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SÍNDROME DE DOWN: Conhecer, Educar e Inserir – Sessão 1

Síndrome de Down: conhecer, educar e inserir

Sessão 1
Síndrome de Down:
etiologia; características fisico-motoras e psicológicas
das crianças com SD; a importância da estimulação”

(27/07/2009)

Formadora: Ana Costa

Componente de Projecto – ESEC – 2008/09 Página 2


SÍNDROME DE DOWN: Conhecer, Educar e Inserir – Sessão 1

Planificação da Sessão 1
“ Síndrome de Down: etiologia; características fisico-motoras e psicológicas das crianças com SD;
a importância da estimulação”

Horário Tema/Conteúdos Objectivos Estratégias Material

Exposição dos conteúdos, objectivos e


critérios de avaliação (diapositivos 1 a 4); Computa-
 Apresentar a acção e da formadora dor
Em pares os formandos trocam informação quadro
9h 00m Recepção/Apresentaçã  Conhecer os critérios de avaliação pessoal e profissional de modo a que um interactivo
9h 30 m o possa apresentar o outro. Apresentação data show
 Promover o entrosamento entre os
(30 min) oral em pares. Papel e
formandos/formadora/formandos
Distribuição, aos formandos, de um caneta
Guião/sumário da sessão 1

 Reflectir sobre o entendimento


Data show
pessoal e social relativamente às Brainstorming com expressões chave,
Quadro
pessoas com Síndrome de Down dadas no guião da actividade 1.
interactivo
(SD)
Definição e evolução Apresentação oral ao grupo da reflexão de Computa-
histórica do conceito  Partilhar com o grupo as suas cada elemento dor
9h 30m
10h 00m de Síndrome de Down reflexões Guião de
Apresentação teórica com recurso ao
(30 min) actividade
 Conhecer a definição de SD (diapositivos 5 a 8)
Caneta
 Conhecer algumas interpretações
em diferentes épocas

Etiologia e tipos de  Conhecer a etiologia do Síndrome Apresentação teórica com recurso aos Data show

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de Down

10h 00m  Identificar os distúrbios genéticos


10h 30 m que estão na origem do Síndrome (diapositivos 9 a 12) Quadro
(30min) SD de Down interactivo
 Identificar o cariótipo de uma
Computa-
criança com SD dor
 Reconhecer os diferentes tipos de
Síndrome de Down;
10h 30 m
11h 00 m Intervalo

Características físicas
das crianças com SD:  Conhecer características do
fenótipo das crianças com SD;
Fenótipo das crianças Data show
Apresentação teórica com recurso aos
com SD  Identificar o cariótipo de uma (diapositivos nº 13 a 15)
Quadro
criança com SD
11h 00m interactivo
11h 45m
(45 min.)  Identificar/distinguir traços físicos Computa-
das crianças com SD dor
Patologias associadas  Identificar patologias associadas
ao SD ao SD

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Características  Conhecer como se processa o


Computa-
motoras das crianças desenvolvimento motor no ser
11h 45 m dor;
com SD: humano
12h 30 m Apresentação teórica com recurso aos
(45 min) O desenvolvimento  diapositivos nº 16 a 18 Data
Conhecer como se processa o
motor nas crianças com show;
desenvolvimento motor nas
SD crianças com SD: (percepção Quadro
visual, auditiva e espacial; Diálogo entre os participantes interactivo
sentidos tácteis; locomoção;
manipulação; choro; sorriso)

12h30 m
14h00 m
Almoço

 Conhecer deficiência
intelectual nas crianças com
SD Computador
;
Características Apresentação teórica com recurso aos
 Entender o desenvolvimento
(diapositivos nº 19 a 23 )
psicológicas das e funcionamento cognitivo na - Data show;
14h 00m
criança com SD
14h 45m crianças com SD Diálogo entre os participantes
Quadro
(45 min)
 Conhecer as características interactivo
cognitivas: percepção;
atenção; memória e
linguagem

Transversal aos  Sistematizar os conteúdos


Construção de um crucigrama com a Guião da
conteúdos expressão Síndrome de Down, segundo as actividade 2
 Articulação dos diferentes
apresentados conteúdos. instruções dadas no guião da actividade 2.
14h 45m
Folha de
15h 30m anteriormente Apresentação ao grupo trabalho
(45

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minutos) caneta

15h 30m
Intervalo
16h 00m

 Reconhecer a importância da Apresentação teórica com recurso


estimulação das crianças com aos diapositivos 24 e 25 Vídeos1
SD, desde o nascimento
Data Show
 Conhecer momentos e
estratégias de estimulação Visionamento de um vídeo Quadro
precoce informativo (3 minutos) interactivo
A importância da
estimulação nas (vídeo 1) link Computado
crianças com SD r com
 Reconhecer os benefícios da Visionamento de um filme sobre a ligação à
16h 00 m estimulação estimulação pelos afectos internet
17h 00 m (9:26min) (vídeo 2)
(60 min) (Vídeo 2) link

Diálogo acerca dos conteúdos dos


vídeos

Distribuição de um texto com o Texto


testemunho escrito de um familia policopiado

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A importância da  Reflectir e reconhecer a


17h 00 m estimulação nas importância da estimulação na
forma como a criança se insere Reflexão crítica baseada em duas Guião de
17h 30 m crianças com SD
(30min) na família/sociedade citações apresentadas no guião da Actividade
actividade 3. Caneta
Folha de
trabalho

Formadora
…………………………………………………….
(Ana Maria da Silva Costa)

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Resumo/Enquadramento da sessão 1

