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Sabe aquele momento em que aconteceu uma conversa entre almas, onde imperou a espontaneidade do coração?
Ah... como é bom viver isso!
Por que será então que não podemos multiplicar esses momentos?
O que impede a nós – homens e mulheres in love – de sermos assim, livres, leves e verdadeiros todo o tempo?
O que nos trava o coração? O que cala nossa boca?
O que faz nossos lábios pronunciarem palavras ásperas dirigidas a quem amamos?
Eu não tenho todas as respostas. Mas convido você a refletir um pouquinho comigo.
E tenho certeza que juntos chegaremos a conclusões bem interessantes.
No mundo das relações entende-se que são duas as necessidades mais básicas das
pessoas: receber carinho e ser reconhecido.
Me conta quem é que não gosta disso!!!!
Um cafuné na hora certa, palavras de afeto num momento difícil... e a qualquer momento
também, claro! Um elogio sincero, um gesto autêntico de gratidão...
É bem verdade que algumas pessoas parecem agir de forma a provocar o afastamento e
o desamor dos outros. Mas atitudes negativas também atraem atenção. É isso mesmo,
pois no fim, o que todos querem é atenção. Então, ainda que inconscientemente, vale
usar qualquer ferramenta que faça o outro notar que existimos, que estamos ali. E o nome
disso é manipulação. E a conseqüência é o roubo de energia, um vampirismo que pode
se tornar um hábito. Doentio. Se onde está nossa atenção está nossa energia... quem faz
de tudo para atrair nossa atenção, deliberadamente, está na verdade roubando nossa
energia.
Estudos do comportamento humano apontam que qualquer atenção é melhor do que a
indiferença. Qualquer toque é melhor do que o isolamento. Uma bronca, um castigo, um
tapa, um beliscão... são, para algumas pessoas, preferíveis a se sentir invisíveis. São
reconhecimentos negativos e carícias negativas. Mas receber esses sinais mostram que o
ser está sendo visto, percebido – ele existe!
É sabido que se desde a infância uma pessoa vivencia situações de rejeição ou maus
tratos poderá desenvolver-se como um adulto problemático, ou no mínimo difícil de
conviver, que acabará por optar por chamar a atenção através de atitudes negativas –
das mais sutis, como falar com agressividade, prometer e não cumprir ou fazer-se de
vítima, até as mais ostensivas, como envolver-se em brigas e até crimes ou suicídio.
Faz isso porque talvez tenha convivido com esse exemplo de relação, não aprendeu a
compartilhar, ou concluiu que a vida lhe ensinou isso, e não desenvolveu uma forma
saudável de se relacionar baseada em afeto, toques, carícias, palavras de reforço positivo
e incentivo. Ok, isso faz todo o sentido. A boa notícia é que é possível aprender a agir de
outra forma! Daí uma das razões de existirem tantas ferramentas terapêuticas de
orientação, acompanhamento, aconselhamento, treinamento. A chave para esse
aprendizado, afinal, é o autoconhecimento.