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ÓRGÃOS DE MÁQUINAS

Aula

CHUMACEIRAS

Zdena Tavares

Licenciatura em Engenharia Mecânica, 3°ano

PRINCIPAIS TÓPICOS ABORDADOS NA AULA

• Chumaceiras
− Função, forma, construção e lubrificação
• Selecção de tipo de chumaceira
− Vantagens e desvantagens
• Lubrificação e Desgaste
− Lubrificação hidrodinâmica e lubrificação imperfeita
• Chumaceiras de escorregamento
− Parâmetros de projecto
− Casquilhos
• Chumaceiras de rolamento - Rolamentos
− Rolamentos de esferas
− Rolamentos de rolos
− Selecção de rolamentos: vida útil, carga, etc.
− Aplicações
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FUNÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
• Chumaceiras são elementos de máquinas para o apoio de veios com movimento de
rotação, com o sem a possibilidade de absorver pequenos desvios, angulares e axiais,
do veio. Elas permitem um movimento relativo, mas impondo certos constrangimentos.
• A função principal das chumaceiras é minimizar atrito e, desta forma, aumentar
o rendimento do sistema mecânico, entre partes que se movem entre si. Além
disso, elas amortecem choques ou vibrações.
• As chumaceiras classificar-se quanto a função, forma, construção e lubrificação.

• Quanto à função, as chumaceiras podem classificar-se como:


− radiais ou cilíndricas: não suportam cargas axiais e impedem os
deslocamentos radiais (ou seja, na direcção do raio do veio), mantendo o veio
no seu eixo e absorvem esforços (solicitações) transversais;
− axiais ou de impulso: não suportam cargas radiais e impedem os
deslocamentos axiais (ou seja, na direcção do eixo do veio), absorvendo
solicitações longitudinais;
− angulares ou mistas: suportam cargas radiais e axiais e impedem
simultaneamente deslocamentos radiais e axiais, transmitindo as cargas numa
direcção oblíqua, u seja, com componentes radial e axial;
− de guia: destinam-se a controlar o deslocamento dum órgão com movimento
rectilíneo e, de modo geral, evitam o movimento de rotação.

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CLASSIFICAÇÃO

Chumaceiras radiais ou cilíndricas

Chumaceiras axiais ou de impulso Chumaceiras angulares ou mistas

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CLASSIFICAÇÃO
• Quanto à forma, as chumaceiras podem classificar-se como:
− de escorregamento (ou lisas): quando o movimento relativo entre o moente
(veio) e o apoio é de escorregamento (deslizamento), sendo o contacto entre os
2 órgãos impedido pela formação de uma película de lubrificante, ou seja, a carga
principal é transferida por meio de elementos de contacto, por escorregamento;
geralmente, são constituídas por um casquilho, fixado num suporte.
− de rolamento: quando o movimento relativo entre o moente (veio) e o apoio é de
rolamento, sendo o contacto entre os 2 órgãos através de um rolamento montado
de rolos ou de esferas; a carga principal é transferida por meio de elementos de
contacto, por rolamento. Geralmente são constituídas por 2 anéis concêntricos,
entre os quais são colocados elementos rolantes como esferas, rolos e agulhas.
− mistas: quando existem simultaneamente atrito de rolamento e de
escorregamento.

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CLASSIFICAÇÃO

• Quanto à construção, as chumaceiras podem classificar-se como:


− autocompensadoras: os veios, após a montagem e a entrada em funcionamento,
são automaticamente centrados;
− rígidas: após a montagem, mantém a posição invariável, não permitindo nenhum
desalinhamento;
− de segmentos: uma das superfícies activas é segmentada, permitindo a formação
automática de uma película lubrificante;
− elásticas: um dos apoios é elástico ou elasticamente suportado, permitindo as
deformações necessárias ao bom alinhamento e à formação da película
lubrificante.

Exemplo de um casquilho de segmentos

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CLASSIFICAÇÃO
• A lubrificação das chumaceiras pode ocorrer:
− automaticamente: a rotação do moente (veio) provoca a formação de uma
película de lubrificante que é interrompida quando deixa de haver movimento
relativo;
− intermitentemente: o lubrificante é colocado periodicamente na chumaceira, por
um sistema de gota a gota, mecha, etc., independente da velocidade de rotação. É
um sistema barato, mas de difícil controlo do modo como é feita a alimentação do
lubrificante, que, em geral, não é recuperável;

− por imersão: as superfícies em movimento relativo estão imersas num


reservatório de lubrificante (este sistema obriga ao uso de vedantes para evitar a
saída do lubrificante do cárter);
− por chapinhagem: parte do órgão móvel mergulha no lubrificante, transportando-
o para as chumaceiras. Normalmente obtém-se uma lubrificação contínua. Este
sistema é usado, por exemplo, nos motores de combustão interna.
− sob pressão: a é feita sob pressão, através de uma bomba;
− por sistema mecânico centralizado: o mesmo sistema alimenta vários postos de
lubrificação da máquina.