O princípio da escola inclusiva defende uma escola que agregue todos os alunos no
ensino regular, na prática deve ser uma escola ajustada a todas as crianças, independentemente
das condições ou limitações nível físico, linguístico, social, entre outros.
Actualmente considera-se que a inclusão é o processo de inserção no âmbito social de
pessoas com deficiência e que a base dessa integração está na escola, que deverá valorizar a
diversidade, contemplando as necessidades educativas de cada aluno e, claro está, também dos
alunos com deficiência intelectual, onde se incluem as crianças com Síndrome de Down.
Se o objectivo é alcançar o sucesso permanente e ir mais além na integração, torna-se
necessário accionar todos os meios, materiais e humanos, que promovam aprendizagens
significativas e coerentes com a perspectiva de inclusão.
Este modelo de escola, para além de prever a colaboração e cooperação entre todos os
intervenientes no processo educativo, implica, sobretudo, a modificação do papel tradicional do
professor. Além de valorizar os saberes curriculares, o professor deve ser capaz de identificar e
promover as potencialidades de cada aluno, assim como reconhecer as diferenças intelectuais
dos mesmos. Isto implica, também, que todos os professores acreditem e aceitem que os alunos
com NEE pertencem à educação regular, assumindo deste modo a sua inclusão plena em
turmas regulares.
Assim sendo, consideramos muito importante que os professores conheçam as
características das problemáticas dos seus alunos, aprendam a enfatizar as suas
potencialidades, aos invés das limitações, pois deste modo poderão mais facilmente desenvolver
conteúdos/estratégias que vão de encontro às suas reais necessidades e capacidades.
Ora, sendo o Síndrome de Down o distúrbio genético causador de uma grande parte da
deficiência intelectual, presente em alunos que frequentam as nossas escolas, achámos muito
pertinente dar a conhecer a professores e educadores a etiologia, algumas patologias que lhe
estão associadas e as especificidades biológicas e cognitivas dos alunos com este Síndrome,
dado estas especificidades condicionarão o tipo e o tempo de aprendizagens que estas crianças
poderão fazer.
Consideramos também importante dar a conhecer os benefícios da estimulação precoce
no desenvolvimento da autonomia e integração social das crianças com Síndrome de Down.

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Explanação teórica dos conteúdos

I - Definição e Evolução histórica do conceito de SD

O Síndrome de Down tem registos antigos na história da humanidade. Por volta de 1500
surgiram referências a crianças com Síndrome de Down, sobretudo em pinturas onde eram
retratadas crianças que apresentavam traços físicos característicos da doença, mas foi apenas
no século XIX que surgiram os primeiros trabalhos científicos sobre o tema.
Foi em 1862 que o médico britânico Jonh Langdon Down descreveu, pela primeira vez, o
Síndrome de Down como manifestação clínica. Num trabalho publicado em 1866 Down afirmava
a “existência de raças humanas superiores a outras, sendo as deficiências mentais
características das raças inferiores” (Pereira-Silva, 2006) onde se incluía o Síndrome de Down.
Esta definição levou ao uso de várias denominações depreciativas: cretinice, idiotia mongolóide,
imbecilidade mongolóide, criança inacabada e mongolóide (por apresentarem características
físicas semelhantes ao povo mongol). Ao longo dos tempos, o termo mongolóide foi adquirindo
uma conotação pejorativa e foi substituído pela designação Síndrome de Down em
reconhecimento a Jonh Langdon Down, este termo foi referido pela primeira vez em 1961, na
revista de ciência médica The Lancet e em 1965 a Organização Mundial de Saúde retirou-o
definitivamente da terminologia médica.
Em 1959 o geneticista francês Jérôme Lejeune descobriu a existência de uma alteração
cromossómica no par 21 e que o Síndrome de Down é, portanto, uma cromossopatia, ou seja
“uma doença cujo quadro clínico global é explicado por um desequilíbrio na constituição
cromossómica (no caso, a presença de um cromossoma 21 extra) caracterizando assim uma
trissomia simples” (Brunoni, 1999, p.32), citado por Pereira-Silva. Pelo que também se designa
esta doença por Trissomia 21.

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II - Etiologia do Síndrome de Down

O Síndrome de Down consiste na presença, em cada célula, de 47 cromossomas, ao invés


dos 46 que estão presentes nas células de uma pessoa normal.
Os 46 cromossomas humanos dividem-se em 23 pares de cromossomas homólogos1, 22
formados por autossomas2 e 1 par de cromossomas sexuais. Normalmente na fecundação o
ovócito, portador de 23 cromossomas maternos, recebe 23 cromossomas paternos, formando
assim uma célula (óvulo) com 46 cromossomas. Cada par de cromossomas homólogos, ao
ocorrer a divisão celular, separa-se no ponto de estrangulação e integra uma nova célula,
mantendo cada uma um total de 46 cromossomas até ao momento da formação do embrião.

Nos indivíduos com Síndrome de Down acontece uma divisão celular defeituosa, que
provoca um distúrbio cromossómico que pode ser numérica ou estrutural. Em cerca de 95% dos
casos (Schwartzman, 1999), citado por Pereira-Silva, os dois cromossomas habituais dividem-se
em três, dando origem a um cromossoma extra no par 21.

III - Tipos de Síndrome de Down

Trissomia Simples ou homogénea


Este é o tipo mais frequente de Síndrome de Down, segundo a maioria dos autores
consultados, representa 95% dos casos e acontece devido à existência de uma desordem na
divisão celular. Esta anomalia é causada por um fenómeno de não-disjunção meiótica, ou seja, a
célula não se divide apenas em dois cromossomas, mas sim em três Consequentemente, a
criança terá três cópias de todos os genes presentes no cromossoma 21.
Translocação
No Síndrome de Down adquirido por Translocação, cerca de 3% (Brunoni, 1999), citado
por Pereira-Silva, o cromossoma 21 está ligado a outro cromossoma pelo braço longo, sendo
mais frequente a ligação entre o par 21 e o 14.
A translocação pode acontecer no momento da formação do espermatozóide ou do óvulo,
ou ainda no momento em que se produz a divisão celular e pode ser de dois tipos:
Simples - quando só um cromossoma deixa uma parte para um outro não homólogo.
Recíproca – quando as divisões são trocadas entre dois cromossomas não homólogos.

