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A Autoridade é Espiritual

: Stephen Kaung
Publicação: 04/02/2011
“Autoridade é a extensão do próprio Deus”

Em primeiro lugar, a autoridade é a extensão do próprio Deus. Em outras palavras, é algo que
vem d´Ele; é natural para Ele. É o resultado de quem Ele é, o  que Ele é. É a expressão ou
manifestação de Seu próprio caráter; é parte d´Ele. Sabemos que Deus é Espírito.

Em João 4, quando a mulher samaritana estava falando com nosso Senhor Jesus, Ele
gradualmente a conduziu ao assunto da adoração. Ao explicar-lhe a adoração, o Senhor disse:
"Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade" (Jo
4:24). Assim, essencialmente Deus é Espírito, então a autoridade que vem d´Ele deve ser
espiritual por natureza. Não é algo atribuído, mas vem daquilo que Ele é. Não é posicional, é
espiritual.

É verdade que Deus tem uma posição. Cantamos a canção: "Nós O colocamos nas alturas". Ele
tem a mais elevada posição, isso é verdade, mas é por causa daquilo que Ele é, não por aquilo
que Ele faz. Sua posição é o resultado de Sua espiritualidade. Porque Ele é Espírito, Sua
autoridade é essencialmente espiritual. Não é algo a ser obtido, mas Sua autoridade é inerente a
Ele mesmo.

Em Filipenses é dito que o Senhor Jesus, o Filho de Deus, é igual a Deus. Esta é a Sua posição,
mas ela não é uma coisa a ser usurpada por ser Sua. Quando Ele estava em Sua última viagem
a Jerusalém antes de Sua crucificação, os discípulos pensaram que este seria o tempo da
glorificação de seu Mestre, o tempo em que o Senhor Jesus iria a Jerusalém para reivindicar Seu
reino. É verdade que este seria o tempo de Sua glorificação, mas isso não significava assumir o
trono na Terra. Pelo contrário, se lermos as Escrituras veremos que a glorificação da qual estava
falando era na realidade Sua crucificação, porém os discípulos não entenderam assim. Eles
pensaram que o Senhor estava indo para Jerusalém para receber Seu reino. Por isso aquele foi
um tempo muito crítico para eles. 

Durante os três anos e meio que seguiram o Senhor Jesus, argumentaram entre eles mesmos
todo o tempo sobre qual deles era o maior. Muitas e muitas vezes o Senhor tentou corrigi-los e
os instruir, mas de alguma forma isso não penetrou no seu coração. Por isso mesmo no último
minuto ainda estavam pensando a mesma coisa, e esta era a última oportunidade.

Em Marcos 10:35-40 lemos a história de João e Tiago, que se  aproximaram do Senhor Jesus e
disseram: "Mestre, queremos que nos concedas o que te vamos pedir". E o Senhor disse: "Que
quereis que vos faça?". Eles responderam: "Permite-nos que, na tua glória, nos assentemos um
à tua direita e o outro à tua esquerda." (v. 37). Isso é posição. Eles pensavam que autoridade
era uma questão de posição. Se você puder ter a posição à direita e à esquerda, então pode ter
toda a autoridade da direita e da esquerda. Como nosso Senhor Jesus respondeu a eles? "Podeis
vós beber o cálice que eu bebo ou receber o batismo com que eu sou batizado?" (v. 38). Na
realidade, João e Tiago não entenderam sobre o que o Senhor estava falando porque a mente
deles estava cheia desta questão do lado direito e esquerdo. Tudo o que o Senhor disse nem ao
menos consideraram, nem ao menos souberam o que Ele realmente dizia, porque queriam tanto
aquela posição, que disseram: "Sim. Seremos batizados com o batismo com o qual serás
batizado, muito embora não saibamos o que esse batismo significa. Beberemos o cálice que Tu
irás beber, muito embora não saibamos o que é este cálice. Mas queremos a posição". E o
Senhor disse: "... não me compete concedê-lo; porque é para aqueles a quem está preparado"
(v. 40). Em outras palavras, aqui o Senhor está dizendo: "Vocês devem beber o cálice que
beberei". Com certeza você rapidamente conecta este com a cena do Getsêmani, em que nosso
Senhor, na noite em que foi traído, entrou naquele jardim. Ele estava profundamente  abatido e
pediu aos Seus três discípulos para esperarem ali e orar com Ele. Distanciou-se um pouco e
agonizou em oração: "Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu
quero, e sim como tu queres". Este é o cálice sobre o qual Ele estava falando (veja Mt 26:36-
39). O que é o cálice? O cálice é uma porção. Muito embora o cálice do qual nosso Senhor Jesus
estivesse falando fosse amargo, ele representa a vontade de Deus. Qualquer que seja a vontade
de Deus, amarga ou doce, "seja feita a Tua vontade".

