que a estes excederem.
Art. 119. É anulável o negócio concluído pelo representante em conflito de interesses com o
representado, se tal fato era ou devia ser do conhecimento de quem com aquele tratou.
Art. 120. Os requisitos e os efeitos da representação legal são os estabelecidos nas normas
respectivas; os da representação voluntária são os da Parte Especial deste Código.
3 ½ . Comoriência*
Art. 8º Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se
algum dos comorientes** precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.
Exemplo:
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4. Direitos de Personalidade
São objetos de alguma(s) situações jurídicas. São aspectos inerentes de uma pessoa que a
identificam no meio jurídico.
Caracteristicas, formas de expressão únicas que nos identificam. O corpo é uma forma de se
projetar a personalidade. A palavra também, através, por exemplo, dos direitos autorais. O
nome. A honra. Dados genéticos.
Histórico
Século XVIII
Revolução francesa
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17/03/11
Direito de Personalidade (cont.)
Nome: composto por prenome e nome familiar, sobrenome ou patronímico (art. 16).
Deve possuir caracteres que nos distinguem dos demais.
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.
Art. 58. O prenome será definitivo, admitindo-se, todavia, a sua substituição por apelidos
públicos notórios.
Exceções:
c) Em caso de adoção
f) Homônimos
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa
proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.
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Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as
providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma.
5. Ausência: é a pessoa que desaparece de seu domicílio sem deixa noticia e sem que haja
indicio de seu falecimento.
O objetivo principal deste processo de ausência é que os bens do ausente não se percam.
A ausência só gera a morte presumida após um longo espaço de tempo que não se tenha
notícia do ausente.
Duração de um ano;
Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato por
mais de dois anos antes da declaração da ausência, será o seu legítimo curador.
§ 1o Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe aos pais ou aos
descendentes, nesta ordem, não havendo impedimento que os iniba de exercer o cargo.
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Nesta fase, o ausente recebe 50% dos rendimentos dos bens cabidos aos herdeiros não
necessários.
Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e
testamentários.
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o
falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640,
parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver
deixado bens particulares;
IV - aos colaterais.
Parentes colaterais: São aqueles que têm um ancestral comum, mas que não são
descendentes, nem ascendentes entre si. São eles os irmãos, os tios, os sobrinhos, os
primos-irmãos, os tios-avós e os sobrinhos netos.
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3) Sucessão definitiva: Nesta etapa, os herdeiros assumem o total direito dos bens. Caso
o ausente volte após 21 anos, não reaverá seus bens.
P.S.: Caso o ausente tenha algum representante com poder suficiente para manter
seus bens, este pode assumir a tutela dos bens do mesmo durante 3 anos, isto é, o
processo que anteriormente era de 21 anos, passa para 24.
P.P.S.: Art. 38., C,C: Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que o
ausente conta oitenta anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele.
Não importa em que etapa o processo esteja, desde que satisfeitas as condições do
artigo acima.
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24/03/11
6. Pessoa jurídica
a) Firma: estamos falando de um nome. A razão social ou firma. Não diz respeito ao
nome fantasia. Firma não é uma espécie de pessoa jurídica. Ex: a pessoa jurídica
possui firma, ou seja, a pessoa jurídica não possui um nome.
b) Empresa: empresa é atividade. Empresa não é uma espécie de pessoa jurídica. Ex:
a empresa da Petrobras e a extração de petróleo.
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6.2. Classificações: pessoas jurídicas de direito público (art. 41) e pessoas jurídicas de direito
privado (art. 44)
Se a norma que regula a vida da pessoa jurídica é pública, esta é pública. Se privada, a pessoa
jurídica é privada.
I - a União;
III - os Municípios;
IV - as autarquias;
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III - as fundações. Não tem fins econômicos. Não é um conjunto de pessoas, e sim um conjunto
de bens que são separados para cumprirem uma finalidade, religiosa, moral, cultural ou
assistência.
1ª fase) manifestação da vontade criadora: por instrumento público ou, no caso de fundação,
também é admitido por testamento.
3ª fase) Registro do ato constitutivo: no Cartório de Registro das pessoas Jurídicas. No caso de
sociedade empresária, o registro na Junta comercial é exigido.
Off: Estado federativo é aquele que permite autonomias internas. Ex: O governador de Minas
tem certa autonomia em relação ao governo federal.
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25/03/11
6.4. Desconsideração da pessoa jurídica (art. 50)
Pede-se desconsideração quando tem que receber algo da pessoa jurídica e esta não
tem patrimônio para pagar e percebe-se que houve um abuso da pessoa jurídica e
então passa-se a cobrar dos sócios. Somente caso de abuso.
