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Universidade Federal Fluminense

Instituto do Noroeste Fluminense de Educação Superior

Pedro Oliveira Motta

Santo Antônio da Pádua

Dezembro de 2017
RESUMO

A Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo às Pesquisas do Estado do Rio de


Janeiro (FAPERJ) é uma agência de estímulo à ciência e à tecnologia. Ligada à
Secretaria de educação do Rio de Janeiro, tem como objetivo principal apoiar atividades
nas áreas científica e tecnológica e programas de instituições acadêmicas e de pesquisa
sediadas no Estado do Rio de Janeiro. Entre os programas oferecidos pela FAPERJ está
o projeto Jovens Talentos.
Sumário
1. INTRODUÇÃO:..................................................................................................................4
2. OBJETIVO:.........................................................................................................................5
3. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS:...........................................................................6
4. RESULTADOS E DISCUÇÕES:.........................................................................................7
4.1. ANÁLISE DE INCERTEZAS:....................................................................................7
4.2 MOVIMENTO RETÍLINEO UNIFORME:.................................................................8
4.3 MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO:................................9
4.4 LEI DE NEWTON:......................................................................................................9
4.5 TRABALHO E ENERGIA CINÉTICA:....................................................................10
4.6 DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE ELÁSTICA:................................................11
4.7 CÓDIGO DE CORES:...............................................................................................12
4.8 ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES:...........................................................................13
4.9 TENSÃO ELÉTRICA:...............................................................................................14
4.10 CORRENTE ELÉTRICA:..........................................................................................15
4.11 LEI DE OHM:............................................................................................................16
4.12 MOTOR DE STIRLING:...........................................................................................17
5. CONCLUSÃO:..................................................................................................................19
1. INTRODUÇÃO:

O projeto Jovens Talentos, oferecido pela FAPERJ, destina-se à concessão de bolsas


de pré-iniciação científica para estudantes do Ensino Médio público que tenham
interesse e potencial para atuar em atividades de pesquisa em ciência e tecnologia. Visa
estimular a formação científica e identificar vocações, contribuindo para a difusão do
conhecimento, desmistificando a ciência e articulando pesquisa e ensino. As atividades
são desenvolvidas nos laboratórios das instituições científicas conveniadas, sob a
orientação de pesquisadores. Os alunos desse projeto recebem uma bolsa para auxiliá-lo
nos estudos.
2. OBJETIVO:
O projeto tinha como objetivo incentivar alunos com vocação para a pesquisa científica e
tecnológica, treinando-os em unidades de ensino e pesquisa, sob a supervisão de um orientador
qualificado. Fazendo com que eles revisassem os conteúdos do Ensino Médio de uma forma
prática de forma que eles visualizassem e discutissem o assunto fazendo referência às teorias
estudadas por eles.
3. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS:
Para os experimentos relacionados a movimento (MRU e MRUV), Leis de Newton Trabalho
e Energia Cinética e Determinação da Constante Elástica, foi utilizado o trilho de ar,
demostrado abaixo:

Figura 1Imagem do Trilho de Ar utilizado na realização de alguns experimentos.

Já, para os experimentos de eletricidade como: Código de Cores; Associação de


Resistores; Tensão Elétrica; Corrente Elétrica; lei de Ohm foi usada a placa de ensaio de
apresentada a seguir:

Figura 2 Imagem da Placa de Circuito Elétrico utilizada nos experimentos de eletricidade.


4. RESULTADOS E DISCUÇÕES:

4.1. ANÁLISE DE INCERTEZAS:


As medidas são muito importantes para o nosso dia a dia, as usamos para
praticamente tudo, por exemplo: quando construímos uma casa, um prédio e entre
outras coisas. Existem diversos instrumentos de medidas para se conhecer a dimensão
dos mais diversos objetos. Entretanto, sabe-se que em toda medida realizada pode haver
um erro ou incerteza embutida. Por isto é importante estudar as incertezas envolvidas
nas medidas.

Na aula prática realizada, no dia 23/09, a turma foi dividida em três grupos para que
cada grupo medisse um bloco de madeira, um carretel de linha em formato de cilindro e
uma bola de gude e logo após os grupos comparam os resultados entre eles, resultados
esses que serão apresentados a seguir.

As tabelas abaixo apresentam os valores encontrados durante o experimento:

BLOCO DE MADEIRA
L1 (mm) D L1 (mm) L2 (mm) DL2 (mm) L3 DL3 (mm)
98 0,5 56 0,5 25 0,5

Tabela 1 Medidas do Bloco de Madeira.