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SELECÇÃO DE TIPO DE CHUMACEIRA


• As chumaceiras de escorregamento têm um grande campo de aplicação, desde
apoios de elementos altamente solicitados, tais como cambotas, bielas e outras
aplicações em que as cargas são pequenas e a sua importância relativa menor.
• Este tipo de chumaceiras tem seguintes propriedades:
− podem ser utilizadas em aplicações com altas velocidades e temperaturas,
garantindo durações muito elevadas com fiabilidade próxima dos 100%;
− servem tanto para cargas grandes como para pequenas;
− a área de lubrificação relativamente grande amortece vibrações, choques e ruído;
− são menos sensíveis aos choques e às poeiras;
− possuem folgas no apoio mais reduzidas;
− têm tolerâncias de ajustamento relativamente grandes;
− para grandes diâmetros são mais baratos do que os apoios de rolamento.
• Um dos inconvenientes das chumaceiras de escorregamento prende-se com:
− a necessidade de uma lubrificação perfeita, exigindo a existência de cárteres e
velocidades de rotação relativamente elevadas; novos materiais, polímeros e
materiais sinterizados de baixo coef. de atrito e bastante resistentes ao desgaste,
aplicados em casquilhos, aumenta aplicação.  lubrificação é reduzida ou nula.
− a baixas velocidades e no arranque problemas de lubrificação  desgaste.

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SELECÇÃO DE TIPO DE CHUMACEIRA
• As chumaceiras de rolamento (rolamentos) são elementos de apoio de veios de
grande aplicação, em especial quando as velocidades de rotação não são muito
elevadas, ou seja, para velocidades baixas e médias. Embora sejam uma solução, em
geral, mais cara do que as chumaceiras de escorregamento, a sua utilização é mais
simples, porque as condições de lubrificação são menos exigentes e é em muitos
casos suficiente usar como lubrificantes massas consistentes.
• As principais vantagens dos rolamentos em relação às chumaceiras hidrodinâmicas
(chumaceiras de escorregamento) são:
− a capacidade de suportar cargas combinadas axiais e radiais (em alguns tipos de
rolamentos),
− maior capacidade de carga por mm de largura de apoio,
− a baixa sensibilidade a interrupções na lubrificação,
− a capacidade de vedar o lubrificante no interior da vedação,
− a facilidade de arranque a baixas temperaturas,
− o baixo atrito,
− maior liberdade na escolha do material do veio e
− maior normalização.  as chumaceiras de rolamento são um dos tipos de
componentes mecânicos que o projectista não dimensiona, limitando-se a
seleccioná-lo a partir do catálogo do fabricante.
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SELECÇÃO DE TIPO DE CHUMACEIRA

• As principais desvantagens dos rolamentos são:


− possuem uma vida à fadiga finita,
− exigem maior espaço radial (mas um menor espaço axial),
− têm baixa capacidade de amortecimento e não suportam choques fortes em
repouso,
− têm maior nível de ruído,
− suportam somente pequenos desalinhamentos e
− têm aplicação limitada em grandes rolamentos radiais de baixa rotação - preço
elevado e diâmetros exteriores elevados, e em apoios axiais submetidos a
grandes cargas, por exemplo, turbinas e geradores.

• O que diz respeito à produção de calor, essa é igual para ambos os tipos de
chumaceiras, para o mesmo regime de carga.

• As vantagens e desvantagens destes tipos de chumaceiras fazem com que cada


um deles seja o mais apropriado para algumas aplicações, não se podendo
afirmar que um seja melhor que o outro.

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SELECÇÃO DE TIPO DE CHUMACEIRA

• Factores que influenciam escolha do tipo de chumaceira incluem:


− espaço disponível,
− cargas - a magnitude e a direcção (radial, axial ou mista),
− precisão,
− desalinhamento admissível,
− velocidade de rotação,
− nível do ruído,
− rigidez,
− deslocamento axial e
− frequência e facilidade de montagem/desmontagem.

• Tendo por base a boa prática de engenharia e a gama de produtos existentes no


mercado, foram estabelecidos ábacos que servem de guias práticos para a selecção
do tipo de chumaceira em função de diâmetro do veio, velocidade do veio e carga
aplicada, como o exemplo mostrado na figura.

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SELECÇÃO DE TIPO DE CHUMACEIRA

Exemplo de guia geral de selecção de chumaceiras radiais


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LUBRIFICAÇÃO E DESGASTE
• Quando duas superfícies sólidas deslizam em contacto uma com a outra ocorre atrito
e desgaste.
• O desgaste consiste na danificação ou na destruição do material na superfície.