1
“É a designação dada aos cromossomas que emparelham durante a meiose e possuem a mesma forma, contendo genes
responsáveis pelas mesmas características”.(Infopédia, 2009 , 4-03-09)
2
“O termo Autossoma designa cada um dos cromossomas que constituem o património genético do indivíduo e que são idênticos
nos indivíduos dos dois sexos, isto é, todos os cromossomas excepto os heterocromossomas ou cromossomas sexuais” (Wikipédia,
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Mosaicismo
Neste caso a criança tem um mosaico de células normais e, ao mesmo tempo, células
aneuplóides3 (com Trissomia 21), contém assim, dois padrões genéticos distintos.
Esta anomalia pode acontecer de duas formas: por uma não-disjunção na divisão celular
durante as primeiras divisões do zigoto, ficando assim essa célula com uma Trissomia 21, dando
origem a mais células defeituosas nas divisões seguintes e as restantes células permanecendo
normais. Ou então poderá acontecer o contrário, um zigoto ou embrião com Síndrome de Down
pode sofrer uma mutação, mudando as células para um correcto número de cromossomas, sem
Trissomia 21. Segundo (Brunoni, 1999), citado por Pereira-Silva, esta é a causa apontada em
2% dos casos de Síndrome de Down.

IV - Características físicas das crianças com Síndrome de Down e patologias


associadas:

Fenótipo das crianças com SD


Independentemente da origem racial todas as crianças, embora de forma mais acentuada
numas do que noutras, apresentam características físicas associadas ao Síndrome de Down:
 Pálpebras mais abertas e inclinadas com a parte externa mais elevada e prega na pálpebra do
canto interno dos olhos, semelhante aos asiáticos ;
 Boca pequena, dentes pequenos e espaçados, palato elevado e macroglossia (língua grande);
 Mãos grossas e curtas com prega palmar única, também chamada prega simiesca;
 Lobo occipital achatado;
 Hipotonia muscular;
 Pescoço largo e curto;
 Ponte nasal achatada;
 Pontos brancos na Íris (manchas de Brushfield);
 Espaço aumentado entre o dedo grande (hálux) e segundo dedo do pé;
 Genitais pouco desenvolvidos (pénis e clitóris);
 Abdómen proeminente e com excesso de tecido adiposo.

Patologias associadas ao SD
Apesar do Síndrome de Down não ser, por si, uma doença, tem sempre associado um
atraso global de desenvolvimento, deficiência intelectual e várias outras patologias que
condicionarão o desenvolvimento da criança e o seu desempenho intelectual.
3
“Aneuplóide é a celula que tem o seu material genético alterado, sendo portador de um número cromossómico
diferente do normal da espécie” (Wikipédia, 2009, 9-03-09)
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Destacam-se as seguintes:

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 Hipotonia muscular;  Dificuldades auditivas;


 Microcefalia;  Propensão para
 Doença cardiológica; desenvolvimento precoce da
 Problemas respiratórios; doença de Alzeimer;
 Problemas oftalmológicos;  Leucemia;

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V - O desenvolvimento motor nas crianças com Síndrome de Down

O desenvolvimento motor é um processo contínuo e demorado que se desenrola ao


longo da vida e compreende todas as mudanças ao nível motor, contemplando os processos de
aquisição, estabilização e regressão das habilidades motoras. Este processo resulta da
interacção da hereditariedade com o meio.
Assim, o desenvolvimento motor pode ser condicionado por factores de carácter
ambiental e/ou biológico, directamente relacionados com o crescimento e que o podem
perturbar, considerados factores perturbadores do crescimento. As crianças com Síndrome de
Down são portadoras de um distúrbio genético, sendo a forma mais frequente de atraso
psicomotor causado por um distúrbio cromossómico, já descrito anteriormente. Estas crianças
são habilitadas das mesmas capacidades motoras quando comparadas com os indivíduos
considerados “normais”, no entanto, executam os movimentos motores mais tardiamente. As
crianças portadoras deste Síndrome podem também alcançar estádios avançados de raciocínio
e desenvolvimento, necessitando de estimulações coerentes com a sua condição.
A criança que nasceu com Síndrome de Down vai controlar a cabeça, rolar, sentar,
arrastar, gatinhar, a nadar e correr, excepto se houver algum comprometimento além deste
Síndrome. Todavia, comparativamente com a “norma” no que respeita às capacidades de
caminhar e correr, as crianças com Síndrome de Down, quando desenvolvem estas capacidades
apresentam medo em cair, caminhando com os pés separados e com as pernas ligeiramente
flexionadas, apresentando um equilíbrio débil. T
Também ao nível da apreensão manual, a criança com Síndrome de Down se apresenta-
se diminuída, tem como entrave o punho flexionado e sensibilidade nos dedos diminuída.
A percepção visual também se manifesta com algumas limitações nomeadamente na
dificuldade de fixação, falta de concentração, visão de cores tardia, fazendo, habitualmente
acompanhar a cabeça com os movimentos oculares. Segundo Leitão (1994, p.44) estas crianças
caracterizam-se por fixarem os seus contactos visuais “por períodos de tempo superiores e
parecem reagir menos, e mais lentamente, aos novos estímulos”.
Ao nível da percepção auditiva as crianças com Síndrome de Down revelam dificuldade
em discriminar os sons, podendo mesmo não os escutar se não houver concentração para ouvir.
Estas crianças podem apresentar perda total ou parcial dos sentidos tácteis, verificando-se ainda
sentidos de dor menos desenvolvidos, bem como dificuldade em avaliar diferentes temperaturas.
Também, a percepção do espaço é mais lenta quando comparada com as outras crianças.
No que respeita à coordenação olho/mão estas crianças devem ser estimuladas a fazer o