CILINDRO
D (cm) D (cm) H (cm) H (cm) m (g) m (g) V (cm3)
29,42 0,01 39,48 0,01 15 1 1824,429
Tabela 2 Medidas do Cilindro.

ESFERA
D (cm) D (cm) m (g) m (g) A (cm2)
18,55 0,01 9 1 1080,998
Tabela 3 Medidas da Esfera.

Pode se concluir que foi possível atingir os objetivos desta aula prática, pois todos os alunos
conseguiram entender facilmente que as medidas não são exatas e que para ser alcançado o
resultado mais próximo do real é necessário saber a incerteza de cada medida.

4.2 MOVIMENTO RETÍLINEO UNIFORME:


O Movimento Retilíneo Uniforme é aquele onde a trajetória é em linha reta e a
velocidade do corpo permanece constante durante o percurso.
É o caso de um ciclista tenha sua velocidade constante durante todo um intervalo de
tempo. Dizemos que o movimento do ciclista, nesse intervalo de tempo uniforme.
Após a medição do tempo, o cálculo do tempo médio e da velocidade média, todos
os valores foram colocados em tabela. Esse experimento foi realizado em duas etapas
descritas nas tabelas abaixo.

Massa N° X0 X(m) ΔX T1 (s) T2 (s) T3(s) Tm (s) Vm(m/s)


1 0,300 0,100 0,354 0,356 0,359 0,359 0,278
2 0,400 0,200 0,741 0,740 0,744 0,742 0,269
29g 3 0,200 0,500 0,300 1,117 1,127 1,123 1,122 1,267
4 0,600 0,400 1,492 1,490 1,491 1,493 0,2787
5 0,700 0,500 1,866 1,864 1,863 1,864 0,268

Tabela 4 Valores do Tempo e da Velocidade quando a massa for 29g.

Massa N° X0 X(m) ΔX T1 (s) T2 (s) T3(s) Tm (s) Vm(m/s)


1 0,300 0,100 0,359 0,363 0,365 0,362 0,276
2 0,400 0,200 0,726 0,726 0,724 0,725 0,276
49g 3 0,200 0,500 0,300 1,086 1,065 1,065 1,076 0,278
4 0,600 0,400 1,412 1,412 1,412 1,411 0,283
5 0,700 0,500 1,709 1,705 1,705 1,702 0,294

Tabela 5 Valores do Tempo e da Velocidade quando a massa for 49g.

Em relação ao MRU consideramos que a velocidade permaneceu constante, pois as


variações foram tão pequenas que podem ser desconsideradas. Essas variações devem-
se ao fato de existir atrito entre o carro e o trilho, desnível da mesa, incertezas
instrumentais. Por causa de todos os fatores que analisamos consideramos que
obtivemos uma velocidade constante com o decorrer do tempo e confirmamos a
veracidade da primeira lei de Newton que diz que quando a resultante das forças for
nula, esse corpo permanecerá em repouso ou em movimento retilíneo uniforme.

4.3 MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO:


O Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV) é aquele que é realizado
em linha reta, por isso é chamado de retilíneo. Além disso, apresenta variação de
velocidade sempre nos mesmos intervalos de tempo. Uma vez que varia da mesma
forma, o que revela constância, o movimento é chamado de uniformemente variado.
Desta forma, a média da aceleração é igual a sua variação ocorrida em determinados
intervalos de tempo, o que é conhecido como aceleração instantânea.

Após todos os cálculos resolvidos e todos os valores encontrados uma tabela foi feita
a fim de organizar e relacionar todos os dados encontrados.
N° 2 2 2
Xo X(m) D X(m) T1 T2 T3 Tm(s) Tm (s) a(m/s) Vo(m/s) V(m/s)
1 0,00 0,100 0,100 0,370 0,367 0,368 0,368 0,135 1,481 0 0,543
2 0,00 0,200 0,200 0,521 0,525 0,524 0,523 0,273 1,465 0 0,764
3 0,00 0,300 0,300 0,644 0,643 0,642 0,643 0,413 1,452 0 0,933
4 0,00 0,400 0,400 0,743 0,744 0,748 0,745 0,525 1,441 0 1,075
5 0,00 0,500 0,500 0,837 0,834 0,833 0,835 0,695 1,438 0 1,199
6 0,00 0,600 0,600 0,911 0,913 0,909 0,911 0,829 1,447 0 1,318
1,454

Tabela 6 Valores dos cálculos feitos durante o Experimento MRUV.