• Na generalidade de aplicações, em particular em chumaceiras, o atrito e o desgaste


são altamente prejudiciais ao funcionamento adequado dos sistemas mecânicos:
− o atrito gera calor e perda de potência;
− o desgaste, por sua vez, conduz a uma redução da vida dos componentes e
favorece o aparecimento de vibrações e ruídos.

• A lubrificação pode ser entendida como u processo que tem em vista reduzir o atrito
e o desgaste (e consequentemente, o aquecimento) de órgãos de máquinas que
tenham movimento rotativo.
• Qualquer substância (sólida, líquida ou gasosa) que, quando introduzida entre
superfícies móveis, satisfaz este objectivo pode ser definida como lubrificante.
• Os requisitos principais são:
− viscosidade baixa (reduzida resistência ao corte);
− boa condutividade térmica, para possibilitar uma dissipação rápida do calor gerado
por atrito;
− capacidade para proteger as superfícies dos elementos contra a corrosão.

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LUBRIFICAÇÃO
• Os óleos minerais e sintéticos são os lubrificantes mais utilizados e os que
garantem os três requisitos básicos anteriormente referidos, além disso, apresentam
algumas características adicionais muito vantajosas, tais como:
− baixo custo e abundância;
− propriedades físicas e químicas rigorosamente controláveis na produção;
− gama de temperaturas de utilização cobrindo a grande maioria das aplicações
industriais;
− períodos de vida economicamente adequados;
− miscibilidade com aditivos, o que permite melhorar as suas propriedades;
− compatibilidade com os empanques e vedantes vulgares;
− ausência de toxicidade.
• A maioria dos lubrificantes foi desenvolvida para ser utilizada em componentes de aço.
• Com a evolução tecnológica surgem cada vez mais equipamentos e componentes
sujeitos a carregamentos mais severos e temperaturas mais elevadas.  o recurso a
materiais cerâmicos e tratamentos de endurecimento superficial dos materiais
(cementação, revestimentos superficiais, têmpera, etc., criando condições favoráveis
para o aparecimento de avarias de fadiga por micropitting), exigindo dos lubrificantes
novos requisitos que os habilitem a responder adequadamente às novas e mais
severas condições de funcionamento.
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LUBRIFICAÇÃO
• Os elementos de máquinas que exigem uma lubrificação mais cuidadosa são as
chumaceiras de escorregamento, os rolamentos, as engrenagens, os cames e as
partes móveis de motores.
• Nas chumaceiras de escorregamento, existe um veio que roda ou oscila sobre a
chumaceira (ou casquilho) originando um movimento relativo de escorregamento.

• A lubrificação hidrodinâmica ocorre quando o casquilho e o veio são separados por


uma película de lubrificante relativamente espessa que impede o contacto
intermetálico.
• A formação da película lubrificante é garantida através da pressão na película
lubrificante criada pelo movimento das partes móveis e pela convergência das
superfícies, que origina uma cunha lubrificante.  uma relação entre a viscosidade, a
pressão e a velocidade.

• Este mecanismo só se desenvolve a partir de certas


velocidades, geralmente elevadas, e é controlado pelas
leis da dinâmica de fluidos, ocorrendo tipicamente nas
chumaceiras de escorregamento radiais e de impulso.
• Esta lubrificação não depende da alimentação do
lubrificante feita sob pressão, embora possa ocorrer
também nas situações de lubrificação forçada.

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LUBRIFICAÇÃO

• A lubrificação imperfeita ocorre quando, por qualquer motivo, a espessura da


película lubrificante se torna muito reduzida, podendo, nalguns pontos da superfície de
contacto (onde as irregularidades da superfície de contacto sejam mais pronunciadas),
ocorrer a rotura da película e um consequente contacto intermetálico.
• As propriedades do lubrificante tornam-se pouco importantes neste caso, sendo os
mecanismos de lubrificação governados pelas propriedades físicas e químicas das
camadas superficiais dos elementos metálicos.

• As principais razões para que ocorra a lubrificação imperfeita são:


− uma pequena área da superfície de contacto;
− uma baixa velocidade relativa das peças;
− uma reduzida quantidade de lubrificante fornecida no regime de lubrificação;
− um aumento da carga na chumaceira e a ocorrência de um aumento da
temperatura do lubrificante.

• No caso da lubrificação hidrodinâmica, a transição da lubrificação estável para a


lubrificação imperfeita é progressiva e não súbita.
• Para a lubrificação imperfeita, a composição química do lubrificante é muito
importante, mais do que a própria viscosidade.