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou
pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério
Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas
relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios
da pessoa jurídica.
Sociedade de fato é aquela que se comporta como tal porém não é registrada através
de ato constitutivo, não gera efeitos. Quem responde pelas irregularidades são os
“sócios”.
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b) Órgão de deliberação:
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a
reforma:
Art. 68. Quando a alteração não houver sido aprovada por votação
unânime, os administradores da fundação, ao submeterem o estatuto ao
órgão do Ministério Público, requererão que se dê ciência à minoria
vencida para impugná-la, se quiser, em dez dias.
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Ex: ao pedir empréstimo no banco, ao se definir uma casa como garantia, é uma
garantia real. Se definido um fiador, caracteriza-se a garantia fidejussória.
Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu
funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua.
§ 1o Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver inscrita, a averbação de sua dissolução.
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§ 1o Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos associados,
podem estes, antes da destinação do remanescente referida neste artigo, receber
em restituição, atualizado o respectivo valor, as contribuições que tiverem
prestado ao patrimônio da associação.
Na falta do ato constitutivo, os bens irão para uma outra fundação com
finalidade semelhante. Não há problema em os associados ficarem com os
bens, desde que definido no ato constitutivo.
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14/04/11
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Domicílio
Geral
a) Voluntário
b) Necessário
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Bem é tudo que tem utilidade para o ser humano. Exemplo: imagem.
Os bens, em geral, constituem a razão pela qual os sujeitos se vinculam. Podendo ser
um direito, uma coisa ou mesmo um comportamento.
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Bem que NÃO pode ser movimentado sem que haja alteração em sua substância ou
perda de seus valores econômicos.
b) Por força de lei: os bens que são convencionados por lei como imóveis.
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
Sucessão aberta acontece quando há a morte do dono e os bens devem ser distribuídos a seus
respectivos sucessores.
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas
para outro local;
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Bem que pode ser movimentado sem que haja alteração em sua substância ou perda
de seus valores econômicos.
b) Por força de lei: os bens que são convencionados por lei como imóveis.
Bens fungíveis: Os bens móveis que podem ser substituídos por outros que
cumprem a mesma função. Exemplo: canetas, livros, etc.
Os bens podem ser infungíveis por contrato. Exemplo: Numa locadora, deve-se
devolver o mesmo DVD, Blue-ray locado.
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da
própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação.
São objetos de cessão. Exemplo: Softwares não podem ser vendidos, apenas
cedidos.
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Bem indivisíveis: Bem que não pode ser fracionado por haver perdas de seu
valor econômico ou função de ser. Exemplo: carro, quadros, etc.
a) Indivisibilidade
I. Por natureza
Exemplo: Bens de uma fundação, massa falida (bens de uma pessoa falida
durante o processo de falência).
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I. Bens dependentes: São bens que para que cumprir sua função
necessitam de um outro bem. Há, portanto, uma ligação entre os bens.
a) Fruto (art. 1214 e 1215): são os rendimentos periódicos que o bem principal
produz. Exige PERIODICIDADE. Pode produzir mais de uma vez.
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Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos
percebidos.
Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser
restituídos, depois de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser
também restituídos os frutos colhidos com antecipação.
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Pertenças (art. 93 e 94): bens que, quando comparados, não há uma distinção
definida entre bem principal e acessório.
Exemplo: ar condicionado.
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de
modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as
pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das
circunstâncias do caso.
Off:
Datas
20/05: 2ª Prova
a) Pessoa jurídica
b) Domicílio
c) Bens
d) Fatos Jurídicos
06/05: Trabalho
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05/05/11
10. Dos bens em relação à comercialidade
a) Bens comerciáveis: podem ser objeto de relações jurídicas variadas, incluindo sua
transmissão
i) Por natureza: todos os bens impropriáveis, ou seja, aqueles que não são
passíveis de propriedade. Os bens que não podem ser avaliados
economicamente.
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V - para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo
casal ou pela entidade familiar;
VI - por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença
penal condenatória a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens.
Art. 4º Não se beneficiará do disposto nesta lei aquele que, sabendo-se insolvente,
adquire de má-fé imóvel mais valioso para transferir a residência familiar,
desfazendo-se ou não da moradia antiga.
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a) Fato jurídico “Stricto Sensu”: diz respeito apenas aos acontecimentos naturais.
b) Ato jurídico “Lato Sensu”: Toda ação ou omissão humana, voluntária ou involuntária
que traga consequências jurídicas.
