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ISTA
POLO-CAXITO
DANDE,
OUTUBRO/2020
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA
ISTA
POLO-CAXITO
CURSO DE PSICOLOGIA EDUCACIONAL
DANDE,
OUTUBRO/2020
LISTA NOMINAL
1. Jorge Barão
2. Catarina de Andrade
3. Inocencia Lorenço
4. Josefa Campos
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 1
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1.2. PROPOSIÇÕES E QUESTÕES PROBLEMATIZADORAS
A angústia mobilizada por todo esse processo reflexivo, desencadeado pelo estudo
teórico e pela experiência profissional, levou ao reconhecimento de que havia uma
inquietação quanto ao tema da relação entre as famílias e a escola, a qual se traduziu em
freqüentes questionamentos por parte da pesquisadora. Foi, portanto, a vivência e o
reconhecimento deste processo que deram origem às seguintes questões
problematizadoras:
1. Qual é a relação entre psicologo escolar e o professr do II ciclo para cada um dos
seus envolvidos?
2. Qual é a importância desta relação? Em relação a quê ela é importante?
3. Qual é o seu objetivo?
4. O que a escola espera do professor e o que o professor espera do psicologo escolar?
5. O que e como os psicólogos escolares trabalham com relação aos professores?
6. Quais alternativas de intervenção podem ser desenvolvidas pelos psicólogos escolar
na actuação junto à relação professores e alunos?
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1.3. HIPOTESES
1.4. OBJETIVOS:
1.4.1. Geral
1.4.2. Específicos
1.4. METODOLOGIA
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Essa distinção que separa teoria e prática traz, como consequência, uma dissociação
entre o exercício profissional do psicólogo na escola e as elaborações teóricas necessárias a
tal exercício. Discordando desta visão dicotômica acredita-se, assim como Marinho-Araújo
e Almeida (2005), que a Psicologia Escolar define-se como um campo de produção de
conhecimentos, de pesquisa e de intervenção e que, entre outras atribuições, assume um
compromisso teórico e prático com as questões relativas à escola e a seus processos, sua
dinâmica, resultados e autores.
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2.1.1. História da Psicologia Escolar
O olhar clínico nas instituições escolares passou a ser questionado de tal forma que
um novo movimento começou a ser pensado. Não mais se enfatizada o “aluno-problema”
de forma isolada, mas com o envolvimento de toda a instituição escolar.
Professores, demais alunos, a sala de aula e até o espaço escolar começaram a ser
alvos de estudos e a serem vistos como possíveis influenciadores de comportamentos.
Sendo assim, o psicólogo escolar deixou de buscar diagnósticos para procurar entender
todo o contexto que o aluno vivencia. Hoje é preciso acolher a escola em todos os seus
movimentos, sejam eles educacionais, de gestão ou relacional. O psicólogo escolar possui
um leque enorme de possibilidades de atuação dentro de uma instituição de ensino, desde
pensar sobre o espaço até intervir nas demandas pedagógicas. Há muitos benefícios em se
ter um psicólogo atuando na escola!. O que se pretende reflectir justamente a ampliação da
função do psicólogo escolar.
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Aqui listamos 5 que consideramos ser as principais:
Avaliar a instituição: Procurar conhecer todo o espaço físico que é oferecido aos
alunos, professores e demais funcionários. Familiarizar-se com a dinâmica interna
da equipe, as regras de convivência e os processos administrativos.
Acolher os professores: Procurar estabelecer um vínculo com os professores afim
de acolher suas dificuldades e enfatizar suas facilidades, bem como receber suas
dúvidas e oferecer as devidas orientações.
Acompanhar o aluno: Procurar mostrar-se disponível ao aluno, tanto dentro como
fora da sala de aula, para ouvir e compreender o seu comportamento e suas
motivações.
Atender os pais: Procurar estreitar a relação família-escola afim de enfatizar a
importância da participação dos pais na vida escolar do filho, e também procurar
acolher, de forma grupal, as frustrações e dificuldades de manejo educativo.
Analisar as demandas pedagógicas: Procurar estudar e conhecer os métodos
pedagógicos adotados pelos professores (projectos, apostilas etc) e avaliar como a
turma recebe os mesmos. Ter conhecimento do Projecto Político Pedagógico da
escola é essencial.
O psicólogo escolar hoje, além de direcionar o seu olhar para o aluno, pode também
incluir os pais, os professores e os demais profissionais. Isso porque a escola também
passou por grandes transformações, e hoje, não se pensa mais como um depósito de
crianças, mas sim, um espaço de acolhimento, de cuidado e orientação. Assim sendo, o
psicólogo escolar estará disponível não apenas para o aluno, mas para a escola como um
todo.
De um modo geral, podemos assim dizer que a Psicologia Escolar é uma área que
vem se desenvolvendo cada vez mais ao longo do tempo, desde sua inserção no espaço
educacional até os dias actuais, a actuação do psicólogo vem se modificando e nesse
contexto, de mudanças em um curto espaço de tempo, é natural que surjam dúvidas a
respeito de quais são as atribuições desse profissional. A actuação do psicólogo escolar
então foi se modificando, pois se instaurou um olhar ampliado para o cenário escolar,
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através da ideia principal de que as pessoas que actuam na instituição, funcionários,
professores, diretores, e a inter-relação desses autores tem influência direta ou indireta na
sala de aula.
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2. Analisar as relações entre os diversos segmentos do sistema de ensino e sua
repercussão no processo de ensino para auxiliar na elaboração de procedimentos
educacionais capazes de atender às necessidades individuais;
3. Prestar serviços diretos e indiretos aos agentes educacionais, como profissional
autônomo, orientando programas de apoio administrativo e educacional;
4. Desenvolver estudos e analisar as relações pessoa-ambiente físico, material, social
e cultural quanto ao processo ensino-aprendizagem e produtividade educacional;
5. Desenvolver programas visando a qualidade de vida e cuidados indispensáveis às
actividades acadêmicas.