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mesmo que uma criança “normal”. Por isso, deve ser encorajada a agarrar objectos com uma e
ambas as mãos, dada a sua dificuldade de percepção táctil. A apreensão digital também
apresenta algumas lacunas, sobretudo no que concerne à pinça digital.
A fala também é elemento do desenvolvimento motor afectado, pois são notórias as
dificuldades na pronúncia de palavras, de frases soltas, bem como dificuldades variadas no
desenvolvimento da linguagem atribuídas às características físicas ou ambientais.
A consciência corporal apresenta um atraso elevado, a ponto da criança não ser capaz
de receber o estímulo de que a criança “normal” usufrui. É, ainda, visível uma maior
inconsciência da tensão e da relaxação muscular.
O choro, assim como o sorriso, constituem um elemento comunicativo entre a criança e o
meio numa fase precoce, contudo estes também não se desenvolvem dentro dos padrões
considerados “normais”. Segundo, Leitão (1994, p.45) “as crianças com Síndrome de Down
parecem produzir sorrisos mais ténues, mais fugazes e nem sempre acompanhados de contacto
visual.” Também de acordo com (Gath, 1978), citado por Leitão (1994, p.51) existe “uma menor
reactividade destas crianças em situação de fome ou desconforto (…) conjuga-se assim o facto
de as crianças com SD sinalizarem menos as suas necessidades e estados interiores (choram
menos), com uma maior dificuldade dos pais em interpretarem os sinais atípicos do choro (…).”
É notório que persistem diversos condicionalismos ao processo de
desenvolvimento motor da criança com SD, ainda que consiga alcançar muitas das capacidades
motoras desejadas, ela fá-lo a uma velocidade de progressão menor.

VI- A deficiência intelectual no Síndrome de Down

A Deficiência Mental é classificada segundo graus de severidade que reflectem o nível


de incapacidade intelectual. Assim, concebe, a Deficiência Mental Ligeira que compreende um
QI (Coeficiente Intelectual) de 50-55, até mais ou menos, entre os 70; A Deficiência Mental
Moderada é classificada a partir do momento que o indivíduo revela um QI entre 35-40 até 50-
55; A Deficiência Mental Grave abarca um QI entre 20-25 até 35-40; Segue-se a Deficiência
Mental Profunda que encerra um coeficiente intelectual abaixo de 20 ou 25. (American
Association on Mental Retardation) 4
Comparativamente com outras crianças deficientes mentais, as crianças com Síndrome
de Down apresentam maiores dificuldades na organização perceptivo-cognitiva. Revelam,
consequentemente, défices ao nível da discriminação visual e auditiva e manifestam um tempo
de reacção ao estímulo elevado. Para tal, contribuem aspectos do foro neurológico como a

4
In http://www.theoec.org/pdfs/newsroom/072406mentalhealth.pdf ( em 9-5-09)
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redução de número de neurónios, das espinhas dendriticas, das conexões sinápticas e da


mielinização do córtex cerebral que, em crianças com Síndrome de Down, afectam as áreas
sensoriais primárias responsáveis pelo processo perceptivo.

VII - O desenvolvimento cognitivo na criança com Síndrome de Down

Como vimos no capítulo anterior, as crianças com Síndrome de Down manifestam


dificuldades no desenvolvimento de capacidades de equilíbrio, coordenação de movimentos,
controlo motor e relações espácio-temporais. Neste sentido, é bem provável que o
desenvolvimento intelectual dependa de algumas aquisições motoras anteriores; por isso, sendo
algumas dessas capacidades motoras Assim, podemos dizer que as crianças com
Síndrome de Down apresentam atrasos significativos em todas as áreas; sendo que “o seu
desenvolvimento intelectual caracteriza-se por uma «viscosidade», ou seja, permanecem mais
tempo do que os indivíduos “normais” nos estádios e sub-estádios intermédios, retrocedendo
mais facilmente de um sub-estádio para o anterior” (Bautista, 1997, p.231). De facto, “ao
contrário de outras deficiências mentais em que o declínio do nível de funcionamento intelectual
aparece em idades mais tardias, no caso do Síndrome de Down, esse declínio aparece muito
cedo na infância” (Pimentel, 1997, p.130).
Neste domínio, há estudos que defendem que as crianças com Síndrome de Down
apresentam um défice na área cognitiva, justamente, porque recorrem a “estratégias de
evitamento ao defrontarem-se com desafios cognitivos, fraco uso de capacidades de resolução
de problemas, dificuldade em consolidar capacidades cognitivas recém-adquiridas e uma
relutância crescente em tomar iniciativas na aprendizagem” (Wishart, 1998)5. Importa, assim,
sublinhar que tais défices cognitivos implicam um ritmo mais lento e, consequentemente, uma
capacidade diminuída para aprender, uma vez que a idade cronológica, destas crianças, é
diferente da sua idade mental.
VIII - Processos cognitivos

Percepção
A percepção, localizada no hemisfério direito nas áreas pré-frontais, é uma função
cerebral que atribui significado aos estímulos sensoriais, a partir das vivências passadas. Ela
permite, assim, o contacto com o mundo e a construção do conhecimento acerca do mesmo,
justamente porque compreende processos como a comparação, a discriminação ou a selecção,
os quais permitem, depois, que respondamos adequadamente à informação que recebemos.
Mas, para que este processo intelectual ocorra normalmente, é preciso que o desenvolvimento