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LUBRIFICAÇÃO

Valores do coeficiente de atrito associado aos vários regimes de lubrificação

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CHUMACEIRAS DE ESCORREGAMENTO
• O projecto de chumaceiras de escorregamento controlam 2 conjuntos de variáveis.
• O primeiro grupo é constituído pelas variáveis (independentes) que podem ou não ser
controladas pelo projectista, e que são:
− a viscosidade (absoluta) - µ, em Pa.s
− a carga por unidade de área projectada - P, em Pa
− a velocidade de rotação - N, em rps
− as dimensões do veio: raio (exterior) do veio - r, folga radial - c, o ângulo de uma
chumaceira parcial - β (β = 360º para uma chumaceira inteira) e
− a largura - ℓ.
• A velocidade, em geral, é imposta pela máquina e a
viscosidade pode ser controlada dentro de limites.
• As restantes variáveis podem ser controladas e sobre
elas recaem as decisões do projectista.
• Um segundo grupo de variáveis dependentes e que
só podem ser controladas pelo projectista fazendo
variar uma ou mais das variáveis independentes são:
− o coeficiente de atrito - f,
− o aumento da temperatura - ∆T,
− o caudal do lubrificante - Q,
− a espessura mínima da película lubrificante - h0.

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CHUMACEIRAS DE ESCORREGAMENTO
• Ao dimensionar uma chumaceira de escorregamento com lubrificação hidrodinâmica,
é necessário escolher adequadamente o óleo lubrificante e os parâmetros do veio,
P, N, r, c e ℓ.  uma escolha inadequada destes parâmetros ou um controlo
incorrecto durante o fabrico ou no funcionamento podem originar a formação de uma
película demasiado fina com caudal reduzido que conduz a um sobreaquecimento e,
até, à falha.
• Um dos parâmetros mais difíceis de controlar é a folga, depende do material, do
acabamento superficial e da velocidade:
− a folga muito pequena  a temperatura de saída e o calor gerado são elevados e
a espessura da película é reduzida.  rotura por fadiga; a película demasiado fina
pode originar elevado desgaste na presença de impurezas que não passam entre
o casquilho e o veio sem contacto. a gripagem.
− a folga muito elevada  a chumaceira torna-se muito ruidosa e a espessura
mínima da película diminui.
Características de alguns materiais para casquilhos

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CHUMACEIRAS DE ESCORREGAMENTO
• A relação ℓ/d depende das condições de lubrificação que se pretendem:
− Uma chumaceira com ℓ/d grande reduz o coeficiente de atrito e o escoamento
lateral.  preferível quando a lubrificação é por película fina ou mesmo imperfeita.
− Pelo contrário, nas chumaceiras alimentadas sob pressão, a relação ℓ/d deve ser
pequena. Neste caso, os casquilhos permitem ainda um grande caudal pelos
topos, o que contribui para o arrefecimento.
• A prática industrial actual utiliza preferencialmente chumaceiras curtas com
relações ℓ/d entre ¼ e 1.
• O diâmetro d e o comprimento ℓ de uma chumaceira dependem do valor da pressão.
Pressões P usadas em chumaceiras de casquilhos

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CASQUILHOS
• Um casquilho pode ser simplesmente um furo maquinado no corpo duma máquina
em ferro fundido ou mais complexo, como é o caso dos casquilhos de grandes
dimensões, arrefecidos por água e lubrificados por anel nas chumaceiras de
lubrificação autónoma de maquinaria pesada.
• Nalguns casos, como por exemplo no dos casquilhos de cambotas de automóvel, são
compostos por duas peças, têm canais de lubrificação e são alimentados sob pressão.
• As vezes, casquilhos podem ser revestidos internamente com materiais de baixo
coeficiente de atrito e elevada resistência ao desgaste.

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CASQUILHOS

• Um bom material para casquilhos deve:


− compatibilizar uma resistência satisfatória à compressão e à fadiga com a
qualidade de ser macio,
− ter baixa temperatura de fusão e baixo módulo de elasticidade, para poder
desgastar-se e deformar-se de forma a absorver partículas estranhas.
• A resistência ao desgaste e o coeficiente de atrito baixo são também propriedades
importantes.  os casquilhos trabalham em regime de lubrificação imperfeita.
• Outros factores de selecção são a resistência à corrosão e o preço.
• A vida dum casquilho pode ser substancialmente aumentada depositando uma película
de uma liga antifricção ou de outro metal branco, de espessura entre 0,25 µm e 350
µm, sobre uma base de aço.
• Uma excelente combinação para casquilhos pode ser constituída por uma base de aço
para garantir resistência sobre a qual se deposita uma liga de cobre (Cu) e chumbo
(Pb) e por uma película antifricção para proporcionar características anticorrosivas e
superficiais.
• No caso dos casquilhos destinados a trabalhar com lubrificação imperfeita, os
materiais sinterizados porosos podem funcionar como “armazéns” de lubrificante.

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CASQUILHOS

Materiais para casquilhos de lubrificação imperfeita

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