O desafio actual da Psicologia Escolar, segundo Tetters (1990), citado por Gomes
(2012) é a adequação da produção teórica às características econômicas, sociais, políticas e
ideológicas que influenciam a Educação, a escola, os alunos, as famílias e a sociedade.
É urgente, portanto, que a Psicologia Escolar desloque o foco de interesse individualista
das dificuldades de aprendizagem para uma proposta de trabalho colectivo e com
orientação preventiva.
Segundo Silva (2003) afirma que essa forma de transmissão perpetua uma
concepção dicotomizante do processo de ensino-aprendizagem, levando o educador a
"perceber o processo de aprender do aluno como algo individual, sem relação, portanto,
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com o seu trabalho, o ensinar" (p. 30). Esse sub-aproveitamento de conhecimentos
psicológicos na formação do educador pode ser entendido face à crença difundida de que a
Psicologia serviria apenas de base teórica para a prática pedagógica (Pedroza, 2003).
Vários estudos realizados com licenciandos (Branco, 1988; Fini, 1987; Larocca,
1996; Putini, 1988; Kullok, 2000) sinalizam que as principais críticas à disciplina
Psicologia da Educação se referem à: descontextualização da realidade, desarticulação
entre teoria e prática, insuficiência da carga horária e ausência de vinculação entre o
conteúdo psicológico e a área específica do curso do futuro professor. Tudo isso culmina
em um sentimento de frustração ao final da disciplina (Fini, 1987). No entanto, apesar das
críticas, pesquisas mostram que os conhecimentos de Psicologia são considerados
indispensáveis ao processo educativo pelos próprios estudantes licenciandos (Larocca,
1996; Guerra, 2000) e por professores já atuantes (Rodrigues & Esteves, 1993).
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trabalhar as suas dificuldades de forma individual e longe de sua turma. Com o passar do
tempo, devido a própria evolução da psicologia como uma ciência humana, o papel do
psicólogo escolar tornou-se mais amplo. O psicólogo escolar tem a atribuição de estudar e
intervir no comportamento humano no contexto da educação. Um de seus principais
objectivos é o desenvolvimento de todos aqueles que estão inseridos neste cenário.
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2.1.5. Caracterização das atividades do Psicólogo Escolar
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Assim, apoiado em seus pressupostos teóricos e estes, por sua vez, já articulado ao
conhecimento educativo, a grande contribuição do psicólogo escolar reside nos bastidores
da instituição, isto é, sua acção deve desenvolver-se prioritariamente com os professores e
não com os alunos, contribuindo para que eles estejam cada vez mais fortalecidos e
instrumentalizados para uma actuação de qualidade junto ao alunado. Hoje não temos
dúvidas de que o trabalho mais importante que um psicólogo possa desenvolver nas
instituições de educação é a formação em serviço de seus educadores. Neste sentido, sua
contribuição pode apontar algumas direções:
Ajudar o educador a refletir sobre sua infância, para melhor compreender a infância
de seus alunos;
Contribuir para que o educador infantil possa rever sua identidade enquanto
profissional, encontrando um sentido cada vez mais significativo para seu fazer
pedagógico;
Auxiliar o educador no convívio das relações grupais; - nas relações de equipa e na
construção da turma enquanto grupo;
Ajudar o educador a refletir sobre sua família para melhor compreender a dinâmica
familiar de seus alunos e novo perfil familiar;
É preciso que o psicólogo compreenda que no cenário escolar, da mesma forma que
outros técnicos presentes na escola, ele não é o protagonista da cena. Seu trabalho é nos
bastidores, buscando promover o educador em suas necessidades de reflexão e de
construção de conhecimento. Para isso é fundamental que tenha uma visão integrada desse
educador-sujeito, pois seu trabalho é ajudá-lo a se descobrir, a se desvelar, alcançando
segurança, autonomia na sala de aula. E isso só é possível através do respeito – respeito por
um conhecimento que o professor construiu referente ao quotidiano da sala de aula e que é
o objectivo primeiro da escola; e respeito pela pessoa do educador, não lhe lançando
interpretações que não está preparado para ouvir a escola não espaço para clínica
psicológica.
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intervenção de um problema escolar é a maneira mais adequada de se promover o
desenvolvimento e a aprendizagem. Nesse sentido, Neves e Almeida (2003) apontam que,
ao se colocar o professor como co-participante no processo de atendimento a seus alunos,
por exemplo, emerge um espaço de interlocução que possibilita ao professor refletir sobre
sua prática e assumir uma postura mais crítica diante das queixas escolares, por exemplo.
Segundo Codo e Gazzotti (1999), todo trabalho envolve algum investimento afetivo
por parte do trabalhador, seja na relação com os outros ou com o produto do trabalho. O
diferencial do trabalho docente está no facto de que “a relação afectiva é obrigatória para o
exercício do trabalho, é um pré-requisito, os autores afirmam, em, que para o trabalho
docente ser efectivo é necessário que se estabeleça uma relação afectiva com os alunos,
pois se esta relação não se estabelecer é ilusório acreditar que o sucesso escolar ocorrerá.
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professor consiga desempenhar satisfatoriamente seu trabalho é preciso que seja
estabelecida uma relação afectiva com seu aluno. Todavia, a grande questão surge quando
se percebe que o vínculo afectivo não se concretiza de forma satisfatória nas relações
formais de trabalho, gerando uma contradição junto ao trabalhador.
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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