5
In, www.apatris.21.com, em 10-5-09
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dos sentidos esteja assegurado, nomeadamente a visão e a audição, que se localizam nos lobos
occipital e temporal, respectivamente, pois, “o mau funcionamento destes repercute-se de forma
muito negativa sobre os processos de entrada de informação e o seu posterior processamento
cerebral” (Troncoso e Del Cerro, 2004, p.12).
Com efeito, e conforme vimos anteriormente, “la reducción del número de neuronas, de
las espinas dendríticas, de las conexiones sinápticas y de la mielinización de la corteza cerebral
del trisómico, afectan a las áreas sensoriales primarias y asociativas encargadas del proceso de
la percepción” (Rodriguez, 1996, p.44). Por isso, torna-se mais difícil para estes sujeitos
processar a informação auditiva e visual, tanto ao nível da recepção da informação, como da
execução das respostas. Sendo o Síndrome de Down uma anomalia genética que afecta as
áreas sensoriais da percepção, as crianças portadoras deste Síndrome têm maiores dificuldades
para apreender o mundo e, por conseguinte, para processar a informação auditiva e visual. O
que implica que apresentem “maiores défices em aspectos como a capacidade de discriminação
visual e auditiva (principalmente quanto à discriminação da intensidade da luz); reconhecimento
táctil em geral e de objectos a três dimensões; cópia e reprodução de figuras geométricas e
rapidez perceptiva (tempo de reacção)” (Bautista, 1997, p.231).

Atenção
A atenção é um processo cognitivo complexo que engloba “a participação coordenada de
extensos núcleos e circuitos cerebrais capazes de receber a informação que chega através dos
órgãos dos sentidos e de torná-la importante para o indivíduo” (Troncoso e Del Cerro, 2004,
p.27). Este é, pois, um processo complexo que envolve diversos circuitos cerebrais, lobos frontal
e parietal, a formação reticular, o hipocampo, entre outros.
Ora, o que acontece com o Síndrome de Down é que muitas destas áreas estão limitadas
e apresentam deficiências, que podem ser profundas, nomeadamente “as mais directamente
responsáveis pela conduta de associação e pela rápida intercomunicação entre umas áreas
cerebrais e outras” (Troncoso e Del Cerro, 2004, p.28). Neste contexto, é claro que a criança
com Síndrome de Down tem “tendencia a la distracción, escasa diferenciación entre estímulos
antiguos y nuevos, dificultad para mantener la atención en la continuación de una tarea, menor
capacidad para la autoinhibición y capacidad para centrar la conducta y controlar la atención”
(Flórez, 1995, citado por Rodriguez, 1996, p.45).
Por isso, estas crianças “necessitam mais tempo para dirigir a atenção para o que
pretendem e têm maior dificuldade em a transferir de um aspecto para outro do estímulo; isto
implica uma grande maleabilidade da atenção, e por isso é necessária uma forte motivação para
manter o seu interesse. Têm dificuldade em inibir ou reter as respostas mesmo depois de ter

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examinado em pormenor os aspectos mais importantes e/ou as componentes mais abstractas


dos estímulos; a isto se deve a menor qualidade das respostas e a maior frequência de erro.”
(Bautista, 1997, p.232). Consequentemente, a sua aprendizagem terá de ser efectivamente
significativa, ou seja, terá de se ter em conta todos os processos que motivem estas crianças
para que o seu pensamento e a sua acção se concentrem no que está a fazer e não se
dispersem facilmente, como é comum.

Memória
Falar da percepção e da atenção implica falar, necessariamente, da memória, ou seja,
esta não pode entender-se separadamente daquelas. A memória é, assim, um processo
cognitivo que tem a ver com a retenção de aptidões, informações, estímulos recebidos através
do processo de aprendizagem. É um sistema aberto através do qual a informação entra
(aquisição), é conservada (retenção ou armazenamento) para depois ser recuperada
(recordação ou reactivação). Este processo implica que a informação, que recebemos, seja
classificada, categorizada e agrupada na Memória a Curto Prazo, para que possa transitar para
a Memória a Longo Prazo e lá permanecer.
No que diz respeito às crianças com SD, e tendo em conta as suas limitações aos níveis
da percepção e da atenção, estas apresentam défices significativos relativamente à relação
entre a informação adquirida recentemente e a já existente, uma vez que apresentam limitações
ao nível do pensamento abstracto. Assim, há autores que defendem que a criança com SD não
dispõe de um mecanismo de estruturas mentais que lhe permita organizar e manter a
informação a recordar, apresentando, dessa forma, “un deficit en su memória a corto plazo”
(Rodriguez, 1996, p.46). Assim, ao apresentar dificuldades na categorização conceptual e na
codificação simbólica, a criança com SD orienta-se melhor por imagens (o concreto) do que por
conceitos (o abstracto), As crianças com SD apresentam, assim, dificuldades na organização do
material memorizado (activação, conceptualização e generalização) devido às alterações no seu
hipocampo, nas áreas pré-frontais e lobos parieto-temporais. Esta situação não lhes permite
consolidar ou recuperar informação na Memória de Curto Prazo, fazendo com que a sua
Memória a Longo Prazo não lhes permita a “elaboración de conceptos, la generalización ou el
diseño de estrategias de actuación” (Rodriguez, 1996, p.47, citando Flórez, 1995).

Linguagem
A linguagem, localizada no lobo frontal (na área motora secundária), é um meio
fundamental pelo qual comunicamos e expressamos, entre outros, sentimentos, expectativas,
desejos, pensamentos; consequentemente, dela dependem a nossa autonomia pessoal e social.