Pode-se concluir que a aceleração permaneceu quase constante, enquanto que a


velocidade altera seu valor. Também, infere-se que o deslocamento é diretamente
proporcional ao intervalo de tempo.

4.4 LEI DE NEWTON:


Em física, um dos conceitos mais importantes é o conceito de força. O conceito de
força é conhecido como a interação entre dois corpos ou entre o corpo e o ambiente,
sendo definida como uma grandeza vetorial, ou seja, possui módulo, direção e sentido.
Como resultado, as forças que atuam em um sistema podem ser somadas, obtendo-se,
então, a força resultante. Se esta força resultante for nula, significa que o corpo está em
repouso ou em movimento retilíneo uniforme, caso contrário, quando a força resultante
for diferente de zero, o corpo acelera na mesma direção e sentido da força. Newton
desenvolveu três leis:

A. 1° Lei - “Todo corpo permanece em repouso ou em movimento retilíneo e


uniforme, a menos que seja obrigado a modificar seu estado pela ação de forças
impressas a ele”.

B. 2ª Lei – “A aceleração de um corpo em movimento é diretamente proporcional a


resultante das forças que atuam sobre ele é inversamente proporcional a sua massa”.

C. 3ª Lei - “Toda ação corresponde uma reação igual e oposta, ou, as ações mútuas
de dois corpos entre si são sempre dirigida em direções contrárias”. As forças atuam em
corpos diferentes, portanto nunca se anulam.

Após as medições os alunos calcularam a força resultante do móvel, repetindo o


processo cinco vezes. Para isso foi usada a fórmula abaixo:

F R =m. a

Após todos os cálculos resolvidos e todos os valores encontrados uma tabela foi feita
a fim de organizar e relacionar todos os dados encontrados.
DC (m) M(kg) FR (N) Tempo (s) Tm (s) a(m/s) F/a (kg)
T1 T2 T3
0,30 0,307 0,282 0,807 0,805 0,809 0,807 0,921 0,306
0,30 0,307 0,382 0,690 0,690 0,693 0,891 1,275 0,304
0,30 0,307 0,480 0,615 0,616 0,615 0,615 1,587 0,302
0,30 0,307 0,676 0,519 0,520 0,521 0,520 2,222 0,304
0,30 0,307 0,872 0,456 0,458 0,457 0,457 2,871 0,304
0,304

Tabela 7 Valores adquiridos durante o Experimento Leis de Newton.

Pode-se concluir que a força resultante e a aceleração são diretamente proporcionais.


Infere-se também que a relação de proporcionalidade entre a aceleração e a massa do
sistema sob a ação de uma força resultante de intensidade constante é diretamente
proporcional ao inverso da massa.

4.5 TRABALHO E ENERGIA CINÉTICA:


Dizemos que um corpo possui energia quando este realiza trabalho. Em Física, a
palavra trabalho significa a relação existente entre a força e o deslocamento. Dizemos
que existe trabalho quando uma força aplicada em um corpo provoca o deslocamento
desse corpo. Assim, quando a força não desloca o corpo, ela não realiza trabalho. O
trabalho é uma grandeza escalar e define-se pelo seu valor e também por sua unidade de
medida. Energia cinética é a forma de energia que os corpos em movimento possuem.
Ela é proporcional à massa e à velocidade da partícula que se move. Quando um corpo
de massa m está se movendo a uma velocidade v, ele possui energia cinética Ec, que é
dada por:

Para encontrar a velocidade, a energia cinética, a aceleração e o trabalho, foi feito

m . v2
uso das fórmulas físicas abaixo: EC = e τ=F . ∆ X
2
Após todos os cálculos resolvidos e todos os valores encontrados uma tabela foi feita
a fim de organizar e relacionar todos os dados encontrados.

FR(N X(m (J) m(kg) T(s) a(m/s2 V0(m/s V(m/s EC0 EC


) ) ) ) )
0,385 0,100 0,038 0,255 0,361 1,538 0 0,555 0 0,039
0,385 0,200 0,076 0,255 0,520 1,481 0 0,770 0 0,075
0,385 0,300 0,114 0,255 0,639 1,470 0 0,939 0 0,113
0,385 0,400 0,153 0,255 0,749 1,426 0 1,068 0 0,145
0,385 0,500 0,191 0,255 0,835 1,435 0 1,198 0 0,183
Tabela 8 Resultados do Experimento de Trabalho e Energia Cinética.
Pode-se concluir que quando a velocidade inicial for nula, a energia cinética também
será nula. Pode-se dizer também que o trabalho expresso em joule é diretamente
proporcional a energia cinética.

