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Todo aquele que quiser ser espírita, tem de deixar muito da sua ânsia de ser
compreendido.
Não pode ser hipersensível, não pode mergulhar nas susceptibilidades. Tem de ser,
realmente, fraterno e compreensivo. Porque todos nós estamos na terra numa grande
viagem, vocês encarnados principalmente.
Mas vocês estão, também, realizando uma grande viagem interior. Vocês estão
conhecendo o caráter, a personalidade, os sentimentos que vocês agasalham dentro da
alma e do coração e que só vocês conhecem.
Essa viagem interior, que todos os espíritas devem fazer, que se todas as criaturas a
fizessem seria muito bom, é aquela de auto reconhecimento.
Sabemos que estamos caminhando, trazendo muita coisa que podemos deixar pelos
caminhos da terra, para que as nossas almas sejam aladas e consigam empreender o
grande vôo para o cimo da Luz.
Sem essa viagem interior com esses permanentes bloqueios que nós teimamos em fazer,
não reconhecendo nossas falhas, nossas dúvidas, nossos conflitos, nossas neuroses,
nossos traumas, transferindo sempre para o exterior tudo o que sofremos - nós não
conseguiremos obter a nossa libertação.
É preciso, meus filhos, viajarmos dentro de nossa própria alma. Porque na grande
viagem reencarnatória, dependendo ou não de vocês, vocês terão lutas e problemas, que,
muitas vezes, esse ponto de agressão, de sentimentos inferiores. Mas, dentro do nosso
espírito não, somos senhores absolutos do que pensamos, do que queremos, do que
realizamos. Por isso, se as nossas chagas interiores, só nos mesmos podemos curá-las.
Que o mestre, que com suas mãos chagadas cura as chagas de nossas mãos, que nem
sempre trabalham pelo próximo e que, muitas vezes, se feriram, ferindo semelhante, que
esse mestre possa, com as suas mãos divinas, acalentar a todos nós, na luz do seu
infinito, do seu imenso e bondoso amor.