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Neste sentido, “está provado que o desenvolvimento da linguagem em crianças com SD


sofre um atraso considerável relativamente às outras áreas de desenvolvimento” (Bautista, 1997,
p.233). O atraso no desenvolvimento da linguagem, o menor reconhecimento das regras
gramaticais e sintácticas da língua, bem como as dificuldades na produção da fala, apresentados
por estas crianças, faz com que revelem um vocabulário mais reduzido, não conseguindo
expressar-se correctamente, levando-as, também, a um défice cognitivo. Há, desta forma, um
desajustamento entre o nível compreensivo e o expressivo da linguagem. De um modo geral, a
criança com SD consegue, compreender a linguagem, embora com algumas especificidades
próprias desta deficiência, mas no que toca à expressão da mesma, ela apresenta maiores
dificuldades, justamente, porque o nível expressivo “requer operações mentais de abstracção
(…) organização do pensamento, da frase, na aquisição de vocabulário e na estruturação
morfossintática” (Bautista, 1997, p.233) e estas, como vimos, são áreas onde estas crianças
apresentam um grande défice.

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IX – A importância da estimulação nas crianças com Síndrome de Down

“Se entiende por Atención Temprana el conjunto de intervenciones,


dirigidas a la población infantil de 0-6 años, a la familia y al entorno, que
tienen por objetivo dar respuesta lo más pronto posible a las
necesidades transitorias o permanentes que presentan los niños con
trastornos en su desarrollo o que tienen el riesgo de padecerlos. Estas
intervenciones, que deben considerar la globalidad del niño, han de ser
planificadas por un equipo de profesionales de orientación

interdisciplinar o transdisciplinar”.( Libro Blanco de Atención Temprana)6

Nas crianças com SD, a estimulação assume um papel crucial na forma como o seu
desenvolvimento sensório-motor e intelectual se vai processar. A criança com SD nasce mole,
como que adormecida para tudo o que a rodeia. A sua hipotonia muscular e a diferente
percepção do desconforto físico faz dela uma criança passiva, que passa muitas horas a dormir
e, consequentemente, uma criança indiferente. A Hipotonia muscular acarreta-lhe problemas de
sucção e deglutição, pelo que é fundamental que logo que nascem estas crianças sejam
estimuladas a mamar e a manterem-se acordadas durante algum tempo.
Assim, o papel da família é fundamental na estimulação das crianças com SD. Desde
cedo elas devem ser habituadas a estar com pessoas, o quarto, a roupa e os brinquedos devem
ter cores e texturas apelativas e devem participar nas actividades sociais da família.
No entanto, a família, nomeadamente os pais, devem ser ajudados por um conjunto de
profissionais que desenvolvam exercícios específicos com o bebé, “a sucção e a deglutição da
criança devem ser trabalhadas por um fonoaudiólogo, objectivando melhores condições para
alimentação e uma melhor postura dos órgãos fono-articulatórios. A movimentação activa, a
coordenação viso-motora e o equilíbrio para controle de cabeça e tronco devem ser estimulados
por um fisioterapeuta” (PACANARO, 2008) e, ao mesmo tempo, os ensinem a explorar os
momentos passados com a criança, como excelentes ocasiões de estimulação. Antes de
qualquer técnica específica de estimulação, a convivência saudável com a criança com SD deve
ser uma das prioridades da estimulação, pois é a partir dela que ocorre o desenvolvimento.

Descrição das Actividades


6
in http://webs.um.es/fags/atenciontemprana/documentos/comunes/libro_blanco_at_1_2000.pdf,em 13/6/09

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Actividade 1
Brainstorming
Após a apresentação é distribuído um guião de actividade.
Nesta actividade cada formando terá de elaborar um conjunto de palavras/frases que lhe
ocorram ao ler as palavras dadas. Deste modo cada um poderá expor os conceitos que tem
relativamente ao tema proposto.
Após poucos minutos será convidado a partilhar com o grupo o resultado da sua tempestade
de ideias.
No final da actividade far-se-á um síntese dos pré-conceitos que existem sobre este tema.

ACTIVIDADE nº 1: Brainstorming

Tempo de execução: 30 minutos

1. Considere as palavras/expressões e registe as ideias que lhe vão surgindo associadas às


mesmas.

2. Organize as ideias e registe o conceito que tem em relação a cada uma.

3. Oralmente apresente o resultado desta tempestade de ideias.

Actividade 2:
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Crucigrama temático
Depois da apresentação teórica sobre os conteúdos I a IV, os formandos organizar-se-ão
em 5 grupos de 4 elementos.
Cada grupo terá de completar um crucigrama temático, depois de o ter preenchido o
grupo terá de fundamentar a escolha das palavras e contextualizá-las no tema em estudo. Este
trabalho será apresentado em grande grupo e entregue, por escrito, à formadora.

ACTIVIDADE Nº 2: crucigrama

Tempo de execução: 45 minutos

1 . Considere os temas abordados os conteúdos abordados ao longo desta sessão:


definição, etiologia, características físicas e psicomotoras das crianças com tipos de
Síndrome de Down e preencha o crucigrama temático.

_________________S__________________

_________________í__________________
_________D________
_________________n__________________
_________o_________
_________________d__________________
_________w__________
_________________r__________________
_________n__________
_________________o__________________

_________________m__________________

_________________e___________________

2 – Por escrito apresente as palavras e defina-as.

3- Apresente e justifique, se solicitado, as suas escolhas. Entregue o produto desta


actividade à formadora.

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Resolução possível

Síndrome

anomalía
Distúrbio
diferente
Genético
deficiência
Down
translocação
Mental
cromossoma

mosaicismo

fenótipo

 Síndrome – Síndrome: conjunto de sinais e sintomas que caracterizam um quadro clínico.