Quando nosso Senhor Jesus, que era igual a Deus, esvaziou a Si mesmo, tomou a forma de
servo, mesmo que na forma de um homem. Ao fazer isso, colocou de lado a glória, o poder e a
honra que eram Seus direitos como Deus. Ele não colocou de lado Sua deidade. Não, Ele não
podia fazê-lo. Ele ainda é Deus. Mas colocou de lado todas as coisas pertencentes a Deus -
poder, glória, honra, majestade, adoração. Esvaziou a Si mesmo de todas as coisas para que se
tornasse homem, para se tornar um escravo diante de Deus. O cálice Senhor desistiu de muitas
coisas. E muito embora tenha aberto mão da glória, honra e poder inerentes à Sua deidade
quando se tornou homem, isso não tocou Seu caráter. Ele ainda é santo, ainda é perfeito, ainda
é puro. Isso não tocou Seu próprio ser, Seu caráter.

Mas por que, no jardim do Getsêmani, nosso Senhor agonizou tanto por causa desta questão do
cálice? Porque, ao beber o cálice, isso tocou Seu próprio ser, Seu próprio caráter - Ele, que não
conhecia nenhum pecado, foi feito pecado por nós. Esta é a razão de Ele ter recuado como um
perfeito homem. Mas mesmo assim, por causa do amor que teve para conosco, quis ser sujado,
contaminado, completamente mal entendido, rejeitado por Deus e pelo homem para nos salvar.
Pense no amor de Cristo! Este é o cálice sobre o qual estava falando, e Ele quis beber dele
completamente. O Senhor disse: "Podeis vós beber o cálice que eu bebo?". Em outras palavras,
vocês querem aceitar a vontade do Pai, seja qual for? Você sabe o que somos: se é um cálice
doce, nós o desfrutamos; se é um cálice amargo, queremos que ele passe de nós. Mas o Senhor
disse: "Se vós realmente quereis autoridade, ela não é uma questão de posição, mas de
espiritualidade".

O que é espiritualidade? Ela simplesmente significa que aqui está uma pessoa que quer aceitar a
vontade de Deus, seja ela qual for. "Podeis vós (.) receber o batismo com que eu sou batizado?"
Certamente o batismo ao qual Ele se refere é a cruz. Bem no princípio de Seu ministério Ele foi
batizado por João Batista para cumprir toda a justiça. Este batismo realmente é um tipo de cruz
onde Ele seria crucificado.

 
Um Dia de Regozijo
Stephen Kaung : Revista À Maturidade
Publicação: 28/01/2011
"Como ansiamos pela parousia do nosso Senhor, a presença do nosso Senhor"

 Como ansiamos pela parousia do nosso Senhor, a presença do nosso Senhor! Como ansiamos
por ser tomados, ser arrebatados até a Sua presença, e estar com Ele! Este é o dia para o qual
todos nós olhamos com expectativas, com antecipação. Este é o dia de Cristo, como Paulo
mencionou em suas epístolas.
 

