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Trabalho de Agrossilvicultura
Curso: Agropecuária
Discente: formador
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introducao
O termo silvicultura provém do Latim silva (floresta) e cultura (cultivo de árvores),
e tem sido definida de várias formas:
Ford-Robertson (1971) considera a silvicultura, como a ciência e arte de manipular
um sistema dominado por árvores e seus produtos, com base no conhecimento da
história da vida, e as características gerais das árvores e do sítio.
Lamprecht (1990) define a silvicultura, como sendo o conjunto de todas as medidas
tendentes a incrementar o rendimento económico das árvores até se alcançar
quando menos, um nível que permita um maneio sustentável.
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Classifiçao dos SAFS
Tais modelos se tornam alternativas interessantes para pequenos agricultores que buscam obter
uma exploração economicamente viável intensiva. Utilizando-se de uma diversidade de plantas
de vários estratos, numa mesma área, para atingirem o resultado esperado, esses produtores
devem ter com aliado imprescindível o manejo adequado e tecnicamente embasado.
Discussão ganhou ainda maior destaque pela possibilidade de uso de modelos de SAFs nas áreas
de Reserva Legal, apoiados por lei em fase de regulamentação. O uso de SAFs exige uma maior
difusão de técnicas desenvolvidas, um comprometimento maior de políticas públicas de
implantação e escoamento de produção. Sendo assim, o presente trabalho tem por objetivo traçar
considerações sobre o assunto e apresentar alguns modelos de Sistemas Agroflorestais já
implantados viáveis para instalação por pequenos agricultores.
Sistemas agroflorestais
O termo “Sistema Agroflorestal” (SAF) /corresponde a uma forma de uso da terra e manejo dos
recursos naturais, nos quais espécies lenhosas (árvores, arbustos, palmeiras) são utilizadas em
associação com cultivos agrícolas ou animais, na mesma área, de maneira simultânea ou em uma
sequência temporal (Montagnini, 1992).
Para Nair (1989) e Young (1990) o Sistema Agroflorestal (SAF) é um sistema de uso da terra
com a introdução ou retenção deliberada de árvores em associação com outras culturas perenes
ou anuais e/ou animais, apresentando mútuo benefício ou alguma vantagem comparativa aos
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outros sistemas de agricultura resultante das interações ecológicas e econômicas. Pode apresentar
várias disposições em espaço e tempo, e deve utilizar práticas de manejo compatíveis com o
produtor. Peneireiro (2008) afirma que a floresta é composta por várias espécies, que se
desenvolvem em diferentes contextos (nichos) e ocupam o espaço vertical de forma bastante
completa, com seus estratos, de acordo com a necessidade específica de cada uma dessas
espécies, em luz, direta ou filtrada, fazendo com que a energia do sol seja aproveitada da melhor
maneira possível.
Nos SAFs as plantas cultivadas são introduzidas em consórcio, de forma a preencher todos
Os nichos, inclusive, considerando nessa combinação, espécies nativas remanescentes, espécies
daregeneração ou reintroduzidas. Além de combinar asespécies no espaço, combinam-se os
consórcios notempo como no processo de sucessão natural de espécies, em que os consórcios se
sucedem uns após outros, num processo dinâmico, dependendo do ciclo de vida das espécies.
Outro aspecto fundamental é a introdução de alta diversidade de espécies, replicando uma
característica marcante de ecossistemas da Mata Atlântica, o bioma original.
A classificação dos SAFs se baseia nos critérios de arranjos espacial e temporal, na importância
e no papel dos componentes, no planejamento da produção ou na produção do sistema, e suas
características socioeconômicas (Nair, 1985 appud Santos 2000).
De acordo com a disposição das espécies no campo os modelos podem ter uma grande variação,
consistindo desde sistemas mistos adensados como quintais caseiros, mistos de baixa densidade,
como os sistemas agrissilvipastoris, em faixas ou contínuos ou ainda ao acaso. E de acordo com
a disposição das espécies no tempo, os SAFs podem ser simultâneos ou
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Sequenciais.
Os SAFs sequenciais ocorrem de forma que haja um intervalo de tempo entre a colheita da
primeira cultura e a semeadura da cultura subsequentes. Já para os simultâneos podem-se
observar que existem várias situações: duas culturas com a mesma época de plantio e colheita
(SAF coincidente), culturas de mesma época de semeadura e épocas diferentes de colheita
(concomitantes). Um exemplo interessante de SAFs de culturas concomitantes é o plantio de
palmeira real e palmito jussara para obtenção de palmito sob plantio de eucalipto (Figura 4) onde
a cultura do palmito é extraída com cinco anos, portanto antes do término do primeiro ciclo do
eucalipto que se dá com sete anos.
Outro modelo de SAF é o sobreposto quando ocorre a semeadura de uma cultura antes do final
do ciclo de uma cultura já instalada no local e cuja colheita será feita após o término do ciclo da
primeira cultura instalada. Ainda temos o modelo interpolado no qual durante o ciclo de uma
cultura perene temos a implantação de culturas de ciclo menor. Por exemplo, o cultivo de
culturas anuais sob árvores de seringueira ou eucalipto.
• Agrossilviculturais
• Silvipastoris
• Agrossilvipastoris
• Outros arboretos de uso múltiplo; apicultura com árvores; aqüicultura comárvores.
• Seqüenciais
• Simultâneos
• Complementares
Mistos densos
Mistos esparsos
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Em renques
De bordadura
Sistemas seqüenciais
• Sistema “Taungya”
– cultivos intercalares associados a reflorestamentos, nos primeiros anos de implantação;
• Outros:
– Agricultura migratória (“slash and burn”)
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Conclusao
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Biblioografia