 Down - médico britânico, Jonh Langdon Down descreveu que pela primeira vez o
Síndrome de Down como manifestação clínica

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Actividade 3:
Visionamento de um filme e leitura de um texto
Esta actividade consiste no visionamento de um filme e na leitura de um texto com o
testemunho do familiar duma criança com SD.
Em ambos os casos são apresentadas duas crianças em idade escolar e que desde
sempre foram estimuladas, quer em situações dentro da família, quer por profissionais com
actividades específicas. Estas crianças estão muito bem integradas familiar e socialmente devido
às expectativas que os pais depositaram nelas e a nunca terem sido tratadas como crianças
incapazes.

ACTIVIDADE Nº 3: Reflexão Crítica à citação


Tempo de execução: 30 minutos

1. Tendo por base o texto “Minha irmã diferente e especial” , o filme “Samuel” e a
importância da estimulação, elabore um comentário crítico à seguinte afirmação:

A uma criança com Síndrome de Down, tudo tem de lhe ser ensinado. São crianças que
apenas precisam de um empurrãozinho de rectaguarda para atingirem as metas da Vida, por
vezes bem diferentes das demais, mas não deixam de ser as metas para uma vida em
sociedade. Quando devidamente apoiadas e estimuladas estas crianças são Capazes!

Texto adaptado

Fonte: http://www.ajudas.com/notVer.asp?id=2628, consultado em 3/6/09

2. Entregue a reflexão à formadora, o trabalho ser-lhe-á entregue na próxima


sessão.

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Bibliografia

BAUTISTA, R. (Coord). (1997). Necessidades Educativas Especiais. (p.225-248). Lisboa:


Dinalivro

BISSOTO, M. L. (2005). O desenvolvimento cognitivo e o processo de aprendizagem do


portador de Síndrome de Down: revendo concepções e perspectivas educacionais. Ciências e
Cognição; Ano 2, Vol. 4, Março/2005 in www.cienciasecognicao.org,( em 21/4/09)

BRUNONI, D. (1999). Aspectos Epidemiológicos e genéticos em J.S. Schwartzman (org),


Síndrome de Down. S. Paulo, citado por PEREIRA-SILVA N. L. in
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/psicologia/article/viewFile/3304/2648,( em 27/4/09)

Down J.L. (1886) Observations on the ethnic classification of idiots. London Hospital
Clinical Lectures and Reports;3:259-62.

LEITÃO, F. A. R. (1994). Interacção mãe-criança e actividade simbólica. Lisboa: Secretariado


Nacional de Reabilitação

MORATO, P. P. (1998). Deficiência Mental e Aprendizagem. Lisboa: Secretariado Nacional para


a Reabilitação e Integração das pessoas com deficiência;

PACANARO, S. V.; SANTOS, A.A.A.;  SUEHIRO, A. C. B.(2008). Avaliação das habilidades


cognitiva e viso-motora em pessoas com Síndrome de Down. Rev. bras. educ. espec. [online].
vol.14, n.2, pp. 311-326. ISSN 1413-6538. in http://www.scielo.br/pdf/rbee/v14n2/11.pdf (em
12/06/09)

PALHA, M. (2005). Oficina dos Gestos: promoção das competências comunicativas precoces
das crianças com défice cognitivo, in Livro de actas do 4º Congresso da Associação Portuguesa
Ciências da Comunicação

PEREIRA-SILVA, N.L.; DESSEN, M.A.(2005) Intervenção precoce e família: contribuições do


modelo bioecológico de Bronfenbrenner. In: DESSEN, M.A.; COSTA JUNIOR, A.L. (Org.).A
ciência do desenvolvimento humano: tendências actuais e perspectivas futuras. Porto Alegre:
Artmed

PEREIRA-SILVA, N. L. e DESSEN, M.A. (2006). Famílias de crianças com síndrome de Down:


sentimentos, modos de vida e estresse parental, Interacção em Psicologia, Universidade de
Brasília (p.183-194) in http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/psicologia/article/view/7675/5467 ,
( em 12/05/09)

PIMENTEL, J. (1997). Um bebé diferente: Da individualidade da interacção à especificidade da


intervenção. Lisboa: Secretariado Nacional para a Reabilitação e Integração das Pessoas com
Deficiência

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RODRIGUEZ, J. S. (1996). Jugando e aprendiendo juntos – un modelo de intervención


didático para favorecer el desarrolo de los niños y niñas com Síndrome de Down.
Ediciones Aljibe

SILVA, D. L.; SANTOS, J. A. R.; MARTINS, C. F. (2006) Avaliação da composição corporal em


adultos com Síndrome de Down. Arq Med. [online]. jul. 2006, vol.20, no.4 in
www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.php, ( em 8/4/09)

TRONCOSO, M. V. e DEL CERRO, M. M. (2004). Síndroma de Down: Leitura e escrita – Um


guia para pais, educadores e professores. Porto: Porto Editora

Sites consultados:

In http://medicosdeportugal.saude.sapo.pt/action/1/ (consulta em 9/2/09)


http://www.whonamedit.com/synd.cfm/322.html, (consulta em 13/4/09)
http://www.scielo.br/pdf/rbp/v22n2/a11v22n2.pdf (consulta em 13/4/09)
http://www.fsdown.org.br/sindrome_down.php (consulta em 27/4 /2009)
http://www.parana-online.com.br/canal/vida-e-saude/news/288057/ (consulta em 27/4/09)
www.saladosprofessores.com/index.php?option=com_smf&Itemid=62&topic=6796.msg120892 , (consulta
em 28/4/09)
http://www.theoec.org/pdfs/newsroom/072406mentalhealth.pdf (consulta em 9/5/09)
http://www.apatris21.com/ (consulta em 10/5/09)
http://www.ajudas.com/notVer.asp?id=2628, (consulta em 03/06/09)
http://videolog.uol.com.br/video?id=295253 (consulta em 01/06/09)
http://www.youtube.com/watch?v=BevqtC-oTec (consulta em 01/06/09)
http://br.geocities.com/rhaissanet98, (consulta em 01/06/09)