Com regozijo nós esperamos este dia, porque será quando estaremos todos em Sua presença,
Sua presença estará conosco, e nós estaremos todos juntos. Que ajuntamento será este! E ele
introduzirá as bodas do cordeiro!
 É a vontade de Deus que quando a parousia vier, quando o arrebatamento acontecer, este seja
o dia mais feliz, um dia de grande regozijo. Este é o dia quando entraremos em todas as coisas
que Deus preparou para os Seus, mesmo antes da fundação do mundo, em Cristo Jesus. Isto é o
que este dia representa, e o que deveria representar para nós.
 Na parousia do senhor, quando todos tivermos sido arrebatados e estivermos reunidos em Sua
presença, nos ares, haverá então o tribunal de Cristo, onde todos seremos manifestos. Ali todos
seremos julgados de acordo com o que tivermos feito enquanto neste corpo, após termos sidos
salvos, após termos nos tornado filhos de Deus, após termos nos tornado membros da família de
Deus. Você anseia por este dia? O tribunal de Cristo deve ser um tempo de alegria. Por que?
Porque ali haverá recompensa para aqueles que vigiaram e oraram a todo o tempo, para aqueles
que guardaram a palavra da Sua paciência, para aqueles que venceram pelo sangue do
Cordeiro, pela palavra do seu testemunho, e que não amaram suas vidas até a morte. Para
aqueles que receberam voluntariamente a disciplina do Pai  e que foram guiados pelo Espirito de
Deus, o Trribunal de cristo será o dia da sua reivindicação. Todos os seus sofrmentos, tudo o
que eles deixaram, tudo o que eles deixaram, tudo o que pareceu tolice aos olhos das pessoas...
naquele dia, no julgamento de cristo, eles serão justificados. Entretanto, para aqueles crentes
que não vigiam, não oram, que estão ansiosos de obter tudo o que podem neste mundo, que
não podem esperar pelo futuro, que não guardam a palavra da Sua paciência, que insistem em
seus direitos aqui agora, estes estão derrotados, seus corações estão ocupados em saciarem-se,
em beberem, ocupados com os cuidados desta vida. Eles podem ser vistos pelas outras pessoas
como sábios, mas no tribunal de Cristo eles serão descobertos, e para eles haverá choro e
ranger de dentes. Após sermos salvos, após termos a vida de Cristo em nós – a nova vida, a
nova natureza - é de se esperar que esta nova vida seja desenvolvida em um novo caráter.
Porque já não mais vivemos, mas Cristo vive em nós; protanto deveria haver boas obras.
Devemos fazer a vontade de Deus. Somos pela graça, através da fé. Mas após sermos salvos,
como membors da família de Deus, nosso Pai celestial espera que nos comportemos como Seus
filhos.

Vigiai

 Esta é a razão pela qual o Senhor disse: “Vigiai, portanto, porque não sabeis em que dia vem o
vosso Senhor”. (Mateus 24:42). Nós não sabemos quando o Senhor virá – a hora e o dia não
sabemos – mas de uma coisa sabemos, Ele disse:
 “Mas considerai isto (isto é algo que vocês devem saber): se o pai de família soubesse a que
hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa.”(Mateus 24:43).
 Não sabemos quando, mas sabemos que Ele vem. Por isso devemos vigiar, estar prarados
prontos para a Sua vinda a qualquer tempo. Se assim o fizermos, então Ele não nos
surpreenderá.
Esteja Preparado
 “Por isso ficai também vós apercebidos, porque a hora em que não cuidais, o Filho do homem
virá”. (Matheus 24:44) Esteja preparado. Em vista a volta do Senhor nós deveríamos estar
sempre preparados, a todo momento.
Quem, Pois?

“Quem é, pois, o servo fiel e prudente a quem o Senhor confiou os seus conservos para dar-lhes
o sustento a seu tempo?” (Mateus 24:45).

“Quem é, pois...” Sublinhe a palavra “Pois”. Ela fornece o tempo. Esta parábola que o nosso
Senho Jesus conta se refere a este tempo particular. Se refere à vinda do Senhor. O Senhor está
voltando e por isso Ele nos desafia. Ele faz uma pergunta: “Quem, pois?” Ao ler está parábola,
não pense que nela você tem dois servos. Na verdade, há apenas um servo aqui, e este servo
representa todos nós. Ou você é o servo fiel e prudente, ou você , a mesma pessoa, é o servo
mau. Creio que todos sabemos que, no que concerne à graça de Deus, ao dom de Deus, à luz de
Deus, todos somos filhos de Deus. Mas, ao mesmo tempo, no tocante à nossa responsabilidade,
ao nosso serviço, nós somos todos escravos. Fomos todos comprados com um preço. Já não
somos mais nossos, e devemos servir ao nosso Mestre. Aqui nós encontramos a
responsabilidade cristã. Nós que recebemos a graça de Deus, temos uma responsablidade com
essa graça. Ele agora está ausente, mas confiou a nós Sua casa, a casa de Deus. Nós estamos
na casa de Deus e Ele, nosso Mestre, agora está ausente, mas nos encarregou de cuidar dos
negócios da casa. Ele quer que nós providenciemos comida no tempo devido, que nós nutramos,
edifiquemos a Sua casa.