4.6 DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE ELÁSTICA:


A força elástica é aquela exercida sobre um corpo capaz de esticar-se ou comprimir-
se. Valendo ressaltar que a fórmula utilizada para determinar tal força foi criada por
Robert Hooke, e é denominada Lei de Hooke. Com essa forma pode se calcular a
constante elástica dividindo a força elástica pela variação de elasticidade do corpo.

Para calcular a constante elástica foi deito o uso da seguinte fórmula:

F el
K=
∆X

Após todos os cálculos resolvidos e todos os valores encontrados uma tabela foi feita
a fim de organizar e relacionar todos os dados encontrados.

Tabela 9 Medidas encontradas durante a realização do Experimento de Constante Elástica.

Pode-se concluir que a quando a maior a variação da elasticidade, maior também será
a constante elástica. Além disso, infere-se que a força e a variação elástica da mola são
diretamente proporcionais.

4.7 CÓDIGO DE CORES:


Resistência elétrica é uma grandeza física que representa uma constante de
proporcionalidade entre a tensão e a intensidade de corrente elétrica.

O valor da resistência elétrica de um resistor depende do material de que foi feito r


de sua geometria. A unidade de resistência elétrica é o ohm cujo símbolo é a letra grega
Ômega (). Os resistores mais comuns são de carvão ou fio fabricado em diversos
tamanhos e valores. O valor da resistência elétrica de um resistor vem codificado no
corpo do resistor com anéis coloridos que são associados um número pra cada cor.
Cor Valor Tolerância
Prata -2 10%
Ouro -1 5%
Preto 0  
Marrom 1 1%
Vermelho 2 2%
Laranja 3  
Amarelo 4  
Verde 5  
Azul 6  
Violeta 7  
Cinza 8  
Branco 9  
Tabela 10 Valor referente a cada cor disposta em um Resistor.

Após o cálculo da resistência de cada um dos resistores escolhidos foi feita uma
tabela, a fim de colocar os valores e analisar a margem de erro presente entre o cálculo
feito pelo código de cores e pelo ohmímetro.

1° FAIXA 2° FAIXA 3° FAIXA


RESISTORES COR N° COR N° COR N° RW MEDIDO R(W ) ERRO % TOLERÂNCIA %
R1 MARROM 1 PRETO 0 LARANJA 3 10000 9970 0,3 5
R2 MARROM 1 VERMELHO 2 VERMELHO 2 1200 1220 1,67 5
R3 AZUL 6 CINZA 8 PRETO 0 68 68,7 1,03 5
R4 AMARELO 4 VIOLETA 7 VERMELHO 2 1700 1610 1,92 5
R5 VERMELHO 2 VERMELHO 2 VERMELHO 2 2200 2200 0 5
R6 MARROM 1 PRETO 0 MARROM 1 100 99,5 0,5 5
R7 MARROM 1 PRETO 0 VERMELHO 2 1000 988 1,2 5
R8 VERDE 5 AZUL 6 MARROM 1 560 556 0,7 5
R9 MARROM 1 VERMELHO 2 MARROM 1 120 117,7 1,92 5
R10 MARROM 1 PRETO 0 AMARELO 4 100000 100500 0,5 5

Tabela 11 Valores encontrado durante o Experimento.

Pode-se concluir que o valor encontrado pelo ohmímetro para cada resistor, está
dentro da margem de erro de 5% de cada resistor utilizado.

4.8 ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES:


Resistor é um componente eletrônico que tem a propriedade da resistência elétrica,
sendo elementos de circuito que consomem esta energia, convertendo-a integralmente
em energia térmica. É o caso, por exemplo, de um fio metálico.

Os resistores podem ser ligados (associados) de vários modos. Os dois mais simples
são associação em série e associação em paralelo.
Para a realização do experimento foi necessário a escolha de três resistores diferentes
e posicioná-los num circuito de modo que ele estivesse fechado.

Após a realização do experimento foi feita uma tabela a fim de anotarem os valores e
comparar a diferença de um posicionamento para outro.

