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BIOMEDICINA

Toxicologia Ambiental

PLANTAS MEDICINAIS: CURA SEGURA


TOPICOS:

1-REAÇÕES TÓXICAS E EFEITOS ADVERSOS PROVOCADOS POR PLANTAS


MEDICINAIS
2-PLANTAS MEDICINAIS, FITOTERÁPICOS E FITOFÁRMACOS
3-INTERAÇÕES COM FÁRMACOS SINTÉTICOS E EFEITOS SINÉRGICOS
4-FITOFARMACOLOGIA E AÇÃO TOXICOLÓGICA DE DUAS PLANTAS
AMPLAMENTE COMERCIALIZADAS NA REGIÃO AMAZÔNICA DO BRASIL
5-PRINCIPAIS CONTAMINANTES DE PLANTAS MEDICINAIS

1- O uso tradicional de plantas medicinais perpassa gerações, por sua vez permite ao
usuário o direito da automedicação. O risco das práticas inadequadas desses recursos
pelas comunidades justifica que os profissionais de saúde estejam atentos as práticas
populares. O direito de escolha do paciente não pode retardar o tratamento adequado,
interferir negativamente com o tratamento em andamento ou causar malefícios ao
paciente. A falta de conhecimento cientifico pode trazer mais riscos do que benefícios.

    Acidentes com plantas tóxicas atingem principalmente crianças, anualmente uma
quantidade significativa do orçamento de hospitais tem se destinado ao tratamento de
intoxicações por vegetais de uso doméstico. O profissional de enfermagem exerce
papel fundamental nesse contexto: são eles que, em virtude de seu trabalho, estão em
contato direto e mais profundo com a população, seja em centros de saúde, hospitais,
seja na comunidade, tendo a oportunidade de educar e esclarecer a população quanto
ao uso nocivo ou benigno dessas técnicas. O aumento no número de reações
adversas é possivelmente justificado pelo aumento do interesse populacional pelas
terapias naturais.

    Intoxicação é definida como uma urgência médica, causada pela absorção de
agentes que por suas características ou quantidade, produzem danos ao indivíduo
pondo em risco sua saúde. Qualquer substancia química dependendo de sua dose,
poderá ser tóxica. Os dados são pouco expressivos, evidenciando a subnotificação
dos casos, principalmente daqueles que envolvem as toxicomanias. O
desconhecimento das potencialidades toxicas das espécies vegetais e a sua utilização
inadequada são as principais causas dos acidentes. As tentativas de aborto e suicídio
também são frequentes.
    Sendo assim, o objetivo desse estudo é abordar em aspectos gerais, as práticas
populares e o risco em potencial de intoxicação para as pessoas que usam as
mesmas, como alternativa na intenção de resolução de seus problemas ou prevenção
em saúde.

2- Os medicamentos fitoterápicos são obtidos através de plantas medicinais e vem


sendo largamente utilizados por pessoas que possuem doenças crônicas,
principalmente adultos e idosos, os quais geralmente os associam com medicamentos
alopáticos. Quando são associados a esses medicamentos, podem causar interações
medicamentosas, entre elas, a eficácia e segurança do medicamento, como também,
agravar ou criar novos sintomas ao paciente. Nesta revisão foram destacados os
fitoterápicos.

3- A utilização de medicamentos fitoterápicos tem aumentado nos últimos anos, seja


pela maior possibilidade de extração de princípios ativos, quanto pela maior demanda
populacional. Os principais usuários são adultos e idosos com doenças crônicas, e
muitos acreditam que esses medicamentos são isentos de efeitos adversos. Os
fitoterápicos são medicamentos que influência no metabolismo de muitos outros
medicamentos, causando efeitos sinérgicos e/ou antagônicos, podendo causar danos
para o organismo. É de extrema importância o reconhecimento dessas interações
medicamentosas, por parte dos profissionais de saúde, com a finalidade de evitar
danos na saúde do paciente e obter maiores informações para conscientização do uso
racional dos fitoterápicos.

4- Atualmente, grande parte da comercialização de plantas medicinais é feita em


farmácias e lojas de produtos naturais, onde preparações vegetais são
comercializadas com rotulação industrializada. Em geral, essas preparações não
possuem certificado de qualidade e são produzidas a partir de plantas cultivadas, o
que descaracteriza a medicina tradicional que utiliza, quase sempre, plantas da flora
nativa. No Brasil, as plantas medicinais da flora nativa são consumidas com pouca ou
nenhuma comprovação de suas propriedades farmacológicas, propagadas por
usuários ou comerciantes. Muitas vezes essas plantas são, inclusive, empregadas
para fins medicinais diferentes daqueles utilizados pelos silvícolas. Comparada com a
dos medicamentos usados nos tratamentos convencionais, a toxicidade de plantas
medicinais e fitoterápicos pode parecer trivial. Isto, entretanto, não é verdade. A
toxicidade de plantas medicinais é um problema sério de saúde pública. Os efeitos
adversos dos fitomedicamentos, possíveis adulterações e toxidez, bem como a ação
sinérgica (interação com outras drogas) ocorrem comumente. As pesquisas realizadas
para avaliação do uso seguro de plantas medicinais e fitoterápicos no Brasil ainda são
incipientes, assim como o controle da comercialização pelos órgãos oficiais em feiras
livres, mercados públicos ou lojas de produtos naturais.
5- Os vegetais como seres vivos estão sujeitos às influências do ambiente,
principalmente do solo, de onde recebem água, sais minerais, nutrientes e, sob
determinadas condições elementos não benéficos, como os metais pesados, por
exemplo. Por razões diversas, beiras de estradas, áreas de mineração, locais de
agricultura intensa e outros apresentam altas concentrações destes elementos. Além
do risco local que representa uma planta acumuladora de metais pesados, há a
possibilidade de contaminação das águas superficiais e subterrâneas. Dentro deste
contexto discutiremos na presente revisão algumas fontes, mecanismos e limites de
contaminação de metais pesados em plantas medicinais.
Referências

1 BRASIL. Congresso Nacional. Lei n. 9279, de 14 de maio de 1996. Regula direitos e


obrigações relativos à propriedade industrial. Brasília. 1996            [  Links  ]

2 Turner DM. Natural product source material use in the pharmaceutical industry: the Glaxo
experience. Journal of Ethnopharmacology. 1996; 51: 39-44            [ Links ]

3 Shiva V. Biopirataria: a pilhagem da natureza e do conhecimento. Petrópolis, RJ: Vozes,


2001            [  Links  ]

4 Branquinho F. Da “química” da erva nos saberes popular e científico. Tese de Doutorado.


Campinas, SP : IFCH/UNICAMP. 1999            [  Links  ]

5 Currier SJ, Jonhston PD, Gorelick KJ. Herbal Medicines. Science & Medicine. 2000; 7 (1): 40-
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7 Latour B. Jamais fomos modernos: ensaio de antropologia simétrica. Rio de Janeiro, RJ : Ed.
34. 1994            [ Links ]

8 Posey DA. Traditional resource rights: international instruments for protection and
compensation for indigenous peoples and local communities. IUCN, Gland, Switzerland, and
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