O Servo Fiel e Prudente

 O que é fidelidade? Fidelidade é realizar diligentemente a vontade de Deus, do Mestre. O que é


requerido de um mordomo é a fidelidade. Deus está buscando fidelidade entre o Seu povo.
 O que é ser prudente, sábio? É conhecer a vontade e o coração do Mestre. Nós, como escravis
de Cristo, devemos entender como o nosso Mestre ama a Sua casa. Ele ama a Igreja. Ele se
entregou por ela, e nós  precisamos conhecer quais são as Suas expectativas para com essa
casa-como Ele a nutre e cuida dela, como Ele a purifica, como Ele espera que essa casa, esse
corpo, cresça até à plena maturidade, à plenitude da estatura de Cristo, para que Ele possa
recebê-lo como Sua noiva. Ele espera uma igreja gloriosa, sem mancha ou ruga, santa e
inculpável, Este é o coração do Mestre. Nós devemos saber isto, e assim sermos fiéis em realizar
esta vontade.

 Como escravos na casa de Deus, nós precisamos servi-lo fielmente dispensando comida em
tempo devido. Lógico, a comida aqui é Cristo. Ele é o pão da vida e nós, que temos a Cristo, que
temos experimentado a Ele, devemos contribuir, devemos compartilhar o Cristo que conhecemos
com os outros da casa, para nitrí-los, para ajudar a edificá-los. Devemos lhes prover comida a
seu tempo. Esta é a nossa responsabilidade.

Nossa Ambição

 “É pro isso que também nos esforçamos, quer presentes, quer ausentes, para lhe ser
agradáveis.” (II Coríntios 5:9)
 Tendo em vista o fato de que todos nós devemos comparacer diante do tribunal de Cristo,
sejamos, portanto, zelosos. São, utilizadas diferentes palavras nas diversas versões. Algumas
dizem “nós labutamos”; outras dizem “nós lutamos, ou “nós somos ambiciosos”. Deveríamos ser
ambiciosos em vista da volta do Senhor, em vista do tribunal de Cristo. E qual é a nossa
ambição? Seja presente ou ausente, isto é, estando vivos ou mortos nós queremos ser
agradáveis a Cristo. Em algumas versões é dito: “nós queremos estar agradando a Ele”.

 O Senhor está voltando, o Rei está voltando. Ele está vindo com glória, está vindo com Seu
reino. Ele está vindo para julgar os Seus santos. Ele está vindo para recompensar aqueles que
são fiéis. Tendo o conhecimento deste fato, não deveríamos ser zelosos? Não podemos permitir
sermos indiferentes. Não deveríamos batalhar e nos esforçarmos? Não podemos ser preguiçosos
e indolentes. Não deveríamos ser ambiciosos em vez de passivos ou negativos? Deveria haver
um ardente desejo dentro de nós. Porque Ele está vindo em glória, nós queremos viver
agradando a Ele. Queremos fazer tudo que O deixe feliz, se assim o fizermos, quando então nos
apresentarmos diante Dele não seremos envergonhados, e Ele não se evergonhará de nós.

 Portanto, o que precisamos fazer é somente isto. Precisamos viver diariamente á luz do Tribunal
de Cristo. Todos os dias deixemos que a luz do Tribunal de Cristo brilhe sobre nós. Não
permitamos que nem um só dia se passe com algo ficando para trás, um pecado não
confessado, uma controvérsia não solucionada. Vivamos a cada dia à luz do tribunal de Cristo
como se este tribunal fosse agora. Peritamos que esta luz brilhe sobre nós. Não somos perfeitos,
mas a cada dia deixemos que todos os nossos pecados, faltas e pensamentos sejam confessados
e colocados sob o sangue do Cordeiro. O que quer que estiver sob o sangue não será trazido à
cena do Tribunal  de Cristo, mas tudo o que não estiver sob o sangue será anunciado e
declarado abertamente, publicamente neste tribunal. Oh, o sangue do Cordeiro! Como nós
necessitamos do sangue, “Se andarmos na luz, como Ele está na luz, mantemos comunhão uns
com os outros, e o sangue de Jesus, Seu Filho, nos purifica de todo pecado” (I João 1:7).

 Andemos diariamente à luz do Tribunal de Cristo. Diariamente neguemos a nós mesmos,


tomemos a nossa cruz e o sigamos. Diariamente façamos a Sua vontade, não para agradar a
outras pessoas, mas vivamos para agradar Ele, como o nosso Senhor agradou ao Pai todos os
dias de Sua carne. Se assim procedermos, não há necessidade de temermos o tribunal de Cristo,
pelo contrário, ansiaremos por este dia porque sabemos que o temos agradado, sabemos que
tudo será reivindicado.
 O tribunal de Cristo acontecerá neste glorioso dia da Sua presença, quando estaremos reunidos
com Ele. Que este dia possa ser glorioso quando chegar.

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