Foram usados três resistores com valores diferentes, como mostra a tabela abaixo:

Tabela 12 Resistores e suas respectivas resistências.

Além dos resistores descritos na tabela acima também foi feito uso das equações
físicas expressas abaixo:

1 1 1 1
= + + para o circuito em paralelo;
Req R1 R 2 R 3

Req = R1+R2+R3 para circuito em série.

Para os resistores em série foi registrada a resistência descrita na tabela abaixo:

Tabela 13 Valor da Resistência de cada um dos resistores quando estiverem em série.

Para os resistores em paralelo foi registrada a resistência descrita na tabela a seguir:

Tabela 14 Valor da Resistência de cada um dos resistores quando estiverem dispostos de forma paralela.

O experimento nos leva a concluir que na associação em série as correntes em cada


resistor são iguais a corrente da fonte e a diferença de potencial da fonte é a soma da
diferença de potencial em cada resistor; já para a associação em paralelo podemos
afirmar que a corrente da fonte é igual a soma da corrente em cada resistor e a diferença
de potencial da fonte é igual a diferença de potencial em cada um dos resistores.
4.9 TENSÃO ELÉTRICA:
Tensão elétrica ou diferencial de potencial (ddp) é a diferença de potencial entre dois
pontos. A tensão elétrica também pode ser explicada como a quantidade de energia
gerada para movimentar uma carga elétrica. A tensão pode ser medida quando os
resistores apresentam-se em diferentes posições, no caso, os resistores estavam em série
e em paralelo.

Os resistores escolhidos apresentam os valores descritos na tabela abaixo:

RESISTOR VALOR (W )
R1 2200
R2 1000
R3 1200

Tabela 15 Valor da Resistência para os resistores escolhidos .

Quando os resistores estavam em série, o valor foi o descrito abaixo:

RESISTÊNCIA ( W ) TENSÃO (V)


R1 2200 V1 3,41
R2 1000 V2 1,53
R3 1200 V3 1,84
R12 3200 V12 4,94
R23 2200 V23 3,37
R123 4400 V 123 6,79

Tabela 16 Resultado da Tensão quando os resistores estiverem em série.

Quando os resistores espetavam em paralelo, o valor foi o descrito a seguir:

RESISTÊNCIA ( W ) TENSÃO (V)


R1 2200 V1 6,79
R2 1000 V2 6,79
R3 1200 V3 6,79
R123 437,09 V 123 6,79

Tabela 17 Valores encontrados para a Tensão elétrica quando os resistores estiverem em paralelo.

Pode-se concluir que quando os resistores estão em série a tensão será divida para
todos os resistores já quando os resistores estão em paralelo a tensão será a mesma para
todos os resistores.
4.10 CORRENTE ELÉTRICA:
A corrente elétrica designa o movimento ordenado de cargas elétricas (partículas
eletrizadas chamadas de íons ou elétrons) dentro de um sistema condutor. Esse sistema
apresenta uma diferença de potencial elétrico (ddp) ou tensão elétrica.

A corrente elétrica que transita nos resistores pode transformar energia elétrica em
energia térmica (calor), num fenômeno conhecido como Efeito Joule.

Após as medições fizeram uma tabela a fim de comparar os resultados.

Como o experimento foi dividido em duas etapas, foram feitas duas tabelas para
que os resultados fossem anotados. Uma onde os resistores apareciam em paralelo e
outra onde os resistores apareciam em série.

Os resistores escolhidos apresentam os valores descritos na tabela abaixo:

RESISTORES RESISTÊNCIA ( W )
R1 47
R2 100
R3 220

Tabela 18 Resistência dos resistores escolhidos

Quando os resistores estavam em série, o valor foi o descrito abaixo:

RESISTÊNCIA ( W ) CORRENTE (A) TENSÃO (V)


R1 47 I0 17,96 V1 0,87
R2 100 I1 17,96 V2 1,86
R3 220 I2 17,96 V3 4,03
R12 147 I3 17,96 V12 2,74
R23 320 V23 5,9
R123 367 V 123 6,77

Tabela 19 Valores encontrados para a Corrente quando os resistores estão em série.

