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O que são as doenças cardiovasculares?

As doenças cardiovasculares englobam todas as doenças que afetam o


sistema circulatório, ou seja, o coração e os vasos sanguíneos. Quando
afetam os vasos sanguíneos do cérebro podem originar sintomas tais como
alterações de memória, tonturas ou até mesmo causar um AVC. No geral,
os fatores de risco das doenças cardiovasculares são: açúcar elevado no
sangue (diabetes); colesterol elevado (hipercolesterolemia); triglicéridos
elevados (hipertrigliceridemia); pressão arterial elevada (hipertensão
arterial); excesso de peso e obesidade; hábito de fumar; abuso de bebidas
alcoólicas; e pouco exercício físico (sedentarismo). Os fatores de risco não
modificáveis são a idade, o sexo e a genética.
Os triglicéridos são gorduras que em excesso no organismo podem causar
várias doenças, nomeadamente as cardiovasculares. As duas principais
substâncias gordas no sangue são os triglicéridos e o colesterol. Resultam
da transformação de alguns açúcares em gorduras. O organismo obtém-nos
através da produção no fígado e na alimentação.
Risco Cardiovascular Global
O risco cardiovascular global é muito importante e significa que se deve ter atenção a todos os
fatores de risco ao mesmo tempo, e não só a cada um isoladamente. O combate aos fatores de
risco deve fazer-se em conjunto, de forma a tentar controlar todos em simultâneo. Os fatores de
risco potenciam-se uns aos outros, ou seja, ter excesso de peso ou obesidade irá aumentar a
probabilidade de ter diabetes e colesterol elevado. Fatores de risco em Portugal Um estudo
desenvolvido no Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge demonstrou que, numa
população entre os 18 e os 79 anos, cerca de 55% das pessoas têm 2 ou mais fatores de risco
cardiovasculares: • Mais de metade tem excesso de peso ou obesidade; • Cerca de 40% têm
hipertensão arterial; • 1/4 são fumadores; • Cerca de 30% têm colesterol muito elevado; • O
número de pessoas com diabetes continua muito alto. Estes números mostram que, em Portugal,
ainda há muito por fazer para baixar o risco de doença cardiovascular, sobretudo do acidente
vascular cerebral, em que somos um dos países com maior mortalidade na Europa.

Cuidados Pós AVC


Após um AVC, são necessários vários cuidados extra, para que a
recuperação do doente não tenha repercussões na vida futura, tal como,
dificuldade na fala ou imobilidade, e para que não sofra um novo AVC.
Recomenda-se que se meçam os progressos na recuperação semana após
semana para poder avaliar essa evolução; a disposição de mobília e outros
elementos da casa deve ser adaptada para que o doente evite cair; apoiar o
doente nos tratamentos e prestar atenção para as mudanças de humor e a
tendência a depressão. Em caso de dúvida, não se devem comparar
processos de recuperação entre doentes, pois cada processo é único. Em
vez disso, deve-se contactar o médico. É importante não fumar ou beber
álcool durante a recuperação e verificar regularmente a pressão arterial. A
dieta deve ter por base uma alimentação equilibrada e saudável variada,
baseada em fibras e vitaminas.
No que refere a posturas e transferências do paciente é importante ter em
conta os seguintes aspetos: as almofadas devem ser dispostas de modo a
que não causem posturas incorretas; quando deitado de barriga para cima, a
cabeça deve ficar ao mesmo nível do resto do corpo; quando deitado de
lado o braço e o joelho devem testar fletidos e relaxados; o paciente deve
rodar o corpo com ajuda do cuidador tal como para sentar ou levantar. Na
posição sentada, o doente deve estar com os braços apoiados lateralmente
ao corpo, de modo a que nunca estejam pendurados.
O doente deve praticar atividade física regularmente para reabilitar os
diferentes membros e articulações.
Durante a alimentação os alimentos devem ser colocados no lado da boca
não afetado, devem ser consumidos alimentos saborosos para estimular o
paladar, comer lentamente, preferir alimentos mais moles, usar chávenas e
xícaras para poder inclinar o copo sem mexer a cabeça, talheres
modificados com cabo mais grosso, pratos côncavos e lavar os dentes após
as refeições. Para doentes mais graves, a alimentação é feita por sonda
nasoenteral.

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