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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS

LICENCIATURA EM HISTÓRIA

ÍSIS DE OLIVEIRA GONÇALVES

Leitura e análise do texto Multiculturalidade, Transculturalidade e

Interculturalidade

PETRÓPOLIS
2020
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O texto de Weissmann leva-nos a conhecer noções que promovem a compreensão

do indivíduo em seu meio sociocultural, ou melhor, como que ao transitarem por
vários lugares sociais, constroem e, si as diversas culturas que acabam compondo
um sujeito.

Pode-se compreender que a multiculturalidade implica um conjunto de cultura que

coexistem em suas singularidades, contudo, em um mesmo patamar. Segundo o
filósofo argentino Raúl Fornet-Bentancourt, é o fato de existirem múltiplas culturas
convivendo no mesmo lugar. Neste caso, trata-se apenas de organização do
espaço, em uma espécie de convivência pacífica.

Transculturalidade responde ao suposto ideológico no qual, partindo de suas

especificidades, as culturas estabelecem encontros onde diversos pontos de vista
contribuem para a formação de um todo, e o transito cultural é enriquecido através
do diálogo entre elas.

A interculturalidade, segundo Canclini, reflete confrontação e entrelaçamento

cultural, uma vez que tratam-se de grupos entrando em contínuo relacionamento e
intercâmbio, onde o resultado da diferença estabelece relações de negociação,
conflito e empréstimo recíproco, respeitando as especificidades.

Esse trânsito marca o sujeito em suas passagens por diversas culturas e o compõe,
com aparelhos psíquicos capazes de compor em si o que é estrangeiro e diferente
do lado do igual e conhecido. A autora propõe pensar esses sujeitos marcados
pelas culturas que os atravessaram ao longo de suas vidas, ou seja, “estruturando
o espaço transubjetivo como reservatório de cultura, língua e contextos sociais
vividos e marcados como experiências”.

Deste modo, ao pensarmos um sujeito com inscrições inconscientes tanto no

espaço intrassubjetivo, como no intersubjetivo e no transubjetivo, ampliamos a
forma de considerar o sujeito na constituição de sua subjetividade, e descartamos
crenças limitantes que teorizam uma eugenia cultural nos âmbitos sociais.
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