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ANEXOS

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ANEXO I

Guiões das Actividades

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Agrupamento de Escolas Rainha santa Isabel – Carreira – Leiria Ano lectivo 2008/09

ACTIVIDADE Nº1: Brainstorming


Tempo de execução: 30 minutos

4. Considere as palavras/expressões e registe as ideias que lhe vão surgindo associadas às


mesmas.

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5. Organize as ideias e registe o conceito que tem em relação a cada uma.

6. Oralmente apresente o resultado desta tempestade de ideias.

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Mongoloide:___________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

Trissomia
21:__________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_

Criança Inacabada: ___________________________________________________________


_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

Síndrome de
Down:________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

Deficiente:____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

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Agrupamento de Escolas Rainha santa Isabel – Carreira – Leiria Ano lectivo 2008/09

ACTIVIDADE Nº 2: Crucigrama
Tempo de execução: 45 minutos

1 . Considere os temas abordados os conteúdos abordados ao longo desta sessão:


definição, etiologia, características físicas e psicomotoras das crianças com tipos de
Síndrome de Down e preencha o crucigrama temático.

_________________S__________________

_________________í__________________
_________D________
_________________n__________________
_________o_________
_________________d__________________
_________w__________
_________________r__________________
_________n__________
_________________o__________________

_________________m__________________

_________________e___________________

2 – Por escrito apresente as palavras e defina-as.

3- Apresente e justifique, se solicitado, as suas escolhas. Entregue o produto


desta actividade à formadora.

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Agrupamento de Escolas Rainha santa Isabel – Carreira – Leiria Ano lectivo 2008/09

Texto para a Actividade 3


Faça uma leitura crítica do texto , considerando as características psicomotoras e a
importância da estimulação nas crianças com Síndrome de Down.

Minha irmã diferente e especial

Rhaíssa, minha irmã, nasceu com Síndrome de Down.


As crianças com síndrome de Down aprendem sempre um bocadinho depois das outras
pessoas.
As crianças com Síndrome de Down precisam de ser estimuladas, receber um pouco
mais de atenção e respeito de todos.
Se elas não forem estimuladas vão demorar mais tempo a falas e andar normalmente.
Por isso, a Rhaíssa é estimulada, nós damos-lhe atenção, carinho, amor e respeito. A Rahíssa,
mesmo com Síndrome de Down, está a desenvolver-se e as suas conquistas, podem ser
pequenas, mas são grandes para nós. Ela é brincalhona, esperta, divertida e, vai fazendo
conquistas. O importante não é vencer, é ajudar os especiais. Rahíssa já alcançou as conquistas
que queríamos, como andar e falar. Ficámos surpresos e felizes quando a Rhaíssa deu o
primeiro passo e falou a primeira palavrinha. Quando a Rahíssa festejou o seu terceiro
aniversário, começou a andar de “motinha”, comer coisas diferenças, correr, mas ainda gosta de
comer sopa. Ela vai para a escolinha aprender coisas como cantar e pintar. A nossa família
espera que ela estude numa escola, pois fará novos amiguinhos.
Uma vez por semana, ela vai à APAE para fazer exercícios só para crianças com
Síndrome de down. O seu futuro é ser estimulada para ser uma criança normal, para fazer cada
vez mais coisas e aprender muito mais.
A família está a reagir muito bem aos progressos da Rahíssa, ela já fala muito mais
palavrinhas. Todos a querem ver. Já consegue escrever utilizando um teclado, faz o sinal da
cruz, dança, monta joguinhos e gosta de livrinhos de histórias. A Rahíssa faz tudo ao seu ritmo.
Apesar das suas limitações, ela tem muitas habilidades.
Rahíssa é uma criança feliz. Nós amamo-la. Rennar (9anos)
Junho de 2001
Texto adaptado de: http://br.geocities.com/rhaissanet98 (blog pessoal)

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ACTIVIDADE Nº 3: Reflexão Crítica à citação


Tempo de execução: 30 minutos

3. Tendo por base o texto “Minha irmã diferente e especial” e o filme “Samuel” e a
importância da estimulação, elabore um comentário crítico à seguinte afirmação:

A uma criança com Síndrome de Down, tudo tem de lhe ser ensinado. São
crianças que apenas precisam de um empurrãozinho de rectaguarda para atingirem as
metas da Vida, por vezes bem diferentes das demais, mas não deixam de ser as metas
para uma vida em sociedade. Quando devidamente apoiadas e estimuladas estas
crianças são Capazes!
Texto adaptado
Fonte: http://www.ajudas.com/notVer.asp?id=2628, consultado em 3/6/09

4. Entregue a reflexão à formadora, o trabalho ser-lhe-á entregue na próxima sessão.

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Reflexão Crítica

A uma criança com Síndrome de Down, tudo tem de lhe ser ensinado. São crianças
que apenas precisam de um empurrãozinho de rectaguarda para atingirem as metas da
Vida, por vezes bem diferentes das demais, mas não deixam de ser as metas para uma vida
em sociedade. Quando devidamente apoiadas e estimuladas estas crianças são Capazes!

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Anexo II
Artigo policopiado fornecido aos
formandos

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Anexo III

PowerPoint

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Anexo IV
Material de trabalho

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