I) Ato jurídico “Strictu senso”: toda ação ou omissão cujos efeitos advém mais da lei
do que da vontade.
II) Negócio Jurídico: toda ação ou omissão cujos efeitos advém mais da vontade do
agente do que da lei.
Exemplo: contrato
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1. Classificação clássica:
O fato jurídico “lato sensu”: Título III da Parte Geral do Código Civil (vide acima
do artigo 104).
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12/05/11
2. Negócio jurídico e seus requisitos
Se as próprias partes definem os direitos e deveres que vão seguir. Não há norma mais
justa.
Cabe ao Estado apenas estabelecer, e não constituir, pois os direitos já são inatos ao
ser, naturais.
Na prática, toda esta teoria se resumia a “o mais forte faz o que quiser com o mais
fraco”.
Atualidade:
Liberdade que o ordenamento jurídico concede aos particulares ao que eles definem a
forma, o conteúdo, ou os efeitos do negócio jurídico.
No negócio jurídico, a vontade sempre será elemento nuclear. Já o ato jurídico “strictu
sensu” pode ser involuntário (achado de um tesouro).
I - agente capaz;
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I - ser escrito por tabelião ou por seu substituto legal em seu livro de notas, de acordo com as
declarações do testador, podendo este servir-se de minuta, notas ou apontamentos;
II - lavrado o instrumento, ser lido em voz alta pelo tabelião ao testador e a duas testemunhas, a um só
tempo; ou pelo testador, se o quiser, na presença destas e do oficial;
III - ser o instrumento, em seguida à leitura, assinado pelo testador, pelas testemunhas e pelo tabelião.
Parágrafo único. O testamento público pode ser escrito manualmente ou mecanicamente, bem
como ser feito pela inserção da declaração de vontade em partes impressas de livro de notas, desde
que rubricadas todas as páginas pelo testador, se mais de uma.
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13/05/11
A vontade é elemento nuclear do suporte fático de qualquer fato jurídico e é capaz de gerar
efeitos.
Em alguns casos, a vontade interna daquele que participa do negócio jurídico não coincide
com a vontade manifestada.
O erro;
A falta de informação;
A indução ao erro;
A vontade não é só um dos elementos do negócio jurídico, mas sua fonte criadora.
Caso haja conflito entre ela e sua exteriorização, deverá prevalecer a vontade.
Crítica.
Só interessa a vontade declarada, pois é com a declaração que ela ingressa no campo
do direito.
Para esta teoria, a vontade é um elemento fora do direito. A declaração sim faz parte
do direito, é mais importante.
Críticas.
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Não resolve o problema. Numa adoção extrema, por exemplo, permitiria o casamento
advindo da coação.
Exemplo: Um indivíduo eufórico com a conquista de um título compra uma camisa do botafogo
pensando ser do galo. Neste caso, o contrato de compra e venda pode ser ANULADO ATÉ.
A declaração prevalece toda vez que cria em seu destinatário uma confiança.
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar
de sua celebração. (apenas uma extensão da boa fé).
Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental
de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento.
Exemplo: Sujeito que aluga uma casa devido à passagem de um carro alegórico na rua.
Cancelada a passagem deste carro, o sujeito teria direito à anulação do negócio jurídico se
estivesse comunicado ao destinatário.
Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do
que ao sentido literal da linguagem.
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Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra em
benefício próprio, nem aproveita aos co-interessados capazes, salvo se, neste caso, for
indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum.
Esclarecimento do artigo:
Alguém capaz negocia com alguém que é relativamente incapaz. Depois, este capaz, quer
desistir do contrato alegando a incapacidade da outra parte. O capaz não pode se aproveitar
da incapacidade da outra parte com a intenção de aproveitamento, pois a proteção está
sobre o incapaz e não sobre o capaz.
Art. 106. A impossibilidade inicial do objeto não invalida o negócio jurídico se for relativa, ou se
cessar antes de realizada a condição a que ele estiver subordinado.
Esclarecimento do artigo:
Pode-se fazer negócio com objetos futuros. Exemplo: pode-se vender algo que ainda não foi
plantado.
Art. 107. A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando
a lei expressamente a exigir.
Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos
negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos
reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País.
Matéria da 2ª prova:
Pessoas jurídicas;
Domicílio;
Bens;
24/03 a 12/05
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19/05/11
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26/05/11
4.2. Termo (continuação)
Termo final ou resolutivo: define o final dos efeitos do negócio jurídico. Exemplo:
empresto-lhe meu carro até o natal.
Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente
imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva.
Art. 137. Considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, salvo se constituir o motivo
determinante da liberalidade, caso em que se invalida o negócio jurídico.
Não é contraprestação
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Defeito grave: é aquele que atinge o negócio jurídico de tal forma que ele não pode
produzir efeitos. Se produzir, o juiz, ao invalidar, tenta apagar este efeito. Caracteriza a
nulidade do negócio jurídico (é nulo desde o início).
Defeito leve: produz efeitos até que o juiz decrete a invalidade. Gera a anulabilidade
do negócio jurídico.
Exemplo: negócio jurídico feito por um relativamente incapaz. Basta que o negócio
jurídico seja confirmado pelo assistente para que o negócio jurídico seja regularizado.
Teoria da confiança.
Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro
substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do
negócio.
I - interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das qualidades a ele
essenciais;
III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do
negócio jurídico.
Art. 140. O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão determinante.
Art. 141. A transmissão errônea da vontade por meios interpostos é anulável nos mesmos casos em que
o é a declaração direta.
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Art. 142. O erro de indicação da pessoa ou da coisa, a que se referir a declaração de vontade, não viciará
o negócio quando, por seu contexto e pelas circunstâncias, se puder identificar a coisa ou pessoa
cogitada.
Art. 144. O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a manifestação
de vontade se dirige, se oferecer para executá-la na conformidade da vontade real do manifestante.
Mediante artifícios, um dos agentes ou terceiro induz a outra parte a crer em falsas
características do negócio jurídico.
Também deve ser dolo substancial para ocasionar a invalidade do negócio. O dolo
acidental não o invalida, mas permite a cobrança de perdas e danos. (art. 146).
Art. 149. O dolo do representante legal de uma das partes só obriga o representado a
responder civilmente até a importância do proveito que teve; se, porém, o dolo for do
representante convencional, o representado responderá solidariamente com ele por perdas e
danos.
Caso não haja a possibilidade de B perceber o dolo, C deverá arcar com os prejuízoz.
Art. 150. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o
negócio, ou reclamar indenização.
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Dolus malus;
Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa.
Art. 146. O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu
despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo.
Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das partes a respeito de fato ou
qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui omissão dolosa, provando-se que sem ela o negócio
não se teria celebrado.
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02/06/11
Devedor insolvente é aquele que não tem condição de pagar por suas dívidas. Tem
mais passivo que ativo.
Se o ato for gratuito, não há necessidade de se provar que o beneficiário agiu sem
boa fé. Se oneroso, é preciso a prova do “consinlium fraudis”.
Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já
insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos
credores quirografários, como lesivos dos seus direitos.
§ 2o Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação deles.
Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a
insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante.
Art. 160. Se o adquirente dos bens do devedor insolvente ainda não tiver pago o preço e este for,
aproximadamente, o corrente, desobrigar-se-á depositando-o em juízo, com a citação de todos os
interessados.
Parágrafo único. Se inferior, o adquirente, para conservar os bens, poderá depositar o preço que lhes
corresponda ao valor real.
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Art. 161. A ação, nos casos dos arts. 158 e 159, poderá ser intentada contra o devedor insolvente, a
pessoa que com ele celebrou a estipulação considerada fraudulenta, ou terceiros adquirentes que
hajam procedido de má-fé.
Art. 162. O credor quirografário, que receber do devedor insolvente o pagamento da dívida ainda não
vencida, ficará obrigado a repor, em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de
credores, aquilo que recebeu.
Art. 163. Presumem-se fraudatórias dos direitos dos outros credores as garantias de dívidas que o
devedor insolvente tiver dado a algum credor.
Art. 164. Presumem-se, porém, de boa-fé e valem os negócios ordinários indispensáveis à manutenção
de estabelecimento mercantil, rural, ou industrial, ou à subsistência do devedor e de sua família.
Art. 165. Anulados os negócios fraudulentos, a vantagem resultante reverterá em proveito do acervo
sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores.
Parágrafo único. Se esses negócios tinham por único objeto atribuir direitos preferenciais, mediante
hipoteca, penhor ou anticrese, sua invalidade importará somente na anulação da preferência ajustada.
Consiste na celebração de um ato, que tem aparência normal, mas que, na verdade,
não visa ao efeito de juridicamente devia produzir.
Simulação relativa: o ato temo objetivo de encobrir outro, que produzirá seus
efeitos. Há um ato simulado e outro dissimulado (encoberto).
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Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na
substância e na forma.
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