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Historicamente:
O Direito Natural, cumpriu fun ções importantes ainda que diferentes e opostas.
Em certas ocasiões, foi conservadora da estrutura social e política existente. Noutras,
pelo contrário, atuou como lema revolucionário, como exemplo, a Revolução Francesa
XVII.
❏ Teorias Jusnaturalistas:
Mas como, afinal, podemos conhecer o direito natural? A resposta a essa
pergunta não é fácil, pois depende da época e do autor considerado. Vamos tomar
como base as Escolas Moralistas: Antiguidade (Grécia e Roma), Idade Medieval e
Modernismo.
O direito natural e o direito positivo regulam, em princípio, matérias distintas. Mas o que
acontece quando o direito positivo invade a esfera das coisas reguladas pelo direito
natural? Nesses casos, explica Aristóteles:
● Se a lei positiva regular o comportamento do mesmo modo que a lei natural, não
há qualquer problema, mas apenas o reforço da conduta boa em si.
● Mas se houver conflito entre a lei positiva e o direito natural. Nesses casos o
direito natural, é superior ao direito positivo.
Jusnaturalismo Medieval
2° Lei Natural: É comunicada por Deus, através da razão, sem que haja revelação.
O direito Natural é descoberto pela razão e não pode em nenhum momento ser
oposto ao que Deus revelou.
Jusnaturalismo Moderno:
Existe realmente um Direito Natural, mas que o seu único fundamento é a razão.
Está razão, para Grocio, é independente de qualquer fé religiosa. Sendo assim, o Direito
Natural é tão imutável que não pode ser mudado por Deus e existiria mesmo se Deus
não existisse.
Ele ainda enxerga no Direito um conjunto de regras e princípios concretos,
deduzível pela razão e experiência dos povos civilizados e superiores ao direito
positivista.
Outra linha de inspiração jusnaturalista, que atinge seu apogeu na mesma época e
debaixo da mesma tendência racionalista, é a dos Direitos Naturais do Homem Perante
o Estado, ou seja, o Contrato Social.
Segundo Rousseau:
O mais célebre representante dessa tendência, que reforça em sua obra O Contrato
Social, diz que: “O homem nasceu livre e em todo o lado está encadeado.” O
grande problema político é conciliar a liberdade natural do homem com a
necessidade da vida num Estado. Para essa pergunta Rousseau responde: “É
preciso encontrar uma forma que defenda as pessoas e os bens de cada
associado, pelo qual cada um, unindo-se, não obedeçam, a não ser a si mesmo e
continue tão livre como antes.” Sendo assim, o Contrato Social não é um fato
histórico e sim um modelo ideal de organização política.