Quando os resistores espetavam em paralelo, o valor foi o descrito a seguir:

RESISTÊNCIA ( W ) CORRENTE (A) TENSÃO (V)


R1 47 I0 13,24 V1 6,61
R2 100 I1 63,9 V2 6,61
R3 220 I2 30,2 V3 6,51
R12 31,97 I3 198,6 V 123 6,61
R23 68,75 I4 197,8
R123 27,91

Tabela 20 Resultados encontrados durante o procedimento experimental para a Corrente quando os resistores
estão em paralelo.
4.11 LEI DE OHM:
As Leis de Ohm, postuladas pelo físico alemão Georg Simon Ohm (1787-1854) em 1827,
determinam a resistência elétrica dos condutores. A resistência elétrica, medida sob a grandeza
Ω (Ohm), designa a capacidade que um condutor tem de se opor à passagem de corrente
elétrica. Em outras palavras, a função da resistência elétrica é de dificultar a passagem de
corrente elétrica.

Após terem os valores dos cálculos encontrados, foi feita uma tabela onde seriam descritos
os valores.

TENSÃO V (V) CORRENTE i (A) RESISTÊNCIA R() POTÊNCIA P(W)


1,0 8,2.10-3 121,9 0,0082
2,0 16,6.10-3 120,5 0,0332
3,0 25.10-3 120 0,075
4,0 33,5.10-3 119,4 0,134
5,0 42,2.10-3 118,5 0,211
6,57 55,4.10-3 118,6 0,364
Tabela 21 Valores encontrados pela Lei de Ohm para a Corrente, a Tensão a Resistência e a Potência.

Pode-se concluir que a diferença de potencial (tensão) é diretamente proporcional à


intensidade da corrente elétrica. Infere-se também que o produto da corrente e tensão é chamada
de potencia, já a razão entre a tensão e a corrente é denominada resistência elétrica.

4.12 MOTOR DE STIRLING:


No início do século XIX, o Motor de Stirling foi inventado pelo padre escocês Robert
Stirling – daí a origem do nome. O ano era 1816 e o objetivo era substituir os motores a vapor,
que na época explodiam com muita frequência. Robert Stirling e seu irmão, que era engenheiro,
criaram este motor em que os gases atmosféricos são os fluídos de trabalho, ou seja, o que é
necessário para o trabalho do motor, a partir do confinamento de ar dentro do dispositivo, assim
como de outros tipos de gases, no caso dos motores de alta potência, como o hélio, o hidrogênio
e o azoto.

O motor de Stirling, como um motor de calor, é um dispositivo que funciona em um ciclo


fechado – sem a saída dos gases para o exterior do motor. O ciclo é considerado simples, pois
funciona basicamente com a alternância entre o aquecimento e o resfriamento, expansão e
contração do gás, em dois níveis de temperatura.

São quatro processos reversíveis em série. Inicia-se o ciclo com a compressão do gás frio, na
sequência é efetuado o aquecimento do gás (a volume constante), a expansão e, ao fim, o
resfriamento do gás, para início novamente do mesmo ciclo.

Entre os pontos positivos de se utilizar o motor de Stirling estão o fato de ser silencioso
flexível no que diz respeito à utilização do tipo de combustível e até mesmo às possibilidades de
aproveitamento de energia limpa, como a partir da luz solar. Já entre as desvantagens, é possível
apontar para o alto custo ainda existente da construção de um mecanismo de alta potência, além
da dificuldade em manter o gás pressurizado no interior do motor. Outra dificuldade tem relação
com a variação de velocidade, pois possuem lentas acelerações e desacelerações, o que torna
difícil a sua utilização em automóveis, por exemplo, que utilizam o motor de combustão interna.
Após as pesquisas os alunos montaram um protótipo do Motor de Stirling a partir de
materiais que são encontrados em casa. O motor foi feito em conjunto e o resultado foi o
apresentado na imagem abaixo:

Figura 3 Alunos montando o Motor de Stirling.

Figura 4 Motor de Stirling pronto.


5. CONCLUSÃO:
Depois de todos os experimentos realizados, pode-se concluir que a física está
presente em tudo e em todos, ademais, também se infere que tal matéria abrange, em um
âmbito maior, o mundo desde a sua origem até o final de todas as coisas.

Sobre o projeto realizado pela FAPERJ é de comum acordo que não há um projeto de
abrangência social como esse, projeto este que dá aos alunos das escolões públicas o
reconhecimento pelo seu talento para as ciências e ao mesmo tempo a oportunidade de
rever conceitos que passaram despercebidos durante o ensino médio além de possibilitar
a familiarização dos alunos com determinados conceitos.

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